1. MARINHA DO BRASIL
HOSPITAL NAVAL MARCÍLIO DIAS
VICE-DIRETORIA DE ENSINO
ESCOLA DE SAÚDE
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENFERMAGEM
CENTRO CIRÚRGICO
1T(RM2-T) FLÁVIA GATTO
2. OBJETIVOS
• Classificar os tipos de cirurgias
• Classificar as áreas do centro cirúrgico
• Descrever a estrutura do centro cirúrgico
• Listar os materiais e equipamentos da
sala operatória
3. CENTRO CIRÚRGICO (CC)
• Setor destinado às intervenções cirúrgicas e
deve possuir a recuperação anestésica para
prestar assistência pós-operatória imediata.
4. CIRURGIA
• É o tratamento da doença, lesão ou
deformidade externa e/ou interna com o
objetivo de reparar, corrigir, ou aliviar um
problema físico.
• Pode ser realizada na sala operatória (SO)
de um hospital, ambulatório ou
consultório.
5. CLIENTE CIRÚRGICO
• O tratamento deve ter como objetivos
proporcionar uma experiência menos
traumática possível e promover uma
recuperação rápida e segura ao cliente.
• Pode ser internado um ou dois
dias antes da cirurgia, ou no
mesmo dia, dependendo do tipo
de preparo.
6. COMPOSIÇÃO DA EQUIPE
• Anestesista
• Cirurgiões
• Enfermeiro
• Técnico de enfermagem
• Auxiliar de enfermagem
• Instrumentador cirúrgico
• Auxiliar administrativo
Podem ou
não integrar a
equipe
9. CIRURGIA DE EMERGÊNCIA
• Ferimentos por arma
de fogo
• Aneurisma rompido
• Fratura de crânio
• Ferimento por arma
branca
• Hérnia estrangulada
• Obstrução intestinal
• Hemorragia maciça
Deve ser realizada sem demora.
Intervenção imediata.
10. CIRURGIA DE URGÊNCIA
Deve ser realizada sem demora. Pode ser
realizada dentro de 24 a 48 horas.
• Cálculos renais
• Tumores uterinos sangrando
• Infecção aguda da vesícula biliar
11. CIRURGIA PROGRAMADA OU ELETIVA
• Hérnia simples
• Amidalectomia
• Tireoidectomia
• Doenças da vesícula
biliar sem inflamação
aguda
• Deformidades ósseas
• Catarata
• Perineoplastia
• Histerectomia
Realizadas em data programada
obedecendo a conveniência do paciente e
do cirurgião.
13. QUANTO À FINALIDADE DA CIRURGIA:
Diagnóstica ou Exploratória
Curativa
Reparadora
Reconstrutora ou cosmética
Paliativa
CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS
14. DIAGNÓSTICA OU EXPLORATÓRIA
Quando utilizada para visualizar as partes
internas e ou realizar biópsias.
Biópsia de Mama (Biópsias em geral)
Laparotomia exploradora
15. CURATIVA
Quando se corrige alterações orgânicas.
Amigadalectomia
Gastrectomia
Histerectomia
Tireoidectomia
Nefrectomia
16. REPARADORA
Reconstitui uma parte do corpo lesada
por enfermidade ou traumatismo. Na
reparação de múltiplos ferimentos.
• Enxerto de pele em queimados.
17. Quando se processa uma reconstrução
para fins estéticos.
Rinoplastia
Mamoplastia
Blefaroplastia
RECONSTRUTORA OU COSMÉTICA
18. Em que os sintomas da enfermidade são
amenizados por um período de tempo,
não havendo cura.
• Cirurgias de neoplasias com metástases
• Colostomia (sem ressecção do tumor
intestinal)
PALIATIVA
19. CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS
QUANTO AO POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO:
•Cirurgia Limpa
• Cirurgia potencialmente Contaminada
• Cirurgia Contaminada
• Cirurgia Infectada
PORTARIA DO MS Nº 2.616 DE 1998, classifica as cirurgias de acordo com o
número de microorganismos presentes no tecido a ser operado.
20. CIRURGIA LIMPA
Cirurgia de ovário
Neurocirurgia
Cirurgia cardíaca
Cirurgia plástica
Histerectomia
Realizada em tecidos estéreis ou de fácil
descontaminação, ausência de processo
infeccioso local, sem penetração nos tratos
digestório, respiratório ou urinário, em
condições ideais de sala de cirurgia
21. CIRURGIA POTENCIALMENTE
CONTAMINADA
Realizadas em tecidos de difícil
descontaminação, na ausência de supuração
local, com penetração nos tratos digestório,
respiratório e urinário sem contaminação
significativa.
