O relatório discute como os escritórios de gerenciamento de projetos (PMOs) podem ajudar as organizações a se adaptarem às tecnologias disruptivas. Apenas 25% dos projetos de transformação digital atingiram seus objetivos iniciais. Os PMOs devem se engajar com os líderes e ajudar a criar uma cultura de inovação através de treinamento e apoio à mudança cultural.
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Resenha do relatório Forging the Future sobre o papel dos PMOs na transformação digital
1. Resenha do artigo PULSE of the PROFESSION® 2020 - Ahead of the
Curve: Forging a Future-Focused Culture
Por Daniela Gomes dos Santos
O relatório Forging the Future: Evolving With Disruptive Technologies (2018),
publicado pela Accenture, em parceria com o Project Management Institute
(PMI®
) apresenta um estudo sobre o papel dos escritórios de gerenciamento de
projetos (PMOs) na transformação digital baseada em tecnologias disruptivas.
Dentre os principais pontos abordados no relatório, é possível destacar que:
novas tecnologias (IA, IoT, cloud, robótica) surgem a todo momento e, mais
do que as conhecer, as organizações devem investir no desenvolvimento de
novas habilidades dos colaboradores, de modo que sejam capacitados para
trabalhar com elas; apenas 25% dos projetos de transformação digital
geraram benefícios tangíveis quando comparados aos objetivos iniciais,
sendo que a escolha da área “errada” para investimento (que não gera benefício
tangível), a escolha da tecnologia incorreta e a falta de integração com sistemas
legados, a ausência de investimento (para treinamento e aquisição de novas
tecnologias), a resistência dos colaboradores à mudança e o “gap” entre a
estratégia organizacional e a execução dessa estratégia são os principais
motivos desse indicador negativo; o PMO da nova geração é extremamente
engajado com o C-level, ou seja, os líderes de PMO devem se tornar agentes
da mudança organizacional, focados em traduzir a estratégia em objetivos e
resultados; o PMO precisa ser empoderado para ajudar a criar e nutrir uma
cultura de inovação, agilidade e pensamento crítico, reforçando os padrões,
ferramentas e oportunidades educacionais corretos e, para que esta cultura seja
criada é necessário que as organizações invistam em aprendizagem (reskilling
e upskilling), engajamento dos colaboradores (“senso de propósito”),
transformação dos líderes de projetos em defensores e apoiadores das mudança
(“evangelizadores” de novos métodos e tecnologias), criação de uma empresa
orientada a dados e eliminação do medo de falhas (“erre rápido, aprenda
rápido”).
Através deste relatório, é possível observar que, para promover a transformação
digital baseada em tecnologias disruptivas, as organizações devem explorar
2. mais do que apenas as tecnologias que desejam adotar. É preciso que haja um
trabalho extensivo de cultura organizacional e desenvolvimento de pessoas,
especialmente nos líderes de PMO e de projetos, para que possam apoiar o C-
level, na execução efetiva da estratégia. Os cases da ANZ e da SAP,
mencionados no relatório, são exemplos concretos de que as grandes mudanças
estão ligadas à mudança cultural e de mindset, mais do que à implementação de
novas tecnologias em si.
Este material, portanto, é extremamente útil para presidentes e diretores (C-
level) que desejam promover sua transformação digital.