O documento discute auxílios ao parto de vacas e éguas, abordando tópicos como gestação, sinais de distocia, boas práticas de manejo e intervenção no parto. É destacado que a gestação de vacas dura em média 283 dias e de éguas entre 335 a 365 dias, e que a observação discreta do parto e intervenção apenas quando necessário podem prevenir complicações.
4. O QUE PRECISAMOS:
O QUE PRECISAMOS:
O QUE PRECISAMOS:
Dentro dos principais objetivos das fazendas de gado estão listados:
• Obter um bezerro vivo, de tamanho dentro da média de todas as vacas do rebanho
todo ano;
• Novilhas parindo com 24 meses de idade;
• Vacas e novilhas vivas e saudáveis no pós-parto.
Para que esses objetivos sejam alcançados, temos que adotar práticas de
manejo para reduzir a incidência de distocias.
5. DISTOCIA
DISTOCIA
DISTOCIA
Distocia: é uma palavra cientifica usada para
descrever a dificuldade de expulsão durante o
processo de parição.
As consequências da ocorrência das distocias vão do aumento dos custo
com medicamentos à morte do bezerro e/ou da vaca.
A distocia é a maior causa de morte de bezerros no parto ou
imediatamente após o parto e a maior causa de infecções uterinas,
retenção de placenta e consequentemente aumento de intervalos entre
partos.
6. • Estudos americanos apontam que os custos com a
mortalidade resultante de distocias variam de 12 dólares
por parto, ou 600 dólares por ano, num rebanho de 50
vacas.
• Os custos com medicamentos, serviços veterinários e o
aumento do intervalo entre partos pode triplicar esse
números.
7. • Geralmente as dificuldades no parto são causadas pela
desproporção de tamanho, o bezerro é muito grande em
relação ao canal do parto.
• Vacas de primeira cria tem duas vezes mais problemas de
parto do que as vacas adultas, pois ainda não atingiram o
tamanho corporal característico da raça.
8. • A taxa de distocia é uma característica de baixa herdabilidade, por
isso, é difícil fazer uma seleção para essa característica.
• A herdabilidade varia de 5 a 15 %, e mais de 15% das variações
podem ser atribuídas aos fatores de meio ambiente e manejo.
• Consequentemente, o melhor método para reduzir a incidência de
distocias é adotar boas práticas de manejo.
9.
10. BOAS PRÁTICAS DE MANEJO:
BOAS PRÁTICAS DE MANEJO:
BOAS PRÁTICAS DE MANEJO:
ALIMENTAÇÃO
ALIMENTAÇÃO
ALIMENTAÇÃO
• A alimentação de vacas e novilhas deve ser adequada para que estas cheguem
ao parto em boa condição corporal, pois vacas e novilhas gordas têm maior
incidência de problemas de parto.
• A dieta das novilhas tem que ser formulada para que estas continuem crescendo
no período de gestação e consigam parir sem dificuldades (consultar radares
anteriores sobre manejo pré-parto e manejo de novilhas).
11. PIQUETE MATERNIDADE
PIQUETE MATERNIDADE
PIQUETE MATERNIDADE
• Providencie uma área limpa, seca, bem ventilada e espaçosa para minimizar a
possibilidade de contaminação do bezerro e da vaca durante o parto e no pós-
parto imediato.
12. OBSERVAÇÃO DISCRETA
OBSERVAÇÃO DISCRETA
OBSERVAÇÃO DISCRETA
• O piquete maternidade deve estar localizado em área de fácil acesso, para que
as vacas próximas ao parto possam ser observadas com frequência.
• A taxa de mortalidade dos bezerros que são facilmente puxados (auxílio
moderado ao parto) é menor do que dos bezerros que nascem sem ajuda,
provavelmente porque nos partos que não são ajudados, o bezerro não recebe
os mesmos cuidados pós-parto que o bezerro que é puxado recebe, como:
limpeza do nariz, estimulação da respiração e outros cuidados.
13. DEIXE A VACA PARIR
DEIXE A VACA PARIR
DEIXE A VACA PARIR
• Um erro comum, especialmente das pessoas inexperientes, é ficar ansioso e
puxar o bezerro muito cedo. Se a cérvix não estiver suficientemente dilatada, o
ato de puxar o bezerro pode causar lesões sérias na vaca e estressar o bezerro.
