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Encontros – 11.º ano ▪ Noémia Jorge, Cecília Aguiar, Inês Ribeiros
CESÁRIO VERDE
SÍNTESE DA UNIDADE
Séc. XVII
BARROCO
Séc. XIX
ROMANTISMO REALISMO
CESÁRIO VERDE: SÍNTESE DA UNIDADE
Friso cronológico
Cesário Verde (1855-1886)
Cânticos do Realismo
(O Livro de Cesário Verde)
1887
CESÁRIO VERDE: SÍNTESE DA UNIDADE
Representação da cidade e dos tipos sociais
Deambulação e imaginação: o observador acidental
Perceção sensorial e transfiguração poética do real
O imaginário épico (em “O Sentimento dum Ocidental”)
Linguagem, estilo e estrutura
Verifica se sabes (grelha de autoavaliação)
Em síntese…
Deambulação e
imaginação: o
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interiores e de pequenos
episódios do quotidiano,
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poético pela cidade e da
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CESÁRIO VERDE: SÍNTESE DA UNIDADE
Representação minuciosa
e realista, segundo a
perceção sensorial e a
reflexão / análise do
sujeito poético.
Ociosidade, inércia,
artificialidade.
Ex.: criado do bairro
burguês, dentistas,
arlequins, lojistas…
Representação da cidade
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trabalhadoras
Burguesia Marginais que
vivem na cidade
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solidariedade por parte
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ironia por parte do
sujeito poético.
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parte do sujeito
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Produtividade,
vitalidade, autenticidade.
Ex.: vendedora de
legumes, calafates,
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PERCEÇÃO
SENSORIAL
Primado das
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auditivas, olfativas,
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Ex.: “De tarde”
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complementadas com
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TRANSFIGURAÇÃO
POÉTICA DO REAL
Conceção duma nova realidade, a partir
de elementos reais, através da visão
transfiguradora do sujeito poético.
Ex.: “Num bairro moderno”
(criação, pelo sujeito
poético, de uma figura
antropomórfica,
a partir dos legumes
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(melancia – cabeça;
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Giuseppe Arcimboldo,
O Verão, 1573 [pormenor]
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• Poema com uma estrutura narrativa:
 Progressão narrativa na noite, encadeada
pelas quatro partes (Ave-Marias  Noite
Fechada  Ao Gás  Horas Mortas);
 Relato de pequenos episódios; rapidez da
narrativa; inesperado da aventura.
O imaginário épico em “O Sentimento dum Ocidental”
Poema longo Estruturação do poema
Tris/te/ ci/da/de! Eu/ te/mo/ que/ me a/vi[ves]
→ Decassílabo
U/ma/ pai/xão/ de/fun/ta! Aos/ lam/pi/ões/ dis/tan[tes]
→ Alexandrino
• Constituído por 44 quadras,
divididas em quatro partes (de
onze estrofes cada).
• Versos alexandrinos (com doze
sílabas métricas) e
decassilábicos (com dez
sílabas métricas) no início de
cada estrofe.
Espírito épico –
exaltação das
capacidades
humanas.
Relações com o poema épico
“O sentimento dum Ocidental”
Cesário Verde
Espírito antiépico (atitude face à
realidade observada: descrença nas
capacidades humanas no
universo citadino).
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Luís de Camões
Viagem pela cidade (representação da
degradação social e moral da cidade).
Personagens antiépicas:
• marginais (ladrões,
bêbedos, jogadores,
prostitutas);
• ociosas, artificiais
(dentistas, arlequins,
lojistas).
Também há
exaltação das
personagens
“épicas”
(classes
trabalhadoras).
Viagem marítima (epopeia dos
Descobrimentos).
Personagem coletiva épica: povo
português (representado
por Vasco da Gama e
pelos marinheiros
que com
ele percorrem
o caminho marítimo
para a Índia).
Também está
presente o
espírito antiépico.
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Linguagem, estilo e estrutura
Estrofe
Rima
Metro
Conjunto de versos que, geralmente, apresenta um sentido completo. As
estrofes têm designações diferentes consoante o número de versos que
as constituem.
Ex.: Quadra (“A débil”), quintilha (“Cristalizações”)
Semelhança de sons que, normalmente, ocorre no final dos versos.
Estamos perante rima consoante quando existe correspondência total de
sons (consonânticos e vocálicos) a partir da última sílaba tónica. Pode ser
cruzada (ABAB), emparelhada (AABB) ou interpolada (ABBA, ABBCA).
Ex.: Triste cidade! Eu temo que me avives
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Curvadas a sorrir às montras dos ourives.
Emparelhada
Interpolada
Dá-se o nome de sílaba métrica à sílaba contada no verso tal como é
ouvida. Os versos têm designações diferentes consoante o número de
sílabas métricas.
