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RELATO DE EXPERIÊNCIA DOI: 10.4025/cienccuidsaude.v15i3.29090
Cienc Cuid Saude 2016 Jul/Set; 15(3):582-589
_______________
*Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora Adjunta do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina
(UFSC). E-mail: juliana.balbinot@ufsc.br.
**Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Professora Substituta do Departamento de Enfermagem da UFSC. E-mail: darla.fernandez@ufsc.br.
***Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Enfermeira do Centro Endoscópico do Hospital Universitário (HU) da UFSC. E-mail:
aldaneasilvestrin@bol.com.br.
****Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Enfermeira do Centro Endoscópico do HU/UFSC. E-mail: ilza.sbs@ig.com.br.
*****Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora Adjunta do Departamento de Enfermagem da UFSC. E-mail: fabiane.sebold@ufsc.br.
******Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora Titular do Departamento de Enfermagem da UFSC. E-mails: silvana.kempfer@ufsc.br.
IMPLANTAÇÃO DA CONSULTA DE ENFERMAGEM NUM CENTRO
ENDOSCÓPICO
Juliana Balbinot Reis Girondi*
Darla Lusia Ropelato Fernandez**
Aldanea Norma de Souza Silvestrin***
Ilza Schmidt de Brito Selhorst****
Luciara Fabiane Sebold*****
Silvana Silveira Kempfer******
RESUMO
Objetivou-se relatar a experiência de implantação da Consulta de Enfermagem no serviço de endoscopia do
Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina. Desde que enfermeiros foram lotados
exclusivamente no setor do Centro Endoscópico da instituição, percebeu-se a necessidade de formular diretrizes
que caracterizassem e documentassem o papel desse profissional no setor. Nesse quesito, várias providências
foram tomadas pela gerência de enfermagem ambulatorial em parceria com os enfermeiros do setor, dentre as
quais a implantação da consulta de enfermagem, com o intuito de contribuir para aperfeiçoar o registro da
assistência prestada e melhorar a comunicação entre os membros da equipe de enfermagem daquele setor.
Instituído o processo de enfermagem, notou-se maior segurança para o paciente e equipe de enfermagem
durante todos os procedimentos realizados. A conscientização e o conhecimento sobre a relevância da atuação
profissional do enfermeiro nesse tipo de serviço devem ser pautados na qualidade da assistência prestada e no
diferencial que a enfermagem traz para a qualidade do atendimento ao usuário.
Palavras-chave: Endoscopia. Cuidados de enfermagem. Processos de enfermagem.
INTRODUÇÃO
O progresso tecnológico na área de exames de
endoscopia nos últimos anos provocou um salto na
qualidade e na quantidade desse tipo de exame nas
áreas hospitalares e ambulatoriais, exigindo
adequação e aperfeiçoamento da enfermagem para
a nova realidade de forma acolhedora, segura e
humanizada. O crescimento da enfermagem na
Endoscopia Gastrointestinal tem sido constante nos
diferentes centros brasileiros, razão pela qual esses
profissionais estão buscando cada vez mais
conhecimentos e capacitação na área(1)
.
Nos serviços de endoscopia, embora a rapidez
do procedimento e o pouco tempo que os usuários
permanecem no local dificultem o estabelecimento
de vínculos entre o enfermeiro, seus pacientes e
familiares, esse fator não deve obstar uma
assistência de enfermagem planejada,
personalizada e humanizada(2)
. O Processo de
Enfermagem pode ser uma ferramenta que
evidencia o desencadeamento dos pensamentos e
juízos desenvolvidos durante a realização dos
cuidados. Além disso, integra, organiza e garante a
continuidade das informações da equipe de
enfermagem, permitindo avaliar sua eficiência e
sua eficácia(3)
.
No Brasil, o Conselho Federal de Enfermagem
(COFEN) determina que o Processo de
Enfermagem seja realizado de modo deliberado e
sistemático, em todos os ambientes em que haja
prestação de cuidado profissional de enfermagem,
em serviço público ou privado. Os conceitos de
Sistematização da Assistência de Enfermagem
(SAE) e de Processo de Enfermagem já foram
muito utilizados de forma ambígua. Enquanto
alguns utilizavam esses conceitos como sinônimos,
outros tinham a visão de que a SAE
operacionalizava e explicitava o Processo de
Enfermagem(4,5)
.
Mas a Resolução do COFEN 358/2009, de
583 Girondi JBR, Fernandez DLR, Silvestrin ANS, Selhorst ISB, Sebold LF, Kempfer
Cienc Cuid Saude 2016 Jul/Set; 15(3): 582-589
outubro de 2009, corrobora esse último
entendimento, afirmando que a Sistematização da
Assistência de Enfermagem organiza o trabalho
profissional quanto a método, pessoal e
instrumentos, possibilitando a operacionalização
do Processo de Enfermagem, instrumento
metodológico que orienta o cuidado profissional de
Enfermagem e a documentação da prática
profissional. A resolução reitera, ainda, que,
quando realizado em ambiente ambulatorial, o
Processo de Enfermagem corresponde ao que
usualmente se denomina Consulta de
Enfermagem(4,5)
.
O objetivo deste estudo é relatar a experiência
de implantação da Consulta de Enfermagem no
Serviço de Endoscopia do Hospital Universitário
da Universidade Federal de Santa Cataria Professor
Polydoro Ernani de São Thiago (HU/UFSC).
