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Luísa Dacosta
Luísa Dacosta, pseudónimo de Maria Luísa Saraiva Pinto dos Santos, nasceu
no dia 16 de Fevereiro de 1927 em Vila Real. Formou-se em Lisboa, na Fa-
culdade de Letras, em Histórico-Filosóficas. Foi professora do ensino público
e em 1997 reformou-se por limite de idade. Exerceu a crítica na página literá-
ria de O Comércio do Porto e colaborou noutras páginas literárias, nomeada-
mente nas do Jornal de Notícias, Diário Popular e em A Capital. Foi colabora-
dora das revistas Seara Nova,Vértice, Vida Mundial, Raiz e Utopia, Gazeta
Musical e de Todas as Artes e de Colóquio de Letras, onde continua a cola-
borar. Em 1985, filmou para a RTP, integrado na série Clube de Leitura dirigi-
da por Carlos Correia com a Escola de Mirandela, o colóquio sobre o seu
livro A Menina Coração de Pássaro. Escreveu sobretudo para crianças.
António Alçada Baptista
Escritor português, nascido a 29 de Janeiro de 1927, na Covilhã, estudou num colégio de Je-
suítas em Santo Tirso. Após uma licenciatura em Direito, tirada em Lisboa e concluída em
1950, esteve ligado à edição e ao jornalismo. Foi director da revista O Tempo e o Modo (1963-
69) e presidente do Instituto Português do Livro. Dirigiu jornais, como O Dia, e colaborou com
outros, como A Capital ou o Semanário. Participou ainda em programas de televisão e da rá-
dio. É oficial da Ordem de Sant'Iago e recebeu das mãos do Presidente Ramalho Eanes a
Ordem Militar de Cristo, em 1983, e a Grã-Cruz da Ordem do Infante entregue pelo Presidente
Mário Soares, em 1995. Foi nomeado colaborador do Presidente Jorge Sampaio.
Profundamente influenciado pelo Cristianismo de pensadores como Emmanuel Mounier e Teil-
lard de Chardin, conseguiu obter com os dois volumes de "Peregrinação Interior" a unanimida-
de da crítica e do público. Enquanto ficcionista, publicou "Os Nós e os Laços" (1985),
"Catarina ou o Sabor da Maçã" (1988), "Tia Suzana, Meu Amor" (1989), "O Riso de
Deus" (1994) e "Pesca à Linha - Algumas Memórias" (1998), um livro que se assume como
uma obra de memórias, recordações, lucidez e ironia, e à qual não é alheio o profundo sentido
afectivo que caracteriza a escrita deste autor. Como cronista e defensor da liberdade Alçada
Baptista publicou em Outubro de 2002 "Um Olhar à Nossa Volta", o testemunho de uma vivên-
cia colectiva registada na década de 70 e 80 marcada por inquietações político-sociais. E ago-
ra "A Cor dos Dias - Memórias e Peregrinações".
Álvaro Magalhães
Álvaro Magalhães nasceu no Porto, em 1951. A sua obra para crianças e jovens
integra poesia, conto, ficção e textos dramáticos, repartindo-se por mais de 50 títu-
los, muitos dos quais recomendados no Plano Nacional de Leitura. Ela caracteriza-
se sobretudo pela originalidade e invenção, quer na escolha dos temas quer no seu
tratamento, estimando-se que já tenha cativado quase dois milhões de leitores. Foi
várias vezes premiado pela Associação Portuguesa de Escritores e pelo Ministério
da Cultura. Em 2002, o seu livro O Limpa-Palavras e Outros Poemas foi integrado
na “Honour List” do Prémio Hans Christian Andersen. Também em 2002, o seu li-
vro Hipopóptimos – Uma história de amor recebeu o Grande Prémio Calouste Gul-
benkian. A sua mais recente criação – o Vampiro Valentim – tem obtido grande su-
cesso junto dos leitores, esgotando sucessivas edições em apenas um ano e tendo
já sido objecto de tradução em língua espanhola. Parte da sua obra, aliás, encontra-
se publicada em Espanha, em França e no Brasil. A sua conhecida série “Triângulo
Jota” foi adaptada para televisão.
Ilse Losa
Escritora portuguesa de origem alemã, nascida em Hanôver, de ascendência judia,
veio para Portugal em 1934, fugindo à perseguição nazi. É conhecida principalmente
pelos seus livros para crianças e pelo seu livro sobre as memórias das perseguições
aos judeus com o título "O Mundo em que vivi” (1943). Recebeu, em 1991 o Grande
Prémio de Livros para Crianças atribuído pela Fundação Calouste Gulbenkian. Es-
creve regularmente desde 1949, sendo o seu livro "Um Fidalgo de Pernas Curtas"
muito conhecido, bem como "Contos de Eva Luna." Divulgou autores portugueses
na Alemanha. Trabalhou também para a televisão criando séries infantis. Faleceu a
6 de Janeiro de 2006.
Agustina Bessa-Luís
Agustina Bessa-Luís, pseudônimo literário de Maria Agustina Ferreira Teixeira
Bessa, nasceu no ano de 1922. É uma escritora portuguesa, considerada uma
das grandes romancistas contemporâneas, é herdeira, por um lado, da lucidez
de Camilo Castelo Branco na análise dos sentimentos e das relações huma-
nas, jogando, por outro, com o transcendente que parece governar misteriosa-
mente o cotidiano. Centrados no enigma e na força que possuem as questões
femininas, alguns de seus títulos poderiam ilustrar seu universo ficcional reple-
to de uma violência surda: Mundo Fechado (1948), A Sibila (1954), As Fúrias
(1977), O Mosteiro (1980). É ainda dramaturga e autora de várias biografias,
em que dialoga com suas obsessões romanescas.
Miguel Sousa Tavares
Miguel Andresen de Sousa Tavares (Porto, 25 de Junho de 1952) é um jorna-
lista e escritor português.
Filho da poetisa portuguesa Sophia de Mello Breyner Andresen e do advogado Francisco
Sousa Tavares, começou a sua vida profissional pela advocacia, que abandonou em favor
do jornalismo, de onde passa para a escrita literária. Tem uma obra diversificada, essenci-
almente marcada por crónicas e reportagens, mas fez já outras digressões literárias, no-
meadamente com a publicação de um livro infantil, de vários contos e do roman-
ce Equador, um best-seller em Portugal durante 2004 e 2005. Em 2007, publicou seu se-
gundo romance, "Rio das Flores", numa tiragem de 100 mil exemplares. Ainda em 2007,
Miguel Souza Tavares ganhou o Prémio de Jornalismo e Comunicação Victor Cunha Re-
go.
Colabora atualmente com o jornal Expresso, com a estação de televisão SIC, onde rein-
gressou depois de uma passagem pela estação de televisão TVI. Contribui também, sema-
nalmente, para o jornal A Bola onde escreve uma coluna com o nome "Nortada". As suas
opiniões sobre diversos assuntos tabagismo, o Presidente da República Cavaco Silva,
professores (a quem acusa de seres inúteis) e futebol (acérrimo defensor do Futebol Clube
do Porto) têm sido fonte para muitas críticas em blogues e tem semeado alguns inimigos
de estimação.
Manuel António Pina
Poeta português, natural do Sabugal (Beira Alta). Licenciado em Direito pela Uni-
versidade de Coimbra. É, desde 1971, jornalista do Jornal de Notícias, atualmen-
te exerce as funções de editor. Na literatura infantil reúne as seguintes obras: O
País das Pessoas de Pernas para o Ar (1973), O Têpluquê (1976), Os Dois La-
drões (1983), O Pássaro da Cabeça (1983), Os Dois Ladrões (1983), Histórias
com Reis, Rainhas, Bobos, Bombeiros e Galinhas (1984), O Inventão (Prémio
Gulbenkian: Melhor Livro Publicado em Portugal em 1986/1987), O Tesouro
(1993), O Meu Rio é de Ouro (1995), Nenhuma Palavra e Nenhuma Lembrança
(2000), entre outras. Publicou também os volumes de poesia Ainda Não é o Fim
nem o Princípio do Mundo Calma é Apenas um Pouco Tarde, Aquele que Quer
Morrer (1978, Prémio Casa da Imprensa), A Lâmpada do Quarto? A Criança?
(1981), Nenhum Sítio (1984), O Caminho de Casa (1988), Um Sítio Onde Pousar
a Cabeça (1991), Algo Parecido com Isto da Mesma Substância (Poesia reunida,
1974/1992) (1992), Farewell happy fields (1993), Cuidados Intensivos (1994), O
Anacronista (1994, Prémio Nacional de Crónica Press Club/Clube de Jornalis-
tas), Aniki-Bobó (1997). Está traduzido em castelhano, dinamarquês, francês,
galego e inglês.