Ex.: Nas/ no/ssas/ ru/as,/ ao/ a/noi/te/cer → Decassílabo
Há/ tal/ so/tur/ni/da/de, há/ tal/ me/lan/co/li[a] → Alexandrino
Linguagem, estilo e estrutura – Recursos expressivos
Metáfora
Comparação
Enumeração
Hipérbole
Sinestesia
Uso expressivo
do adjetivo
Uso expressivo
do advérbio
Voltar
Linguagem, estilo e estrutura – Recursos expressivos
Metáfora
Utilização de um termo para designar algo diferente
daquilo que designa habitualmente, a partir de
elementos que são comuns a esse termo e ao que ele
refere.
“Assim as bestas vão curvadas!”
(“Num Bairro Moderno”)
Com esta metáfora
reforça-se a natureza
animalesca dos
trabalhadores e os
sacríficos por eles
feitos.
Voltar
Linguagem, estilo e estrutura – Recursos expressivos
Comparação
Relação de analogia entre dois termos com o objetivo de
assinalar as suas diferenças ou semelhanças, recorrendo
a uma palavra ou expressão comparativa.
“Dos teus dois seios
como duas rolas”
(“De Tarde”)
Com esta comparação
realça-se a beleza e a
forma dos seios da figura
feminina descrita.
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Linguagem, estilo e estrutura – Recursos expressivos
Enumeração
Apresentação ou listagem sucessiva de elementos
relacionados entre si e, geralmente, da mesma classe
gramatical, de forma a intensificar uma ideia.
“Madeiras, águas,
multidões, telhados!”
(“Num Bairro Moderno”)
Com esta enumeração
realça-se a quantidade e
diversidade de elementos
que dão vida à cidade.
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Linguagem, estilo e estrutura – Recursos expressivos
Hipérbole
Exagero de uma realidade com a finalidade de acentuar
determinado aspeto.
“E os rapagões, morosos,
duros, baços, /
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endireita!”
(“Num Bairro Moderno”)
Com esta hipérbole
acentua-se o
trabalho árduo dos
calceteiros.
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Linguagem, estilo e estrutura – Recursos expressivos
Sinestesia
Associação de sensações resultantes da perceção
sensorial de sentidos diferentes (isto é, de sensações que
pertencem a sentidos diferentes).
“Com choques
rijos, ásperos e cantantes”
(“Num Bairro Moderno”)
Com esta sinestesia (em que
se associam sensações táteis
e auditivas) acentuam-se as
impressões causadas no
sujeito poético pelo impacto
do metal na pedra.
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Linguagem, estilo e estrutura – Recursos expressivos
Uso expressivo do adjetivo
Emprego do adjetivo com o intuito de conferir
beleza/expressividade ao texto e de realçar a
característica por ele expressa. O uso expressivo do
adjetivo pode resultar da associação de um nome que
designa uma qualidade física e um adjetivo de carácter
afetivo / emocional. O adjetivo pode ainda ser utilizado
para criar a metáfora, a sinestesia, a ironia…
“Com lentidão,
terrosos e grosseiros”
(“Num Bairro Moderno”)
Com os adjetivos “terrosos”
e “grosseiros” enfatiza-se a
natureza objetiva dos
trabalhadores
no seu contacto com o
meio envolvente.
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Linguagem, estilo e estrutura – Recursos expressivos
Uso expressivo do advérbio
Emprego do advérbio com o intuito de conferir
beleza/expressividade ao texto e de realçar determinado
valor semântico. O uso expressivo do advérbio pode
contribuir para a construção da ironia.
“Encaram-na sanguínea,
brutamente”
(“Num Bairro Moderno”)
Com o advérbio “brutamente”
foca-se o desejo instintivo,
animal dos trabalhadores ao
observarem a mulher que
passa.
