4. Asininos
▪ Muares: mula e burro, híbridos
estéreis, originados do cruzamento
entre o jumento e a égua (mula é a
fêmea, burro é o macho) ou Bardoto,
é resultante do cruzamento da
jumenta com o cavalo
▪ Animais de grande importância rural,
devido sua resistência e docilidade.
Se parecem com os cavalos, só que
as orelhas são mais compridas.
5. INTRODUÇÃO
IMPORTÂNCIA - propósito de criação
▪ Cavalos de salto, corrida, reprodução e trabalho (transporte)
▪ Parasitoses gastrointestinais
▪ Gastos com medicamentos, perdas econômicas
▪ Lesões de pele: Habronemose
▪ Aneurisma e síndrome cólica: Strongylus vulgaris
6. Helmintos mais comuns de equinos
• Strongyloidea - pequenos estrongilos e grandes
estrongilos
• Ascarida - Parascaris equorum
• Oxyurida - Oxiurideos
• Trichostrongyloidea - Trichostrongylus axei, T. westeri
• Spirurida - Habronema sp, Draschia, Thelazia
• Vermes Pulmonares
9. INTRODUÇÃO
Manifestações clínicas variam de acordo com:
• Número de parasitos
• Idade
• Potencial patogênico da espécie infectante
• Imunidade
• Estado nutricional e condições de higiene
10. Estrongilídeos
Grandes estrôngilos
- Strongylus vulgaris, Strongylus edentatus
Strongylus equinus
Pequenos estrôngilos (ciatostomíneos)
- Cyathostomum spp - mais de 40 espécies
Strongyloidea
11. Strongylus spp
Intestino grosso
Conhecidos como grandes estrôngilos
Fêmeas 3- 4 cm, machos 2 - 2,8 cm
• Hospedeiros – equinos e asininos
• Localização: ceco e cólon
• Espécies - diferenciação por tamanho, presença ou
ausência e forma dos dentes
o Strongylus vulgaris
o Strongylus edentatus
o Strongylus equinus
12. Strongylus vulgaris
Estrongilídeo mais patogênico
ciclo evolutivo direto – L3 infectante
L4 e L5: migração por artérias
(inflamação e espessamento
(aneurisma e trombos) da artéria
mesentérica cranial) - necrose
Período pré patente: 7-8 meses
Intestino grosso
https://www.researchgate.net/figure/
Foreyt, 2005
18. Strongylus equinus
Incidência menor e menor patogenicidade em
comparação aos outros grandes estrongilídeos
Migração larval em fígado e pâncreas
Cistos na parede do IG – liberação de adultos
Intestino grosso
19. Manifestações clínicas:
Diarreia, anorexia, perda de peso, edema
Larvas – causam formação de nódulos por onde
migram
Adultos – causam úlceras intestinais por causa
dos seus dentes
20. Cyathostomum spp
“Pequenos estrôngilos” 5- 12 mm
Ciclo evolutivo direto L3 (infectante) – invadem a mucosa do IG
Hipobiose prolongada (L4)
Manifestação clínica:
Súbito início de diarreia, periódicas, rápida perda de peso, cólicas
recorrentes moderadas e edema periférico
Intestino grosso
21. Cyathostomum spp
Manifestações clínicas
Hiperplasia da mucosa do IG
Hemorragia devido a hematofagia
Diarreia, anorexia, edema e anemia
Primavera – maior número de L4 saindo da hipobiose
Enterite catarro-hemorrágica / linfonodos aumentados
L4 com coloração vermelha na luz intestinal
Intestino grosso
22. Diagnóstico
Presença de ovos nas fezes (flutuação)
Presença de larvas nas fezes (Baermann)
Cyathostomum spp
https://parasitipedia.net/index.php?option=com_content&view=article&id=3140&Itemid=3451
23. Parasitos de estômago dos equinos
• Trichostrongylus axei
• Habronema muscae
• Draschia megastoma
Estômago
24. Trichostrongylus axei
Localização: estômago
Hospedeiro: equinos e ruminantes
Acomete equinos que pastejam em áreas
comuns com ruminantes
Ciclo evolutivo direto L3 e ovos embrionados
Alta capacidade de sobrevivência em
condições adversas
Existe evidência de hipobiose
Estômago
https://www.researchgate.net/figure/
26. Trichostrongylus axei
Presença das larvas nas glândulas gástricas,
gastrite catarral com úlceras
Estômago
https://www.google.com.br/search?q=Trichostrongylus+axei+estomago&tbm=isch&ved=2ahUKEwjTmYjw4qToAhX0CbkGHbIABAIQ2-cCegQIABAA&oq
27. Habronema muscae e Draschia megastoma
"ferida de verão"
INTRODUÇÃO
Habronemose gástrica e cutânea são morfologicamente
semelhantes.