O CONTEXTO DA EXPERIÊNCIA
Até o ano 2009, exames de endoscopia
digestiva alta já eram realizados no HU/UFSC há
mais de 25 anos, mas até então sem a presença
constante de enfermeiro no setor. Em razão de
mudanças que foram surgindo no serviço ao longo
dos anos, a presença de um profissional enfermeiro
lotado exclusivamente no setor se consolidou,
pautado nas demandas que foram surgindo com a
aquisição de equipamentos mais complexos, de
novas exigências legais para sua limpeza e
desinfecção de alto nível, do aumento do número
de exames realizados a cada ano e do uso cada vez
mais corriqueiro de sedação consciente do usuário
para realizar o procedimento.
Atualmente, o Centro Endoscópico conta com
um corpo de funcionários composto por duas
enfermeiras, dois técnicos de enfermagem, duas
auxiliares de saúde e um bolsista de graduação da
UFSC, responsável pela recepção do serviço. Além
disso, cinco enfermeiras de outros setores do
hospital ajudam a cobrir o serviço nos finais de
semana, com escala de sobreaviso.
Desde a lotação de um enfermeiro exclusivo
para o Centro Endoscópico em 2009, começou-se a
perceber que, apesar da extensa gama de
responsabilidades desse profissional e da sua
contribuição na organização do serviço, no
gerenciamento e na supervisão da equipe de
técnicos de enfermagem, além da assistência ao
usuário, o serviço não contava com diretrizes que
caracterizassem e documentassem o papel desse
profissional no setor. Percebeu-se, também, certa
lacuna no processo de comunicação não apenas
entre enfermeiras e usuários, mas também entre os
membros da própria equipe de enfermagem.
Assim, ao longo dos últimos anos, a gerência de
enfermagem do serviço ambulatorial do hospital,
em parceria com as enfermeiras do Centro
Endoscópico, elaborou manuais de normas e
rotinas de enfermagem para o setor, protocolo de
acolhimento ao usuário(6)
, fôlder explicativo para
orientações prévias sobre o exame e preparo
necessário, um modelo de consentimento
informado, culminando com a implantação da
consulta de enfermagem, inexistente no setor até
então.
Nesse contexto, a implantação da consulta de
enfermagem no Centro Endoscópico do HU/UFSC
vislumbrou melhorar a qualidade dos cuidados de
enfermagem prestados no serviço, além de
melhorar o serviço como um todo, principalmente
no que se referia às orientações e educação em
saúde para os pacientes e seus familiares. Além
disso, ao implantar a consulta, a enfermagem
daquele setor passaria a atuar de modo
sistematizado, contemplando etapas do Processo
de Enfermagem, com o intuito de contribuir para a
melhoria no registro da assistência prestada e da
comunicação entre os membros da equipe de
enfermagem daquele setor.
A CONSTRUÇÃO DO INSTRUMENTO
A construção do processo de implantação da
consulta de enfermagem aconteceu envolvendo os
dois enfermeiros assistenciais que atuavam no
Centro Endoscópico e a chefia do setor. Nos
encontros, que ocorreram nos meses de setembro e
outubro de 2012, com base na revisão da literatura
e na experiência adquirida na prática do serviço, as
três enfermeiras elaboraram um instrumento para
realizar a consulta de enfermagem.
Durante esses encontros, o grupo procurou
desenvolver um instrumento prático, adequado à
instituição, empregando linguagem acessível a
todos os membros da equipe de enfermagem e que
pudesse ser atualizado sempre que necessário. O
grupo decidiu, ainda, que em razão do pouco
tempo que o paciente permanece no setor, seria
mais prático sintetizar, num único documento, o
registro de todas as etapas da assistência de
Implantação da consulta de enfermagem num centro endoscópico 584
Cienc Cuid Saude 2016 Jul/Set; 15(3):582-589
enfermagem realizadas no pré, trans e pós-exame.
Assim, concomitantemente à implantação da
consulta de enfermagem, construiu-se um
instrumento único para a Sistematização da
Assistência de Enfermagem realizada no Centro
Endoscópico. Nesse instrumento se registram
primeiramente os dados da consulta de
enfermagem, contemplados no Histórico de
Enfermagem e no Exame Físico, ambos realizados
pelo enfermeiro. Posteriormente, seguem-se os
registros de monitorização e cuidados de
enfermagem realizados pela equipe durante o
procedimento; e, por fim, a evolução do paciente
no pós-exame, além dos cuidados dispensados e
orientações prestadas na liberação do paciente.
Os itens do instrumento foram baseados no
Processo de Enfermagem já existente na
instituição, porém devidamente adaptados às
necessidades do setor, enfatizando-se informações
pertinentes aos exames ali realizados. A primeira
parte do instrumento, aplicável na fase pré-exame,
contempla a consulta de enfermagem. Quando
chega ao setor e é atendido pela recepcionista, o
usuário é primeiramente encaminhado ao
enfermeiro, que coleta dados para o Histórico de
Enfermagem e realiza o exame físico. Nesse
momento, são coletadas informações pertinentes à
realização dos exames, com ênfase na segurança
do paciente e que contribuam para maior qualidade
na assistência.
Os aspectos relevantes a serem avaliados pelo
enfermeiro nessa etapa são ilustrados na Figura 1.
Ainda durante a consulta de enfermagem, após
realizar o Histórico e o Exame Físico, o enfermeiro
aproveita a oportunidade para realizar uma
atividade de educação em saúde, fornecendo ao
usuário todas as informações pertinentes ao exame
que será realizado, como: o que é o exame, a
sedação que será utilizada e os possíveis efeitos, a
necessidade de atestado médico para o dia, de que
modo será a entrega do laudo e como será a
recuperação pós-procedimento. Além disso,
verifica se todo o preparo para o exame foi feito
adequadamente.