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Verifica se sabes (grelha de autoavaliação)
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Em síntese…
Cesário Verde, Cânticos do Realismo (O Livro de Cesário Verde)
 A representação da cidade e dos tipos sociais
 Deambulação e imaginação: o observador acidental
 Perceção sensorial e transfiguração poética do real
 O imaginário épico (em “O Sentimento dum Ocidental”)
– o poema longo
– a estruturação do poema
– subversão da memória épica: o Poeta, a viagem e as personagens
 Linguagem, estilo e estrutura
– estrofe, metro e rima
– recursos expressivos: a comparação,
a enumeração, a hipérbole,
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  • 1. Encontros – 11.º ano ▪ Noémia Jorge, Cecília Aguiar, Inês Ribeiros CESÁRIO VERDE SÍNTESE DA UNIDADE
  • 2. Séc. XVII BARROCO Séc. XIX ROMANTISMO REALISMO CESÁRIO VERDE: SÍNTESE DA UNIDADE Friso cronológico Cesário Verde (1855-1886) Cânticos do Realismo (O Livro de Cesário Verde) 1887
  • 3. CESÁRIO VERDE: SÍNTESE DA UNIDADE Representação da cidade e dos tipos sociais Deambulação e imaginação: o observador acidental Perceção sensorial e transfiguração poética do real O imaginário épico (em “O Sentimento dum Ocidental”) Linguagem, estilo e estrutura Verifica se sabes (grelha de autoavaliação) Em síntese…
  • 4. Deambulação e imaginação: o observador acidental Representação da cidade Espaço confinador e destrutivo, marcado pela ausência ou perversão do amor. Espaço oposto ao campo (vitalidade, energia, ânimo, expressão idílica do amor). Captação de exteriores e interiores e de pequenos episódios do quotidiano, decorrente da deambulação do sujeito poético pela cidade e da observação acidental. CESÁRIO VERDE: SÍNTESE DA UNIDADE Representação minuciosa e realista, segundo a perceção sensorial e a reflexão / análise do sujeito poético.
  • 5. Ociosidade, inércia, artificialidade. Ex.: criado do bairro burguês, dentistas, arlequins, lojistas… Representação da cidade Tipos sociais Povo / classes trabalhadoras Burguesia Marginais que vivem na cidade Degradação social e moral. Ex.: ladrões, bêbedos, jogadores, prostitutas… Alvo de simpatia e solidariedade por parte do sujeito poético. Alvo de crítica e ironia por parte do sujeito poético. Alvo de crítica por parte do sujeito poético. Produtividade, vitalidade, autenticidade. Ex.: vendedora de legumes, calafates, obreiras, varinas… Voltar
  • 6. PERCEÇÃO SENSORIAL Primado das sensações (visuais, auditivas, olfativas, gustativas, táteis). Ex.: “De tarde” (predomínio de sensações visuais, complementadas com sensações gustativas) TRANSFIGURAÇÃO POÉTICA DO REAL Conceção duma nova realidade, a partir de elementos reais, através da visão transfiguradora do sujeito poético. Ex.: “Num bairro moderno” (criação, pelo sujeito poético, de uma figura antropomórfica, a partir dos legumes e os frutos da giga (melancia – cabeça; repolhos – seios; azeitonas – tranças…) Giuseppe Arcimboldo, O Verão, 1573 [pormenor] Voltar
  • 7. • Poema com uma estrutura narrativa:  Progressão narrativa na noite, encadeada pelas quatro partes (Ave-Marias  Noite Fechada  Ao Gás  Horas Mortas);  Relato de pequenos episódios; rapidez da narrativa; inesperado da aventura. O imaginário épico em “O Sentimento dum Ocidental” Poema longo Estruturação do poema Tris/te/ ci/da/de! Eu/ te/mo/ que/ me a/vi[ves] → Decassílabo U/ma/ pai/xão/ de/fun/ta! Aos/ lam/pi/ões/ dis/tan[tes] → Alexandrino • Constituído por 44 quadras, divididas em quatro partes (de onze estrofes cada). • Versos alexandrinos (com doze sílabas métricas) e decassilábicos (com dez sílabas métricas) no início de cada estrofe.
  • 8. Espírito épico – exaltação das capacidades humanas. Relações com o poema épico “O sentimento dum Ocidental” Cesário Verde Espírito antiépico (atitude face à realidade observada: descrença nas capacidades humanas no universo citadino). Os Lusíadas Luís de Camões Viagem pela cidade (representação da degradação social e moral da cidade). Personagens antiépicas: • marginais (ladrões, bêbedos, jogadores, prostitutas); • ociosas, artificiais (dentistas, arlequins, lojistas). Também há exaltação das personagens “épicas” (classes trabalhadoras). Viagem marítima (epopeia dos Descobrimentos). Personagem coletiva épica: povo português (representado por Vasco da Gama e pelos marinheiros que com ele percorrem o caminho marítimo para a Índia). Também está presente o espírito antiépico. Voltar