• O parto das novilhas é mais demorado do que o das vacas maduras.
14. DEIXE A VACA PARIR
DEIXE A VACA PARIR
DEIXE A VACA PARIR
• O parto começa com as contrações uterinas e a dilatação da cérvix. Inicialmente,
as contrações ocorrem a cada 15 minutos.
• O trabalho de parto continua, as contrações se tornam mais intensas, mais
frequentes, e a cérvix se dilata até o ponto em que o útero e a vagina se tornam
um canal único. A partir dessa fase inicia-se a expulsão do bezerro,
primeiramente com a liberação de líquido pela vulva. As vacas podem levar 4
horas para parir, e as novilhas até 6 horas.
• O parto normal inicia com a apresentação dos membros dianteiras do bezerro
primeiro, seguida da cabeça, ombros, costado e membros posteriores. O bezerro
deve estar com a coluna voltada para cima.
15. QUANDO EXISTE PROBLEMA?
QUANDO EXISTE PROBLEMA?
QUANDO EXISTE PROBLEMA?
• Os dois sintomas da distocia são: trabalho de parto a mais de 8 horas e evidências de
que o bezerro não está na posição correta. Se o parto não ocorre no tempo esperado e
o bezerro está fora de posição, a assistência deve ser iniciada.
• Se existe suspeita de que o bezerro não está posicionado corretamente, a vaca deve
ser examinada por palpação pelo canal do parto, depois da devida higienização da
área. Luvas devem ser usadas para evitar contaminação da pessoa que está
executando o serviço e do canal do parto.
16. QUANDO EXISTE PROBLEMA?
QUANDO EXISTE PROBLEMA?
QUANDO EXISTE PROBLEMA?
• A má posição do bezerro ocorre em 2% dos partos de novilhas e vacas, e 95% delas
necessitam de assistência, que varia de simples reposicionamento dos membros
anteriores até cesariana. Essas manobras devem ser feitas por uma pessoa experiente.
• Se o bezerro precisa ser puxado, isto deve ser feito obedecendo o ritmo das contrações
da vaca, sem força exagerada, e com material devidamente higienizado.
17. INTERVENÇÃO NO PARTO
INTERVENÇÃO NO PARTO
INTERVENÇÃO NO PARTO
• Novilhas entre 60 a 90 minutos após o aparecimento das membranas fetais;
• Vacas entre 30 a 60 minutos após o aparecimento das membranas fetais.
18. ASSISTÊNCIA AO BEZERRO
ASSISTÊNCIA AO BEZERRO
ASSISTÊNCIA AO BEZERRO
RECÉM-NASCIDO
RECÉM-NASCIDO
RECÉM-NASCIDO
• Após o parto, a boca e o nariz do bezerro devem ser limpos para a
retirada do muco e início da respiração.
• O umbigo deve ser curado com iodo, para desidratar o coto umbilical,
prevenindo infecções.
• A ingestão de colostro de alta qualidade deve ser feita imediatamente
após o nascimento.
19. SELEÇÃO DE TOUROS PARA AS
SELEÇÃO DE TOUROS PARA AS
SELEÇÃO DE TOUROS PARA AS NOVILHAS
NOVILHAS
NOVILHAS
• Uma das estimativas feitas na seleção de touros é a porcentagem
esperada de dificuldade no primeiro parto.
• Uma estimativa de 13% significa que o parto do bezerro filho desse
touro nascido de uma novilha terá alguma dificuldade de parto.
• Touros com estimativa de 10% ou menos devem ser usados em
novilhas.
20. COMO PREVENIR A DISTOCIA
COMO PREVENIR A DISTOCIA
COMO PREVENIR A DISTOCIA
• Crie as novilhas para que venham a parir com tamanho adequado aos 24 meses
de idade, e evite que vacas e novilhas tenham excesso de peso no parto.
• Providencie um piquete maternidade limpo, seco, ventilado e de fácil acesso.
• Observe o parto (de forma discreta e contínua).
• Espere o tempo necessário antes de auxiliar o parto.
21. COMO PREVENIR A DISTOCIA
COMO PREVENIR A DISTOCIA
COMO PREVENIR A DISTOCIA
• Preocupe-se com higiene em todos os procedimentos de auxílio ao parto.
• Reconheça suas limitações em resolver o problema, chame um veterinário antes
que a vaca esteja exausta, e o bezerro morto.
