1) O documento discute a inserção de jovens no mercado de trabalho através da contribuição do serviço social na formação e qualificação profissional. 2) O objetivo é analisar como o serviço social ajuda na formação e qualificação de jovens em situação de vulnerabilidade social. 3) A pesquisa teve abordagem qualitativa para entender como projetos sociais transformam a vida desses jovens e famílias.

1. *CRISOSTOMO, Priscila
*SANTANA, Viviane
**∗
MELO, Dilce
RESUMO
Esta pesquisa cientifica tem como título inserção de jovens no mercado de trabalho:A contribuição do serviço
social na formação e qualificação dos jovens Salvador/BA. Nessa expectativa o objetivo geral deste estudo é,
analisar como o Serviço Social contribui para a formação e qualificação profissional dos jovens em situação de
vulnerabilidade social. A partir do objetivo geral, surgiram os objetivos específicos, os quais, encontram-se
dispostos ao longo deste trabalho, como: Descrever o público atendido pelos projetos sociais;Traçar o perfil
sócio-economico dos jovens e famílias inseridos nesses projetos e programas do governo; Informar as
transformações que os projetos sociais fazem nas vidas dessas famílias. Estabelecendo como bases, as políticas
públicas, por meio do projeto social. É de fundamental importância citar, que os projetos sociais implantados
aqui em Salvador, tem feito grande diferença na vida das famílias em situação de vulnerabilidade social,
proporcionando assim, uma reinserção destes indivíduos na sociedade, através de atividades técnicas (em sala de
aulas) e culturais. O Objeto de estudo são jovens em situação de vulnerabilidade social. A pesquisa teve como
metodologia uma abordagem qualitativa, de cunho explicativo, bibliográfico, documental e campo tudo isto com
o intuito máximo de se alcançar o objetivo preestabelecido assim como mostrar de forma geral a real situação da
capacitação dos jovens inseridos no projeto. Vale destacar que a análise dos resultados apontaram que os jovens
em situação de vulnerabilidade social, precisam de uma oportunidade por meio de projetos e programas, para
que possam ser inseridos no mercado de trabalho. E assim, com a intervenção de um profissional, do Serviço
Social, possa acompanha-los nessa inclusão social.
Palavras chave: Assistente Social. Qualificação profissional do jovem .
∗
*Alunas do curso de especialização em Gestão Pública e Projetos pela Faculdade Hélio Rocha
**Professora Doutora orientadora

2. 1 INTRODUÇÃO
Atualmente com o desenvolvimento da sociedade moderna, o mundo vem se
modificando de forma curiosa em diversos níveis, tais como: político, social, cultural,
econômico e tecnológico. Essas transformações provocam efeitos nas novas gerações,
principalmente na juventude.
A juventude, enquanto momento de transição da infância/adolescência, para a fase
adulta, guarda grande significado na trajetória da pessoa, representando momento propício
para escolhas profissionais e pessoais que impactarão para o futuro do individuo e o
desenvolvimento social do País, Estado, Município e comunidades. A realidade da juventude
perante a dinâmica social moderna, torna o publico de jovem imensamente vulnerável em
relação ao desenvolvimento de condições para a construção de uma fase adulta sólida e em
terreno de oportunidades. Os fatores que influenciam para esse cenário são ligados aos
reflexos das questões sociais enfrentadas em diversos âmbitos da sociedade, tais quais:
violência, drogadição, baixa qualidade da formação educativa de base, baixa qualificação
profissional, entre outras.
As classes sociais mais baixas sofrem um agravamento dos reflexos das questões
supracitadas, tornando o jovem estudante de escolas públicas e residentes nas periferias das
grandes cidades um público ainda mais vulnerável. Entretanto com o enfrentamento das
mesmas demandas de qualquer juventude do país. Nesse contexto, a Política Publica tem
como demanda principal a educação, amparada pela Constituição Federal Brasileira - CFB
(BRASIL, 1988), pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB (BRASIL,
1996), o Plano Nacional de Educação - PNE (BRASIL, 2001) e a Resolução do Conselho
Nacional de Educação – RCNE (BRASIL, 2007)
Segundo a normatização da educação brasileira a Política Pública de Educação
está dividida em três etapas: Infantil, Fundamental (em 09 anos) e Média (em 03 anos), cuja
finalidade é assegurar a formação de todos, para o exercício da cidadania, perseguindo a
formação integral do ser humano e possibilitando assim, que o individuo tenha autonomia na
condução da sua própria vida pessoal e profissional. E ainda pela formação geral as pessoas
adquirem conhecimento que permitam compreender a realidade, na formação profissional
conhecimento cientifico adquire, para o trabalho, o sentido de força produtiva, traduzindo-se
em técnicas e procedimentos, a partir da compreensão dos conceitos científicos e tecnológicos
básicos que o possibilitarão a atuação autônoma e consciente na dinâmica econômica da
sociedade (BRASIL, 2007).

