Este documento discute comunicação assertiva e técnicas de procura de emprego. Ele define objetivos como explicar assertividade e aplicar técnicas de comunicação assertiva no contexto socioprofissional. Também discute como identificar oportunidades de emprego, aplicar estratégias de procura de emprego e comportamentos em entrevistas.
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Assertividade nocontextosocioprofissional
Técnicasde assertividade emcontexto profissional
Origense fontesde conflitona empresa
Impactoda comunicaçãono relacionamento humano
Comportamentosque facilitam e dificultamacomunicaçãoe o entendimento
Atitude tranquilanumasituaçãode conflito
Inteligênciaemocional e gestãode comportamentos
Modalidadesde trabalho
Mercado de trabalhovisível e encoberto
Pesquisade informaçãoparaprocurade emprego
Medidasativasde empregoe formação
Mobilidade geográfica (mercado de trabalho nacional, comunitário e
extracomunitário)
Rede de contactos
Curriculumvitae
Anúnciosde emprego
Candidaturaespontânea
Entrevistade emprego
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Índice
Objetivos.............................................................................................................................2
Conteúdos...........................................................................................................................2
Unidade 1 - A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO...................................................................5
Elementos do Processo de Comunicação ...................................................... 6
Esquema do Processo de Comunicação..............................................................................6
Tipos de Comunicação......................................................................................................6
Atitudes comportamentais na Comunicação......................................................................7
Unidade 2 - BARREIRAS E FACTORES DA COMUNICAÇÃO........................................................9
Obstáculos à Comunicação................................................................................................9
Áreas de fatores das barreiras à Comunicação..................................................................10
A Importância do silêncio................................................................................................ 11
Fatores Facilitadores da Comunicação............................................................................. 12
Unidade 3 - COMUNICAÇÃO VERBAL................................................................................... 13
A Preparação, Planificaçãoe Construção da Exposição Oral............................................... 13
Uma técnica para favorecer o estilo assertivo...................................................................14
Unidade 4 - A COMUNICAÇÃO NÃOVERBAL........................................................................ 18
A Comunicação Corporal.................................................................................................18
Unidade 5 - OS MEIOS AUDIOVISUAIS.................................................................................. 21
Importância dos meios audiovisuais................................................................................. 21
O cartaz como meio de comunicação de massas............................................................... 21
O Jornal de Parede.......................................................................................................... 23
Bibliografia........................................................................................................................ 25
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Unidade 1 - A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO
Dolatim"communicare",comunicaçãosignificapôremcomum,conviver.Este "pôremcomum"
implica que transmissor e recetor estejam dentro da mesma linguagem, caso contrário não se
entenderão e não haverá compreensão.
Comunicação, de uma forma sintética, é a ação, efeito ou meio de entrar em relação com o
outro. Podemos dizer que é o processo que realiza a transmissão interpessoal de ideias,
sentimentose atitudesentre dois(oumais) indivíduosouorganizações:paraalémde permitira
troca de informação, possibilita e garante a dinâmica de grupo e a dinâmica social.
Quandocomunicamoscomalguém,devemos,sempre,recordar-nosde queháumsemnúmero
de interpretaçõesemrelação a si próprio, de acordo com o número de pessoas em presença.
Observando o esquema abaixo, podemos compreender as diferentes VERSÕES DO EU:
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Elementos do
Processode
Comunicação
Em suma,o processode comunicaçãoconsiste emumemissorfazerchegaruma mensagema
um recetoratravésde um canal de comunicação,utilizandoumdeterminadocódigo.
Codificação:capacidade de construirmensagenssegundoumcódigocompreendidopelo
emissore pelorecetor.
Descodificação:capacidade de interpretarumamensagem.
Informaçãode retorno(feedback): respostado recetoràmensagemenviadapeloemissor.
Esquema do
Processode
Comunicação
Tipos de Comunicação
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Informação - É a ação ou efeitode informarouinformar-se,transmitindooudandoa conhecer
factos ou ideias; é uma necessidade essencial para a vida dos homens; a transmissão de
informaçãoserve para consolidaropoderindividual e estruturarashierarquiasempresença;é
muitas vezes difusa e pouco assertiva, confundindo-se com notícias que respondem a
necessidadesindividuaisde afirmaçãooude satisfaçãodacuriosidade;hoje emdiamultiplicou-
se e diversificou-se de tal forma que é contraditória, confundindo a escolha.
