2. Centro Cirúrgico
• Centro Cirúrgico é um lugar especial dentro do hospital,
convenientemente preparado segundo um conjunto de requisitos que
o tornam apto à prática da cirurgia.
Objetivos:
- Prestar assistência integral ao paciente cirúrgico em todo o
período perioperatório; e
- Proporcionar recursos humanos e materiais para que o ato
cirúrgico seja realizado dentro de condições ideais, técnicas e
assépticas;
3. Cirurgia
• “Cirurgia ou operação é o tratamento de doença, lesão ou deformidade
externa e/ou interna com o objetivo de reparar, corrigir ou aliviar um
problema físico”
4. Classificação de acordo com a finalidade
• Diagnóstica ou exploratória: para se visualizar as partes internas e/ou
realizar biópsias (laparotomia exploradora)
• Curativa: correção de alterações orgânicas (retirada da amígdala inflamada);
reparadora, quando da reparação de múltiplos ferimentos (enxerto de pele)
• Reconstrutora ou cosmética: reconstituição (plástica para modelar o nariz,
por exemplo)
• Paliativa: corrigir algum problema, aliviando os sintomas da enfermidade,
não havendo cura (abertura de orifício artificial para a saída de fezes sem
ressecção do tumor intestinal, por exemplo).
5. Classificação da cirurgia por potencial de contaminação
* Limpas: realizadas em tecidos estéreis ou de fácil descontaminação, na
ausência de processo infeccioso local, sem penetração nos Tratos
Digestório, respiratório ou urinário, em condições ideais de sala de
cirurgia. Exemplo: cirurgia de ovário;
* Potencialmente contaminadas: realizadas em tecidos de difícil
descontaminação, na ausência de supuração local, com penetração nos
tratos digestório, respiratório ou urinário sem contaminação significativa.
Exemplo: redução de fratura exposta;
6. Classificação da cirurgia por potencial de contaminação
*Contaminadas: realizadas em tecidos recentemente traumatizados
e abertos, de difícil descontaminação, com processo inflamatório
mas sem supuração.
*Infectadas: realizadas em tecido com supuração local, tecido
necrótico, feridas traumáticas sujas. Exemplo: cirurgia do reto e ânus
com pus.
7. Classificação com base na urgência
• Emergência: atenção imediata; distúrbio pode ser ameaçador à vida.
• Urgência: atenção rápida
• Requerida: o paciente precisa realizar a cirurgia
• Eletiva: o paciente pode ser operado
• Opcional: essa decisão é do paciente
8. Orqui (testículo);
Artro (articulação);
Gastro (estômago);
Entero (intestino);
Salpinge ( trompas de falópio);
Mamo ( mamas);
Espleno ( baço);
Nefro ( rin)
Angio (vasos sanguíneos);
Flebo (veia);
Traqueo (traqueia);
Rino (nariz);
Oto (ouvido);
Oftalmo (olhos);
Hister(o) (útero);
Laparo (parede abdominal)
Nomeclatura cirugica
O nome composto de raiz (identifica a parte do corpo a ser submetida à
cirurgia), somada ao prefixo ou ao sufixo
9. SUFIXOS
Tomia: Incisão, corte;
Stomia: Comunicar um orgão tubular oco, com
exterior através de uma boca;
Ectomia: retitada parcial ou total de um orgão;
Plastia: reparação plástica;
Pexia: fixação;
Centese: punção de um orgão ou tecido para
drenagem ou coleta de um líquido;
Scopia: visualização de uma cavidade atravéz de
um aparelho especial.
Ex:
- Laparotomia;
- Colostomia;
- Esplenectoma;
- Rinoplastia;
- Nefropexia;
- Laparoscopia.
10. ESTRUTURA FÍSICA RDC nº 50/2002
• Área crítica: são os ambientes onde existe maior probabilidade
de infecção, onde se realizam procedimentos.
• Área semi-crítica: são todas os compartimentos ocupados por
pacientes com doenças infecciosas de baixa transmissibilidade e
doenças não infecciosas.
• Área não crítica: são todos os demais compartimentos não
ocupados por pacientes, onde não se realizam procedimentos de
risco.
11. Estrutura do centro cirúrgico (CC)
Devido ao seu risco:
• Não-restrita: as áreas de circulação livre (vestiários, corredor de
entrada e sala de espera de acompanhantes).
*Semi-restritas: pode haver circulação tanto do pessoal como de
equipamentos, sem contudo provocarem interferência nas rotinas
de controle e manutenção da assepsia( salas de guarda de material,
administrativa, , copa e expurgo)
*Restrita - o corredor interno, as áreas de escovação das mãos e a
sala de operação (SO) ; para evitar infecção operatória, limita-se a
circulação de pessoal, equipamentos e materiais.
12. Limpeza do Centro-Cirúrgico
• Limpeza preparatória: realizada antes do início das cirurgias programadas do
dia. Nela há a remoção das partículas de poeira nas superfícies dos mobiliários,
focos cirúrgicos e equipamentos com solução detergente ou desinfetante (álcool
70%) com um pano úmido e branco.
