O documento fornece uma introdução à fisiologia da reprodução masculina, descrevendo os órgãos do sistema reprodutor masculino, como os testículos, epidídimos e pênis. Detalha suas funções na produção, maturação e ejaculação de espermatozoides, assim como os hormônios e fatores envolvidos no controle da função reprodutiva.
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
Aula de fisiologia reprodutor do Macho 08 05. 2022.pdf
1. Topico: Introdução Á Fisiologia da Reprodução do Macho
Docentes: Ester Simione Come/Carlos Macuvele
Março de 2022
Universidade Save
Faculdade de Medicina Veterinaria e Zootecnia
Curso de Licenciatura em Medicina Veterinaria
2. Sistema reprodutor do macho
O sistema
reprodutivo
masculino é
constituído de
diversos órgãos
especificos que
atuam em conjunto
para produzir
espermatozóides e
liberá- los no
sistema reprodutor
da fêmea.
Órgãos genitais do touro (Reprodutor bovino).
Fonte: KONIG & LIEBICH, 2016.
3. Sistema genital masculino do touro
1.Vesícula seminal;
2. Ampola do canal deferente;
3. Bexiga;
4. Músculo uretral circundando a uretra pélvica;
5. Músculo bulbo esponjoso;
6. Músculo isquiocavernoso;
7. Músculo retratos do pênis;
8. Glande peniana;
9. Membrana e cavidade prepuciais.
4. Funções do sistema reprodutor do macho
Produção de espermatozóides viáveis para a preservação da espécie;
Produção e transporte de espermatozoides;
Secreção de fluidos;
Deposição de sêmen no trato feminino.
5. É o órgão mais importante do sistema reprodutor masculino e que
possui duas funções primordiais:
Gametogênica - Produção de espermatozoides (células de Sertoli);
Estereoidogênica - Síntese do hormônio sexual masculino como
testosterona e outros hormônios como progesterona, estrógeno e
colesterol (células de Leyding)
Os espermatozóides são produzidos nos túbulos seminíferos, no qual
apresentam inferiormente as células de Sertoli.
Testículos
7. Bolsa escrotal
Os testículos estão envolvidos externamente por uma bolsa cutânea
dividida em dois compartimentos chamada de bolsa escrotal formado pela
túnica dactus constituída por músculos lisos que auxiliam na
termoregulação testicular.
Túnica vaginal
Parte do revestimento peritoneal que desceu junto com o testículo durante
sua migração para a bolsa escrotal
8. Tecido conjuntivo espesso e resistente que envolve a massa testicular e
envia septos para o seu interior dividindo o testículo em compartimentos
ou lojas.
.
Albugínea
10. Túbulos seminíferos
Apresenta-se na forma de um pequeno tubo, com luz interna contendo
os espermatozóides.
Formado por uma lâmina basal e sobre esta as células de Sertoli e as
células da linhagem germinativa (Espermatogônias, espermatócitos I e
II, espermátides e espermatozóides).
As células de Leydig estão situadas fora do túbulo seminífero, ou seja,
no espaço intersticial, por esta razão são chamadas de células
intersticiais do testículo
11. Epidídimos
O epidídimo é um túbulo de acumulação e armazenamento do testículo e
pode ser dividido em 3 partes:
Cabeça;
Corpo; e
cauda.
Forma-se no seu interior um ducto muito longo e espiralado chamado de
ducto epididimário.
É o local em que ocorre o transporte, maturação e o armazenamento
dos espermatozóides.
12. Produção de hormonio anti-mulleriano (AMH) na vida fetal;
Produção de Inibina importante para a auto regulação (feed-back);
Produção de testosterona (células de Leydig);
Desenvolvimento e manutenção da secreção das glândulas sexuais
acessórias;
Responsável pela parte da espermatogênese conhecida como
espermiogênese;
Produção das feromonas para atração sexual e marcação do ambiente.
Função endócrina
13. Controle da função reprodutiva masculina
O GnRH do hipotálamo estimula a liberação de
FSH e LH.
O FSH age diretamente nos túbulos seminíferos
dos testículos (células germe e células de Sertoli),
estimulando a espermatogênese.
As células de Sertoli produzem inibina, que tem
um efeito de feedback negativo na secreção de
FSH pela glândula
pituitária.
O LH estimula a liberação de testosterona pelas
células de Leydig.