3. A partir das novas diretrizes e bases da educação brasileira a perspectiva educativa
da nação é unificada a partir de apenas um objetivo e seguindo apenas uma modalidade de
execução da formação das crianças, adolescentes e jovens no país. A referida transformação
na matriz da educação permite também, outras iniciativas que qualificam o percurso,
garantindo que após esse período o jovem brasileiro continue sendo assistido pelo Estado,
através de leis, como a lei da aprendizagem nº 10.097. Com esse conhecimento de
qualificação profissional, o acesso à formação de qualidade vem sendo mediada, por
informações que ao mesmo tempo chega a ser seletivas e compreensivas para o mercado de
trabalho. Nesse sentido os cursos de formação profissional, que chega a ser oferecido por
ONGs e diversos segmentos da sociedade junto com o Estado para desempenhar as atividades
em prol de uma visão do trabalho adequado aos tempos atuais e orientar ações mais realistas e
efetivas neste campo direcionado aos jovens.
Entretanto a política social vem sendo ofertada como uma política fundamental
para o “bem estar dos cidadãos” que para a sociedade apresenta um fortalecimento e efeito
positivo com foco no desenvolvimento dos jovens através de conhecimento científico na área
de tecnologia por meio do projeto social, ou seja, uma política que responde diretamente para
sociedade a oportunidade em formar e qualificar jovens, através de uma instituição formadora
para assim amenizar a mortalidade e violência juvenil, demonstrando que nem sempre o
homem é fruto do meio no qual convive onde o mesmo é transformado por meio das
oportunidades que lhe é oferecido.
De acordo o descrito é louvável compreender que o problema desse estudo perpassa,
por entender, porque os jovens tem grandes dificuldade em concluir um curso
profissionalizante, sendo que, é uma oportunidade onde é visível a transformação na vida do
mesmo e de sua família. Nessa perspectiva, fez-se necessário buscar responder esta inquirição
que é a questão problema norteadora dessa investigação: Qual a contribuição do serviço
social, na inserção desses jovens no mercado de trabalho? Por meio das pesquisas, podemos
notar que o profissional do Serviço Social, por ter conhecimentos de políticas pública, podem
intervim com seus conhecimentos para inseri-los no mercado de trabalho, através de
programas e projetos oferecido pelo Estado.
Tem-se como objeto de estudo jovens em situação de vulnerabilidade social. Nessa
expectativa, o objetivo geral deste estudo é, analisar como o Serviço Social contribuiu para a
formação e qualificação profissional dos jovens em situação de vulnerabilidade social. A
partir do objetivo geral, surgiram os seguintes objetivos específicos: Descrever o público

4. atendido pelos projetos sociais;Traçar o perfil sócio-economico dos jovens e famílias
inseridos nesses projetos e programas do governo; Informar as transformações que os projetos
sociais fazem nas vidas dessas famílias
Esse estudo justifica-se pelo fato da tentar entender a necessidade que esses jovens
tende em ser inseridos no mercado de trabalho por meio de muitas oportunidades, através de
projetos e programas sociais.
Para efetivar a esses objetivos e responder as inquirições desse estudo, optou-se pela
metodologia da pesquisa qualitativa com enfoque na investigação da ação participativa de
cunho bibliográfico, documental e de campo as quais proporcionaram maior validade, e
possibilitaram uma visão mais precisa da realidade, tendo em vista o maior conhecimento
sobre o tema. De acordo com Alvarenga (2011, p. 10) “esse tipo de pesquisa visa a novos
conceitos, novas descobertas, novas relações, novas formas de entendimento da realidade,
para assim tratar problema investigado”. Vale destacar que utilizou-se da revisão de literatura
de textos científicos e livros de autores renomados na temática, análise documental,
observação e entrevista como instrumento para coleta de dados.
No tocante ao referencial teórico, a escolha dos autores se fez considerando a
dedicação dos mesmos à abordagem do tema, cabendo descartar a participação de autores
como: Alvarenga (2011), Brasil (1997), CONJUVE (2006), Capitanio (2008), Cappelletti
(2009), Grassi (2009) Luczinsku (2012) Manual de aprendizagem 2009, entre outros,
conforme foram citados ao longo desse artigo.
2 DESENVOLVIMENTO
2 1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Nos últimos anos, o capitalismo não se modificou tanto, somente transformou sua
nomenclatura, mas os conflitos acerca da classe trabalhadora ainda permanecem.
Historicamente, esses choques entre as classes, no processo sócio-histórico, não foram tão
desiguais com a classe proletária e burguesa no término da Idade Média.
Com todas essas poucas modificações, um dos investimentos desse processo
histórico, é a educação básica brasileira que está dividida em infantil, fundamental e média,
com objetivo de garantir uma formação comum para o exercício da cidadania, dando aos

