Mato Grosso no contexto da integração nacional.
1º - O espaço mato-grossense encontrava-se
parcialmente povoado, com uma população
dispersa pelo território.
2º - Primeiro, era necessário garantir o
abastecimento de alimentos para a população
e de matérias-primas para as fábricas do
Sudeste. Segundo, era necessário constituir
um mercado consumidor de produtos
industrializados.
2. Vamos por partes:
1º - O espaço mato-grossense encontrava-se
parcialmente povoado, com uma população
dispersa pelo território.
2º - Primeiro, era necessário garantir o
abastecimento de alimentos para a população
e de matérias-primas para as fábricas do
Sudeste. Segundo, era necessário constituir
um mercado consumidor de produtos
industrializados.
3. Para dar suporte a esse
projeto nacional, inicia-se
uma política de
colonização em áreas do
Centro-Oeste, através da
criação de colônias
agrícolas.
4. Em Mato Grosso, até a década
de 1950, são criadas as colônias
agrícolas de Dourados, Taquari-
Mirim e Ministro João Alberto
(hoje Nova Xavantina).
5. Neste Estado, a venda de terras ficou a
cargo do Departamento de Terras e
Colonização – DTC, lucrativo órgão
público do Estado. Deixou de funcionar
em 1966, retornando em 1976, como
Instituto de Terras do Estado de MT –
INTERMAT.
A CODEMAT, hoje extinta, também se
envolveu com o comércio de terras
mato-grossenses.
6. Com o incentivo à colonização, o
número de habitantes de Mato Grosso,
que em 1930 era de 349.857, subiu
para 423.265 até 1940.
No período de 1950 a 1960, a
industrialização brasileira caminha a
passos largos, atraindo grandes fluxos
migratórios para as cidades.
7. Agora é a vez da siderurgia, da
indústria química e das grandes
montadoras automobilísticas
acentuarem o êxodo rural e as
desigualdades regionais, forçando o
Governo Federal a criar Planos de
Desenvolvimento para promover a
diminuição dessas diferenças e a
melhoria em transportes, comunicação
e no abastecimento de energia.
8. Em Mato Grosso, em toda a década de
1960, acelera-se a ocupação da fronteira
agrícola, mantendo-se a política de
colonização. Essa política era feita por
empresas colonizadoras particulares
que receberam terras devolutas do
Governo do Estado.
9. Esses latifúndios necessitavam de infra-estrutura
básica para se desenvolver. Entra em cena
novamente o poder público criando órgãos
específicos para apoiar essas atividades, como é
o caso do Banco da Amazônia – BASA;
Superintendência para o Desenvolvimento do
Centro-Oeste – SUDECO; e Superintendência
para o Desenvolvimento da Amazônia – SUDAM.
Desmatam-se e Cerrado e a Floresta Amazônica,
abrem-se estradas (Cuiabá/Porto Velho,
Cuiabá/Santarém...), melhoram as
comunicações, crescem as cidades do Centro-
Oeste, e Mato Grosso entra na era da
modernização da agricultura.
10. A ocupação da fronteira ao norte de Mato Grosso
intensificou-se na década de 1970.
1º - O Nordeste vivia uma situação de estagnação
econômica;
2º - Em São Paulo e estados do Sul, os fatores de
expulsão dos agricultores estão relacionados aos
processo de modernização da agricultura, que
supervaloriza a terra, restringindo apenas aos que
podem pagá-la;
3º - Outros elementos, como a construção de Brasília, a
abertura de rodovias que atravessam o Centro-Oeste na
direção da Amazônia e a formação de empresas
particulares de colonização, contribuindo para orientar a
direção desses fluxos migratórios rumo ao norte de
Mato Grosso, Rondônia e Acre.
11. De 1960 até 1985, a população da
Região Norte de Mato Grosso aumenta
significativamente, cerca de 6,7 vezes,
e em 1985 já somava um total de
423.528 habitantes. Em poucos anos, a
fronteira ficou totalmente ocupada por
produtores que passaram a consumir
produtos industrializados e fornecer
alimentos para as população das
cidades e matéria-prima para as
indústrias.
12. O Instituto Nacional de Reforma Agrária
– INCRA desempenhou papel
importante no processo de colonização.
Foi o órgão responsável pela
implantação de vários projetos de
colonização em Mato Grosso, onde se
fixaram muitos dos migrantes que aqui
chegaram.
13. PAC – Projeto de Ação Conjunta, Peixoto de Azevedo,
longo rodovia Cuiabá-Santarém, municípios de Carlinda
e Nobres;
PA – Projeto de Assentamento Braço Sul no extremo
Norte de MT;
PEA – Projeto Especial de Assentamento, município de
Lucas do Rio Verde;
PAR – município de Nova Canaã e Colider;
PAR. Cerro Azul – no município de Pontes e Lacerda;
PAR. Sete de Setembro – em Aripuanã.
Projetos de colonização em Mato Grosso
14. No Estado de Mato Grosso, estabeleceran-se mais
de 50 desses projetos, os mais conhecidos são:
Porto dos Gaúchos – colonizado por Conomali;
Canarana – colonizada pela Cooperativa 31 de
Março Ltda.;
Água Boa – colonizada pela CONAGRO;
Nova Xavantina – colonizada pela CONAGRO;
Vila Rica – colonização Vila Rica;
Nova Mutum – colonizada pela Mutum
Agropecuária S.A;
15. Sorriso – colonizadora Sorriso;
Sinop e Vera – colonizadora Sinop;
Marcelândia – colonizadora Maiká;
Matupá – colonizadora Agropecuária Cachimbó;
Alta Floresta, Paranaíta e Apiacás – colonizadora
INDECO;
Nova Bandeirantes – colonizadora Bandeirantes;
Colider – colonizadora Colider S.A;
Terra Nova – colonizadora COPERCANA;
Juara – colonizadora do Sr. Zé Paraná;
Tapurah e Eldorado – colonizadora Tapurah;
São José do Rio Claro – colonizadora INCOL;
Brasnorte – colonizadora Cravari
16. Grande parte desses
projetos contribuíram
ou foram até mesmo a
semente da criação de
novos municípios no
Estado de Mato Grosso.
19. Nas décadas de 70 e 80, os
poderes estaduais e federais
implementaram ações que
transformaram Mato Grosso,
sendo a melhor região de
expansão agrícola do Brasil.
Foram criados vários
programas.
20. A maioria dos projetos foi coordenado
pela
SUDECO (Superitendência para o
Desenvolvimento do Centro-Oeste,
criada em 1967) ou pela
SUDAM (Superitendência para o
Desenvolvimento da Amazônia, criada
em 1966)