1) O documento descreve a Revolução de 1930 no Brasil liderada pelos tenentistas contra o governo de Washington Luís. 2) A Grande Depressão econômica e o assassinato do governador da Paraíba deram aos tenentistas o pretexto para iniciar a revolta. 3) Após tomarem os quartéis em todo o país, os tenentistas e aliados forçaram Washington Luís a renunciar e Getúlio Vargas assumiu o poder como chefe do Governo Provisório.
4. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
Com a baixa do
emprego,
os Estados Unidos
diminuíram as
compras de café,
levando à queda da
economia no Brasil
5. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
Os líderes do
tenentismo não
estavam conformados
com a derrota nas
eleições,
que consideravam
uma fraude em todos
os estados
Juarez
TávoraOsvaldo
Aranha
João
Alberto
7. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
Eles sabiam que era o melhor momento
para começar uma nova revolta
tenentista em todo o país
Só faltava mais um motivo
8. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
Então veio a notícia do
assassinato do
governador
João Pessoa,
da Paraíba,
ex-candidato a vice-
presidente da Aliança
Liberal
(26 de julho de 1930)
Na época, os governadores dos
estados eram chamados de
“presidentes”
10. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
Era um assassinato
político local, que não
tinha nada a ver com as
eleições nacionais
Mas seria difícil convencer
que o crime não foi a mando de
Washington Luís
13. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
Em São Paulo, o movimento
tem apoio do Partido
Democrático Paulista
Marrey
Junior
Francisco
Morato
Júlio de
Mesquita
Filho
14. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
O único que ficou
contra foi o líder mais
popular do tenentismo,
Luís Carlos Prestes,
que foi convidado para
comandar a revolução,
mas decidiu ficar
neutro
Não confundir
Luís Carlos Prestes
com Júlio Prestes
16. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
A revolução começou com
a tomada dos quartéis
pelos tenentistas, com
apoio dos próprios
governadores da
Aliança Liberal
(3 de outubro de 1930)
18. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
As forças rebeldes
avançam de vários
pontos em direção a
São Paulo
Enquanto isso, a
revolução tomava
conta das grandes
cidades
21. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
O governo ficou sem
condições de resistir contra
o avanço de Getúlio Vargas
e dos tenentistas
Assim, o próprio
Washington Luís foi
obrigado a deixar a
presidência
(24 de outubro de 1930)
24. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
Daí em diante, os
revolucionários avançaram
sem resistência até
o Rio de Janeiro
Em todos os estados,
são formados novos
governos comandados
pelos tenentistas
25. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
Assim, teve início a
Era Vargas, entre 1930 e 1954
(com um intervalo entre 1945 e 1950),
em que a cena política foi
dominada pela figura de
Getúlio Vargas
27. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
Com a posse de Getúlio, os
tenentistas finalmente
chegaram ao poder
Mas junto com outros
grupos sociais e políticos,
que tinham se juntado
à revolução
Antônio Carlos
de Andrada
Góes Monteiro
31. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
Não foram convocadas novas
eleições, e Getúlio Vargas passou a
controlar todo o poder
Para derrotar as oligarquias,
o Governo Provisório indicou
interventores, para governarem
todos os estados
32. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
Com isso,
Getúlio e seus aliados
tenentistas passaram a
ter todo o poder para
fazer as mudanças que
os tenentistas queriam
Miguel
Costa
Góes
Monteiro
Getúlio
Vargas
33. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
Para isso, os líderes
tenentistas se juntaram no
Clube 3 de Outubro
e criaram as
Legiões Revolucionárias
nos estados
35. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
Novas leis foram criadas para
apoiar os direitos dos trabalhadores,