5. indivíduos as ferramentas necessárias para que o sujeito possa enfrentar o trabalho ou estudos
sucessivos. Logo em seguida, surge a Lei de aprendizagem - Lei federal 10.097 (BRASIL,
2007) que vem influenciar no cenário da formação profissional dos jovens e que traz,
obrigatoriamente, a contratação que prevê um percurso de formação e trabalho, e permite que
o jovem termine as obrigações escolares, caso ainda não as tenha concluído. Logo,
Brasil/MTE (2011) norteia que
Neste período, diversos governos municipais e estaduais criaram órgão gestores de
juventudes e reforçaram ações visando a participação dos jovens na elaboração no
“empoderamento” de suas organizações associativas, e numa maior efetividade na
aplicação dos recursos, com suporte em esforços capazes de mobilizar setores
estratégicos do Poder Publico e da sociedade civil pela promoção da juventude
brasileira (BRASIL, 2011, p. 33).
Contido nessas transformações, a sociedade teve um ganho muito satisfatório com
os profissionais, do Serviço Social que vem para intermediar, de acordo com a necessidade
educacional e profissional do jovem.
Essa necessidade social e econômica do viés capitalista vem inserir o jovem no
mercado de trabalho, onde ocorre seu desenvolvimento e a necessidade de sua força de
trabalho para o modelo capitalista implantado na sociedade. As políticas públicas
direcionadas aos jovens não apenas refletem os problemas e as questões sociais, mas também
é fruto de uma herança culturalmente da desigualdade econômica e social dos anos passado
para a aplicação dessa política na atualidade. E CONJUVE (BRASIL, 2006) destaca:
[...] a vivencia juvenil na contemporaneidade tem se mostrado mais complexa,
combinando processos formativos com processo de experimentação e construção de
trajetória que inclui a inserção no mundo do trabalho, a definição de identidade, a
vivencia da sexualidade, da sociabilidade, do lazer, da fricção e criação cultural e da
participação social. [...] nessa perspectiva é a importância de se considerar a perda
de linearidade e de um padrão único na transição para a vida adulta, com
possibilidade de trajetória juvenil intermitente e reversível (BRASIL, 2006, p. 20).
Com base na Constituição Federal Brasileira (BRASIL, 1988) o artigo referente à
Educação no Brasil garante uma educação igualitária e acessível para todos, podendo
acarretar represálias pelo descumprimento desse direito. Porém, estes direitos não são muitas
vezes executados, o que torna necessário políticas e projetos que venham fortalecer, fiscalizar
e implementar as ações desenvolvidas para o processo de efetivação e ampliação da
cidadania.