Rosa Lobato Faria
Rosa Lobato de Faria nasceu em Lisboa em abril de 1932, tendo falecido a 2
de fevereiro de 2010, aos 77 anos.
Poetisa e romancista, o essencial da sua poesia está reunido no volu-
me Poemas Escolhidos e Dispersos, de 1997. O seu primeiro romance, O
Pranto de Lúcifer, veio a público em 1995. Seguiram-se-lhe Os Pássaros de
Seda (1996), Os Três Casamentos de Camilla S. (1997), Romance de Cor-
délia (1998), O Prenúncio das Águas (1999), A Trança de Inês (2001), O
Sétimo Véu (2003), Os Linhos da Avó (2004), A Flor do Sal(2005), A Alma
Trocada (2007), A Estrela de Gonçalo Enes (2007) e As Esquinas do Tem-
po (2008).
Foi também autora de diversos livros infantis. Está traduzida em Espanha,
França e Alemanha e representada em várias coletâneas de contos, em Por-
tugal e no estrangeiro.
Foi também conhecida do grande público como atriz de televisão e cinema.
Em 2000, obteve o Prémio Máxima de Literatura.
Lídia Jorge
Romancista e contista portuguesa. Nasceu em 1946, no Algarve. Viveu os anos
mais conturbados da Guerra Colonial em África. Foi membro da Alta Autoridade
para a Comunicação Social. É professora do ensino secundário e publica regu-
larmente artigos na imprensa. O tema da mulher e da sua solidão é uma preocu-
pação central da obra de Lídia Jorge, como, por exemplo, em Notícia da Cidade
Silvestre (1984) e A Costa dos Murmúrios (1988). O Dia dos Prodígios (1979),
outro romance de relevo, encerra uma grande capacidade inventiva, retratando o
marasmo e a desadaptação de uma pequena aldeia algarvia. O Vento Assobian-
do nas Gruas (2002) é mais um romance da autora e aborda a relação entre uma
mulher branca com um homem africano e o seu comportamento perante uma
sociedade de contrastes. Este seu livro venceu o Grande Prémio de Romance e
Novela da Associação Portuguesa de Escritores em 2003.
José Saramago
Filho e neto de camponeses, José Saramago nasceu na aldeia de Azinhaga, província
do Ribatejo, no dia 16 de Novembro de 1922, se bem que o registo oficial mencione como
data de nascimento o dia 18. Os seus pais emigraram para Lisboa quando ele não havia
ainda completado dois anos. A maior parte da sua vida decorreu, portanto, na capital. Fez
estudos secundários (liceais e técnicos) que, por dificuldades económicas, não pôde
prosseguir. O seu primeiro emprego foi como serralheiro mecânico, tendo exercido depois
diversas profissões: desenhador, funcionário da saúde e da previdência social, tradutor,
editor, jornalista. Publicou o seu primeiro livro, um romance, Terra do Pecado, em 1947,
tendo estado depois largo tempo sem publicar (até 1966). Trabalhou durante doze anos
numa editora, onde exerceu funções de direção literária e de produção. Colaborou como
crítico literário na revista Seara Nova. Em 1972 e 1973 fez parte da redação do jor-
nal Diário de Lisboa, onde foi comentador político, tendo também coordenado, durante
cerca de um ano, o suplemento cultural daquele vespertino. Pertenceu à primeira Direção
da Associação Portuguesa de Escritores e foi, de 1985 a 1994, presidente da Assembleia
Geral da Sociedade Portuguesa de Autores. Entre Abril e Novembro de 1975 foi diretor
adjunto do jornal Diário de Notícias. A partir de 1976 passou a viver exclusivamente do
seu trabalho literário, primeiro como tradutor, depois como autor. Casou com Pilar del Río
em 1988 e em Fevereiro de 1993 decidiu repartir o seu tempo entre a sua residência ha-
bitual em Lisboa e a ilha de Lanzarote, no arquipélago das Canárias (Espanha). Em 1998
foi-lhe atribuído o Prémio Nobel de Literatura.
José Saramago faleceu a 18 de Junho de 2010.
José Jorge Letria
Jornalista, poeta, dramaturgo, ficcionista e autor de uma vasta obra para crianças e
jovens, José Jorge Letria nasceu em Cascais, em l951, tendo desempenhado, entre
1994 e 2002, as funções de vereador da Cultura no município local. Estudou Direito,
História e História de Arte na Universidade de Lisboa, sendo pós-graduado em Jor-
nalismo Internacional e Mestre em “Estudos da Paz e da Guerra nas Novas Rela-
ções Internacionais” pela Universidade Autónoma de Lisboa. Foi, desde l970 e até
Dezembro de 2003, redator e editor de jornais como “Diário de Lisboa”, “República”,
“Musicalíssimo”, “Diário de Notícias” e “Jornal de Letras”, tendo sido, igualmente,
professor de jornalismo, experiência da qual resultou a publicação de três livros
sobre a matéria. Foi autor de programas de rádio e de televisão, destacando-se, a
esse nível, a sua participação, durante vários anos, na equipa de criadores da “Rua
Sésamo”, em Portugal.
A sua obra literária foi distinguida, até à data, com dois Grandes Prémios da APE
( conto e teatro), com o Prémio Internacional Unesco ( França), com o Prémio Aula
de Poesia de Barcelona, com o Prémio Plural (México), com o Prémio da Associa-
ção Paulista de Críticos de Arte (São Paulo), com um Prémio Gulbenkian, com o
Grande Prémio Garrett da Secretaria de Estado da Cultural, com o Prémio Eça de
Queirós-Município de Lisboa (duas vezes), com o Prémio Ferreira de Castro de Lite-
ratura Infantil ( três vezes), com o Prémio “O Ambiente na Literatura Infantil”(três
vezes), com o Prémio Garrett, com o Prémio José Régio de teatro e com o Prémio
António Lobo Antunes
João Lobo Antunes nasceu em Lisboa em 1944, no seio de uma pequena aristocracia
burguesa. Com cinco irmãos, foi um filho que não deu trabalho a educar, passou desper-
cebido. Teve uma educação religiosa e por influência do avô, que era juiz da Irmandade
do Santíssimo e referência moral em Benfica, foi menino de coro e chegou a ser presiden-
te da JUC.
Criou uma relação especial com o pai com quem ficava no Verão em Lisboa. O primeiro
ficava a trabalhar e João Lobo Antunes a estudar, enquanto a mãe ía para a praia das
Maçãs com os irmãos.
A decisão de ser médico chegou apenas no último ano do liceu e surpreendeu, pois era
suposto ir para Bioquímica no Técnico.
"O meu pai é médico neurocirurgião, vivia num ambiente familiar de médicos, agora se
isso foi determinante ou não, se calhar até foi."
Trabalha arduamente, e é na sua "ecologia individual" como lhe chama, que recupera do
desgaste e encontra o equilíbrio necessário para voltar ao trabalho. O silêncio é outra
chave de ouro necessária na sua vida.
Acusam-no de ser vaidoso, crítica que o magoa profundamente, uma vez que tudo o que
conseguiu foi fruto de muito esforço. "Não gosto de ser considerado vaidoso, nunca fui,
nunca o serei."
O gosto pela escrita nunca se perdeu e mesmo com uma vida atarefada ainda encontra o
tempo para escrever. Já editou três livros, ganhando o Prémio Pessoa com o seu livro
"Um Modo de Ser", que recebeu com uma sensação de euforia juvenil.
Escreveu ainda o prefácio da obra "De Profundis, Valsa Lenta" de José Cardoso Pires,
que narra um acontecimento que viria a modificar a vida do escritor - a perda da memória.
Miguel Torga
Pseudónimo de Adolfo Correia da Rocha, autor de uma produção literária
vasta e variada, largamente reconhecida. Nasceu em S. Martinho de Anta em
1907. Depois de uma experiência de emigração no Brasil durante a adoles-
cência, cursou Medicina em Coimbra, onde passou a viver e onde veio a fale-
cer em 1995. Foi poeta presencista numa primeira fase; a sua obra abordou
temas bucólicos, a angústia da morte, a revolta, temas sociais como a justiça
e a liberdade, o amor, e deixou transparecer uma aliança íntima e permanen-
te entre o homem e a terra. Estreou-se com Ansiedades, destacando-se no
domínio da poesia com Orfeu Rebelde, Cântico do Homem, bem como atra-
vés de muitos poemas dispersos pelos dezasseis volumes do seu Diário; na
obra de ficção distinguimos A Criação do Mundo, Bichos, Novos Contos da
Montanha, entre outros. O Diário ocupa um lugar de grande relevo na sua
obra. Também como escritor dramático, publicou três obras intituladas Terra
Firme, Mar e O Paraíso. Recebeu o Prémio Camões em 1989 e o prémio
Vida Literária (atribuído pela Associação Portuguesa de Escritores) em 1992.