Para tornar esse momento mais didático, o
enfermeiro passou a utilizar um instrumento que
havia sido construído antes da implantação da
consulta de enfermagem no setor: o fôlder
explicativo para orientações prévias sobre o exame
e o preparo necessário. Devidamente ilustrado,
esse fôlder contempla as informações relevantes
sobre o exame a ser realizado, incluindo: os
profissionais que compõem a equipe; o que é o
exame de endoscopia digestiva alta; o que o
médico pode ver durante o exame; o que é um
endoscópico(1)
.
Desde a sua confecção, o fôlder passou a ser
distribuído nas Unidades Básicas de Saúde (UBS)
e a ser entregue a cada usuário no momento do
agendamento do exame. Quando o paciente está
hospitalizado na própria instituição, a enfermeira
do Centro Endoscópico se dirige até a unidade de
internação para visitar o paciente e entregar o
fôlder a ele e ao seu acompanhante, repassando
todas as informações nele contidas. Durante a
consulta de enfermagem no Centro Endoscópico,
esse material passou a ser mais um instrumento a
ser utilizado para esclarecer dúvidas sobre o
procedimento.
Para o registro das ações de enfermagem
durante a realização do exame (trans) e pós-exame,
o grupo procurou construir um instrumento que
contemplasse os registros da monitorização do
paciente, especialmente quanto aos dados dos
sinais vitais, que passaram a ser coletados
primeiramente pelo enfermeiro, ainda na consulta
de enfermagem, na fase pré, depois na fase trans e
também na fase pós-exame, antes da liberação do
paciente. Assim, os dados de sinais vitais do pré
passam a ser parâmetro para o trans e o pós,
conferindo maior segurança e fidedignidade ao
registro dos dados na evolução do procedimento.
O instrumento passou a permitir, ainda, o
registro da monitorização da glicemia capilar e do
tipo de sedação utilizada durante o procedimento,
além de reservar espaço para o registro da conduta
de enfermagem adotada em cada situação. Ao final
do instrumento, ficam registrados dados
relacionados à avaliação neurológica e motora do
paciente no pós-exame e sobre sua liberação do
setor, como se vê na Figura 2.
A CONTRIBUIÇÃO DA EXPERIÊNCIA
A implantação da consulta de enfermagem no
serviço e a construção de um instrumento para
melhorar o registro das ações de enfermagem no
momento pré, trans e pós-exame no Centro de
Endoscopia do HU/UFSC trouxeram várias
contribuições.
A realização da consulta de enfermagem
validou o atendimento prestado pelo enfermeiro
585 Girondi JBR, Fernandez DLR, Silvestrin ANS, Selhorst ISB, Sebold LF, Kempfer
Cienc Cuid Saude 2016 Jul/Set; 15(3): 582-589
no setor e passou a oportunizar-lhe a avaliação do
usuário que permanecerá sob seus cuidados e da
equipe de técnicos de enfermagem durante um
procedimento com vários riscos eventuais, uma
vez que é altamente invasivo e muito
corriqueiramente realizado sob sedação. Com a
implantação da consulta de enfermagem, o
enfermeiro passou a ter a possibilidade de avaliar
o usuário em busca de informações pertinentes à
realização do exame e que podem sinalizar
complicações em potencial, possíveis interações
medicamentosas, riscos de reação alérgica, além
de indicar particularidades do usuário que
possibilitam ao enfermeiro avaliar e decidir sobre
a melhor maneira de acolhê-lo, mobilizá-lo e
cuidá-lo durante o procedimento.
Desse modo, a enfermagem do serviço atingiu
o que é previsto no Processo de Enfermagem: que
a assistência seja pautada na avaliação do
paciente, porquanto esta fornece os dados que
direcionam a definição de metas a serem
alcançadas e que servem como base para
selecionar as intervenções mais apropriadas à
situação específica do paciente. Nessa
perspectiva, o Processo de Enfermagem passa a
ser um instrumento que guia as decisões clínicas
do enfermeiro e, como tal, refere-se aos processos
intelectuais e cognitivos da prática de
enfermagem(7)
.
Com a implantação da consulta de
enfermagem, passou a ser oferecido ao usuário
um momento de acolhimento(8)
prévio ao exame,
em que ele é atendido por um profissional
capacitado a orientá-lo, o que pode contribuir
significativamente para minimizar-lhe a
ansiedade, esclarecer dúvidas e prevenir
complicações, aumentando a segurança do
procedimento, a qualidade da assistência e a
humanização do cuidado. O Acolhimento é
classificado como tecnologia de cuidado com o
estabelecimento de vínculo entre profissional de
saúde e o usuário, recebendo-o bem, escutando-o
e compreendendo-o, para dar voz às suas
demandas individuais e coletivas(9).
Além disso, com a construção de um
instrumento que aperfeiçoou o registro da
assistência de enfermagem para além do pré,
incluindo o trans e o pós-exame, possibilitou-se
que a sistematização da assistência fosse
registrada com continuidade e sincronicidade,
permitindo que a documentação da assistência
prestada e a análise das informações registradas
sirvam para revelar dados estatísticos importantes
sobre o serviço e a atuação da Enfermagem, além
de traçar o perfil clínico dos usuários atendidos.
Nesse processo destaca-se a importância da
prescrição de enfermagem como instrumento
norteador das ações dos enfermeiros, dos técnicos
de enfermagem e dos auxiliares de enfermagem(5)
.
A metodologia do Processo de Enfermagem é
utilizada hoje em serviços de saúde no mundo
inteiro, sempre associada a melhorias na
qualidade da informação, da comunicação entre
profissionais e na avaliação do desempenho do
trabalho em Enfermagem(10)
. Assim, a exemplo
do que se encontra na literatura, esta experiência
nos autoriza a afirmar que, apesar do curto
período de tempo que foram colocadas em prática
essas ações – cerca de dois anos – seus efeitos já
se evidenciam, mostrando-se muito promissores.