6. É, nesse cenário educacional, que surgem diversas leis, projetos e diretrizes para
dar base e monitoramento ao sistema de escolarização, a exemplo do Plano Nacional da
Educação – PNE (BRASIL, 2001) , que se destaca na Constituição Federal (BRASIL,
1988)no Art. 214, em que o PNE (op. cit.) estabelece metas sistemáticas a serem cumpridas
em determinado período. Isso objetiva levá-las à população, de forma visível, para que a
própria sociedade possa cobrar uma melhoria educacional.
Visto essas cobranças, para Luczinski (2012), somente o jovem ser inserido no
mercado de trabalho através de ONG, por meio de projetos, e com a fiscalização do
Ministério do trabalho e emprego - M T E, não garantirá a sua instabilidade profissional,
mas sim a sua consciência de que obter conhecimento é garantir o seu maior ganho.
Para que a oferta de cursos profissionalizantes, através das políticas públicas, por
meio de projetos e programas executados pelo Terceiro Setor e /ou Estado, venha a fortalecer
a criação de novas políticas, para que a qualificação, na medida da inserção no mercado de
trabalho, venha prevalecer cada vez mais através do seu desempenho. E Luczinski (2012)
enfatiza que:
A valorização de cursos e certificados, bem como a ênfase na formação como
garantia de uma carreira promissora, tem levado muitos jovens a buscarem no
estudo uma esperança para seus futuros. Torna-se necessário, então, refletir
brevemente sobre a situação da educação no Brasil, principalmente nos seus
instrumentos de preparação para a entrada no muito do trabalho. (LUCZINSKI,
2012, p. 16).
De acordo com CONJUVE (BRASIL, 2006) a necessidade de jovens no mercado
de trabalho começou a ganhar força e destaque somente no final do século XIX, com o
processo da industrialização. Neste período, a formação profissional e os estudos, passaram a
ser de grande importância para o crescimento e desenvolvimento da sociedade.
Em observação a essa situação, pode-se dizer que a juventude é uma fase marcada
por contradições e suas necessidades, e, onde ao mesmo tempo, esta nova fase suporta o
engajamento em projetos sociais que possibilitam a inserção dos mesmos na sua
produtividade.
Ainda de acordo com CONJUVE (BRASIL, 2006) há uma possível problemática
na construção da identidade ocupacional do jovem, e essa geração tem sofrido ansiedade por
estar se debatendo com grande dificuldade - seja ela financeira familiar seja essas questões
culturais - tornando-se este público alvo vulnerável por conviver com mudanças por
transformações em diversas áreas, sejam elas psicológica biológica ou financeira.

7. Castro, Aquino e Andrade (apud Gonzalez, 2009) destacam que, perante o
crescimento das taxas de desemprego juvenil, a política da juventude chega a ser uma opção
quando se refere a trabalho. Há o preparado e facilidade da sua contratação para fornecer
ótimas oportunidades. A própria política faz uma junção com a escola para o próprio
incentivo e continuidade nos estudos, ou seja, combinação de trabalho e estudos.
Segundo Luczinski (2012) o trabalho é o campo em que há o privilegio para
transformar o ser humano. Está expresso nas realizações constantes que puncionam a possível
descoberta que desenvolve um empenho em diversos níveis para o crescimento profissionais.
E ainda no Ministério do Trabalho e |Emprego - M T E (BRASIL/MTE, 2011):
[...] quando se trata de pensar ações públicas para a juventude a partir dos 16 anos
no campo do trabalho, é a legitimação da aspiração dos jovens a possuírem um
emprego especialmente um emprego de qualidade. A educação tem papel central na
construção de uma trajetória de trabalho decente para os jovens. Mas, também é
preciso considerar os múltiplos sentidos, o lugar e o valor atribuído à atividade
laboral (a possibilidade de autonomia econômica, aquisição de identidade, dignidade
pessoal, entre outros aspectos), na trajetória dos jovens brasileiros (BRASIL/MTE,
2011, p. 18).
Segundo MTE (BRASIL, 2011) nas duas últimas décadas, a temática da
juventude constitui-se em um problema político e se converteu em um item relevante da
agenda nacional. Observando o grande aumento de programas e políticas direcionado aos
jovens, no Brasil, em diversas áreas governamentais, na junção com a própria sociedade. E o
MEC(BRASIL,2007) determina:
Não reduzir a educação as necessidades do mercado de trabalho, mas não ignorar as
exigências da produção econômica, como campo de onde os sujeitos sociais retirem
os meios de vida. Em consequência, é importante considerar os estudos locais, as
identificações das oportunidades ocupacionais, as tendências da dinâmica
socioprodutiva local, regional, nacional e global (BRASIL/MEC, 2007, p. 55).
Tendo em vista que Educação para o Trabalho merece mais atenção e investimento
de forma que estejam alinhadas com o crescimento do país e o cenário econômico para
melhor utilidade das políticas assistenciais e educacionais, e, por meio dessas, venham a
amenizar as questões sociais, nas diferentes perspectivas implantadas pelo poder público.
Historicamente, é, nesse contexto das ações do Estado, direcionada ás mazelas da
questão social, que o profissional de Serviço Social realiza a sua atuação com grande
relevância, das dificuldades, caracterizando através da sua contribuição ativa na sociedade
civil, e desempenhando um papel significativo na classe da sociedade de menor poder