14. É necessário que a temperatura do testículo esteja entre 4 e 7 graus
abaixo da temperatura orgânica para que a espermatogênese ocorra.
A termorregulação testicular é garantida através de mecanismo de
contracorrente no plexo pampiniforme do cordão espermático. Ocorre
troca de calor por contra-corrente entre o sangue venoso resfriado que
sobe e o arterial na temperatura corporal que desce.
Termorregulação
15. Fatores que atuam na termorregulação
da bolsa escrotal
Localização em bolsa cutânea pêndulos;
Ausência de gordura subcutânea;
Presença de glândulas sudoríparas.
16. FUNÇÕES GERAIS DAS GLÂNDULAS ACESSÓRIAS
Nutrição dos espermatozóides
Limpeza do trato uretral antes de ejaculação
Transporte dos espermatozóides
Oclusão dos órgãos femininos –garantir a fertilização
17. Animais do sexo masculino apresentam como glândulas sexuais
acessórias as ampolas, a próstata, as glândulas vesiculares e as
bulbouretrais, que são responsáveis pelo volume do sêmen e por dar
um ambiente bioquímico apropriado para a sobrevivência dos
espermatozóides.
Os gatos não apresentam glândulas vesiculares.
Os cães não apresentam glândulas vesiculares nem bulbouretral.
Glândulas sexuais acessórias
18. PÊNIS
Órgão copulador: passagem comum da urina e do ejaculado
(espermatozóides e sêmen )
Raiz, corpo -cápsula, tecido erétil ( corpo cavernoso –fibras elásticas e
seios venosos, corpo esponjoso -músculo liso, músculo esquelético ) e
uretra
Glande: revestida pela porção peniana do prepúcio. Tecido erétil, osso
( carnívoros ), cartilagem e TCD ( touros )
19. (A) Cortes transversais do pênis fibroelástico de um búfalo
(B) Pênis musculocavernoso de um garanhão.
1. Túnica albugínea;
2. corpo cavernoso;
3. septo;
4. uretra;
5. corpo esponjoso;
6. bulboesponjoso;
7. retrator do pênis;
8. veias calibrosas de paredes
espessas.
PÊNIS
20. Ereção
É bombeamento do sangue para dentro dos corpos cavernosos do
pênis através das contrações do músculo ísqueo-cavernoso geradas
pelo sistema nervoso parassimpático sob estímulos visuais, olfativos
e locais do pênis.
É bombeamento de sangue pelo músculo isqueocavernoso pra dentro
dos canais vasculares do interior do corpo cavernoso e esponjoso
associado com o aumento do tônus muscular que oclui o retorno
venoso ao pressionar a veia dorsal do pênis contra o arco isquiático.
21. Monta e penetração
Monta
É a posição assumida pelo macho, por meio da qual o pênis é
aproximado e colocado em aposição à vulva da fêmea.
O sucesso da monta deve ser precedido pela postura receptiva da fêmea.
Os fracassos de monta ocorrem quando há lesões, fraqueza ou
ferimentos nas patas traseiras do macho.
22. É a introdução do pênis na vagina e sua manutenção nesta
posição durante o coito;
Empurrões pélvicos facilitados pelos músculos abdominais
ajudam na penetração do pênis na vagina.
Penetração
23. Ejaculação é a ejeção do sêmen determinada pelas contrações dos
músculos isqueocarvenoso, bulboesponjoso e uretrais por ação
reflexa sacral pelo Sistema Nervoso Parassimpático.
EJACULAÇÃO
24. Constituído por uma parte líquida originada principalmente das
secreções das glândulas sexuais acessórias e pelos espermatozóides.
Volume do ejaculado (em mL), tempo de ejaculação e local de deposição
do sêmen nas várias espécies domésticas
Sêmen
26. Puberdade
A função testicular torna-se evidente com o início da puberdade;
Aparentemente, a puberdade está relacionada com a redução da sensibilidade do
hipotálamo à testosterona, de modo que o LH é secretado em quantidades maiores
O aumento da concentração do LH estimula as células de Leydig a secretar
quantidades maiores de testosterona e todos os efeitos funcionais deste último
hormônio começam a aparecer.
O FSH é essencial à iniciação da espermatogênese na puberdade.
Fotoperíodo
Em algumas espécies, as alterações da duração da luz do dia têm influência marcante
na função testicular.
O fotoperíodo também está relacionado com a atividade ovariana das fêmeas dessas
mesmas espécies.
Fatores que afetam a função testicular