como a limitação da jornada de
trabalho em 8 horas, e as férias
remuneradas
36. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
Novas leis foram criadas para
apoiar os direitos dos trabalhadores,
como a limitação da jornada de
trabalho em 8 horas, e as férias
remuneradas
Em troca, só seriam reconhecidos os
sindicatos filiados ao
Ministério do Trabalho, que iria
fiscalizar esses direitos
37. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
Na educação, foi criado um
novo ministério para unificar
os sistemas públicos dos
estados, e criar mais vagas
nas escolas,
baseado nos princípios do
educador Anísio Teixeira
38. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
Para salvar a economia, o governo decidiu queimar os
estoques de café, a última tentativa de aumentar os
preços de exportação
42. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
Percebendo que os paulistas estavam descontentes,
João Alberto afastou Isidoro Dias Lopes
do comando militar e colocou em seu lugar
o general Góes Monteiro
43. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
Mas já era tarde:
os partidos Democrático e
Republicano se juntam em uma
aliança contra Getúlio
Assim, formaram a
Frente Única Paulista
44. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
Para os paulistas, a demora em
convocar eleições e fazer uma
nova Constituição fazia do
Governo Provisório uma ditadura
Mas já era tarde:
os partidos Democrático e
Republicano se juntam em uma
aliança contra Getúlio
45. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
Percebendo que começava
um choque entre tenentistas
e paulistas, Getúlio voltou
atrás e indicou um
interventor paulista e civil,
Pedro de Toledo
Sua função seria reconciliar
os partidos com o governo
46. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
Mas essa política acabou quando
quatro estudantes foram mortos
quando uma manifestação atacou
a sede de um partido tenentista
(23 de maio de 1932)
47. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
Mas essa política acabou quando
quatro estudantes foram mortos
quando uma manifestação atacou
a sede de um partido tenentista
(23 de maio de 1932)
Seus nomes,
Miragaia, Martins,
Dráusio e Camargo ,
passaram a dar
nome a um
movimento, o
MMDC
52. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
Em vez de ficar contra,
Pedro de Toledo
decidiu apoiar a
revolução,
rompendo com Getúlio
Apesar de Isidoro Dias
Lopes voltar ao
comando dos paulistas,
essa não tinha nada de
tenentista
53. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
O seu comando efetivo ficou com os generais
Euclides de Figueiredo (que combateu os 18 do Forte) e
Bertoldo Klinger (que combateu a Coluna Prestes)
Euclides
Figueiredo
Bertoldo
Klinger
55. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
Em quase todos os
municípios se formam
batalhões para lutar na
revolução
Porém, nem existiam
armas para todos esses
voluntários
57. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
São Paulo esperava o
apoio de outros estados,
mas seus interventores
preferiram não
se juntar à revolução
58. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
Enquanto isso, o governo federal recrutou tropas de
vindas de várias estados, e que se concentraram na
fronteira entre São Paulo e Rio de Janeiro
59. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
Mesmo assim, os paulistas decidiram partir para
o confronto, abrindo trincheiras
(na região do vale do rio Paraíba do Sul)
60. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
Desde o começo, ficou
evidente que os
paulistas não teriam a
menor chance contra as
forças do resto do país
62. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
Os líderes da revolução
foram exilados
Getúlio indica um parente
seu como interventor e
busca uma reaproximação
com os paulistas
65. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
Veja que entre os constituinte, está uma mulher.
Era Carlota Pereira de Queirós, eleita por São Paulo.
Essa foi a primeira eleição com voto feminino.
66. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
A Constituição aprovada em 1934 restabeleceu a
democracia, incluindo princípios de assistência social
baseados no “New Deal” dos Estados Unidos
68. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
Pela Constituição, o
presidente seria eleito
diretamente, mas o primeiro
mandato (até 1938) seria
eleito pela própria
Constituinte
Os constituintes então escolheram o próprio
Getúlio Vargas para esse primeiro mandato
Getúlio Vargas
175 votos
Borges de Medeiros
59 votos
71. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
Era um período de baixo prestígio da
democracia e avanço de ideologias
totalitárias na Europa
72. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
Fundada pelo escritor Plínio Salgado, a
Ação Integralista Brasileira foi uma fusão
de vários movimentos conservadores
73. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
Com sua rígida disciplina interna,
inspirada no fascismo italiano, os
integralistas consideravam-se os
nacionalistas autênticos, em vez
dos tenentistas ainda alinhados
com Getúlio
74. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
Fortes entre os intelectuais e a classe média,
os integralistas realizavam suas
manifestações usando a camisa-verde,
que era seu uniforme
75. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
Com o lema “Deus, Pátria e Família”, o integralismo
defendia um governo forte e autoritário, baseado nos
valores tradicionais da sociedae
77. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
No lado oposto dessa polarização
estava Luís Carlos Prestes
Como ele não tinha apoiado a revolução de 1930,
o líder tenentista continuava fora do país.
Nesse período, ele aderiu à ideologia comunista
e se tornou secretário-geral (o cargo máximo) do
Partido Comunista do Brasil (PCB)
78. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
Como o PCB não tinha registro legal, criou uma
organização própria, a Aliança Nacional Libertadora,
em 1935, agregando ex-tenentistas que ainda
simpatizavam com Prestes
79. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
A ANL cresceu muito rapidamente,
levando a contínuos choques de
rua com os integralistas
Nesse período, era muito
comum que os partidos se
orgulhassem de atacar e
dissolver as manifestações dos
adversários
80. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
Não eram somente
comunistas na ANL,.
Também socialistas e
outros tenentistas se
aproximaram do
movimento
Miguel
Costa
Pedro
Ernesto
Maurício
de Lacerda
81. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
Logo o alvo principal da ANL passou a
ser o governo Vargas, acusado de trair
a vontade popular
82. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
O governo reagiu com a Lei
de Segurança Nacional
(4 de abril), que permitia ao
governo dissolver os grupos
que tenham sido registrados
“mediante falsa declaração
de seus fins”
83. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
Também greves e
manifestações de
protesto passaram a ser
consideradas como
crimes e, por fim,
a ANL foi fechada
(11 de julho de 1935)
84. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
A partir desse momento, Prestes e seus aliados mais
próximo começaram a organizar um levante para
derrubar Getúlio Vargas
85. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
O resultado foi uma revolta
das guarnições alinhadas
com Prestes, em Natal,
Recife e no forte da Praia
Vermelha, no Rio de Janeiro
(23 a 27 de novembro de 1935)
90. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
No Rio de Janeiro,
os rebeldes decidiram se
render e foram presos
Esse movimento ficou
conhecido como a
“Intentona Comunista”
91. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
O fracasso de Prestes levou à prisão de
milhares de tenentistas simpatizantes no país
A Intentona de 1935 foi o último
movimento de caráter
tenentista no país
92. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
Apesar de derrotado, esse levante
criou um clima de pavor com a
possibilidade de novas ações
comunistas e o governo começou
uma caça aos líderes do PCB,
envolvidos ou não com a
Intentona de 1935
93. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
Jornais foram fechados e
políticos presos, pelas
ordens do chefe da polícia,
Filinto Müller
Müller tinha sido um tenentista
da Coluna Prestes.
Mas, vendo que o movimento
não tinha sucesso, passou a
defender a deserção, e por isso
foi expulso pelo próprio Prestes
94. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
Por fim, em 1936, a polícia de Filinto Müller prendeu o
próprio Luís Carlos Prestes, que já estava no Brasil
desde o ano anterior, com nome falso e disfarçado
95. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
Submetido à tortura, Prestes acabou
sendo condenado à 30 anos de prisão
A condenação foi
por ter ordenado
a morte de uma
adolescente
suspeita de ter
denunciado seu
paradeiro
96. TENENTISMO
E REVOLUÇÃO
Também o prefeito do
Rio de Janeiro,
Pedro Ernesto, foi
deposto com a
acusação de ter
apoiado Prestes