8. aquisitivo e suas mazelas sociais, que são geradas pela contradição da relação capital x
trabalho, que é identificado por meio da questão social. Vale ressaltar que o profissional de
Serviço Social está inserido no sistema capitalista, atendendo as demandas das instituições,
porém contemplando, também, as necessidades dos usuários de acordo com a realidade no
qual convive.
2 2 METODOLOGIA
No âmbito da metodologia utilizada faz-se a caracterização do método da pesquisa
com abordagem quantitativa, com enfoque na pesquisa bibliográfica e documental e de
campo, onde os conteúdos, disponibilizados em livros, materiais e na internet, principalmente
no que tange a Política Nacional de Juventude e a Lei de Aprendizagem.
Para obtenção de dados, foi utilizada a pesquisa de campo, onde no momento o
objetivo era coletar dados, informações e respostas para identificar a proposta da pesquisa.
Na construção da pesquisa, foi realizada a maior parte do trabalho
presencialmente, pois foi destacada a importância da atuação em campo, com dados
obtidos por meio de uma experiência direta com as situações de estudo. Os instrumentos
para coleta dos dados da pesquisa bibliográfica foram a partir dos estudos de autores
renomados, na pesquisa documental foi realizada análise de Leis e na pesquisa de campo se
deu basicamente pelas das técnicas: de observação participante e do questionário não
estruturado, que receberam análise quantitativa.
Essa investigação perpassou pelos caminhos do paradigma fenomenológico com
abordagem quantitativa, os quais segundo Alvarenga (2011) esse tipo de pesquisa baseia-se
no rigor científico determinado por um desenho preciso e definido apriore e realização do
estudo, que se utiliza mais o método indutivo, onde procura compreender as ações e atitudes
dos sujeitos envolvidos no estudo, não procura validar teorias nem generalizar suas
descobertas. E Triviños (2011 ) ainda corrobora enfatizando que esse tipo de investigação
exige participação dos próprios sujeitos investigados em sua realidade e suas próprias
vivências. Neste sentido, compreende-se que nesse enfoque interessa conhecer como as
pessoas pensam, sentem e agem; suas experiências, suas atitudes e crenças.
Para tanto, esta investigação com abordagem quantitativa foi realizada com
enfoque na pesquisa bibliográfica que é uma etapa essencial em todo trabalho científico, que
fundamenta todas as etapas de uma pesquisa, na medida em que der o embasamento teórico

9. que se baseará todo o trabalho. Este tipo de pesquisa consiste no levantamento, seleção,
fichamento, análise, revisão de literatura e organização de informações relacionadas ao tema.
É indispensável, portanto, antes de todo e qualquer trabalho científico fazer uma pesquisa
bibliográfica exaustiva sobre o tema em questão. Cervo e Bervian (1996) afirmam que a
pesquisa bibliográfica é meio de formação por excelência. Como trabalho científico original,
constitui a pesquisa propriamente dita na área das Ciências Humanas. Assim, se faz
necessário destacar que a pesquisa bibliográfica enriquece e fundamenta as pesquisas
cientificas, vale evidenciar que nesse tipo de investigação esse tipo de pesquisa proporciona
ao pesquisador conhecimento sobre o tema e segurança no campo empírico, na análise dos
dados e nos resultados da pesquisa.
E ainda houve uma pesquisa documental, a qual recorreu-se a estudo e análise de
documentos de grandes contribuições para esta investigação. Valem destacar, que os
documentos normalmente são considerados extraordinários fontes de dados, merecendo,
portanto, atenção especial. A pesquisa documental é uma forma de recorrer a materiais que
ainda não receberam tratamento analítico, ou seja, as fontes primárias. E Cellard (2008)
destaca que o documento escrito constitui uma fonte extremamente preciosa para todo
pesquisador nas ciências sociais. Ele é evidentemente insubstituível em qualquer
reconstituição referente a um passado relativamente distante, pois não é raro que ele
represente a quase totalidade dos vestígios da atividade humana em determinadas épocas.
Assim é necessário compreender que o uso de documentos em pesquisa deve ser
apreciado e valorizado. A riqueza de informações que podem extrair e resgatar justifica o seu
uso em várias áreas, porque possibilita ampliar o entendimento de objetos cuja compreensão
necessita de contextualização documental, histórica e sociocultural.
Ademais, vale destacar que para maior fidedignidade este estudo perpassou
também pela pesquisa de campo, que para Triviños (2011) é uma fase realizada após os
estudos bibliográficos, portanto, nesta fase o pesquisador aplica o que foi fundamentado e
planejado e permite continuar embasando e replanejando o que esta sendo pesquisado, para
que no desenvolvimento do estudo cientifico possa descreve com conhecimento e veemência
as situações reais e explicar as ocorrências dos fenômenos em suas respectivas causas e feitos
de forma fidedigna.
Neste sentido, este estudo perpassou por esses tipos de pesquisas por que além de
oportunizar um estudo em ambiente natural, caracteriza em mediar as variáveis em estudo
com a maior exatidão, permite um estudo com amostra e, não busca a relação causa e efeito