Educação - É umprocessopermanente,constituídopeloconjuntode valorese práticasinstilados
emcada indivíduo,visandoorientá-loe formá-lo;começapordecorrerno seiodavida familiar;
o lugar educacional por excelência é a escola, instrumento fundamental através do qual todos
os PovosdoMundose esforçamporconverterosseusideaisde vidaemrealidadesparaosseus
descendentes;atravésdelaoHomemquersabere saber-fazer;paraalémdospais,educadores
e professores, o mundo, nomeadamente os mass-media e self- media,na era da comunicação
individual tendem a tornar a educação permanente.
Animação - É a ação de estimular, de uma forma não diretiva, a atividade de grupos ou
comunidades, através de motivações e centros de interesse; o animador, espontânea ou
deliberadamente,estimulaavidadosgrupos,tentandotransmitir-lhesmotivaçãoe entusiasmo;
permanentemente oHomemtenta convencero seuinterlocutordajustiçadas suasposiçõese
convencê-lo a agir em consonância; tem um carácter social, tendendo a reagrupar as pessoas
segundo os seus interesses e lutas comuns; é a função primordial da comunicação do
sindicalista.
Distração - É uma necessidade fundamental doHomemdesde osprimórdiosdostempos;oser
humano utiliza o jogo, o espetáculo e a cultura física para satisfazer as suas necessidades,
cultivando-se em simultâneo; é a sociedade dos tempos livres, baseada em atividades de
participação.
Atitudes comportamentais na Comunicação
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Pode assumir-se comocomportamentotudooque o indivíduofazoudiz.Comportamentoé “o
que designaasreaçõesde umindivíduoàaçãode um estímulo,sendoessasreaçõesobserváveis
do exterior”.
Quandodoisindivíduosestãoemrelaçãoafetam-se,de algumaforma,mutuamente.Podemos
então afirmar que a forma como as pessoas se comportam afeta sempre a maneira como os
outros se comportam. Sendo assim, os comportamentos de cada um, ao influenciarem os
comportamentos daqueles com quem se relacionam, podem contribuir positiva ou
negativamente para a relação que está a decorrer. Assim sendo, cada um deve ter em
consideração o seu próprio comportamento, refletindo até que ponto uma mudança não
facilitaria as relações com os outros.
Não nos devemos esquecer, igualmente, que o comportamento pode assemelhar-se a uma
máscara: um indivíduo pode, aparentemente, ser exemplar, quando, interiormente, e devido
aos condicionalismos da vida, os comportamentos exteriorizados não correspondem ao seu
estado real.
Concluindo, se o comportamento não é inato nem hereditário, pode considerar-se que é
adquirido ao longo da vida, sendo sujeito às vivências específicas de cada um.
SEIS ATITUDES DE COMUNICAÇÃO:
Genericamente, podemos agrupar estas seis atitudes em dois grandes grupos:
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1. Atitudesde influência– são as atitudesde Avaliação,Orientação,Interpretaçãoe,porvezes,
Apoio. São atitudes que implicam a invasão do outro, considerando-o, implicitamente, como
“inferior”;
2. Atitudesde nãoinfluência –são as atitudesde Exploraçãoe Compreensão.Sãoatitudesque
consideram o outro como nosso “igual” e capaz de passar à ação com sucesso.
Unidade 2 - BARREIRAS E FACTORES DA COMUNICAÇÃO
Comunicar é uma arte de bem gerir mensagens, enviadas e recebidas, nos processos
interacionais. Mas não só. O tempo, o espaço, o meio físico envolvente, o clima relacional, o
corpo, os fatores históricos da vida pessoal e social de cada indivíduo em presença, as
expectativase os sistemas de conhecimento que moldam a estrutura cognitiva de cada ator
social condicionam e determinam o jogo relacional dos seres humanos. Assim, podemos
equacionar uma estrutura de variáveis interacionais que, nos processos de comunicação
humana,tantopodemfacilitarcomobarrarouconstituirfontesde ruídoàsrelaçõesface-a- face.