Gastrectomia
Esofagectomia
Pneumonectomia
22. CIRURGIA CONTAMINADA
Realizada em tecidos recentemente
abertos, de difícil descontaminação com
processo inflamatório mas sem
supuração.
Apendicite (sem supuração)
Colostomia
Hemorroidectomia
23. CIRURGIA INFECTADA
Realizada em tecido com supuração local,
tecido necrótico, feridas traumáticas.
Cirurgia do reto e ânus com pus
Amputação de pé necrosado
25. INFECÇÃO OPERATÓRIA
Devido ao risco de infecção operatória, o
centro cirúrgico é dividido em três áreas:
• Não-restrita
• Semi-restrita
• Restrita
26. ÁREA NÃO-RESTRITA
• Áreas de circulação livre: vestiários,
corredor de entrada para clientes e
funcionários, sala de espera para
acompanhantes;
• Vestiários: localizado na entrada do CC.
Todos colocam uniforme privativo: calça
comprida, túnica, gorro, máscara e
propés.
29. • Pode haver circulação de pessoal e de
equipamentos;
• Sala de guarda de material,
administrativa, de estar para os
funcionários, copa e expurgo;
• Não pode comprometer a manutenção
da assepsia.
ÁREA SEMI-RESTRITA
31. • Circulação limitada de pessoal,
equipamentos e materiais;
• Corredor interno, local de escovação das
mãos e a sala de operação;
• Alto risco de infecção operatória.
ÁREA RESTRITA
34. ESTRUTURA
SALA OPERATÓRIA:
• Cantos arredondados;
• Parede, piso e portas laváveis e de cor
neutra;
• Piso de material condutivo (proteção
contra descarga elétrica estática);
• Tomadas: sistema de aterramento
(prevenção de choque elétrico) e estar
situada a 1,5m do piso;
35. ESTRUTURA
SALA OPERATÓRIA:
• Portas: visor e tamanho que permita a
passagem de macas, camas e
equipamentos cirúrgicos;
• Janelas: vidro fosco, com telas e fechadas
quando houver sistema de ar
condicionado;
• Iluminação do campo cirúrgico: foco
central ou fixo e foco móvel.
37. LAVABO:
• Localizado ao lado da SO;
• Local de degermação das mãos e
antebraços;
• Suas torneiras devem abrir e fechar
automaticamente ou através de pedais.
ESTRUTURA
39. RPA – recuperação pós-anestésica:
• Da SO o cliente é encaminhado à sala de
recuperação pós-anestésica, sob efeito
da anestesia;
• Sua localização deve facilitar o transporte
do cliente da SO para a RPA, e vice-versa,
caso seja necessário;
• Deve possibilitar também o acesso da
equipe cirúrgica.
ESTRUTURA
41. SALAS ESPECÍFICAS:
• Salas de guarda de medicamentos,
materiais descartáveis, esterilizados, de
anestesia e de limpeza, aparelhos e
equipamentos e roupa privativa;
• Sala administrativa;
• Sala de espera para familiares ou
acompanhantes;
• Sala de estar para funcionários e copa.
ESTRUTURA
43. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DA SO
FIXOS:
• Foco central;
• Negatoscópio;
• Sistema de canalização de ar e gases;
• Prateleiras (opcional);
• Mesa cirúrgica manual ou automática.
46. AUXILIARES:
• Suporte de hamper e bacia;
• Mesas auxiliares;
• Bisturi elétrico;
• Cabo de bisturi elétrico;
• Foco auxiliar;
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DA SO
51. • Esfigmomanômetro;
• Monitor de eletrocardiograma;
• Material de entubação traqueal;
• Equipamento para ventilação e
oxigenação;
• Aspirador portátil de secreções;
• Oxímetro de pulso.
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DA SO
53. • Estrado;
• Balde inoxidável;
• Carros para materiais estéreis, de
consumo e soluções antissépticas;
• Banco giratório;
• Escada ;
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DA SO
54. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DA SO
• Pacotes esterilizados
contendo aventais;
• Avental com abertura
para frente – “OPA”;
• Luvas;
• Campos;
• Compressas;
• Gazes;
• Borracha para aspirador;
• Drenos;
• Fios de sutura;
• Soluções antissépticas;
• Esparadrapos;
• Medicamentos
anestésicos;
• Soluções endovenosas;
57. • BRASIL. Ministério da Saúde. Profissionalização de auxiliares
de enfermagem: cadernos do aluno: saúde do adulto,
assistência cirúrgica, atendimento de emergência. 2ª ed. Rio
de Janeiro: Fiocruz, 2003
• BARTMANN, Mercilda. Enfermagem Cirúrgica. Rio de Janeiro:
Senac Nacional, 2011
• Portal Educação e Sites Associados. Curso de Enfermagem em
Centro-Cirúrgico. Material didático. Programa de Educação
Continuada, 2012
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS