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Um Estado imenso e com
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Geografia de Mato Grosso
Mato Grosso possui 141
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Atualmente Mato Grosso possui 68
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Divisão Político-Administrativa – Mato Grosso
Mato Grosso localiza-se na região
Centro-oeste do território
brasileiro. O Estado ocupa uma
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terceiro maior em extensão
territorial do país. É o único a
possuir características dos três
biomas: Pantanal, Cerrado e
Amazônia.
Mato Grosso possui duas
estações bem-definidas, uma
chuvosa e outra seca. A
estação chuvosa ocorre entre
os meses de outubro a
março, e a estação seca
começa em abril e termina
somente em setembro.
O ponto culminante fica a
1.118m de altitude e se
localiza na Serra de Santa
Bárbara, entre os
municípios de Pontes e
Lacerda e Porto
Esperidião.
Para entendermos o processo de ocupação
do espaço mato-grossense a partir do século
XVIII, época em que surgiram os primeiros
povoados, temos que situar este território no
conjunto da Economia Colonial do século
XVIII.
A ocupação efetiva do espaço brasileiro no
século XVI teve início com o estabelecimento
das Capitanias Hereditárias, cujos principal
objetivo era assegurar a Portugal a
soberania da porção costeira, evitando assim
a invasão de estrangeiros.
Nessa época o território que hoje é
Mato Grosso, era habitada apenas por
algumas incursões hispânicas e
poucas bandeiras que por aqui
aportavam à caça de índios.
O índios eram os ocupantes absolutos
do espaço mato-grossense.
A ocupação mais efetiva do espaço geográfico
mato-grossense deu-se a partir de Cuiabá – local
onde estabeleceram-se os primeiros núcleos
populacionais de Mato Grosso.
O povoamento de Mato Grosso teve início com a
descoberta dos primeiros veios auríferos no rio
Coxipó, pelos integrantes da bandeira de Pascoal
Moreira Cabral, em 1719.
Em 1722, o bandeirante sorocabano Miguel Sutil
descobriu um dos veios auríferos mais
importantes do Brasil: as Lavras do Sutil,
localizadas em Cuiabá, ao longo do córrego da
Prainha.
Em 1726, o governador da Capitania
de São Paulo, Dom Rodrigo César de
Meneses, deslocou-se até Cuiabá.
Em 1748 foi criada a Capitania de Mato
Grosso, sendo então desmembrada da
Capitania de São Paulo.
Os agentes sociais que deram início à formação do
espaço geográfico mato-grossense:
a)No topo da pirâmide social estavam os mineradores;
prósperos comerciantes; altos funcionários públicos e
militares de alta patente.
b)A classe intermediária era constituída por homens livres
e podres: mineiros autônomos com poucos escravos;
pequenos agricultores, pequenos comerciantes,
marceneiros, sapateiros, carpinteiros, alfaiates e
funcionários públicos de escalões inferiores, entre
outros.
c) A camada mais baixa da estrutura social era composta
por índios e negros escravos, que viviam em condições
subumanas. Através do seu trabalho, e de sua fadiga,
enriqueceram seus donos e a Coroa Portuguesa.
A pecuária foi introduzida em áreas mato-
grossenses no período colonial, na região de
Camapuã, entre os rios Taquari e Coxim. Teve
um crescimento disperso e lento, porém
gradual.
O gado encontrou aí pastagens naturais fartas,
favoráveis ao seu desenvolvimento, e seus
proprietários encontraram muitas terras para
serem ocupadas.
Esses fatos contribuíram para semear as
primeiras sementes do latifúndio.
O gado criado na segunda metade do século XIX e
meados do século XX não visava a exportação. Seu
destino era o abastecimento de vilas ou cidades
próximas às fazendas, pois conduzir os animais até
regiões distantes implicava em custos altos, em função
das dificuldades dos transportes. Nem mesmo a
abertura da navegação no rio Paraguai (1856) mudou
essa realidade, porque, na época, não havia câmaras
frias para transportar a carne e os navios não
transportavam o gado em pé.
Essa realidade foi modificada com a
inauguração da Estrada de Ferro
Noroeste do Brasil, em 1910, ligando São
Paulo (Bauru) ao sul de Mato Grosso
(Corumbá). A partir dessa data, o gado
passou a ser transportado vivo nos trens
para ser engordados nas pastagens dos
campos de São Paulo e Minas Gerais e,
daí, levado para os abatedouros.
A produção de cana-de-açúcar e
aguardente iniciou-se em Chapada dos
Guimarães nos anos posteriores à
mineração de Cuiabá.
O cultivo da cana-de-açúcar logo se
espalhou pelas margens do rio Cuiabá,
por Poconé, Livramento, chegando em
Cáceres, às margens do rio Paraguai.
A princípio, o açúcar mascavo e a aguardente
destinavam-se ao abastecimento da
população local e eram produzidos em
engenhos simples, sem muita tecnologia.
Com a abertura da navegação (1856) via rio
Paraguai, abriu-se a possibilidade de produzir
açúcar para exportação, porém o mercado
europeu exigia um açúcar refinado e de boa
qualidade, o que obrigou os proprietários de
engenho adquirirem equipamentos industriais
(importados) e montarem usina para conduzir
em maior escala.
O início do povoamento da região Leste do
Estado, onde hoje esta a microrregião de
Barra do Garças, também teve sua origem
ligada à exploração de ouro.
Esta teve curta duração, fazendo com que
a porção leste do território permanecesse
estagnada por longo período, reabilitando-
se somente por volta de 1805, com a
descoberta de importante jazida de
diamante. Sua exploração estimulou o
processo migratório de pessoas vinda de
Goiás, Minas Gerais, Bahia e Maranhão
para povoar as margens dos rios Garças e
Araguaia.
O diamante também foi encontrado no
meio-norte, na área onde hoje está o
município de Diamantino.
Pode-se dizer que o diamante teve sua
época de esplendor no período de 1805 a
1825, quando aconteceu um grande
dinamismo na ocupação territorial.
Também contribuiu para o processo de
ocupação dessa região a situação
geográfica de Diamantino, que, próximo ao
rio Arinos. Propiciou a ligação de Mato
Grosso com Pará e Amazonas, através dos
rios Juruena e Tele Pires, e o
desenvolvimento de relações comerciais
entre esses estados.
Durante o período compreendido entre a década
de 1840, e o final do século XIX, o povoamento
mato-grossense permaneceu estagnado e
disperso.
O fato que o povoamento provocado pela
mineração é efêmero, pouco contribuindo para a
fixação do homem no local onde se desenvolveu
essa atividade econômica.
Sendo assim, o espaço mato-grossense, até o
final do século XIX apresentava-se parcialmente
ocupado, com povoamento dispersos nas suas
porções leste, sul e oeste.
No final do século XIX, Mato
Grosso experimenta um novo surto
de povoamento estimulado pela
extração de borracha, poaia e
erva-mate. Estas atividades
extrativas constituíram numa nova
fase econômica e de povoamento
em território mato-grossense.
A partir de 1878, o governo do segundo império
resolveu, através do Presidente da Província de
Mato Grosso, arrendar as terras devolutas para
terceiros. Esse tipo de arrendamento proporcionou
a muitas pessoas que tivessem acesso à terras na
porção sul do estado (hoje MS), podendo dedicar-
se à exploração da erva-mate.
Foi através do arrendamento que um consórcio de
10 representante formou a poderosa empresa
conhecida como Companhia Mate-Laranjeira.
Este ciclo produtivo teve seu
momento de glória de 1882
até meados do século XX,
quando entrou em declínio
devido à concorrência da
produção Argentina.
A poaia (Cephaeles Ipecacuanha), planta
de alto valor medicinal, teve seu momento
de esplendor nos anos de 1878 e 1879. Era
extraída das matas nativas da grande
região dos Parecis, Cáceres, Barra do
Bugres, Vila Bela e Cuiabá e exportada via
Cáceres, pelo rio Paraguai até Corumbá e
daí para o exterior.
No período compreendido entre 1977 –
1880, a Noroeste brasileiro enfrentou
uma de sua piores secas e teve como
desdobramento a formação de um
importante fluxo migratório de
nordestinos para o Norte do Brasil. Um
percentual desses migrantes adentrou
em matas mato-grossenses e iniciou a
exploração da borracha.
O látex extraído da mangabeira
mato-grossense era de melhor
qualidade, se comparado ao da
seringueira. A borracha aqui
produzida tinha um único destino, o
mercado europeu, principalmente a
Inglaterra que despontava como
potência industrial do Ocidente.
Apesar de ser extraída até hoje,
a borracha teve ser apogeu no
início do século XX, quando
entrou em declínio devido à
concorrência da borracha de
melhor qualidade produzida nas
colônias inglesas do Sudeste
Asiático.
O Arranjo Espacial no início do
Século XX
Até agora, podemos dizer que o processo de
ocupação das terras mato-grossenses sempre
esteve associadas à exploração de um produto
que tivesse aceitação no mercado externo (ouro,
diamante, açúcar, poaia, erva-mate e borracha).
De todas as atividades mencionadas, a erva-
mate foi a que teve maior parcela de contribuição
na fixação do homem à terra e promoveu, até a
década de 1930, um povoamento expressivo na
porção sul de Mato Grosso (hoje MS).

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Geografia de Mato Grosso 0

  • 1.