Obstáculos àComunicação
Faltade à vontade e de espontaneidade provocadapelasconvençõessociaisou
pressões morais;
Dificuldade de expressar,de formaclara,simplese concisa,determinada ideia;
Inadequaçãodalinguagemaouniversosociocultural do interlocutor;
Utilizaçãode termosdesconhecidospelorecetor(p.e.estrangeirismos) e de
abreviaturas e siglas(p.e. IBJC);
Faltade consideraçãopelosvalores –políticos,culturais,sociais,religiosos,étnicos,
entre outros, – do interlocutor;
Incapacidade paraexteriorizaremoçõese afetos;
Alheamentoe desinteresse manifestadosemrelaçãoàmensagem recebida;
Faltade oportunidade damensagempornãosertidaemconta determinadasituação
com elarelacionada,vivenciadapelo interlocutor;
Avaliaçõesprematurase infundadassobre asintençõesdooutro,comose as
conhecesse melhordoque ele (Sei perfeitamenteoque estáapensar)
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Interrupçãoinesperadae brusca,impedindoointerlocutorde apresentaraté aofima
sua ideia(Nãodigamais!Jápercebi tudo!);
Omissãoconsciente doque gostariade dizeroufazer,paraassimpreservaraimagem;
Recorrera vozagressivae provocadoracom a intençãode amedrontaro interlocutor;
Manipulaçãodo interlocutorcomoobjetivode olevara colocar emcausa a validade
do que pensa,sente e diz;
Rejeiçãoimediatade tudooque não vai de encontroao que se gostariade ouvir;
Imposiçãode ideias,experiênciase opções,nãoadmitindoqualqueraberturaao
debate;
Tentativade,utilizandotodososmeios,arrastaro interlocutorparaosseuspontosde
vista,de formaa podermelhor dominá-lo;
Situaçõesde stresse/oufadiga,responsáveisporafirmaçõesimprecisase inoportunas;
Utilizaçãode linguagemabstratae exageradamente técnica,parainferiorizaro
recetor.
Áreas de fatores das barreiras à Comunicação:
Fatores pessoais - Compreendem um conjunto de aspetos: O nível de profundidade de
conhecimento que o indivíduo tem e revela; A aparência do sujeito enunciador do
discurso; a postura e movimento corporais; O contacto visual; A expressão facial; A
fluência e timbre da voz.
Fatores sociais - Os sistemas de conhecimento, mais rígidos ou flexíveis, são compostos
por um conjunto de itens, que afetam a Comunicação e que passamos a enunciar: A
educação do indivíduo; A cultura; As crenças; As normas sociais; Os dogmas religiosos e
políticos; os papéis sociais desempenhados e, finalmente os quadros teóricos de
referência.
Fatores fisiológicos - Nemtodos os aspetos da fisiologia humana constituem barreiras à
comunicação e nem todos os indivíduos valorizam os mesmos fatores como entraves à
interação. Todavia, existem sujeitos que, portadores de determinado handicap, ou têm
eles mesmos dificuldade na interação com os outros, ou são os outros que lhes
provocam dificuldades.
Fatores de personalidade - Há, neste campo, um conjunto de aspetos que convém
referenciar como potenciadores de bloqueios à comunicação entre os indivíduos: A
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Autossuficiência (o indivíduo “sabetudo”); A Avaliação congelada (a ideia que alguns
sujeitos têm de que uma palavra aplicada por diferentes pessoas terá de ter, natural e
forçosamente, o mesmo significado); A Confusão que constantemente alguns sujeitos
fazem entre aquilo que é do foro objetivo e aquilo que é do subjetivo; A tendência à
complicação de alguns indivíduos.
Fatores de linguagem - Também neste capítulo é possível enquadrar os problemas de
confusão entre a realidade e as inferências que dela se fazem: O uso constante de
palavras abstratas por parte de determinados comunicadores; desencontro de sentidos
que cadaum dos interlocutores atribui às palavras dos outros; Indiscriminações, quando
os sujeitos em interação não conseguem separar as coisas entre si ou aspetos da
realidade que só aparentemente são iguais; Polarizações (o uso sistemático de
expressões extremas no discurso dos indivíduos pode levar à desacreditação do emissor
de tal discurso).
Fatorespsicológicos-Há nestamatéria uma variedade de aspetos que podem concorrer
para o desenrolar dos padrões interacionais: O Efeito de Halo é um mecanismo que diz
respeito ao recurso que determinados sujeitos fazemquando sereferem aoutra pessoa.