10. de uma variável com outra, mas sim, como se manifesta a variável de interesse. E ainda
admite o uso de instrumento para coleta de dados como a observação participante, o
questionário e a entrevista não estruturados. Vale destacar que este estudo exige do
pesquisador uma série de informação sobre o que ele deseja pesquisar, portanto o investigador
precisa fazer um estudo detalhado sobre o tema, para assim, descrever com precisão os fatos e
fenômenos da realidade investigada.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Serviço Social vem para contribuir com sua intervenção para a inserção dos
jovens no mercado de trabalho por meio das políticas publicas. Para que isso aconteça, é
necessário realizar um levantamento sócio econômico dos jovens inscritos, acerca de um
perfil que atenda a necessidade da região e seus critérios.
O processo dessas etapas deve levar em conta as informações ocupacionais de
familiares, história de vida e consciência de suas próprias características. O foco desse
levantamento é conhecer melhor o publico atingido, explicitando sua busca ao conhecimento
com sua própria bagagem existencial. “A escolha de uma profissão requer do individuo certo
nível de maturidade, que é atingindo com o desenvolvimento de certas atitudes e aquisição de
determinadas informações” (NEIVA, 1999, p. 7).
A abordagem tradicional de juventude, como fase de transição entre adolescência
e vida adulta, desconsidera o real significado desta etapa da vida do ser humano, fase em que
este necessita fazer escolhas profissionais, afetivas, sexuais, entre outras, que, associada a
outros fatores, determinam os rumos de sua vida. Essas escolhas tornam-se ainda mais difíceis
de serem feitas quando o jovem vem de um histórico familiar, social e escolar de estruturas
fragilizadas e significativas privações, como é caso da maior parte dos jovens residentes nas
periferias das grandes capitais do Brasil.
Neste sentido, o jovem deve ser considerado em sua totalidade, sendo acolhido
nas suas necessidades, para que possa desenvolver potencialidades por meio de uma formação
integral que lhe ofereça subsídios para aprender a conhecer, a fazer, a conviver e a ser.
Sendo assim, a análise de dados proporciona um conhecimento por meio de
convivência nesta pesquisa, pode-se constatar como atribuições desenvolver experiências de
profissionais técnicos e de apoio à população em fase de desenvolvimento em Salvador para

11. finalidades como promoção da assistência social, educação, defesa, preservação e
conservação do meio ambiente e a promoção dos direitos humanos.
Nesta perspectiva, é uma iniciativa que visa atender à lacuna existente na área de
formação e inserção no mercado de trabalho dos jovens de 17 a 24 anos, através da oferta de
cursos profissionalizantes que pretendem promover a qualificação pessoal e profissional
respeitando as características específicas deste ser em desenvolvimento, sendo relevante a
contribuição do Serviço Social e todos os demais profissionais nesse processo de formação
profissional.
Objetivos atingindo: Com essa formação de cursos profissionalizantes, essa nova
juventude adere à proposta nas quais vislumbram a possibilidade de ampliação da sua forma
de ser – e não basta que esse crescimento seja restrito a instrução educativa ou acréscimo
econômico. Precisam ganhar responsabilidades, fazendo parte de trabalhos que venham
agregar cada vez mais conhecimentos. Mas para que essa modificação aconteça, é necessário
ser visto com outro olhar, não apenas nas suas necessidades visíveis nos seus limites, mas, nas
suas possibilidades. Assim, aprendem a confiar no seu potencial, com ações educativas, que
ajudem aos jovens trabalhadores, realizar um percurso antes, durante e após a sua inserção no
mercado de trabalho.