  • 2. Um Estado imenso e com características únicas Geografia de Mato Grosso
  • 3. Mato Grosso possui 141 municípios, agrupados em 22 microrregiões político- administrativas. Atualmente Mato Grosso possui 68 terras indígenas e 23 unidades de conservação federais, 44 estaduais e 38 municipais distribuídas entre reservas, parques, bosques, estações ecológicas e RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Nacional).
  • 5. Mato Grosso localiza-se na região Centro-oeste do território brasileiro. O Estado ocupa uma área de 903.357 km², sendo o terceiro maior em extensão territorial do país. É o único a possuir características dos três biomas: Pantanal, Cerrado e Amazônia.
  • 6. Mato Grosso possui duas estações bem-definidas, uma chuvosa e outra seca. A estação chuvosa ocorre entre os meses de outubro a março, e a estação seca começa em abril e termina somente em setembro.
  • 7. O ponto culminante fica a 1.118m de altitude e se localiza na Serra de Santa Bárbara, entre os municípios de Pontes e Lacerda e Porto Esperidião.
  • 8.
  • 9.
  • 10. Para entendermos o processo de ocupação do espaço mato-grossense a partir do século XVIII, época em que surgiram os primeiros povoados, temos que situar este território no conjunto da Economia Colonial do século XVIII. A ocupação efetiva do espaço brasileiro no século XVI teve início com o estabelecimento das Capitanias Hereditárias, cujos principal objetivo era assegurar a Portugal a soberania da porção costeira, evitando assim a invasão de estrangeiros.
  • 11. Nessa época o território que hoje é Mato Grosso, era habitada apenas por algumas incursões hispânicas e poucas bandeiras que por aqui aportavam à caça de índios. O índios eram os ocupantes absolutos do espaço mato-grossense.
  • 12. A ocupação mais efetiva do espaço geográfico mato-grossense deu-se a partir de Cuiabá – local onde estabeleceram-se os primeiros núcleos populacionais de Mato Grosso. O povoamento de Mato Grosso teve início com a descoberta dos primeiros veios auríferos no rio Coxipó, pelos integrantes da bandeira de Pascoal Moreira Cabral, em 1719. Em 1722, o bandeirante sorocabano Miguel Sutil descobriu um dos veios auríferos mais importantes do Brasil: as Lavras do Sutil, localizadas em Cuiabá, ao longo do córrego da Prainha.
  • 13. Em 1726, o governador da Capitania de São Paulo, Dom Rodrigo César de Meneses, deslocou-se até Cuiabá. Em 1748 foi criada a Capitania de Mato Grosso, sendo então desmembrada da Capitania de São Paulo.
  • 14. Os agentes sociais que deram início à formação do espaço geográfico mato-grossense: a)No topo da pirâmide social estavam os mineradores; prósperos comerciantes; altos funcionários públicos e militares de alta patente. b)A classe intermediária era constituída por homens livres e podres: mineiros autônomos com poucos escravos; pequenos agricultores, pequenos comerciantes, marceneiros, sapateiros, carpinteiros, alfaiates e funcionários públicos de escalões inferiores, entre outros. c) A camada mais baixa da estrutura social era composta por índios e negros escravos, que viviam em condições subumanas. Através do seu trabalho, e de sua fadiga, enriqueceram seus donos e a Coroa Portuguesa.
  • 15. A pecuária foi introduzida em áreas mato- grossenses no período colonial, na região de Camapuã, entre os rios Taquari e Coxim. Teve um crescimento disperso e lento, porém gradual. O gado encontrou aí pastagens naturais fartas, favoráveis ao seu desenvolvimento, e seus proprietários encontraram muitas terras para serem ocupadas. Esses fatos contribuíram para semear as primeiras sementes do latifúndio.
  • 16. O gado criado na segunda metade do século XIX e meados do século XX não visava a exportação. Seu destino era o abastecimento de vilas ou cidades próximas às fazendas, pois conduzir os animais até regiões distantes implicava em custos altos, em função das dificuldades dos transportes. Nem mesmo a abertura da navegação no rio Paraguai (1856) mudou essa realidade, porque, na época, não havia câmaras frias para transportar a carne e os navios não transportavam o gado em pé.
  • 17. Essa realidade foi modificada com a inauguração da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, em 1910, ligando São Paulo (Bauru) ao sul de Mato Grosso (Corumbá). A partir dessa data, o gado passou a ser transportado vivo nos trens para ser engordados nas pastagens dos campos de São Paulo e Minas Gerais e, daí, levado para os abatedouros.
  • 18. A produção de cana-de-açúcar e aguardente iniciou-se em Chapada dos Guimarães nos anos posteriores à mineração de Cuiabá. O cultivo da cana-de-açúcar logo se espalhou pelas margens do rio Cuiabá, por Poconé, Livramento, chegando em Cáceres, às margens do rio Paraguai.
  • 19. A princípio, o açúcar mascavo e a aguardente destinavam-se ao abastecimento da população local e eram produzidos em engenhos simples, sem muita tecnologia. Com a abertura da navegação (1856) via rio Paraguai, abriu-se a possibilidade de produzir açúcar para exportação, porém o mercado europeu exigia um açúcar refinado e de boa qualidade, o que obrigou os proprietários de engenho adquirirem equipamentos industriais (importados) e montarem usina para conduzir em maior escala.
  • 20. O início do povoamento da região Leste do Estado, onde hoje esta a microrregião de Barra do Garças, também teve sua origem ligada à exploração de ouro.
  • 21. Esta teve curta duração, fazendo com que a porção leste do território permanecesse estagnada por longo período, reabilitando- se somente por volta de 1805, com a descoberta de importante jazida de diamante. Sua exploração estimulou o processo migratório de pessoas vinda de Goiás, Minas Gerais, Bahia e Maranhão para povoar as margens dos rios Garças e Araguaia.
  • 22. O diamante também foi encontrado no meio-norte, na área onde hoje está o município de Diamantino.
  • 23. Pode-se dizer que o diamante teve sua época de esplendor no período de 1805 a 1825, quando aconteceu um grande dinamismo na ocupação territorial. Também contribuiu para o processo de ocupação dessa região a situação geográfica de Diamantino, que, próximo ao rio Arinos. Propiciou a ligação de Mato Grosso com Pará e Amazonas, através dos rios Juruena e Tele Pires, e o desenvolvimento de relações comerciais entre esses estados.
  • 24. Durante o período compreendido entre a década de 1840, e o final do século XIX, o povoamento mato-grossense permaneceu estagnado e disperso. O fato que o povoamento provocado pela mineração é efêmero, pouco contribuindo para a fixação do homem no local onde se desenvolveu essa atividade econômica. Sendo assim, o espaço mato-grossense, até o final do século XIX apresentava-se parcialmente ocupado, com povoamento dispersos nas suas porções leste, sul e oeste.
  • 25. No final do século XIX, Mato Grosso experimenta um novo surto de povoamento estimulado pela extração de borracha, poaia e erva-mate. Estas atividades extrativas constituíram numa nova fase econômica e de povoamento em território mato-grossense.
  • 26. A partir de 1878, o governo do segundo império resolveu, através do Presidente da Província de Mato Grosso, arrendar as terras devolutas para terceiros. Esse tipo de arrendamento proporcionou a muitas pessoas que tivessem acesso à terras na porção sul do estado (hoje MS), podendo dedicar- se à exploração da erva-mate. Foi através do arrendamento que um consórcio de 10 representante formou a poderosa empresa conhecida como Companhia Mate-Laranjeira.
  • 27. Este ciclo produtivo teve seu momento de glória de 1882 até meados do século XX, quando entrou em declínio devido à concorrência da produção Argentina.
  • 28. A poaia (Cephaeles Ipecacuanha), planta de alto valor medicinal, teve seu momento de esplendor nos anos de 1878 e 1879. Era extraída das matas nativas da grande região dos Parecis, Cáceres, Barra do Bugres, Vila Bela e Cuiabá e exportada via Cáceres, pelo rio Paraguai até Corumbá e daí para o exterior.
  • 29. No período compreendido entre 1977 – 1880, a Noroeste brasileiro enfrentou uma de sua piores secas e teve como desdobramento a formação de um importante fluxo migratório de nordestinos para o Norte do Brasil. Um percentual desses migrantes adentrou em matas mato-grossenses e iniciou a exploração da borracha.
  • 30. O látex extraído da mangabeira mato-grossense era de melhor qualidade, se comparado ao da seringueira. A borracha aqui produzida tinha um único destino, o mercado europeu, principalmente a Inglaterra que despontava como potência industrial do Ocidente.
  • 31. Apesar de ser extraída até hoje, a borracha teve ser apogeu no início do século XX, quando entrou em declínio devido à concorrência da borracha de melhor qualidade produzida nas colônias inglesas do Sudeste Asiático.
  • 32. O Arranjo Espacial no início do Século XX Até agora, podemos dizer que o processo de ocupação das terras mato-grossenses sempre esteve associadas à exploração de um produto que tivesse aceitação no mercado externo (ouro, diamante, açúcar, poaia, erva-mate e borracha). De todas as atividades mencionadas, a erva- mate foi a que teve maior parcela de contribuição na fixação do homem à terra e promoveu, até a década de 1930, um povoamento expressivo na porção sul de Mato Grosso (hoje MS).