Convém salientar que, embora num primeiro
momento tenha havido certa resistência à
implantação da consulta de enfermagem no
serviço, especialmente por parte da equipe
médica, alegando que geraria morosidade do
atendimento, com o passar do tempo essa prática
começou a ser reconhecida, pelo seu valor na
avaliação prévia do paciente e nos registros
obtidos, possibilitando conhecer melhor o usuário
e obter informações relevantes sobre seu processo
saúde-doença.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Espera-se que este relato de experiência forneça
subsídios para reflexões acerca da importância do
papel do enfermeiro em centros endoscópicos e de
uma assistência de enfermagem sistematizada
nessa área. Tal reflexão deve partir da premissa de
que a conscientização e o conhecimento sobre a
relevância da atuação profissional do enfermeiro
nesse tipo de serviço devem ancorar-se na
qualidade da assistência prestada e no diferencial
que a enfermagem traz para a qualidade do
atendimento ao usuário.
O relato dessa prática é um recorte de realidade
vivenciada pelo enfermeiro que trabalha nessa
instituição e não tem a pretensão de esgotar o tema.
Ao contrário, espera-se que sirva de motivação
para novos estudos e que o tema seja cada vez mais
abordado em todos os seus aspectos e interfaces.
Implantação da consulta de enfermagem num centro endoscópico 586
Cienc Cuid Saude 2016 Jul/Set; 15(3):582-589
Figura 1. Documento para registro dos dados da Consulta de Enfermagem. Florianópolis, SC. Elaborado pelo
autor.
587 Girondi JBR, Fernandez DLR, Silvestrin ANS, Selhorst ISB, Sebold LF, Kempfer
Cienc Cuid Saude 2016 Jul/Set; 15(3): 582-589
Figura 2. Documento para registro dos dados do trans e pós-exame. Florianópolis, SC. Elaborado pelo autor.
Implantação da consulta de enfermagem num centro endoscópico 588
Cienc Cuid Saude 2016 Jul/Set; 15(3):582-589
IMPLEMENTATION OF NURSING CONSULTATION AT AN ENDOSCOPY CENTER
ABSTRACT
The objective of this study was to report the experience of implementing Nursing Consultation into the endoscopy
service at the Federal University of Santa Catarina’s University Hospital. Ever since nurses have been assigned
an exclusive place at the institution’s Endoscopy Center, there has been a need to elaborate guidelines so as to
characterize and document the role of this professional at the sector. In this regard, several actions have been
taken by the outpatient nursing management in partnership with nurses at the sector, including implementation of
nursing consultation aimed at enhancing the registering of provided assistance and improving communication
between nursing team members of that sector. Once the nursing process was instituted, both patient and nursing
team were provided greater security during all procedures performed. Awareness and knowledge about the
relevance of a nurse’s professional practice at this type of service should be based on the quality of the provided
assistance and on the difference nursing makes to the quality of user service.
Keywords: Endoscopy. Nursing care. Nursing processes.
IMPLANTACIÓN DE LA CONSULTA DE ENFERMERÍA EN UN CENTRO ENDOSCÓPICO
RESUMEN
El objetivo fue de relatar la experiencia de implantación de la Consulta de Enfermería en el servicio de
endoscopia del Hospital Universitario de la Universidad Federal de Santa Catarina. Desde que enfermeros fueron
destinados exclusivamente al sector del Centro Endoscópico de la institución, se percibió la necesidad de
formular directrices que caracterizaran y documentaran el papel de este profesional en el sector. Respecto a ello,
varias providencias fueron llevadas a cabo por la gerencia de enfermería ambulatoria en asociación con los
enfermeros del sector, entre ellas la implementación de la consulta de enfermería, con el fin de contribuir para
perfeccionar el registro de la atención prestada y mejorar la comunicación entre los miembros del equipo de
enfermería de aquel sector. Se estableció de enfermería y se percibió mayor seguridad para el paciente y equipo
de enfermería durante todos los procedimientos realizados. La concienciación y el conocimiento sobre la
relevancia de la actuación profesional del enfermero en este tipo de servicio deben ser basados en la calidad de
la asistencia prestada y en el diferencial que la enfermería trae para la calidad de la atención al usuario.
Palabras clave: Endoscopia. Cuidados de enfermería. Procesos de enfermería.
REFERENCIAS
1. Selhorstl IZB, Bubl MBC, Girondi JBR. Protocolo
de acolhimento para usuários submetidos à endoscopia
digestiva alta e seus acompanhantes. Rev Bras Enferm
[on-line]. 2014 [citado 2015 jul 20]; 67(4):575-80.
Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/reben/v67n4/0034-7167-reben-
67-04-0575.pdf
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submetido à endoscopia digestiva alta e seu
acompanhante: perfil e expectativas Enferm Foco [on-
line]. 2013 [citado 2015 jul 20]; 4(3,4):207-10.
Disponível em:
http://revista.portalcofen.gov.br/index.php/enfermagem/
article/viewFile/554/237
3. Dal-Sasso GTM, Barra, DCC, Paese F, Almeida SR,
Rios GC, Marinho MM, et al. Computerized nursing
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2015 jul 20]; 47(1):238:45. Disponível em:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23515827.
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Assistência de Enfermagem [on-line]. Brasília(DF);
2009 [citado 2015 jul 15]. Disponível em:
http://www.cofen.gov.br/
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Lunardi VL. Percepção da equipe de enfermagem acerca
da prescrição de enfermagem. Cienc Cuid Saude [on-
line]. 2010 [citado 2016 out 21[2016; 9(3):510-517.
Disponível em:
file:///C:/Users/Eduardo/Downloads/9336-47686-1-
PB.pdf.
6. Selhorst ISB, Bub MBC, Girondi JBR. Protocolo de
acolhimento e atenção para usuários submetidos a
endoscopia digestiva alta e seus acompanhantes. Rev
Bras Enferm [on-line]. 2014 [citado 2015 jul 15];
67(4):575-80. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=
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8. Macedo CA, Teixeira ER, Daher DV. Possibilidades
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http://www.facenf.uerj.br/v19n3/v19n3a20.pdf.
9. Oliveira TA, Pinto KA. Acolhimento com
classificação de risco e acesso em serviços de
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29. Disponível em:
http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/CiencCuidSaude/
article/view/22897/14790.
589 Girondi JBR, Fernandez DLR, Silvestrin ANS, Selhorst ISB, Sebold LF, Kempfer
Cienc Cuid Saude 2016 Jul/Set; 15(3): 582-589
10. Egilegor JXH, Puyadena MIE, Etxabe JMU,
Herrero MVE, Iraola CA. Estudo retrospectivo da
implementação do processo de enfermagem em uma área
de saúde. Rev Latino-Am Enfermagem [on-line]. 2013
[citado 2015 jul 25]; 21(5):[06 telas]. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/rlae/v21n5/pt_0104-1169-rlae-
21-05-1049.pdf
Endereço para correspondência: Juliana Balbinot Reis Girondi. Rua Delminda Silveira, 363 apto 303,
Agronômica. Florianópolis, SC, Brasil. CEP: 88025-500. E-mail: juliana.balbinot@ufsc.br
Data de recebimento: 02/09/2015
Data de aprovação: 18/10/2016

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Implantação da Consulta de Enfermagem em Centro Endoscópico

  • 1. RELATO DE EXPERIÊNCIA DOI: 10.4025/cienccuidsaude.v15i3.29090 Cienc Cuid Saude 2016 Jul/Set; 15(3):582-589 _______________ *Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora Adjunta do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). E-mail: juliana.balbinot@ufsc.br. **Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Professora Substituta do Departamento de Enfermagem da UFSC. E-mail: darla.fernandez@ufsc.br. ***Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Enfermeira do Centro Endoscópico do Hospital Universitário (HU) da UFSC. E-mail: aldaneasilvestrin@bol.com.br. ****Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Enfermeira do Centro Endoscópico do HU/UFSC. E-mail: ilza.sbs@ig.com.br. *****Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora Adjunta do Departamento de Enfermagem da UFSC. E-mail: fabiane.sebold@ufsc.br. ******Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora Titular do Departamento de Enfermagem da UFSC. E-mails: silvana.kempfer@ufsc.br. IMPLANTAÇÃO DA CONSULTA DE ENFERMAGEM NUM CENTRO ENDOSCÓPICO Juliana Balbinot Reis Girondi* Darla Lusia Ropelato Fernandez** Aldanea Norma de Souza Silvestrin*** Ilza Schmidt de Brito Selhorst**** Luciara Fabiane Sebold***** Silvana Silveira Kempfer****** RESUMO Objetivou-se relatar a experiência de implantação da Consulta de Enfermagem no serviço de endoscopia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina. Desde que enfermeiros foram lotados exclusivamente no setor do Centro Endoscópico da instituição, percebeu-se a necessidade de formular diretrizes que caracterizassem e documentassem o papel desse profissional no setor. Nesse quesito, várias providências foram tomadas pela gerência de enfermagem ambulatorial em parceria com os enfermeiros do setor, dentre as quais a implantação da consulta de enfermagem, com o intuito de contribuir para aperfeiçoar o registro da assistência prestada e melhorar a comunicação entre os membros da equipe de enfermagem daquele setor. Instituído o processo de enfermagem, notou-se maior segurança para o paciente e equipe de enfermagem durante todos os procedimentos realizados. A conscientização e o conhecimento sobre a relevância da atuação profissional do enfermeiro nesse tipo de serviço devem ser pautados na qualidade da assistência prestada e no diferencial que a enfermagem traz para a qualidade do atendimento ao usuário. Palavras-chave: Endoscopia. Cuidados de enfermagem. Processos de enfermagem. INTRODUÇÃO O progresso tecnológico na área de exames de endoscopia nos últimos anos provocou um salto na qualidade e na quantidade desse tipo de exame nas áreas hospitalares e ambulatoriais, exigindo adequação e aperfeiçoamento da enfermagem para a nova realidade de forma acolhedora, segura e humanizada. O crescimento da enfermagem na Endoscopia Gastrointestinal tem sido constante nos diferentes centros brasileiros, razão pela qual esses profissionais estão buscando cada vez mais conhecimentos e capacitação na área(1) . Nos serviços de endoscopia, embora a rapidez do procedimento e o pouco tempo que os usuários permanecem no local dificultem o estabelecimento de vínculos entre o enfermeiro, seus pacientes e familiares, esse fator não deve obstar uma assistência de enfermagem planejada, personalizada e humanizada(2) . O Processo de Enfermagem pode ser uma ferramenta que evidencia o desencadeamento dos pensamentos e juízos desenvolvidos durante a realização dos cuidados. Além disso, integra, organiza e garante a continuidade das informações da equipe de enfermagem, permitindo avaliar sua eficiência e sua eficácia(3) . No Brasil, o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) determina que o Processo de Enfermagem seja realizado de modo deliberado e sistemático, em todos os ambientes em que haja prestação de cuidado profissional de enfermagem, em serviço público ou privado. Os conceitos de Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e de Processo de Enfermagem já foram muito utilizados de forma ambígua. Enquanto alguns utilizavam esses conceitos como sinônimos, outros tinham a visão de que a SAE operacionalizava e explicitava o Processo de Enfermagem(4,5) . Mas a Resolução do COFEN 358/2009, de
