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O que é o medo?
O medo é uma reação em cadeia no cérebro que
tem início com um estímulo* de estresse e termina
com a liberação de compostos químicos que
causam
aumento da freqüência cardíaca, aceleração na
respiração e energização dos músculos.
Tálamo - decide para onde enviar
os dados sensoriais recebidos (dos
olhos, dos ouvidos, da boca e da
pele).
Córtex sensorial - interpreta os
dados sensoriais.
Hipocampo - armazena e busca
memórias conscientes, além de
processar conjuntos de estímulos
para estabelecer um contexto.
Amígdala (Tonsila cerebelar)
decodifica emoções, determina
possíveis ameaças e armazena
memórias do medo.
Hipotálamo - ativa a reação de
"luta ou fuga“.
 aumento da pressão arterial e freqüência cardíaca;
 as pupilas dilatam para receber a maior quantidade possível de luz;
 as artérias da pele se contraem para enviar uma quantidade de sangue mais
significativa aos grupos musculares maiores (reação responsável pelo "calafrio"
muitas vezes associado com o medo - há menos sangue na pele para mantê-lo
aquecido);
 o nível de glicose sangüínea diminui;
 os músculos enrijecem, energizados por adrenalina e glicose (reação responsável
pelos arrepios - quando pequenos músculos conectados a cada pêlo da
superfície da pele tensionam, os fios são forçados para cima, puxando a pele com
eles);
 a musculatura lisa relaxa para permitir que entre uma maior quantidade de
oxigênio nos pulmões;
 sistemas não essenciais (como o digestivo e o imunológico) são desligados para
guardar a energia para as funções de emergência;
 há dificuldade para se concentrar em tarefas pequenas (o cérebro deve se
concentrar em somente uma coisa para determinar de onde vem a ameaça).
 Todas essas reações físicas têm a intenção de lhe ajudar a sobreviver a uma
situação perigosa. O medo (e a reação de luta ou fuga em particular) é um
instinto que todo animal possui.
 Se não tivéssemos medo, não teríamos nenhum
receio de carros em alta velocidade, de animais
venenosos e de doenças contagiosas. Tanto nos
seres humanos como nos animais, o medo tem
por objetivo promover a sobrevivência. Com o
decorrer do tempo, as pessoas que sentiram
medo, tiveram mais pressão evolutiva favorável.
Por que somos atraídos a situações perigosas?
 Existem evidências científicas que apóiam a
conexão entre o medo e a excitação. O psicólogo
Arthur Aron conduziu um estudo usando o tão
comum medo de altura. Ele fez que um grupo de
homens andasse por uma ponte instável de 140
m suspensa a uma altura de 70 m, ao passo que
outro grupo teve de andar sobre uma ponte
idêntica, mas perfeitamente estável.
 No final de cada ponte, os homens encontravam a
estonteante assistente de Aron, que fazia a cada
participante um conjunto de perguntas relacionadas a
um estudo imaginário e lhes dava o número de
telefone dela caso quisessem obter mais informações.
Dos 33 homens que cruzaram a ponte estável, dois
ligaram para a assistente. Agora, dos 33 homens que
andaram sobre a ponte instável, nove ligaram. A
conclusão de Aron foi que o estado de medo estimula
a atração sexual.
 Para Freud, os seres humanos possuem dois
impulsos principais, os quais guiam nossas vidas
e são importantes para nossa sobrevivência. A
um, chamou-o de Eros, nome do antigo deus do
amor grego, este seria o impulso da vida. Eros é a
força da criação, da alegria, da motivação, tudo o
que tornaria um ser humano apto a produzir.
 Já o segundo impulso, chamou-o de Thânatos,
homônimo ao antigo deus da morte grego. Tal
impulso representaria qualquer atitude ou
sentimento que levaria qualquer ser humano a
destruição. Depressão, tristeza, ódio, rancor etc.
 Para o psicólogo, os dois impulsos estariam muito
interligados em nossa mente, sendo o fascínio
pela morte e pelo perigo uma intersecção destes
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Medo

  • 1. O que é o medo?
  • 2. O medo é uma reação em cadeia no cérebro que tem início com um estímulo* de estresse e termina com a liberação de compostos químicos que causam aumento da freqüência cardíaca, aceleração na respiração e energização dos músculos.
  • 3. Tálamo - decide para onde enviar os dados sensoriais recebidos (dos olhos, dos ouvidos, da boca e da pele). Córtex sensorial - interpreta os dados sensoriais. Hipocampo - armazena e busca memórias conscientes, além de processar conjuntos de estímulos para estabelecer um contexto. Amígdala (Tonsila cerebelar) decodifica emoções, determina possíveis ameaças e armazena memórias do medo. Hipotálamo - ativa a reação de "luta ou fuga“.
  • 4.  aumento da pressão arterial e freqüência cardíaca;  as pupilas dilatam para receber a maior quantidade possível de luz;  as artérias da pele se contraem para enviar uma quantidade de sangue mais significativa aos grupos musculares maiores (reação responsável pelo "calafrio" muitas vezes associado com o medo - há menos sangue na pele para mantê-lo aquecido);  o nível de glicose sangüínea diminui;  os músculos enrijecem, energizados por adrenalina e glicose (reação responsável pelos arrepios - quando pequenos músculos conectados a cada pêlo da superfície da pele tensionam, os fios são forçados para cima, puxando a pele com eles);  a musculatura lisa relaxa para permitir que entre uma maior quantidade de oxigênio nos pulmões;  sistemas não essenciais (como o digestivo e o imunológico) são desligados para guardar a energia para as funções de emergência;  há dificuldade para se concentrar em tarefas pequenas (o cérebro deve se concentrar em somente uma coisa para determinar de onde vem a ameaça).  Todas essas reações físicas têm a intenção de lhe ajudar a sobreviver a uma situação perigosa. O medo (e a reação de luta ou fuga em particular) é um instinto que todo animal possui.
  • 5.
  • 6.  Se não tivéssemos medo, não teríamos nenhum receio de carros em alta velocidade, de animais venenosos e de doenças contagiosas. Tanto nos seres humanos como nos animais, o medo tem por objetivo promover a sobrevivência. Com o decorrer do tempo, as pessoas que sentiram medo, tiveram mais pressão evolutiva favorável.
  • 7. Por que somos atraídos a situações perigosas?
  • 8.
  • 9.
  • 10.
  • 11.  Existem evidências científicas que apóiam a conexão entre o medo e a excitação. O psicólogo Arthur Aron conduziu um estudo usando o tão comum medo de altura. Ele fez que um grupo de homens andasse por uma ponte instável de 140 m suspensa a uma altura de 70 m, ao passo que outro grupo teve de andar sobre uma ponte idêntica, mas perfeitamente estável.
  • 12.  No final de cada ponte, os homens encontravam a estonteante assistente de Aron, que fazia a cada participante um conjunto de perguntas relacionadas a um estudo imaginário e lhes dava o número de telefone dela caso quisessem obter mais informações. Dos 33 homens que cruzaram a ponte estável, dois ligaram para a assistente. Agora, dos 33 homens que andaram sobre a ponte instável, nove ligaram. A conclusão de Aron foi que o estado de medo estimula a atração sexual.
  • 13.  Para Freud, os seres humanos possuem dois impulsos principais, os quais guiam nossas vidas e são importantes para nossa sobrevivência. A um, chamou-o de Eros, nome do antigo deus do amor grego, este seria o impulso da vida. Eros é a força da criação, da alegria, da motivação, tudo o que tornaria um ser humano apto a produzir.
  • 14.  Já o segundo impulso, chamou-o de Thânatos, homônimo ao antigo deus da morte grego. Tal impulso representaria qualquer atitude ou sentimento que levaria qualquer ser humano a destruição. Depressão, tristeza, ódio, rancor etc.
  • 15.  Para o psicólogo, os dois impulsos estariam muito interligados em nossa mente, sendo o fascínio pela morte e pelo perigo uma intersecção destes dois geradores psicológicos.