• Limpeza operatória: realizada durante o procedimento cirúrgico constituindo
apenas na remoção mecânica da sujidade (sangue e secreções) utilizando um
pano comum embebido em agente químico de amplo espectro para que não
ocorra secagem da superfície e disseminação do ar contaminado.
• Limpeza concorrente: executada no término de cada cirurgia. Envolve
procedimentos de retirada dos artigos sujos da sala, limpeza das superfícies
horizontais dos móveis e equipamentos.
13. Limpeza do Centro-Cirúrgico
• Limpeza terminal: é a limpeza onde todos os materiais e superfícies são
limpos. Deve ser diária e periódica.
• Limpeza diária: é realizada após a última cirurgia programada do dia.
Envolve todos os procedimentos da limpeza concorrente, acrescentados à
limpeza de todos os equipamentos, acessórios e mobiliários, pisos e
paredes da Sala de Operação.
14. Estrutura física
• Vestiários;
• Sala administrativa;
• Área de recepção de
paciente;
• Sala de espera;
• Área de escovação ou
lavabo;
• Sala de cirurgia;
• Sala para guarda de
medicamentos;
• Sala para guarda de
material de anestesia;
• Sala para estocagem de
material esterilizado;
15. Estrutura física
• Sala de depósito de
cilindros de gases;
• Sala de guarda de
aparelhos e
equipamentos;
• Rouparia;
• Sala para material de
limpeza;
• Sala de expurgo;
• Sala de estar para
funcionários;
• Copa;
• Sala de recuperação
pós-anestésica;
16. Estrutura física da sala de cirurgia
• Sala de cirurgia é a área destinada à realização de intervenções
cirúrgicas e endoscópicas. Preconizam-se duas salas para cada 50 leitos
não especificados ou para cada 15 leitos cirúrgicos.
17. Estrutura física da sala de cirurgia
Paredes:
• cantos arredondadas;
• revestimento de material resistente;
• superfície lisa e lavável.
Piso:
• resistente ao uso de água e desinfetantes.
• Não poroso e de superfície lisa e de fácil
limpeza.
18. Estrutura física sala de cirurgia
Janelas
Deve estar localizadas de
modo a permitir a entrada
de luz natural em todo o
ambiente, deve ser lacrada
e provida de vidro fosco,
possibilitando a limpeza.
Portas
• Devem ser amplas;
• Portas vai e vem;
• Revestidas de
material lavável;
• Cor neutra;
• Providas de visor.
19. Estrutura física da Sala de cirurgia
• Instalações elétricas
As tomadas devem estar localizadas a 1,5 m do piso, devendo possuir
sistema de aterramento para prevenir choque e queimaduras no
paciente e equipe.
20. ILUMINAÇÃO
• A iluminação artificial da sala de cirurgia é feita por intermédio da
luz geral de teto, com lâmpada fluorescente e luz direta.
22. Ventilação
Ar como via de transmissão de bactérias e fonte de contaminação
Fonte de microrganismos: pessoas na sala cirúrgica
• Gotículas de ar expirado
• Descamação de cels. da pele
• Partículas transportadas nos sapatos
23. Ventilação
• Função de exaustão: remoção de odores, calor e gases anestésicos
voláteis
• Controle bacteriológico
• Filtragem do ar:
• Retirar e impedir entrada de partículas contaminantes
• Troca de ar a cada 10-20 x / hora
24. Equipamentos de uma sala de operação
1. Equipamentos fixos:
• Foco central;
• Negatoscópio;
• Sistema de canalização de ar e gases;
• Suporte de soro fixo;
• Ar condicionados
25. Equipamentos de uma sala de cirurgia
2. Equipamentos móveis:
• Mesa cirúrgica e acessórios;
• Aparelho de anestesia;
• Mesas auxiliares;
• Bisturi elétrico;
• Aspirador de secreções;
• Foco auxiliar;
• Banco giratório;
26. Equipamentos de uma sala de cirurgia
• Balde inoxidável com rodízio;
• Suportes: de braço, hamper
• Escada de dois degraus;
• Aparelhos monitores;
• Carro ou mesa para material estéreis;
• Equipamentos utilizados para ajuda no posicionamento do
paciente: coxins de espuma ou areia de diferentes tamanhos e
talas.
27. Vestuário
Pessoal como principal fonte exógena de bactérias
Entrada sempre pelo vestiário
Indumentária própria:
• Gorro, máscara, camisa, calça e propés Não estéril, lavado
especial com água quente
Circulação restrita ao centro cirúrgico.
28. Vestuário
Gorro
• Cobrir os cabelos
Máscaras
• Cobrir boca e nariz
Função de filtro:
Prevenir escape de gotículas
expiradas
29. Vestuário
• Camisas
Tecido de malha densa
Manga curta: facilitar antissepsia dos braços
Por dentro das calças
• Calças
Fechada nos tornozelos por tubo de malha