Fernando Namora
Pseudónimo de Adolfo Correia da Rocha, autor de uma produção literária vasta e
variada, largamente reconhecida. Nasceu em S. Martinho de Anta em 1907. De-
pois de uma experiência de emigração no Brasil durante a adolescência, cursou
Medicina em Coimbra, onde passou a viver e onde veio a falecer em 1995. Foi
poeta presencista numa primeira fase; a sua obra abordou temas bucólicos, a
angústia da morte, a revolta, temas sociais como a justiça e a liberdade, o amor, e
deixou transparecer uma aliança íntima e permanente entre o homem e a terra.
Estreou-se com Ansiedades, destacando-se no domínio da poesia com Orfeu
Rebelde, Cântico do Homem, bem como através de muitos poemas dispersos
pelos dezasseis volumes do seu Diário; na obra de ficção distinguimos A Criação
do Mundo, Bichos, Novos Contos da Montanha, entre outros. O Diário ocupa um
lugar de grande relevo na sua obra. Também como escritor dramático, publicou
três obras intituladas Terra Firme, Mar e O Paraíso. Recebeu o Prémio Camões
em 1989 e o prémio Vida Literária (atribuído pela Associação Portuguesa de Es-
critores) em 1992.
Isabel Alçada
Estudou no Liceu Francês (Lycée Français Charles Lepierre) e licenciou-
se em Filosofia, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa,
em 1974.Ainda estudante, no ano de 1973, entrou para o Centro de Psicologia e
Formação Psicoforma. No rescaldo do 25 de abril é admitida no Ministério da
Educação, onde começa como técnica superior da Direção-Geral Permanente de
Educação, em 1975, passando depois para o Secretariado de Reestruturação do
Ensino Secundário. Tornou-se professora do Ensino Básico em 1976.Colega
de Ana Maria Magalhães na Escola EB 2/3 Fernando Pessoa, na periferia
de Lisboa, formou com esta professora uma dupla na escrita infanto-juvenil, inau-
gurada com Uma aventura...na cidade, em 1982. A coleção Uma Aventura revelar
-se-ia um sucesso sem precedentes entre as camadas jovens, alcançando, em
2017, 59 títulos editados, além de adaptações para televisão e cinema.
Em 1984 Isabel Alçada obteve um mestrado em Análise Social da Educação
na Universidade de Boston, homologado pela Universidade Nova de Lisboa. No
ano seguinte, em 1985, tornou-se professora-adjunta da Escola Superior de Edu-
cação do Instituto Politécnico de Lisboa.Desempenhou os cargos de membro do
Conselho Diretivo da Escola EB 2/3 Fernando Pessoa, vogal da Direção do Sindi-
cato dos Professores da Grande Lisboa, administradora da Fundação de Serral-
ves, de 2000 a 2004, e de comissária do Plano Nacional de Leitura,[1]
de 2006 a 2009.
Em 2009 foi empossada como Ministra da Educação do XVIII Governo Constituci-
onal.
Alice Vieira
Alice Vieira nasceu em Lisboa, onde se formou em alemão pela Faculda-
de de Letras da Universidade de Lisboa. Em 1958 iniciou sua colabora-
ção no Suplemento Juvenil do Diário de Lisboa, dedicando-se ao jornalis-
mo profissional a partir de 1969. Em 1979 publica seu primeiro título para
jovens, Rosa, minha irmã Rosa, obtendo o prêmio de literatura infantil
Ano Internacional da Criança. Alice não parou mais de escrever para
crianças e jovens, sempre com muito boa acolhida, até que deixou o
jornalismo para ser escritora em tempo integral. Em 1994 recebeu da
Fundação Calouste Gulbenkian uma das mais importantes de Portugal
para o incentivo à cultura e às artes o Grande Prémio Gulbenkian pelo
conjunto da sua obra. Autora de mais de cinquenta títulos, Alice Vieira é
considerada uma das maiores escritoras portuguesas de todos os tem-
pos.
Almeida Garrett
Almeida Garrett (1799-1855) foi jornalista, legislador, poeta e escritor.
Foi percursor do Romantismo em Portugal. Envolve-se na guerras libe-
rais ao lado de D. Pedro , razão porque se viu obrigado a procurar o
exílio por duas vezes.
Nasceu no Porto em 4 de Fevereiro de 1799 com o nome João Baptis-
ta da Silva Leitão. Estudou Direito em Coimbra, onde adoptou o nome
Almeida Garrett, destacando-se como orador notável, batendo-se por
causas.
Como autor tem uma vasta bibliografia onde se destacam “Frei Luís de
Sousa” e “Viagens na minha Terra”, mas Garrett foi também ministro e
par do reino, desenvolvendo uma carreira política após as guerras libe-
rais, chegando a receber o título nobiliárquico de Visconde.
Enquanto membro do Governo é responsável pela criação do Teatro
Nacional D. Maria II e do Conservatório de Arte Dramática.
Os períodos de exílio levaram-no a contactar com outros autores de
origem britânica e francesa que tiveram forte influência na sua obra.
Camilo Castelo Branco
Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco (1825-1890) foi escritor, romancis-
ta, poeta , cronista, crítico, dramaturgo, historiador e tradutor. Recebeu
ainda do rei D. Luís o título de visconde de Correia Botelho.
Ficou órfão de mãe aos dois anos e de pai aos nove, altura em que deixou
Lisboa para viver em Vila Real com uma tia. Casa aos 16 anos, mas envol-
ve-se em diversas relações extraconjugais.
Vai cursar medicina no Porto, em 1844, mas não completa o curso. Em
1885 estreia-se na poesia passando depois para o teatro e o jornalismo.
Nos anos seguintes irá fundar diversos jornais e publicar romances envol-
vendo-se em polémicas diversas enquanto, já viúvo, surge envolvido em
diversos casos amorosos. A sua grande paixão será, no entanto, Ana Plá-
cido, uma mulher casada que o levará à prisão por adultério.
Na fase final da vida encontra-se cego e impossibilitado de escrever. Suici-
dou-se com um tiro de revólver.
Mário Cesariny
Mário Cesariny nasceu em Lisboa em 1923. Com os poetas António Pedro, José-
Augusto França, Fernando Azevedo e Alexandre O´Neill, entre outros, foi um dos fun-
dadores do Grupo Surrealista de Lisboa, após retornar de Paris em 1947, onde estu-
dara naAcadémie de la Grande Chaumière e estabelecera contato com André Breton.
O trabalho do grupo assume um caráter político de resistência ao regime que dominava
o país, além de estabelecer-se como alternativa ao neo-realismo que dominava as le-
tras de Portugal naquele momento. Mais tarde, fundou o grupo dissidente, que se que-
ria "anti-grupo", Os Surrealistas, com O´Neill mais uma vez e com poetas como Pedro
Oom.
Também pintor, seu trabalho poético possui no entanto uma clareza e limpidez que se
destacam quando pensamos na imagética típica da poesia surrealista. Homossexual
declarado num momento e país em que isto ainda provocava incômodo, Mário Cesa-
riny manteve-se como um "resistente" e "dissidente" até o fim de sua vida, lutando con-
tra os que tentavam fazer de sua obra "passado domesticado." Seus livros mais impor-
tantes (com seus maravilhosos títulos) incluem Corpo Visível (1950),Discurso sobre a
Reabilitação do Real Quotidiano (1952),Manual de Prestidigitação (1956),Alguns Mitos
Maiores e Alguns Mitos Menores Postos à Circulação pelo Autor (1958),As Mãos na
Água e na Cabeça (1972),Burlescas, Teóricas e Sentimentais (1972) eTitânia (1994).
Mário Cesariny morreu em Lisboa, em 2006, aos 83 anos.
Luís de Camões
Luís Vaz de Camões, filho de Simão Vaz de Camões e de Ana de Sá e Macedo,
nasceu por volta de 1524/1525 e faleceu em 1580 no dia 10 de Junho em Lisboa.
Em guerra, como soldado perdeu o olho direito – perda referida na Canção lembran-
ça da longa Saudade.
Quando regressou a Lisboa foi preso, em 1552, saindo um ano depois perdoado
pelo agredido e pelo rei, como se lê numa carta que este enviou para a índia para
onde foi nesse mesmo ano. Segundo alguns autores, terá sido nessa altura que
compôs o primeiro canto dos Os Lusíadas.
Na índia não foi feliz, e em Goa mostrou a sua desilusão como se pode ler no soneto
Cá nesta babilónia donde mana.
De seguida viajou para Macau e lá escreveu mais seis cantos. Voltou para Goa onde
sobreviveu a naufrágio, nadando com um braço e com o outro segurava o manuscri-
to da Imortal Epopeia. Nesse naufrágio morreu uma rapariga a quem lhe estava mui-
to afeiçoada, chamada “Dinamene”, a quem dedicou os famosos sonetos do ci-
clo Dimamene.