• Providencie boa assistência ao bezerro recém-nascido;
• Selecione touros para cobrir as novilhas com provas para facilidade de parto de
10% ou menos.
24. PREPARAÇÃO DA ÉGUA
PREPARAÇÃO DA ÉGUA
PREPARAÇÃO DA ÉGUA
• Após realizado todo protocolo adequado de vacinação (5°, 7°e 9°mês) e
vermifugação durante toda gestação (é indicado vermifugar a égua no 10° mês de
gestação), é hora de começar a preparar para o parto.
• É importante ficar atento para previnir e ou intervir a tempo, possíveis problemas
que podem acontecer.
• É indicado pelo menos 30 dias que antecedem a previsão do parto, colocar a égua
no local onde irá parir, para adaptar ao ambiente e até mesmo começar a
produção de anticorpos que estará presente no colostro para imunização do potro.
26. QUANDO AUXILIAR A ÉGUA EM
QUANDO AUXILIAR A ÉGUA EM
QUANDO AUXILIAR A ÉGUA EM
TRABALHO DE PARTO
TRABALHO DE PARTO
TRABALHO DE PARTO
• A maioria das éguas requer pouco ou mesmo nenhum auxílio.
• Partos difíceis (distócicos) são normalmente consequência de potros fracos,
doentes ou mesmo mortos, ou que não se encontrem em posição normal para
nascer.
27. QUANDO AUXILIAR A ÉGUA EM
QUANDO AUXILIAR A ÉGUA EM
QUANDO AUXILIAR A ÉGUA EM
TRABALHO DE PARTO
TRABALHO DE PARTO
TRABALHO DE PARTO
Como o tempo de trabalho de parto é curto, aproximadamente 50
minutos, e acontece sob grande pressão abdominal, é aconselhável que o
proprietário, gerente do haras, e o auxiliar estejam familiarizados com o
parto e conheçam os procedimentos para correção de situações que
requeiram atenção.
28. PROCEDIMENTOS MAIS COMUNS
PROCEDIMENTOS MAIS COMUNS
PROCEDIMENTOS MAIS COMUNS
• Se depois de algumas contrações improdutivas não aparecer a bolsa amniótica e sim,
um abaulamento na região perineal entre a vagina e o ânus, deve-se fazer uma
exploração imediatamente com o animal em pé.
• O assistente, com os braços e as mãos limpas, deve localizar o casco do potro, após
haver rompido a bolsa amniótica e envolvê-lo com a palma da mão, protegendo com
essa operação a ruptura do teto da vagina e o assoalho do reto.
29. PROCEDIMENTOS MAIS COMUNS
PROCEDIMENTOS MAIS COMUNS
PROCEDIMENTOS MAIS COMUNS
• Nos casos mais complicados, é sempre prudente levantar a égua, para que o potro
retome a amplitude do útero, e movimentá-la, fazendo-a andar vagarosamente. Com
isso, diminui-se a força das contrações musculares e se ganha tempo até que chegue o
MÉDICO VETERINÁRIO.
• Se a égua, com o potro parcialmente de fora, levantar-se e deitar-se repetidas vezes,
pode ferir o potro ou a si mesma. Nestes casos, aconselha-se conter a égua, em pé,
pelo cabresto.
30. PROCEDIMENTOS MAIS COMUNS
PROCEDIMENTOS MAIS COMUNS
PROCEDIMENTOS MAIS COMUNS
• Se não houver distocias, o parto continuará normalmente e a égua poderá parir com
tranquilidade.
• A natureza é sábia, pois quando o parto ocorre com a égua em pé, esta simplesmente
afasta os posteriores, diminuindo a distância ao solo, o que favorece a caída do potro
sobre os jarretes amortecendo a queda.
32. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1- QUANTO TEMPO DURA A GESTAÇÃO DA VACA E DA ÉGUA
RESPECTIVAMENTE?
2- DEVEMOS INTERVIR NO PARTO SE ELE ESTIVER APARENTEMENTE
EUTÓCICO? PORQUE?
3- CITE 3 MEDIDAS EM CASO DE DISTOCIA EM ÉGUAS:
4- EM CASO DE DISTOCIA DE VACAS, COMO VOCÊ COMO AUXILIAR DEVE
PROCEDER?