  • 2. 583 Girondi JBR, Fernandez DLR, Silvestrin ANS, Selhorst ISB, Sebold LF, Kempfer Cienc Cuid Saude 2016 Jul/Set; 15(3): 582-589 outubro de 2009, corrobora esse último entendimento, afirmando que a Sistematização da Assistência de Enfermagem organiza o trabalho profissional quanto a método, pessoal e instrumentos, possibilitando a operacionalização do Processo de Enfermagem, instrumento metodológico que orienta o cuidado profissional de Enfermagem e a documentação da prática profissional. A resolução reitera, ainda, que, quando realizado em ambiente ambulatorial, o Processo de Enfermagem corresponde ao que usualmente se denomina Consulta de Enfermagem(4,5) . O objetivo deste estudo é relatar a experiência de implantação da Consulta de Enfermagem no Serviço de Endoscopia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Cataria Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU/UFSC). O CONTEXTO DA EXPERIÊNCIA Até o ano 2009, exames de endoscopia digestiva alta já eram realizados no HU/UFSC há mais de 25 anos, mas até então sem a presença constante de enfermeiro no setor. Em razão de mudanças que foram surgindo no serviço ao longo dos anos, a presença de um profissional enfermeiro lotado exclusivamente no setor se consolidou, pautado nas demandas que foram surgindo com a aquisição de equipamentos mais complexos, de novas exigências legais para sua limpeza e desinfecção de alto nível, do aumento do número de exames realizados a cada ano e do uso cada vez mais corriqueiro de sedação consciente do usuário para realizar o procedimento. Atualmente, o Centro Endoscópico conta com um corpo de funcionários composto por duas enfermeiras, dois técnicos de enfermagem, duas auxiliares de saúde e um bolsista de graduação da UFSC, responsável pela recepção do serviço. Além disso, cinco enfermeiras de outros setores do hospital ajudam a cobrir o serviço nos finais de semana, com escala de sobreaviso. Desde a lotação de um enfermeiro exclusivo para o Centro Endoscópico em 2009, começou-se a perceber que, apesar da extensa gama de responsabilidades desse profissional e da sua contribuição na organização do serviço, no gerenciamento e na supervisão da equipe de técnicos de enfermagem, além da assistência ao usuário, o serviço não contava com diretrizes que caracterizassem e documentassem o papel desse profissional no setor. Percebeu-se, também, certa lacuna no processo de comunicação não apenas entre enfermeiras e usuários, mas também entre os membros da própria equipe de enfermagem. Assim, ao longo dos últimos anos, a gerência de enfermagem do serviço ambulatorial do hospital, em parceria com as enfermeiras do Centro Endoscópico, elaborou manuais de normas e rotinas de enfermagem para o setor, protocolo de acolhimento ao usuário(6) , fôlder explicativo para orientações prévias sobre o exame e preparo necessário, um modelo de consentimento informado, culminando com a implantação da consulta de enfermagem, inexistente no setor até então. Nesse contexto, a implantação da consulta de enfermagem no Centro Endoscópico do HU/UFSC vislumbrou melhorar a qualidade dos cuidados de enfermagem prestados no serviço, além de melhorar o serviço como um todo, principalmente no que se referia às orientações e educação em saúde para os pacientes e seus familiares. Além disso, ao implantar a consulta, a enfermagem daquele setor passaria a atuar de modo sistematizado, contemplando etapas do Processo de Enfermagem, com o intuito de contribuir para a melhoria no registro da assistência prestada e da comunicação entre os membros da equipe de enfermagem daquele setor. A CONSTRUÇÃO DO INSTRUMENTO A construção do processo de implantação da consulta de enfermagem aconteceu envolvendo os dois enfermeiros assistenciais que atuavam no Centro Endoscópico e a chefia do setor. Nos encontros, que ocorreram nos meses de setembro e outubro de 2012, com base na revisão da literatura e na experiência adquirida na prática do serviço, as três enfermeiras elaboraram um instrumento para realizar a consulta de enfermagem. Durante esses encontros, o grupo procurou desenvolver um instrumento prático, adequado à instituição, empregando linguagem acessível a todos os membros da equipe de enfermagem e que pudesse ser atualizado sempre que necessário. O grupo decidiu, ainda, que em razão do pouco tempo que o paciente permanece no setor, seria mais prático sintetizar, num único documento, o registro de todas as etapas da assistência de
  • 3. Implantação da consulta de enfermagem num centro endoscópico 584 Cienc Cuid Saude 2016 Jul/Set; 15(3):582-589 enfermagem realizadas no pré, trans e pós-exame. Assim, concomitantemente à implantação da consulta de enfermagem, construiu-se um instrumento único para a Sistematização da Assistência de Enfermagem realizada no Centro Endoscópico. Nesse instrumento se registram primeiramente os dados da consulta de enfermagem, contemplados no Histórico de Enfermagem e no Exame Físico, ambos realizados pelo enfermeiro. Posteriormente, seguem-se os registros de monitorização e cuidados de enfermagem realizados pela equipe durante o procedimento; e, por fim, a evolução do paciente no pós-exame, além dos cuidados dispensados e orientações prestadas na liberação do paciente. Os itens do instrumento foram baseados no Processo de Enfermagem já existente na instituição, porém devidamente adaptados às necessidades do setor, enfatizando-se informações pertinentes aos exames ali realizados. A primeira parte do instrumento, aplicável na fase pré-exame, contempla a consulta de enfermagem. Quando chega ao setor e é atendido pela recepcionista, o usuário é primeiramente encaminhado ao enfermeiro, que coleta dados para o Histórico de Enfermagem e realiza o exame físico. Nesse momento, são coletadas informações pertinentes à realização dos exames, com ênfase na segurança do paciente e que contribuam para maior qualidade na assistência. Os aspectos relevantes a serem avaliados pelo enfermeiro nessa etapa são ilustrados na Figura 1. Ainda durante a consulta de enfermagem, após realizar o Histórico e o Exame Físico, o enfermeiro aproveita a oportunidade para realizar uma atividade de educação em saúde, fornecendo ao usuário todas as informações pertinentes ao exame que será realizado, como: o que é o exame, a sedação que será utilizada e os possíveis efeitos, a necessidade de atestado médico para o dia, de que modo será a entrega do laudo e como será a recuperação pós-procedimento. Além disso, verifica se todo o preparo para o exame foi feito adequadamente. Para tornar esse momento mais didático, o enfermeiro passou a utilizar um instrumento que havia sido construído antes da implantação da consulta de enfermagem no setor: o fôlder explicativo para orientações prévias sobre o exame e o preparo necessário. Devidamente ilustrado, esse fôlder contempla as informações relevantes sobre o exame a ser realizado, incluindo: os profissionais que compõem a equipe; o que é o exame de endoscopia digestiva alta; o que o médico pode ver durante o exame; o que é um endoscópico(1) . Desde a sua confecção, o fôlder passou a