Em 1569, após 16 anos regressou a Lisboa, e três anos mais tarde publicou a pri-
meira edição de Os Lusíadas.
Camões morreu doente e na miséria no dia 10 de Junho. Um seu amigo mandou-lhe
inscrever na campa rasa um epitáfio significativo: “ Aqui jaz Luís de Camões, prínci-
pe dos poetas do seu tempo. Viveu pobre e miseravelmente, e assim morreu.”
A 10 de Junho comemora-se o dia de Camões, de Portugal e das Comunidades
Portuguesas.
José Gomes Ferreira
Escritor, poeta e ficcionista português, natural do Porto. Formou-se em Direito em 1924,
tendo sido cônsul na Noruega entre 1925 e 1929. Após o seu regresso a Portugal, enve-
redou pela carreira jornalística. Foi colaborador de vários jornais e revistas, tais como a
Presença, a Seara Nova e Gazeta Musical e de Todas as Artes. Esteve ligado ao grupo
do Novo Cancioneiro, sendo geral o reconhecimento das afinidades entre a sua obra e o
neo realismo.
A sua poética acusa influências tão variadas quanto a do empenhamento neo realista, o
visionarismo surrealista ou o saudosismo, numa dialética constante entre a irrealidade e
a realidade, entre as suas tendências individualistas e a necessidade de partilhar o sofri-
mento dos outros. Da sua obra poética destacam-se, para além do volume de estreia,
Lírios do Monte (1918), Poesia, Poesia II e Poesia III (1948, 1950 e 1961, respetivamen-
te), recebendo este último o Grande Prémio de Poesia da Sociedade Portuguesa de
Escritores.
A sua obra poética foi reunida em 1977-1978, em Poeta Militante. O seu pendor jornalís-
tico reflete-se nos volumes de crónicas O Mundo dos Outros (1950) e O Irreal Quotidia-
no (1971). No campo da ficção escreveu O Mundo Desabitado (1960), Aventuras de
João Sem Medo (1963), Imitação dos Dias (1966), Tempo Escandinavo (1969) e O Eni-
gma da Árvore Enamorada (1980). O seu livro de reflexões e memórias A Memória das
Palavras (1965) recebeu o Prémio da Casa da Imprensa. É ainda autor de ensaios so-
bre literatura, tendo organizado, com Carlos de Oliveira, a antologia Contos Tradicionais
Portugueses (1958).
Inês Pedrosa
Inês Pedrosa nasceu em 1962. Licenciada em Ciências da Comunicação pela
Universidade Nova de Lisboa, trabalhou na imprensa, na rádio e na televisão.
Dirigiu a revista Marie Claireentre 1993 e 1996. Foi diretora da Casa Fernando
Pessoa entre 2008 e 2014. Mantém desde há 13 anos uma crónica semanal,
primeiro no semanário Expresso e atualmente no semanário Sol. Participa no
programa semanal de rádio A Páginas Tantas (Antena 1 da RDP).
Tem 23 livros publicados, entre romances, contos, crónicas, biografias e antolo-
gias. A sua obra encontra-se publicada no Brasil, em Espanha, em Itália e na
Alemanha.
Romances (todos publicados pela Dom Quixote): A Instrução dos Amantes, Nas
Tuas Mãos(Prémio Máxima de Literatura), Fazes-me Falta, A Eternidade e o
Desejo, Os Íntimos (Prémio Máxima de Literatura), Dentro de Ti Ver o
Mar e Desamparo, publicado em 2015.
Vasco Graça Moura
Personagem polifacetada da vida cultural portuguesa (Foz do Douro, 3 de Janeiro
de 1942 — Lisboa, 27 de Abril 2014). Poeta, romancista, ensaísta, tradutor, foi se-
cretário de Estado de dois Governos provisórios, desempenhou funções directivas
na RTP, na Imprensa Nacional e na Comissão para as Comemorações dos Desco-
brimentos Portugueses. Em 1999, foi eleito deputado ao Parlamento Europeu. Para
ele, a poesia "é uma questão de técnica e de melancolia", crescendo d' A Furiosa
Paixão pelo Tangível através de uma densa rede metafórica que combina a inter-
textualidade, relacionada especialmente com Camões, Jorge de Sena, Dante, Sha-
kespeare e Rilke, objectos privilegiados de estudo deste autor, e uma tendência
ironicamente discursivista assente na agilidade sintáctica. É autor de três ensaios
sobre Camões: Luís de Camões: Alguns Desafios (1980), Camões e a Divina Pro-
porção (1985) e Sobre Camões, Gândavo e Outras Personagens (2000). Em 1996,
a sua obra foi reunida em volume. Dos títulos deste autor, podemos salien-
tar Concerto Campestre, os romances Quatro Últimas Canções (1987) e Meu Amor
Era de Noite (2001), os livros de poesia Uma Carta no Inverno, que lhe valeu o pré-
mio da APE, e Poemas com Pessoas (ambos de 1997). Recebeu o Prémio Pessoa
em 1995 e a medalha de ouro da Comuna de Florença em 1998, ambos atribuídos
à sua tradução da Divina Comédia de Dante.
Pedro Homem de Melo
Poeta português, natural do Porto. Formou-se, em 1926, na Faculdade de Direito da
Universidade de Coimbra, após o que exerceu o cargo de delegado do Procurador
da República em Águeda (1927), conciliando-o com a prática de advocacia. Foi pro-
fessor do ensino secundário e director da Escola Comercial Mouzinho da Silveira.
Entre muitas actividades, destaca-se a sua dedicada pesquisa sobre o folclore portu-
guês, que contemplou com vários programas de televisão, ensaios e exposições de
recolha etnográfica da diversidade de registos musicais e culturais de norte a sul do
país. Como obras mais significativas publicadas nesta área contam-se A Poesia na
Dança e nos Cantares do Povo Português (1941) e Danças de Portugal. Como poe-
ta, fez parte do movimento da revista Presença. Estreou-se na escrita com Caravela
ao Mar (1934), conquistando, em 1939, o Prémio Antero de Quental com Segredo.
Receberia ainda o Prémio Ocidente com Uma Rosa na Manhã Agreste (1964), o
prémio Casimiro Dantas com Eu Hei-de Voltar um Dia (1966) e o Prémio Nacional de
Poesia com Eu Desci dos Infernos (1972). Entre as suas obras contam-se ainda Pe-
cado (1942), Jardins Suspensos (1937), Príncipe Perfeito (1944), Bodas Vermelhas
(1947), Miserere (1948), Os Amigos Infelizes (1952), Grande, Grande Era a Cidade
(1955), Povo Que Lavas no Rio, Ecce Homo (1974) e Poemas Escolhidos (1983). As
suas tendências literárias surgem associadas ao seu interesse pelo folclore e a uma
vivência das tradições de expressão popular, desenvolvendo o poeta muitas das
suas obras num cenário nortenho
Fernando Pessoa
Fernando Pessoa Poeta português, nasceu em 1888, em Lisboa, e morreu nessa
mesma cidade em 1935. Filho da pequena burguesia lisboeta, cresceu em Durban
(África do Sul) frequentando mais tarde a Universidade de Capetown. Foi o inglês
sua segunda língua materna e, como anglicizado, teve depois dificuldades em re-
encontrar-se na vida portuguesa. Em Lisboa, logo abandonou os estudos, dedican-
do-se, como autodidata, a vastas leituras de filosofia e poesia. Levou vida modes-
ta, complementando sua renda pela confeção de horóscopos nos quais acreditava.
Foi defensor de práticas místicas, tendo sido membro da Fraternidade Rosacruz.
Fernando Pessoa inseriu-se no movimento modernista com características futuris-
tas. Escreveu usando heterónimos, a maioria na poesia. Álvaro de Campos, Ricar-
do Reis, Alberto Caeiro e ele mesmo, ou seja Fernando Pessoa. Usou heterônimos
também na prosa no caso Bernardo Soares.
A sua obra é altamente intelectualizada. Suas primeiras poesias somente foram
publicadas em 1915 na revista "Orfeu". Muitas delas ficaram durante sua vida iné-
ditas pois, em vida, seu talento era apenas reconhecido pelos círculos limitados da
boémia literária de Lisboa. Fernando Pessoa é crescentemente reconhecido como
o maior poeta português desde Camões.
Sophia de Mello Breyner
Andresen
Sophia de Mello Breyner Andresen nasce a 6 de Novembro de 1919 no
Porto, onde passa a infância. Entre 1936 e 1939 estuda Filologia Clás-
sica na Universidade de Lisboa. Publica os primeiros versos em 1940,
nos Cadernos de Poesia. Casada com Francisco Sousa Tavares, pas-
sa a viver em Lisboa. Tem cinco filhos.