  • 9. Linguagem, estilo e estrutura Estrofe Rima Metro Conjunto de versos que, geralmente, apresenta um sentido completo. As estrofes têm designações diferentes consoante o número de versos que as constituem. Ex.: Quadra (“A débil”), quintilha (“Cristalizações”) Semelhança de sons que, normalmente, ocorre no final dos versos. Estamos perante rima consoante quando existe correspondência total de sons (consonânticos e vocálicos) a partir da última sílaba tónica. Pode ser cruzada (ABAB), emparelhada (AABB) ou interpolada (ABBA, ABBCA). Ex.: Triste cidade! Eu temo que me avives Uma paixão defunta! Aos lampiões distantes, Enlutam-me, alvejando, as tuas elegantes, Curvadas a sorrir às montras dos ourives. Emparelhada Interpolada Dá-se o nome de sílaba métrica à sílaba contada no verso tal como é ouvida. Os versos têm designações diferentes consoante o número de sílabas métricas. Ex.: Nas/ no/ssas/ ru/as,/ ao/ a/noi/te/cer → Decassílabo Há/ tal/ so/tur/ni/da/de, há/ tal/ me/lan/co/li[a] → Alexandrino
  • 10. Linguagem, estilo e estrutura – Recursos expressivos Metáfora Comparação Enumeração Hipérbole Sinestesia Uso expressivo do adjetivo Uso expressivo do advérbio Voltar
  • 11. Linguagem, estilo e estrutura – Recursos expressivos Metáfora Utilização de um termo para designar algo diferente daquilo que designa habitualmente, a partir de elementos que são comuns a esse termo e ao que ele refere. “Assim as bestas vão curvadas!” (“Num Bairro Moderno”) Com esta metáfora reforça-se a natureza animalesca dos trabalhadores e os sacríficos por eles feitos. Voltar
  • 12. Linguagem, estilo e estrutura – Recursos expressivos Comparação Relação de analogia entre dois termos com o objetivo de assinalar as suas diferenças ou semelhanças, recorrendo a uma palavra ou expressão comparativa. “Dos teus dois seios como duas rolas” (“De Tarde”) Com esta comparação realça-se a beleza e a forma dos seios da figura feminina descrita. Voltar
  • 13. Linguagem, estilo e estrutura – Recursos expressivos Enumeração Apresentação ou listagem sucessiva de elementos relacionados entre si e, geralmente, da mesma classe gramatical, de forma a intensificar uma ideia. “Madeiras, águas, multidões, telhados!” (“Num Bairro Moderno”) Com esta enumeração realça-se a quantidade e diversidade de elementos que dão vida à cidade. Voltar
  • 14. Linguagem, estilo e estrutura – Recursos expressivos Hipérbole Exagero de uma realidade com a finalidade de acentuar determinado aspeto. “E os rapagões, morosos, duros, baços, / Cuja coluna nunca se endireita!” (“Num Bairro Moderno”) Com esta hipérbole acentua-se o trabalho árduo dos calceteiros. Voltar
  • 15. Linguagem, estilo e estrutura – Recursos expressivos Sinestesia Associação de sensações resultantes da perceção sensorial de sentidos diferentes (isto é, de sensações que pertencem a sentidos diferentes). “Com choques rijos, ásperos e cantantes” (“Num Bairro Moderno”) Com esta sinestesia (em que se associam sensações táteis e auditivas) acentuam-se as impressões causadas no sujeito poético pelo impacto do metal na pedra. Voltar
  • 16. Linguagem, estilo e estrutura – Recursos expressivos Uso expressivo do adjetivo Emprego do adjetivo com o intuito de conferir beleza/expressividade ao texto e de realçar a característica por ele expressa. O uso expressivo do adjetivo pode resultar da associação de um nome que designa uma qualidade física e um adjetivo de carácter afetivo / emocional. O adjetivo pode ainda ser utilizado para criar a metáfora, a sinestesia, a ironia… “Com lentidão, terrosos e grosseiros” (“Num Bairro Moderno”) Com os adjetivos “terrosos” e “grosseiros” enfatiza-se a natureza objetiva dos trabalhadores no seu contacto com o meio envolvente. Voltar
  • 17. Linguagem, estilo e estrutura – Recursos expressivos Uso expressivo do advérbio Emprego do advérbio com o intuito de conferir beleza/expressividade ao texto e de realçar determinado valor semântico. O uso expressivo do advérbio pode contribuir para a construção da ironia. “Encaram-na sanguínea, brutamente” (“Num Bairro Moderno”) Com o advérbio “brutamente” foca-se o desejo instintivo, animal dos trabalhadores ao observarem a mulher que passa. Voltar
  • 18. Verifica se sabes (grelha de autoavaliação) Voltar
  • 19. Em síntese… Cesário Verde, Cânticos do Realismo (O Livro de Cesário Verde)  A representação da cidade e dos tipos sociais  Deambulação e imaginação: o observador acidental  Perceção sensorial e transfiguração poética do real  O imaginário épico (em “O Sentimento dum Ocidental”) – o poema longo – a estruturação do poema – subversão da memória épica: o Poeta, a viagem e as personagens  Linguagem, estilo e estrutura – estrofe, metro e rima – recursos expressivos: a comparação, a enumeração, a hipérbole, a metáfora, a sinestesia, o uso expressivo do adjetivo e do advérbio Voltar