Do seu discurso emergem palavras ou expressões que remetem para a generalização de
uma pessoa, a partir de uma só das suas características; O Efeito Lógico. Neste caso, o
problema centra-se na tendência que determinados sujeitos revelam em associar duas
características de umindivíduo, como sehouvesse uma relaçãocausallinear: seA, então
B; Quando determinados indivíduos tendem a enquadrar os outros em tipos sociais ou
profissionais, estamos perante os chamados Tipos Pré-determinados; À tendência, ou a
dificuldade, que alguns sujeitos revelamem situar os outros, objetos da sua apreciação,
em valores escalares diversificados dá-se o nome de Efeito de Tendência Central.
A Importânciado silêncio
O silêncio, o saber ouvir, quando cada vez mais ruídos nos rodeiam, é um aspeto
fundamental na comunicação.
Jean Maisonneuve afirma existirem três tipos de silêncio:
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O silêncio vazio: quando uma pessoa não sabe o que mais dizer;
O silêncio cheio: quando uma pessoa tem muito para dizer, mas antes necessita
de um tempo de silêncio para pôr os seus pensamentos em ordem;
O silêncio tenso: quando uma pessoa quer dizer qualquer coisa mas não
consegue.
Estar em silêncio pode não significar estar calado, se esse tempo for de participação no
ato de comunicação em presença, se significar uma oportunidade para reencontrar o
equilíbrio pessoal, se for a forma escolhida para dar espaço ao interlocutor e a “janela”
de abertura para um relacionamento mais saudável.
Fatores Facilitadores da Comunicação
Jáconstatamosdacomplexidadedoatode comunicar.Paraalémdasdificuldades –oubarreiras,
ou ruídos – que lhe são inerentes,existemfatoresfacilitadoresdacomunicaçãoque permitem
garantir umaperdamínima da informaçãocontidanumadeterminadamensagem.Emprimeiro
lugar, importa salientar a importância do “feedback” ou informação de retorno.
Capacidade e Habilidade - Ascapacidadese habilidadescomunicativas,que sãoasferramentas
– escrita, palavra, audição, leitura, raciocínio, etc. – de que os comunicadores dispõem para
comunicar e devem ser continuamente melhoradas.
Atitudes- Em primeirolugar,a atitude do comunicadorpara consigopróprio,devendocultivar
atitudesde autoestimae bomautoconceito,assumindoumavisãopositivade si próprio.Depois
em relação ao assunto em causa, demonstrando que acredita nas virtudes implícitas na sua
mensagem. Finalmente, na atitude em relação ao recetor, transmitindo uma atitude de
simpatia, criando um bom ambiente emocional, para atingir mais facilmente o objetivo.
Conhecimentos - Para se poder transmitir uma mensagem com conteúdo útil para o recetor,
temde se teruma ideiaclarado que se quertransmitir,dominandobemosassuntosemcausa.
Não esquecer, no entanto, que um especialista pode ser um mau comunicador: também é
necessárioumbom domíniodas técnicasde comunicação que permitemtransmitirde formaa
ser entendido.
Sistema Sociocultural - A capacidade de comunicar é influenciada pelo estatuto sociocultural
que oemissorocupanessasociedade.Pessoasdamesmaclassesocial terão,emprincípio,maior
facilidade de se entender.
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Unidade 3 - COMUNICAÇÃO VERBAL
Seisfunçõesdalinguagemverbal:
Função expressiva ou emotiva - Centrada sobre o sujeito emissor. Uma expressão direta da
atitude dosujeitoemrelaçãoàquilode que fala.Tendeadara impressãode umacertaemoção,
verdadeiraoufingida.Asinterjeiçõesrepresentamoestratodalínguapuramente emotivo,mas
a função emotiva é inerente, em vário grau, a qualquer mensagem, quer se considere o nível
fónico,quero nível gramatical ou lexical.A informaçãoveiculadapelalinguagemnãopode ser
restringida à informação do tipo cognitivo.
Função apelativa - Orientada para o destinatário, encontra a sua manifestação mais pura no
vocativo e no imperativo.As frases imperativas, ao contrário das declarativas, não podem ser
submetidas a uma prova de verdade, nem transformadas em frases interrogativas.
FunçãoReferencial - Tambémchamadadenotativaoucognitva,orientadaparaoreferente,para
o contexto.
Função fática - É predominantenasmensagensque têmporfinalidade estabelecer,prolongar
ou interromperacomunicação,verificarse o circuitofunciona,fixaraatençãodointerlocutor.