Hospedeiros definitivos: equinos e asininos
Hospedeiros intermediários: Muscídeos (Muscae domestica e
Stomox calcitrans - mosca dos estábulos)
Distribuição mundial
Estômago/ cutâneo
28. Habronema muscae e Draschia megastoma
"ferida de verão"
Identificação morfológica:
Brancos, delgados com 1 a 2,5 cm
de comprimento
Adultos eliminam ovos larvados ou
larvas (L1) nas fezes
Período pré patente: 2 meses
Estômago/ cutâneo
https://www.researchgate.net/figure/
http://r1.ufrrj.br/wp/iv/1023/spirurida/
29. Habronema
Ciclo evolutivo indireto - forma
cutânea - granulomas
HI: mosca
Deposição de larvas - só chega
forma adulta se ingerida
(estômago)
Estômago/ cutâneo
Habronema muscae e Draschia megastoma
"ferida de verão"
https://www.researchgate.net/figure/
30. Fêmeas adultas no estômago - postura de ovos > fezes.
Nas fezes há também larvas de muscideos (HI).
Larvas das moscas nas fezes ingerem os ovos de
Draschia e da Habronema.
Dentro das larvas da mosca - ovos eclodem - desenvolvimento das
larvas da mosca e do parasito.
A larva da mosca passa a adulta e a larva de
Habronema/Draschia é L3.
Ingestão do HI pelo equino - digestão da mosca e a L3 é liberada no
estômago - penetra nas glândulas estomacais sofrendo a muda para
L4 e depois voltam à luz, onde fazem a muda para L5 e atingem a
maturidade, ocasionando a habronemose gástrica
Habronema muscae e Draschia megastoma
"ferida de verão”
CICLO
31. Ciclo errático - moscas ao pousarem em feridas abertas na
pele do equino depositam as larvas e temos a Habronemose
cutânea.
As lesões aparecem nos olhos, escroto e patas.
Essas larvas ficam na ferida se alimentando, provocando uma
resposta inflamatória local e uma reação granulomatosa, na tentativa
de englobar as larvas, formando uma lesão granulomatosa intensa e
a ferida não cicatriza normalmente (o que chama atenção do
proprietário), levando ao aparecimento dos sinais clínicos.
Habronema muscae e Draschia megastoma
"ferida de verão"
32. Manifestações clínicas:
• Conjuntivite granulomatosa
• Dermatite com tecido de granulação (L3): ferida de verão -
ferida que não cicatriza.
• Adultos: estômago – gastrite catarral crônica
• Draschia: gastrite nodular (resposta inflamatória) – obstrução
Carcinoma espinocelular gástrico e abscessos
Estômago/ cutâneo
Habronema muscae e Draschia megastoma
"ferida de verão"
36. Habronema ou Draschia megastoma
"ferida de verão"
Diagnóstico clínico:
❖ Habronemose cutânea - ferida que não cicatriza apesar
dos tratamentos, ferida de verão, cresce em extensão,
granuloma exuberante e conjuntivite persistente
❖ Habronemose gástrica - gastrite catarral, cargas
intensas podem levar a ulceração gástrica
Estomago/ cutâneo
37. Diagnóstico
Coproparasitológico (forma gástrica): ovos alongados e com parede fina;
Histológico: presença da larva na ferida cutânea,
Histórico: verão
Tratamento e medidas preventivas
Higiene (afastar moscas), vermifugação regular (impede eliminação
dos ovos de Habronema)
Tratamento oral ou injetável e tópico
Estomago/ cutâneo
Habronema ou Draschia megastoma
"ferida de verão"
40. Parascaris equorum
(ascarídeo de equinos)
Hospedeiros: equinos e asininos
Localização: Intestino delgado
Distribuição: mundial
Mais frequente em equinos com menos de 18 meses,
animais lactentes e desmamados são mais sensíveis.