ser distribuído nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e a ser entregue a cada usuário no momento do agendamento do exame. Quando o paciente está hospitalizado na própria instituição, a enfermeira do Centro Endoscópico se dirige até a unidade de internação para visitar o paciente e entregar o fôlder a ele e ao seu acompanhante, repassando todas as informações nele contidas. Durante a consulta de enfermagem no Centro Endoscópico, esse material passou a ser mais um instrumento a ser utilizado para esclarecer dúvidas sobre o procedimento. Para o registro das ações de enfermagem durante a realização do exame (trans) e pós-exame, o grupo procurou construir um instrumento que contemplasse os registros da monitorização do paciente, especialmente quanto aos dados dos sinais vitais, que passaram a ser coletados primeiramente pelo enfermeiro, ainda na consulta de enfermagem, na fase pré, depois na fase trans e também na fase pós-exame, antes da liberação do paciente. Assim, os dados de sinais vitais do pré passam a ser parâmetro para o trans e o pós, conferindo maior segurança e fidedignidade ao registro dos dados na evolução do procedimento. O instrumento passou a permitir, ainda, o registro da monitorização da glicemia capilar e do tipo de sedação utilizada durante o procedimento, além de reservar espaço para o registro da conduta de enfermagem adotada em cada situação. Ao final do instrumento, ficam registrados dados relacionados à avaliação neurológica e motora do paciente no pós-exame e sobre sua liberação do setor, como se vê na Figura 2. A CONTRIBUIÇÃO DA EXPERIÊNCIA A implantação da consulta de enfermagem no serviço e a construção de um instrumento para melhorar o registro das ações de enfermagem no momento pré, trans e pós-exame no Centro de Endoscopia do HU/UFSC trouxeram várias contribuições. A realização da consulta de enfermagem validou o atendimento prestado pelo enfermeiro
  • 4. 585 Girondi JBR, Fernandez DLR, Silvestrin ANS, Selhorst ISB, Sebold LF, Kempfer Cienc Cuid Saude 2016 Jul/Set; 15(3): 582-589 no setor e passou a oportunizar-lhe a avaliação do usuário que permanecerá sob seus cuidados e da equipe de técnicos de enfermagem durante um procedimento com vários riscos eventuais, uma vez que é altamente invasivo e muito corriqueiramente realizado sob sedação. Com a implantação da consulta de enfermagem, o enfermeiro passou a ter a possibilidade de avaliar o usuário em busca de informações pertinentes à realização do exame e que podem sinalizar complicações em potencial, possíveis interações medicamentosas, riscos de reação alérgica, além de indicar particularidades do usuário que possibilitam ao enfermeiro avaliar e decidir sobre a melhor maneira de acolhê-lo, mobilizá-lo e cuidá-lo durante o procedimento. Desse modo, a enfermagem do serviço atingiu o que é previsto no Processo de Enfermagem: que a assistência seja pautada na avaliação do paciente, porquanto esta fornece os dados que direcionam a definição de metas a serem alcançadas e que servem como base para selecionar as intervenções mais apropriadas à situação específica do paciente. Nessa perspectiva, o Processo de Enfermagem passa a ser um instrumento que guia as decisões clínicas do enfermeiro e, como tal, refere-se aos processos intelectuais e cognitivos da prática de enfermagem(7) . Com a implantação da consulta de enfermagem, passou a ser oferecido ao usuário um momento de acolhimento(8) prévio ao exame, em que ele é atendido por um profissional capacitado a orientá-lo, o que pode contribuir significativamente para minimizar-lhe a ansiedade, esclarecer dúvidas e prevenir complicações, aumentando a segurança do procedimento, a qualidade da assistência e a humanização do cuidado. O Acolhimento é classificado como tecnologia de cuidado com o estabelecimento de vínculo entre profissional de saúde e o usuário, recebendo-o bem, escutando-o e compreendendo-o, para dar voz às suas demandas individuais e coletivas(9). Além disso, com a construção de um instrumento que aperfeiçoou o registro da assistência de enfermagem para além do pré, incluindo o trans e o pós-exame, possibilitou-se que a sistematização da assistência fosse registrada com continuidade e sincronicidade, permitindo que a documentação da assistência prestada e a análise das informações registradas sirvam para revelar dados estatísticos importantes sobre o serviço e a atuação da Enfermagem, além de traçar o perfil clínico dos usuários atendidos. Nesse processo destaca-se a importância da prescrição de enfermagem como instrumento norteador das ações dos enfermeiros, dos técnicos de enfermagem e dos auxiliares de enfermagem(5) . A metodologia do Processo de Enfermagem é utilizada hoje em serviços de saúde no mundo inteiro, sempre associada a melhorias na qualidade da informação, da comunicação entre profissionais e na avaliação do desempenho do trabalho em Enfermagem(10) . Assim, a exemplo do que se encontra na literatura, esta experiência nos autoriza a afirmar que, apesar do curto período de tempo que foram colocadas em prática essas ações – cerca de dois anos – seus efeitos já se evidenciam, mostrando-se muito promissores. Convém salientar que, embora num primeiro momento tenha havido certa resistência à implantação da consulta de enfermagem no serviço, especialmente por parte da equipe médica, alegando que geraria morosidade do atendimento, com o passar do tempo essa prática começou a ser reconhecida, pelo seu valor na avaliação prévia do paciente e nos registros obtidos, possibilitando conhecer melhor o usuário e obter informações relevantes sobre seu processo saúde-doença. CONSIDERAÇÕES FINAIS Espera-se que este relato de experiência forneça subsídios para reflexões acerca da importância do papel do enfermeiro em centros endoscópicos e de uma assistência de enfermagem sistematizada nessa área. Tal reflexão deve partir da premissa de que a conscientização e o conhecimento sobre a relevância da atuação profissional do enfermeiro nesse tipo de serviço devem ancorar-se na qualidade da assistência prestada e no diferencial que a enfermagem traz para a qualidade do atendimento ao usuário. O relato dessa prática é um recorte de realidade vivenciada pelo enfermeiro que trabalha nessa instituição e não tem a pretensão de esgotar o tema. Ao contrário, espera-se que sirva de motivação para novos estudos e que o tema seja cada vez mais abordado em todos os seus aspectos e interfaces.