12. REFERÊNCIAS
ALVARENGA, Estelbina Miranda. Metodologia da Investigação Quantitativa e
Qualitativa – Normas Técnicas de apresentação de Trabalho Científico. 3 ed. Versão em
Português, Cesar Amarilhas. Assunção. Py: A 4 Diseños, 2011.
BRASIL. Lei 9.394, de 20 de Dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional. 14 ed. São Paulo (Lei 9394/96). Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/tvescola/leis/lein9394.pdf. Acesso em 10 Junho.
2015.
BRASIL. Agenda Nacional de Trabalho Decente para a Juventude – Brasilia: MTE,2011.
Disponível em:
http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C812D2E7318C8012FE53F261E58FB/Agenda%20Nac
ional%20do%20Trabalho%20Decente%20para%20a%20Juventude.pdf . Acesso em 11 de
Junho. 2015.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 05 de outubro de 1988.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm. Acesso
em 15 de Junho. 2015.
BRASIL. MEC – Secretaria de Educação Profissional e Tecnologia. Educação
Profissional Técnica de Nível Médio Integrada ao Ensino Médio. Documento base. Brasília:
MEC,2007. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf/documento_base.pdf. Acesso em 20 mai. 2015.
BRASIL. Política Nacional de Juventude: Diretrizes e perspectivas 2006. Disponível em:
http://www.juventude.gov.br/conjuve/documentos/copy2_of_documentos. Acesso em mai.
2015.
BRASIL. LDB - Lei n° 9394, de 20 de dezembro de 1996. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/tvescola/leis/lein9394.pdf. Acesso em 20 mai.
2015.
BRASIL. Lei de Plano Nacional de Educação (Lei 10.172/2001). Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/pne.pdf. Acesso em 20 Maio. 2015.
BRASIL . Manual de Aprendizagem: o que é preciso saber para contratar o jovem aprendiz
– 3 ed. – Brasília: MTE, SIT, SPPE, ASCOM, 2009. Disponível em:
http://portal.mte.gov.br/portal-mte. Acesso em 16 de jun. 2015.
BRASIL. Reflexões sobre a Política Nacional de Juventudes, 2003-2012 / Conselho
Nacional de Juventudes – Brasília: Conselho Nacional de Juventude, 2011.
BRASIL. Conselho Nacional da Juventude. Disponível em:
http://www.juventude.gov.br/conjuve/documentos/conselhos-de-juventude-fortalecendo-
dialogos-promovendo-direitos. acesso em 02 de Junho. 2015.
CAPITANIO, G: Oliveira, N. Vida e Trabalho: o risco de educar. Belo Horizonte: AVSI,
2008. (Coleção Juventude, Educação e Trabalho – Itinerário para educadores, v.I).

13. CAPPELLETTI, P. et al. Investimento em capital humano e desenvolvimento tecnológico.
In: CAPITANIO, G.; Oliveira, N. O trabalho é a expressão da pessoa. Belo horizonte AVSI,
p. 280, 2009 (Coleção: Juventude, Educação e Trabalho – Itinerário para Educadores).
CELLARD, André. A análise documental. In: POUPART, J. et al. A pesquisa qualitativa:
enfoques epistemológicos e metodológicos. Petrópolis, Vozes, 2008.
CERVO, Amando Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia científica. São Paulo:
Makron Books, 1996.
GRASSI, O. Educação, instrução e capital humano. In: CAPITANIO, G.: Oliveira, N. O
Trabalho é a Expressão da Pessoa. Belo Horizonte: AVSI, p. 259-275, 2009. (Coleção
Juventude, Educação e Trabalho – Itinerário para Educadores v. II).
LUCZINSKI, Giovana Fagundes. Educação para o trabalho: a experiências da AVSI com
jovens no Brasil. Rio de Janeiro: E-papers; Belo Horizonte, MG: AVSI, 2012.
TRIVIÑOS, Augusto Nibaldo Silva. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa
qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 2011.