Participa ativamente na oposição o Estado Novo e é eleita, depois do
25 de Abril, deputada à Assembleia Constituinte.
Autora de catorze livros de poesia, publicados entre 1944 e 1997, es-
creve também contos, histórias para crianças, artigos, ensaios e teatro.
Traduz Eurípedes, Shakespeare, Claudel, Dante e, para o francês, al-
guns poetas portugueses.
Recebeu, entre outros, o Prêmio Camões 1999, o Prêmio de Poesia
Max Jacob 2001 e o Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana
2003.

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Biografias de escritores portugueses

  • 1. Luísa Dacosta Luísa Dacosta, pseudónimo de Maria Luísa Saraiva Pinto dos Santos, nasceu no dia 16 de Fevereiro de 1927 em Vila Real. Formou-se em Lisboa, na Fa- culdade de Letras, em Histórico-Filosóficas. Foi professora do ensino público e em 1997 reformou-se por limite de idade. Exerceu a crítica na página literá- ria de O Comércio do Porto e colaborou noutras páginas literárias, nomeada- mente nas do Jornal de Notícias, Diário Popular e em A Capital. Foi colabora- dora das revistas Seara Nova,Vértice, Vida Mundial, Raiz e Utopia, Gazeta Musical e de Todas as Artes e de Colóquio de Letras, onde continua a cola- borar. Em 1985, filmou para a RTP, integrado na série Clube de Leitura dirigi- da por Carlos Correia com a Escola de Mirandela, o colóquio sobre o seu livro A Menina Coração de Pássaro. Escreveu sobretudo para crianças. António Alçada Baptista Escritor português, nascido a 29 de Janeiro de 1927, na Covilhã, estudou num colégio de Je- suítas em Santo Tirso. Após uma licenciatura em Direito, tirada em Lisboa e concluída em 1950, esteve ligado à edição e ao jornalismo. Foi director da revista O Tempo e o Modo (1963- 69) e presidente do Instituto Português do Livro. Dirigiu jornais, como O Dia, e colaborou com outros, como A Capital ou o Semanário. Participou ainda em programas de televisão e da rá- dio. É oficial da Ordem de Sant'Iago e recebeu das mãos do Presidente Ramalho Eanes a Ordem Militar de Cristo, em 1983, e a Grã-Cruz da Ordem do Infante entregue pelo Presidente Mário Soares, em 1995. Foi nomeado colaborador do Presidente Jorge Sampaio. Profundamente influenciado pelo Cristianismo de pensadores como Emmanuel Mounier e Teil- lard de Chardin, conseguiu obter com os dois volumes de "Peregrinação Interior" a unanimida- de da crítica e do público. Enquanto ficcionista, publicou "Os Nós e os Laços" (1985), "Catarina ou o Sabor da Maçã" (1988), "Tia Suzana, Meu Amor" (1989), "O Riso de Deus" (1994) e "Pesca à Linha - Algumas Memórias" (1998), um livro que se assume como uma obra de memórias, recordações, lucidez e ironia, e à qual não é alheio o profundo sentido afectivo que caracteriza a escrita deste autor. Como cronista e defensor da liberdade Alçada Baptista publicou em Outubro de 2002 "Um Olhar à Nossa Volta", o testemunho de uma vivên- cia colectiva registada na década de 70 e 80 marcada por inquietações político-sociais. E ago- ra "A Cor dos Dias - Memórias e Peregrinações".
  • 2. Álvaro Magalhães Álvaro Magalhães nasceu no Porto, em 1951. A sua obra para crianças e jovens integra poesia, conto, ficção e textos dramáticos, repartindo-se por mais de 50 títu- los, muitos dos quais recomendados no Plano Nacional de Leitura. Ela caracteriza- se sobretudo pela originalidade e invenção, quer na escolha dos temas quer no seu tratamento, estimando-se que já tenha cativado quase dois milhões de leitores. Foi várias vezes premiado pela Associação Portuguesa de Escritores e pelo Ministério da Cultura. Em 2002, o seu livro O Limpa-Palavras e Outros Poemas foi integrado na “Honour List” do Prémio Hans Christian Andersen. Também em 2002, o seu li- vro Hipopóptimos – Uma história de amor recebeu o Grande Prémio Calouste Gul- benkian. A sua mais recente criação – o Vampiro Valentim – tem obtido grande su- cesso junto dos leitores, esgotando sucessivas edições em apenas um ano e tendo já sido objecto de tradução em língua espanhola. Parte da sua obra, aliás, encontra- se publicada em Espanha, em França e no Brasil. A sua conhecida série “Triângulo Jota” foi adaptada para televisão. Ilse Losa Escritora portuguesa de origem alemã, nascida em Hanôver, de ascendência judia, veio para Portugal em 1934, fugindo à perseguição nazi. É conhecida principalmente pelos seus livros para crianças e pelo seu livro sobre as memórias das perseguições aos judeus com o título "O Mundo em que vivi” (1943). Recebeu, em 1991 o Grande Prémio de Livros para Crianças atribuído pela Fundação Calouste Gulbenkian. Es- creve regularmente desde 1949, sendo o seu livro "Um Fidalgo de Pernas Curtas" muito conhecido, bem como "Contos de Eva Luna." Divulgou autores portugueses na Alemanha. Trabalhou também para a televisão criando séries infantis. Faleceu a 6 de Janeiro de 2006.
  • 3. Agustina Bessa-Luís Agustina Bessa-Luís, pseudônimo literário de Maria Agustina Ferreira Teixeira Bessa, nasceu no ano de 1922. É uma escritora portuguesa, considerada uma das grandes romancistas contemporâneas, é herdeira, por um lado, da lucidez de Camilo Castelo Branco na análise dos sentimentos e das relações huma- nas, jogando, por outro, com o transcendente que parece governar misteriosa- mente o cotidiano. Centrados no enigma e na força que possuem as questões femininas, alguns de seus títulos poderiam ilustrar seu universo ficcional reple- to de uma violência surda: Mundo Fechado (1948), A Sibila (1954), As Fúrias (1977), O Mosteiro (1980). É ainda dramaturga e autora de várias biografias, em que dialoga com suas obsessões romanescas. Miguel Sousa Tavares Miguel Andresen de Sousa Tavares (Porto, 25 de Junho de 1952) é um jorna- lista e escritor português. Filho da poetisa portuguesa Sophia de Mello Breyner Andresen e do advogado Francisco Sousa Tavares, começou a sua vida profissional pela advocacia, que abandonou em favor do jornalismo, de onde passa para a escrita literária. Tem uma obra diversificada, essenci- almente marcada por crónicas e reportagens, mas fez já outras digressões literárias, no- meadamente com a publicação de um livro infantil, de vários contos e do roman- ce Equador, um best-seller em Portugal durante 2004 e 2005. Em 2007, publicou seu se- gundo romance, "Rio das Flores", numa tiragem de 100 mil exemplares. Ainda em 2007, Miguel Souza Tavares ganhou o Prémio de Jornalismo e Comunicação Victor Cunha Re- go. Colabora atualmente com o jornal Expresso, com a estação de televisão SIC, onde rein- gressou depois de uma passagem pela estação de televisão TVI. Contribui também, sema- nalmente, para o jornal A Bola onde escreve uma coluna com o nome "Nortada". As suas opiniões sobre diversos assuntos tabagismo, o Presidente da República Cavaco Silva, professores (a quem acusa de seres inúteis) e futebol (acérrimo defensor do Futebol Clube do Porto) têm sido fonte para muitas críticas em blogues e tem semeado alguns inimigos de estimação.