  • 5. Implantação da consulta de enfermagem num centro endoscópico 586 Cienc Cuid Saude 2016 Jul/Set; 15(3):582-589 Figura 1. Documento para registro dos dados da Consulta de Enfermagem. Florianópolis, SC. Elaborado pelo autor.
  • 6. 587 Girondi JBR, Fernandez DLR, Silvestrin ANS, Selhorst ISB, Sebold LF, Kempfer Cienc Cuid Saude 2016 Jul/Set; 15(3): 582-589 Figura 2. Documento para registro dos dados do trans e pós-exame. Florianópolis, SC. Elaborado pelo autor.
  • 7. Implantação da consulta de enfermagem num centro endoscópico 588 Cienc Cuid Saude 2016 Jul/Set; 15(3):582-589 IMPLEMENTATION OF NURSING CONSULTATION AT AN ENDOSCOPY CENTER ABSTRACT The objective of this study was to report the experience of implementing Nursing Consultation into the endoscopy service at the Federal University of Santa Catarina’s University Hospital. Ever since nurses have been assigned an exclusive place at the institution’s Endoscopy Center, there has been a need to elaborate guidelines so as to characterize and document the role of this professional at the sector. In this regard, several actions have been taken by the outpatient nursing management in partnership with nurses at the sector, including implementation of nursing consultation aimed at enhancing the registering of provided assistance and improving communication between nursing team members of that sector. Once the nursing process was instituted, both patient and nursing team were provided greater security during all procedures performed. Awareness and knowledge about the relevance of a nurse’s professional practice at this type of service should be based on the quality of the provided assistance and on the difference nursing makes to the quality of user service. Keywords: Endoscopy. Nursing care. Nursing processes. IMPLANTACIÓN DE LA CONSULTA DE ENFERMERÍA EN UN CENTRO ENDOSCÓPICO RESUMEN El objetivo fue de relatar la experiencia de implantación de la Consulta de Enfermería en el servicio de endoscopia del Hospital Universitario de la Universidad Federal de Santa Catarina. Desde que enfermeros fueron destinados exclusivamente al sector del Centro Endoscópico de la institución, se percibió la necesidad de formular directrices que caracterizaran y documentaran el papel de este profesional en el sector. Respecto a ello, varias providencias fueron llevadas a cabo por la gerencia de enfermería ambulatoria en asociación con los enfermeros del sector, entre ellas la implementación de la consulta de enfermería, con el fin de contribuir para perfeccionar el registro de la atención prestada y mejorar la comunicación entre los miembros del equipo de enfermería de aquel sector. Se estableció de enfermería y se percibió mayor seguridad para el paciente y equipo de enfermería durante todos los procedimientos realizados. La concienciación y el conocimiento sobre la relevancia de la actuación profesional del enfermero en este tipo de servicio deben ser basados en la calidad de la asistencia prestada y en el diferencial que la enfermería trae para la calidad de la atención al usuario. Palabras clave: Endoscopia. Cuidados de enfermería. Procesos de enfermería. REFERENCIAS 1. Selhorstl IZB, Bubl MBC, Girondi JBR. 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  • 8. 589 Girondi JBR, Fernandez DLR, Silvestrin ANS, Selhorst ISB, Sebold LF, Kempfer Cienc Cuid Saude 2016 Jul/Set; 15(3): 582-589 10. Egilegor JXH, Puyadena MIE, Etxabe JMU, Herrero MVE, Iraola CA. Estudo retrospectivo da implementação do processo de enfermagem em uma área de saúde. Rev Latino-Am Enfermagem [on-line]. 2013 [citado 2015 jul 25]; 21(5):[06 telas]. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rlae/v21n5/pt_0104-1169-rlae- 21-05-1049.pdf Endereço para correspondência: Juliana Balbinot Reis Girondi. Rua Delminda Silveira, 363 apto 303, Agronômica. Florianópolis, SC, Brasil. CEP: 88025-500. E-mail: juliana.balbinot@ufsc.br Data de recebimento: 02/09/2015 Data de aprovação: 18/10/2016