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PROCESSOS FERMENTATIVOS
A utilização de microrganismos na
biotransformação da matéria vem desde a
antiguidade. Através da observação do
ambiente ao seu redor, o ser humano passou a
perceber que certos processos se
desenvolviam devido à presença de
microrganismos no meio. A descoberta de
microrganismos que podiam modificar um
determinado substrato possivelmente foi feita
ao acaso, como ao
perceber que a carne seca
resistia a deterioração; ou
que ao deixar o leite
azedar era possível retirar
um liquido do coalho
para fabricar queijo; ou
ainda ao secar os grãos
antes da estocagem era
possível evitar o
aparecimento de fungos.
A partir dessas
observações, foi possível
estudar mais a fundo e
utilizar esses microrganismos de forma a
atender da melhor forma as nossas
necessidades.
Os babilônios e os sumérios usavam
leveduras na produção de álcool antes de
6.000 a.C.. Já os egípcios, em 2.000 a.C.,
utilizavam leveduras para a produção de pães.
Na Ásia, antes do nascimento de Cristo,
utilizava-se Penicillium rouquefortii na
produção de queijo. A 2.500 anos atrás, na
China, o fungo Aspergillus oryzae era usado
no processo de koji, que foi levado também
para o Japão no século VII.
Na metade do século XIX, Luis Pasteur
estudou a função de microrganismo na
produção de vários produtos como alimentos
fermentados, vinhos, cervejas, queijo, leite,
iogurte e combustíveis. Ele identificou muitos
processos microbiológicos e descobriu um
dos principais princípios da fermentação: a
utilização de substratos por microrganismo
para a produção de metabólicos primários e
secundários de interesse
ao homem.
Através do
isolamento de alguns
microrganismos e cultivo
em meio adequado,
Pasteur também
conseguiu desvendar a
base do que hoje recebe o
nome de biotecnológica.
Para se conseguir um
bom rendimento muitas
vezes é necessária
presença de um cultivo
puro com somente um microrganismo isolado
e evitar o aparecimento de microrganismos
indesejados, que podem alterar o processo.
Além disso, uma vez terminado o processo, é
necessário que os microrganismos presentes
também sejam “desativados”. Para isso,
Pasteur desenvolveu em 1864 o processo de
pasteurização, que consiste em aquecer um
determinado meia a uma temperatura de 60 o
C
por 30 minutos.
Durante a Primeira Guerra Mundial
começou-se a utilizar microrganismos para a
produção de substâncias como etanol, acetona
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e ácido cítrico. Já a partir da Segunda Guerra
Mundial, os microrganismos tiveram
importância na produção em larga escala de
antibióticos.
As usinas de bioprocessos são muito
importantes na indústria de alimentos,
química e farmacêutica. Apesar de que a
produção de produtos como cervejas, vinhos e
queijos já vem acontecendo desde a
antiguidade, atualmente a produção é muito
mais controlada e eficiente. Por exemplo,
primeiramente, os pães eram fermentados
com leveduras presentes no meio ambiente.
Mais tarde passou-se a manter uma cultura
própria de leveduras, guardando uma parte da
produção anterior para servir de inócuo para a
próxima. Atualmente pode-se comprar o
fermento produzido industrialmente de forma
padronizada.
Exemplificando, pode-se citar a ação de
leveduras em extratos de frutas ou grãos,
fazendo a fermentação alcoólica. Outro tipo
de fermentação inclui o cultivo de bactérias
acéticas na produção do vinagre. Bactérias
lácteas são responsáveis pela preservação do
leire, produção de iogurte e queijo. Num
cultivo pode-se visar também à produção de
biomassa onde as células estão em meio
nutritivo que favorece a multiplicação, como
na produção de fermento.
Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAzq0AJ/processos-fermentativos