  • 4. Manuel António Pina Poeta português, natural do Sabugal (Beira Alta). Licenciado em Direito pela Uni- versidade de Coimbra. É, desde 1971, jornalista do Jornal de Notícias, atualmen- te exerce as funções de editor. Na literatura infantil reúne as seguintes obras: O País das Pessoas de Pernas para o Ar (1973), O Têpluquê (1976), Os Dois La- drões (1983), O Pássaro da Cabeça (1983), Os Dois Ladrões (1983), Histórias com Reis, Rainhas, Bobos, Bombeiros e Galinhas (1984), O Inventão (Prémio Gulbenkian: Melhor Livro Publicado em Portugal em 1986/1987), O Tesouro (1993), O Meu Rio é de Ouro (1995), Nenhuma Palavra e Nenhuma Lembrança (2000), entre outras. Publicou também os volumes de poesia Ainda Não é o Fim nem o Princípio do Mundo Calma é Apenas um Pouco Tarde, Aquele que Quer Morrer (1978, Prémio Casa da Imprensa), A Lâmpada do Quarto? A Criança? (1981), Nenhum Sítio (1984), O Caminho de Casa (1988), Um Sítio Onde Pousar a Cabeça (1991), Algo Parecido com Isto da Mesma Substância (Poesia reunida, 1974/1992) (1992), Farewell happy fields (1993), Cuidados Intensivos (1994), O Anacronista (1994, Prémio Nacional de Crónica Press Club/Clube de Jornalis- tas), Aniki-Bobó (1997). Está traduzido em castelhano, dinamarquês, francês, galego e inglês. Rosa Lobato Faria Rosa Lobato de Faria nasceu em Lisboa em abril de 1932, tendo falecido a 2 de fevereiro de 2010, aos 77 anos. Poetisa e romancista, o essencial da sua poesia está reunido no volu- me Poemas Escolhidos e Dispersos, de 1997. O seu primeiro romance, O Pranto de Lúcifer, veio a público em 1995. Seguiram-se-lhe Os Pássaros de Seda (1996), Os Três Casamentos de Camilla S. (1997), Romance de Cor- délia (1998), O Prenúncio das Águas (1999), A Trança de Inês (2001), O Sétimo Véu (2003), Os Linhos da Avó (2004), A Flor do Sal(2005), A Alma Trocada (2007), A Estrela de Gonçalo Enes (2007) e As Esquinas do Tem- po (2008). Foi também autora de diversos livros infantis. Está traduzida em Espanha, França e Alemanha e representada em várias coletâneas de contos, em Por- tugal e no estrangeiro. Foi também conhecida do grande público como atriz de televisão e cinema. Em 2000, obteve o Prémio Máxima de Literatura.
  • 5. Lídia Jorge Romancista e contista portuguesa. Nasceu em 1946, no Algarve. Viveu os anos mais conturbados da Guerra Colonial em África. Foi membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social. É professora do ensino secundário e publica regu- larmente artigos na imprensa. O tema da mulher e da sua solidão é uma preocu- pação central da obra de Lídia Jorge, como, por exemplo, em Notícia da Cidade Silvestre (1984) e A Costa dos Murmúrios (1988). O Dia dos Prodígios (1979), outro romance de relevo, encerra uma grande capacidade inventiva, retratando o marasmo e a desadaptação de uma pequena aldeia algarvia. O Vento Assobian- do nas Gruas (2002) é mais um romance da autora e aborda a relação entre uma mulher branca com um homem africano e o seu comportamento perante uma sociedade de contrastes. Este seu livro venceu o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores em 2003. José Saramago Filho e neto de camponeses, José Saramago nasceu na aldeia de Azinhaga, província do Ribatejo, no dia 16 de Novembro de 1922, se bem que o registo oficial mencione como data de nascimento o dia 18. Os seus pais emigraram para Lisboa quando ele não havia ainda completado dois anos. A maior parte da sua vida decorreu, portanto, na capital. Fez estudos secundários (liceais e técnicos) que, por dificuldades económicas, não pôde prosseguir. O seu primeiro emprego foi como serralheiro mecânico, tendo exercido depois diversas profissões: desenhador, funcionário da saúde e da previdência social, tradutor, editor, jornalista. Publicou o seu primeiro livro, um romance, Terra do Pecado, em 1947, tendo estado depois largo tempo sem publicar (até 1966). Trabalhou durante doze anos numa editora, onde exerceu funções de direção literária e de produção. Colaborou como crítico literário na revista Seara Nova. Em 1972 e 1973 fez parte da redação do jor- nal Diário de Lisboa, onde foi comentador político, tendo também coordenado, durante cerca de um ano, o suplemento cultural daquele vespertino. Pertenceu à primeira Direção da Associação Portuguesa de Escritores e foi, de 1985 a 1994, presidente da Assembleia Geral da Sociedade Portuguesa de Autores. Entre Abril e Novembro de 1975 foi diretor adjunto do jornal Diário de Notícias. A partir de 1976 passou a viver exclusivamente do seu trabalho literário, primeiro como tradutor, depois como autor. Casou com Pilar del Río em 1988 e em Fevereiro de 1993 decidiu repartir o seu tempo entre a sua residência ha- bitual em Lisboa e a ilha de Lanzarote, no arquipélago das Canárias (Espanha). Em 1998 foi-lhe atribuído o Prémio Nobel de Literatura. José Saramago faleceu a 18 de Junho de 2010.
  • 6. José Jorge Letria Jornalista, poeta, dramaturgo, ficcionista e autor de uma vasta obra para crianças e jovens, José Jorge Letria nasceu em Cascais, em l951, tendo desempenhado, entre 1994 e 2002, as funções de vereador da Cultura no município local. Estudou Direito, História e História de Arte na Universidade de Lisboa, sendo pós-graduado em Jor- nalismo Internacional e Mestre em “Estudos da Paz e da Guerra nas Novas Rela- ções Internacionais” pela Universidade Autónoma de Lisboa. Foi, desde l970 e até Dezembro de 2003, redator e editor de jornais como “Diário de Lisboa”, “República”, “Musicalíssimo”, “Diário de Notícias” e “Jornal de Letras”, tendo sido, igualmente, professor de jornalismo, experiência da qual resultou a publicação de três livros sobre a matéria. Foi autor de programas de rádio e de televisão, destacando-se, a esse nível, a sua participação, durante vários anos, na equipa de criadores da “Rua Sésamo”, em Portugal. A sua obra literária foi distinguida, até à data, com dois Grandes Prémios da APE ( conto e teatro), com o Prémio Internacional Unesco ( França), com o Prémio Aula de Poesia de Barcelona, com o Prémio Plural (México), com o Prémio da Associa- ção Paulista de Críticos de Arte (São Paulo), com um Prémio Gulbenkian, com o Grande Prémio Garrett da Secretaria de Estado da Cultural, com o Prémio Eça de Queirós-Município de Lisboa (duas vezes), com o Prémio Ferreira de Castro de Lite- ratura Infantil ( três vezes), com o Prémio “O Ambiente na Literatura Infantil”(três vezes), com o Prémio Garrett, com o Prémio José Régio de teatro e com o Prémio António Lobo Antunes João Lobo Antunes nasceu em Lisboa em 1944, no seio de uma pequena aristocracia burguesa. Com cinco irmãos, foi um filho que não deu trabalho a educar, passou desper- cebido. Teve uma educação religiosa e por influência do avô, que era juiz da Irmandade do Santíssimo e referência moral em Benfica, foi menino de coro e chegou a ser presiden- te da JUC. Criou uma relação especial com o pai com quem ficava no Verão em Lisboa. O primeiro ficava a trabalhar e João Lobo Antunes a estudar, enquanto a mãe ía para a praia das Maçãs com os irmãos. A decisão de ser médico chegou apenas no último ano do liceu e surpreendeu, pois era suposto ir para Bioquímica no Técnico. "O meu pai é médico neurocirurgião, vivia num ambiente familiar de médicos, agora se isso foi determinante ou não, se calhar até foi." Trabalha arduamente, e é na sua "ecologia individual" como lhe chama, que recupera do desgaste e encontra o equilíbrio necessário para voltar ao trabalho. O silêncio é outra chave de ouro necessária na sua vida. Acusam-no de ser vaidoso, crítica que o magoa profundamente, uma vez que tudo o que conseguiu foi fruto de muito esforço. "Não gosto de ser considerado vaidoso, nunca fui, nunca o serei." O gosto pela escrita nunca se perdeu e mesmo com uma vida atarefada ainda encontra o tempo para escrever. Já editou três livros, ganhando o Prémio Pessoa com o seu livro "Um Modo de Ser", que recebeu com uma sensação de euforia juvenil. Escreveu ainda o prefácio da obra "De Profundis, Valsa Lenta" de José Cardoso Pires, que narra um acontecimento que viria a modificar a vida do escritor - a perda da memória.
  • 7. Miguel Torga Pseudónimo de Adolfo Correia da Rocha, autor de uma produção literária vasta e variada, largamente reconhecida. Nasceu em S. Martinho de Anta em 1907. Depois de uma experiência de emigração no Brasil durante a adoles- cência, cursou Medicina em Coimbra, onde passou a viver e onde veio a fale- cer em 1995. Foi poeta presencista numa primeira fase; a sua obra abordou temas bucólicos, a angústia da morte, a revolta, temas sociais como a justiça e a liberdade, o amor, e deixou transparecer uma aliança íntima e permanen- te entre o homem e a terra. Estreou-se com Ansiedades, destacando-se no domínio da poesia com Orfeu Rebelde, Cântico do Homem, bem como atra- vés de muitos poemas dispersos pelos dezasseis volumes do seu Diário; na obra de ficção distinguimos A Criação do Mundo, Bichos, Novos Contos da Montanha, entre outros. O Diário ocupa um lugar de grande relevo na sua obra. Também como escritor dramático, publicou três obras intituladas Terra Firme, Mar e O Paraíso. Recebeu o Prémio Camões em 1989 e o prémio Vida Literária (atribuído pela Associação Portuguesa de Escritores) em 1992. Fernando Namora Pseudónimo de Adolfo Correia da Rocha, autor de uma produção literária vasta e variada, largamente reconhecida. Nasceu em S. Martinho de Anta em 1907. De- pois de uma experiência de emigração no Brasil durante a adolescência, cursou Medicina em Coimbra, onde passou a viver e onde veio a falecer em 1995. Foi poeta presencista numa primeira fase; a sua obra abordou temas bucólicos, a angústia da morte, a revolta, temas sociais como a justiça e a liberdade, o amor, e deixou transparecer uma aliança íntima e permanente entre o homem e a terra. Estreou-se com Ansiedades, destacando-se no domínio da poesia com Orfeu Rebelde, Cântico do Homem, bem como através de muitos poemas dispersos pelos dezasseis volumes do seu Diário; na obra de ficção distinguimos A Criação do Mundo, Bichos, Novos Contos da Montanha, entre outros. O Diário ocupa um lugar de grande relevo na sua obra. Também como escritor dramático, publicou três obras intituladas Terra Firme, Mar e O Paraíso. Recebeu o Prémio Camões em 1989 e o prémio Vida Literária (atribuído pela Associação Portuguesa de Es- critores) em 1992.
  • 8. Isabel Alçada Estudou no Liceu Francês (Lycée Français Charles Lepierre) e licenciou- se em Filosofia, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em 1974.Ainda estudante, no ano de 1973, entrou para o Centro de Psicologia e Formação Psicoforma. No rescaldo do 25 de abril é admitida no Ministério da Educação, onde começa como técnica superior da Direção-Geral Permanente de Educação, em 1975, passando depois para o Secretariado de Reestruturação do Ensino Secundário. Tornou-se professora do Ensino Básico em 1976.Colega de Ana Maria Magalhães na Escola EB 2/3 Fernando Pessoa, na periferia de Lisboa, formou com esta professora uma dupla na escrita infanto-juvenil, inau- gurada com Uma aventura...na cidade, em 1982. A coleção Uma Aventura revelar -se-ia um sucesso sem precedentes entre as camadas jovens, alcançando, em 2017, 59 títulos editados, além de adaptações para televisão e cinema. Em 1984 Isabel Alçada obteve um mestrado em Análise Social da Educação na Universidade de Boston, homologado pela Universidade Nova de Lisboa. No ano seguinte, em 1985, tornou-se professora-adjunta da Escola Superior de Edu- cação do Instituto Politécnico de Lisboa.Desempenhou os cargos de membro do Conselho Diretivo da Escola EB 2/3 Fernando Pessoa, vogal da Direção do Sindi- cato dos Professores da Grande Lisboa, administradora da Fundação de Serral- ves, de 2000 a 2004, e de comissária do Plano Nacional de Leitura,[1] de 2006 a 2009. Em 2009 foi empossada como Ministra da Educação do XVIII Governo Constituci- onal. Alice Vieira Alice Vieira nasceu em Lisboa, onde se formou em alemão pela Faculda- de de Letras da Universidade de Lisboa. Em 1958 iniciou sua colabora- ção no Suplemento Juvenil do Diário de Lisboa, dedicando-se ao jornalis- mo profissional a partir de 1969. Em 1979 publica seu primeiro título para jovens, Rosa, minha irmã Rosa, obtendo o prêmio de literatura infantil Ano Internacional da Criança. Alice não parou mais de escrever para crianças e jovens, sempre com muito boa acolhida, até que deixou o jornalismo para ser escritora em tempo integral. Em 1994 recebeu da Fundação Calouste Gulbenkian uma das mais importantes de Portugal para o incentivo à cultura e às artes o Grande Prémio Gulbenkian pelo conjunto da sua obra. Autora de mais de cinquenta títulos, Alice Vieira é considerada uma das maiores escritoras portuguesas de todos os tem- pos.
  • 9. Almeida Garrett Almeida Garrett (1799-1855) foi jornalista, legislador, poeta e escritor. Foi percursor do Romantismo em Portugal. Envolve-se na guerras libe- rais ao lado de D. Pedro , razão porque se viu obrigado a procurar o exílio por duas vezes. Nasceu no Porto em 4 de Fevereiro de 1799 com o nome João Baptis- ta da Silva Leitão. Estudou Direito em Coimbra, onde adoptou o nome Almeida Garrett, destacando-se como orador notável, batendo-se por causas. Como autor tem uma vasta bibliografia onde se destacam “Frei Luís de Sousa” e “Viagens na minha Terra”, mas Garrett foi também ministro e par do reino, desenvolvendo uma carreira política após as guerras libe- rais, chegando a receber o título nobiliárquico de Visconde. Enquanto membro do Governo é responsável pela criação do Teatro Nacional D. Maria II e do Conservatório de Arte Dramática. Os períodos de exílio levaram-no a contactar com outros autores de origem britânica e francesa que tiveram forte influência na sua obra. Camilo Castelo Branco Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco (1825-1890) foi escritor, romancis- ta, poeta , cronista, crítico, dramaturgo, historiador e tradutor. Recebeu ainda do rei D. Luís o título de visconde de Correia Botelho. Ficou órfão de mãe aos dois anos e de pai aos nove, altura em que deixou Lisboa para viver em Vila Real com uma tia. Casa aos 16 anos, mas envol- ve-se em diversas relações extraconjugais. Vai cursar medicina no Porto, em 1844, mas não completa o curso. Em 1885 estreia-se na poesia passando depois para o teatro e o jornalismo. Nos anos seguintes irá fundar diversos jornais e publicar romances envol- vendo-se em polémicas diversas enquanto, já viúvo, surge envolvido em diversos casos amorosos. A sua grande paixão será, no entanto, Ana Plá- cido, uma mulher casada que o levará à prisão por adultério. Na fase final da vida encontra-se cego e impossibilitado de escrever. Suici- dou-se com um tiro de revólver.
  • 10. Mário Cesariny Mário Cesariny nasceu em Lisboa em 1923. Com os poetas António Pedro, José- Augusto França, Fernando Azevedo e Alexandre O´Neill, entre outros, foi um dos fun- dadores do Grupo Surrealista de Lisboa, após retornar de Paris em 1947, onde estu- dara naAcadémie de la Grande Chaumière e estabelecera contato com André Breton. O trabalho do grupo assume um caráter político de resistência ao regime que dominava o país, além de estabelecer-se como alternativa ao neo-realismo que dominava as le- tras de Portugal naquele momento. Mais tarde, fundou o grupo dissidente, que se que- ria "anti-grupo", Os Surrealistas, com O´Neill mais uma vez e com poetas como Pedro Oom. Também pintor, seu trabalho poético possui no entanto uma clareza e limpidez que se destacam quando pensamos na imagética típica da poesia surrealista. Homossexual declarado num momento e país em que isto ainda provocava incômodo, Mário Cesa- riny manteve-se como um "resistente" e "dissidente" até o fim de sua vida, lutando con- tra os que tentavam fazer de sua obra "passado domesticado." Seus livros mais impor- tantes (com seus maravilhosos títulos) incluem Corpo Visível (1950),Discurso sobre a Reabilitação do Real Quotidiano (1952),Manual de Prestidigitação (1956),Alguns Mitos Maiores e Alguns Mitos Menores Postos à Circulação pelo Autor (1958),As Mãos na Água e na Cabeça (1972),Burlescas, Teóricas e Sentimentais (1972) eTitânia (1994). Mário Cesariny morreu em Lisboa, em 2006, aos 83 anos. Luís de Camões Luís Vaz de Camões, filho de Simão Vaz de Camões e de Ana de Sá e Macedo, nasceu por volta de 1524/1525 e faleceu em 1580 no dia 10 de Junho em Lisboa. Em guerra, como soldado perdeu o olho direito – perda referida na Canção lembran- ça da longa Saudade. Quando regressou a Lisboa foi preso, em 1552, saindo um ano depois perdoado pelo agredido e pelo rei, como se lê numa carta que este enviou para a índia para onde foi nesse mesmo ano. Segundo alguns autores, terá sido nessa altura que compôs o primeiro canto dos Os Lusíadas. Na índia não foi feliz, e em Goa mostrou a sua desilusão como se pode ler no soneto Cá nesta babilónia donde mana. De seguida viajou para Macau e lá escreveu mais seis cantos. Voltou para Goa onde sobreviveu a naufrágio, nadando com um braço e com o outro segurava o manuscri- to da Imortal Epopeia. Nesse naufrágio morreu uma rapariga a quem lhe estava mui- to afeiçoada, chamada “Dinamene”, a quem dedicou os famosos sonetos do ci- clo Dimamene. Em 1569, após 16 anos regressou a Lisboa, e três anos mais tarde publicou a pri- meira edição de Os Lusíadas. Camões morreu doente e na miséria no dia 10 de Junho. Um seu amigo mandou-lhe inscrever na campa rasa um epitáfio significativo: “ Aqui jaz Luís de Camões, prínci- pe dos poetas do seu tempo. Viveu pobre e miseravelmente, e assim morreu.” A 10 de Junho comemora-se o dia de Camões, de Portugal e das Comunidades Portuguesas.
  • 11. José Gomes Ferreira Escritor, poeta e ficcionista português, natural do Porto. Formou-se em Direito em 1924, tendo sido cônsul na Noruega entre 1925 e 1929. Após o seu regresso a Portugal, enve- redou pela carreira jornalística. Foi colaborador de vários jornais e revistas, tais como a Presença, a Seara Nova e Gazeta Musical e de Todas as Artes. Esteve ligado ao grupo do Novo Cancioneiro, sendo geral o reconhecimento das afinidades entre a sua obra e o neo realismo. A sua poética acusa influências tão variadas quanto a do empenhamento neo realista, o visionarismo surrealista ou o saudosismo, numa dialética constante entre a irrealidade e a realidade, entre as suas tendências individualistas e a necessidade de partilhar o sofri- mento dos outros. Da sua obra poética destacam-se, para além do volume de estreia, Lírios do Monte (1918), Poesia, Poesia II e Poesia III (1948, 1950 e 1961, respetivamen- te), recebendo este último o Grande Prémio de Poesia da Sociedade Portuguesa de Escritores. A sua obra poética foi reunida em 1977-1978, em Poeta Militante. O seu pendor jornalís- tico reflete-se nos volumes de crónicas O Mundo dos Outros (1950) e O Irreal Quotidia- no (1971). No campo da ficção escreveu O Mundo Desabitado (1960), Aventuras de João Sem Medo (1963), Imitação dos Dias (1966), Tempo Escandinavo (1969) e O Eni- gma da Árvore Enamorada (1980). O seu livro de reflexões e memórias A Memória das Palavras (1965) recebeu o Prémio da Casa da Imprensa. É ainda autor de ensaios so- bre literatura, tendo organizado, com Carlos de Oliveira, a antologia Contos Tradicionais Portugueses (1958). Inês Pedrosa Inês Pedrosa nasceu em 1962. Licenciada em Ciências da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa, trabalhou na imprensa, na rádio e na televisão. Dirigiu a revista Marie Claireentre 1993 e 1996. Foi diretora da Casa Fernando Pessoa entre 2008 e 2014. Mantém desde há 13 anos uma crónica semanal, primeiro no semanário Expresso e atualmente no semanário Sol. Participa no programa semanal de rádio A Páginas Tantas (Antena 1 da RDP). Tem 23 livros publicados, entre romances, contos, crónicas, biografias e antolo- gias. A sua obra encontra-se publicada no Brasil, em Espanha, em Itália e na Alemanha. Romances (todos publicados pela Dom Quixote): A Instrução dos Amantes, Nas Tuas Mãos(Prémio Máxima de Literatura), Fazes-me Falta, A Eternidade e o Desejo, Os Íntimos (Prémio Máxima de Literatura), Dentro de Ti Ver o Mar e Desamparo, publicado em 2015.
  • 12. Vasco Graça Moura Personagem polifacetada da vida cultural portuguesa (Foz do Douro, 3 de Janeiro de 1942 — Lisboa, 27 de Abril 2014). Poeta, romancista, ensaísta, tradutor, foi se- cretário de Estado de dois Governos provisórios, desempenhou funções directivas na RTP, na Imprensa Nacional e na Comissão para as Comemorações dos Desco- brimentos Portugueses. Em 1999, foi eleito deputado ao Parlamento Europeu. Para ele, a poesia "é uma questão de técnica e de melancolia", crescendo d' A Furiosa Paixão pelo Tangível através de uma densa rede metafórica que combina a inter- textualidade, relacionada especialmente com Camões, Jorge de Sena, Dante, Sha- kespeare e Rilke, objectos privilegiados de estudo deste autor, e uma tendência ironicamente discursivista assente na agilidade sintáctica. É autor de três ensaios sobre Camões: Luís de Camões: Alguns Desafios (1980), Camões e a Divina Pro- porção (1985) e Sobre Camões, Gândavo e Outras Personagens (2000). Em 1996, a sua obra foi reunida em volume. Dos títulos deste autor, podemos salien- tar Concerto Campestre, os romances Quatro Últimas Canções (1987) e Meu Amor Era de Noite (2001), os livros de poesia Uma Carta no Inverno, que lhe valeu o pré- mio da APE, e Poemas com Pessoas (ambos de 1997). Recebeu o Prémio Pessoa em 1995 e a medalha de ouro da Comuna de Florença em 1998, ambos atribuídos à sua tradução da Divina Comédia de Dante. Pedro Homem de Melo Poeta português, natural do Porto. Formou-se, em 1926, na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, após o que exerceu o cargo de delegado do Procurador da República em Águeda (1927), conciliando-o com a prática de advocacia. Foi pro- fessor do ensino secundário e director da Escola Comercial Mouzinho da Silveira. Entre muitas actividades, destaca-se a sua dedicada pesquisa sobre o folclore portu- guês, que contemplou com vários programas de televisão, ensaios e exposições de recolha etnográfica da diversidade de registos musicais e culturais de norte a sul do país. Como obras mais significativas publicadas nesta área contam-se A Poesia na Dança e nos Cantares do Povo Português (1941) e Danças de Portugal. Como poe- ta, fez parte do movimento da revista Presença. Estreou-se na escrita com Caravela ao Mar (1934), conquistando, em 1939, o Prémio Antero de Quental com Segredo. Receberia ainda o Prémio Ocidente com Uma Rosa na Manhã Agreste (1964), o prémio Casimiro Dantas com Eu Hei-de Voltar um Dia (1966) e o Prémio Nacional de Poesia com Eu Desci dos Infernos (1972). Entre as suas obras contam-se ainda Pe- cado (1942), Jardins Suspensos (1937), Príncipe Perfeito (1944), Bodas Vermelhas (1947), Miserere (1948), Os Amigos Infelizes (1952), Grande, Grande Era a Cidade (1955), Povo Que Lavas no Rio, Ecce Homo (1974) e Poemas Escolhidos (1983). As suas tendências literárias surgem associadas ao seu interesse pelo folclore e a uma vivência das tradições de expressão popular, desenvolvendo o poeta muitas das suas obras num cenário nortenho
  • 13. Fernando Pessoa Fernando Pessoa Poeta português, nasceu em 1888, em Lisboa, e morreu nessa mesma cidade em 1935. Filho da pequena burguesia lisboeta, cresceu em Durban (África do Sul) frequentando mais tarde a Universidade de Capetown. Foi o inglês sua segunda língua materna e, como anglicizado, teve depois dificuldades em re- encontrar-se na vida portuguesa. Em Lisboa, logo abandonou os estudos, dedican- do-se, como autodidata, a vastas leituras de filosofia e poesia. Levou vida modes- ta, complementando sua renda pela confeção de horóscopos nos quais acreditava. Foi defensor de práticas místicas, tendo sido membro da Fraternidade Rosacruz. Fernando Pessoa inseriu-se no movimento modernista com características futuris- tas. Escreveu usando heterónimos, a maioria na poesia. Álvaro de Campos, Ricar- do Reis, Alberto Caeiro e ele mesmo, ou seja Fernando Pessoa. Usou heterônimos também na prosa no caso Bernardo Soares. A sua obra é altamente intelectualizada. Suas primeiras poesias somente foram publicadas em 1915 na revista "Orfeu". Muitas delas ficaram durante sua vida iné- ditas pois, em vida, seu talento era apenas reconhecido pelos círculos limitados da boémia literária de Lisboa. Fernando Pessoa é crescentemente reconhecido como o maior poeta português desde Camões. Sophia de Mello Breyner Andresen Sophia de Mello Breyner Andresen nasce a 6 de Novembro de 1919 no Porto, onde passa a infância. Entre 1936 e 1939 estuda Filologia Clás- sica na Universidade de Lisboa. Publica os primeiros versos em 1940, nos Cadernos de Poesia. Casada com Francisco Sousa Tavares, pas- sa a viver em Lisboa. Tem cinco filhos. Participa ativamente na oposição o Estado Novo e é eleita, depois do 25 de Abril, deputada à Assembleia Constituinte. Autora de catorze livros de poesia, publicados entre 1944 e 1997, es- creve também contos, histórias para crianças, artigos, ensaios e teatro. Traduz Eurípedes, Shakespeare, Claudel, Dante e, para o francês, al- guns poetas portugueses. Recebeu, entre outros, o Prêmio Camões 1999, o Prêmio de Poesia Max Jacob 2001 e o Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana 2003.