Adultos são mais resistentes
Intestino delgado
41. Parascaris equorum
➢ Identificação morfológica:
– helminto grande e branco, 40cm de comprimento (é o único
parasita de equinos com este tamanho)
– ovos esféricos acastanhados com casca espessa com escavações
Intestino delgado
https://www.google.com.br/search?q=Parascaris+equorum&tbm=isch&ved
42. Parascaris equorum
Ciclo evolutivo direto:
Ingestão de ovos larvados (L2) 10 a 14 dias > liberação de L2 no ID
que penetra a mucosa e vai para o fígado, pulmão, traquéia e ID
Intestino delgado
Período pré patente
10 semanas
https://www.google.com.br/search?q=Parascaris+equorum&tbm=isch&ved
43. Parascaris equorum
Patogenia e manifestações clínicas:
• Hemorragias nos pulmões e fígado durante migração larval –
tosse e dispneia
• Febre, anorexia, pelagem seca e sem brilho, retardo no
crescimento de potros
• Enterite (diarreia fétida e constipação alternadas), cólica,
obstrução dos ductos biliares e intestino; perfurações
intestinais (peritonite e morte).
Intestino delgado
44. Parascaris equorum
Diagnóstico:
Ovos esféricos acastanhados, casca grossa com escavações
(fêmeas são muito fecundas); ovos extremamente resistentes no
ambiente
Histopatológico
Intestino delgado
https://www.google.com.br/search?q=Parascaris+equorum&tbm=isch&ved
45. Oxyuris equi
Hospedeiros: equinos e asininos
Localização: ceco, cólon e reto
Distribuição: mundial
Características morfológicas:
• fêmea branca e grande, 10 cm de
comprimento;
• macho cerca de 1 cm de comprimento.
• Ovos são ovais, amarelos e levemente
achatados, com um tampão em uma das
extremidades.
Intestino grosso
https://www.google.com.br/search?q=Oxyuris+equi&tbm=isch&ved
46. Oxyuris equi
Adultos localizados na luz do
cólon, após fertilização fêmea
migra para o ânus e coloca os
ovos no períneo
Ovos - larvados L3 (4 dias)
Período pré patente 5 meses.
Associado à falta de higiene –
água, solo e alimentos
Intestino grosso
Ciclo de vida:
https://www.google.com.br/search?q=Oxyuris+equi&tbm=isch&ved
47. Oxyuris equi
Manifestações clínicas:
• Inquietação e falta de apetite
• Migração de fêmeas adultas para a
região perianal - prurido e hiperemia
da região perianal - escarificação da
pele, infecções bacterianas 2ªárias
“Cauda de rato”, perda de pelos
• Inflamação do IG
Intestino grosso
https://www.google.com.br/search?q=Oxyuris+equi&tbm=isch&ved
48. Oxyuris equi
Diagnóstico:
• Larvas podem provocar erosão da mucosa do IG
• Ovos são ovais, amarelos e levemente achatados, com um
tampão em uma das extremidades
Intestino grosso
https://www.google.com.br/search?q=Oxyuris+equi&tbm=isch&ved
49. Strongyloides westeri
• Acomete animais jovens –
lactentes e desmamados
• Parasitos finos como fios de
cabelo, 6-9 mm de comprimento
• Único nematóide capaz de
realizar ciclos reprodutivos
parasitários e de vida livre
• Ingestão da L3 no leite/colostro
• Adultos (fêmeas) no ID
Intestino delgado
https://www.google.com.br/search?q=Strongyloides+westeri&tbm=isch&ved
50. Strongyloides westeri
• PPP: 7-10 dias,
• Fêmea pode ovipor em
vida livre.
• Migração pela traqueia e
pulmões.
• Penetração via cutânea ou
via oral
Intestino delgado
https://www.google.com.br/search?q=Strongyloides+westeri&tbm=isch&ved
51. Strongyloides westeri
Manifestações clínicas:
• Infecções moderadas são apatogênicas
• Infecções graves podem levar a morte de potros
• Pleurite hemorrágica – dispneia (migração larval)
• Enterite catarral – diminuição da absorção
• Diarreia leitosa/amarelada, anorexia e perda de peso
Intestino delgado
https://www.google.com.br/search?q=Stro
ngyloides+westeri&tbm=isch&ved
52. Diagnóstico clínico:
• Anamnese detalhada da propriedade
• Dados climáticos e tipo de controle das doenças
• Cólica intestinal, subdesenvolvimento de animais jovens,
falta de apetite, emagrecimento e diarreia
• Desidratação e anemia
• Lesões de pele e alterações respiratórias
Intestino delgado
Strongyloides westeri
53. Diagnóstico:
• Exames
coproparasitológicos – ovos
larvados nas fezes
• Cultura de larvas em fezes
• Necropsia: Método mais
preciso.
• Eutanasiar o animal mais
debilitado a fim de
diagnóstico.
Intestino delgado
Strongyloides westeri
https://www.google.com.br/search?q=Strongyloides+westeri&tbm=isch&ved
54. • Link para o vídeo a seguir:
https://www.youtube.com/watch?v=31Lcb5G_bbI