Função Metalinguística- Ocorre quandoo emissore/ouorecetorjulgamnecessárioaveriguar
se ambos utilizamnaverdade omesmocódigo.Quandoodiscursoestácentradono código,
desempenhaumafunçãometalinguística.Estafunçãorepresentauminstrumentoimportante
nas investigaçõeslógicas,masoseupapel é tambémrelevante nalinguagemquotidiana.
Função poética - Centrada sobre a própria mensagem. Esta função não constituía função
exclusivadoconjuntode textosque Jakobsondesignapor"arte da linguagem", trata-se apenas
da suafunçãodominante.A funçãopoéticapode,contudo,desempenharumpapel secundário,
emboramuitoimportante,emmensagenscujafunçãodominante sejaumadasoutras funções
(publicidade, propaganda política), em que a função dominante é a função apelativa.
A Preparação, Planificaçãoe Construçãoda ExposiçãoOral
Podem-se classificar os diferentes tipos de relacionamento interpessoal como estilos
comunicacionais:
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Passivo - É uma atitude de evitamento perante as pessoas e acontecimentos. Em vez de se
afirmartranquilamente,opassivoafasta-se ousubmete-se,nãoage.Porque nãose afirma,ele
torna-se, geralmente, numa pessoa ansiosa. Não age porque tem medo das deceções. É
normalmente tímido e silencioso.
Manipulador - Não se implica nas relações interpessoais.Esquiva-se aos encontros e não se
envolve diretamente com as pessoas e com os acontecimentos. O seu estilo de interação
caracteriza-se pormanobrasde distraçãooumanipulaçãodossentimentosdosoutros.Opatrão
manipula o trabalhador para fazer horas extraordinárias dizendo: “Como pode recusar,depois
de tudo o que fizporsi?”.O manipuladornãofalaclaramente dosseusobjetivos.Éuma pessoa
muito “teatral”.
Agressivo ou Autoritário - A agressividade observa-se atravésdos comportamentosde ataque
contra as pessoas e os acontecimentos. O agressivo prefere submeter os outros a fazê-los
aceitar. Fala alto, interrompe e faz barulho enquanto os outros se exprimem. Desgasta
psicologicamenteaspessoasque orodeiam.Oagressivopensaque é sempre ganhador através
do seu método, mas não entende que, se o fosse, não necessitava de seragressivo.
Assertivoou Autoafirmativo - São pessoascapazes de defenderosseusdireitose interessese
de exprimirosseussentimentos,osseuspensamentose assuasnecessidadesde formaaberta,
diretae honesta.A pessoaafirmativatemrespeitoporsi própriae pelosoutros,estáabertaao
compromissoe à negociação.Aceitaque osoutros pensemde formadiferentedasua:respeita
as diferenças e não as rejeita.
Como é fácil constatar, o comportamento assertivo é o mais eficaz e saudável nas relações
interpessoais. Este tipo de comportamento não nasce connosco, é apreendido.
Este estilode comunicaçãoé maisrecomendadonarelação face aface e com o público,porque
implica um indivíduo confiante em si próprio, que não teme a relação com os outros,
expressandodiretamenteassuasopiniõese convicções,sentimentos,desejos e necessidades.
Uma técnica para favorecer o estilo assertivo
Concentrando a nossa atenção neste tipo de estilo comunicacional, observemosum método
pragmático,desenvolvidoporBower(1976),que permiteodesenvolvimentodaatitude deauto-
afirmação.
Este métodopressupõe anegociaçãocomobase doentendimentoe permitereduzirastensões
entre as pessoas.
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Esta técnicade auto-afirmaçãoé denominadade D.E.E.C.:
D – Descrever
E – Expressar
E – Especificar
C – Consequência.
Esta atitude assertiva é útil, nomeadamente quando:
É precisodizeralgodesagradável aalguém;
Se pretende pedirqualquercoisade invulgar;
É necessáriodizernãoàquiloque alguém pede;
Se é criticado;
Se pretende desmascararuma manipulação.
O indivíduoque age de formaafirmativamantémoseuequilíbriopsicológico e favorece obom
clima.
Esta autenticidade dosujeitoque se autoafirma,implica,nasua vida social,abster-se de julgar
e fazerjuízosde valorapressadossobre osoutros;nãoutilizarlinguagemcorporal ouentoações
de voz opostas ao que diz por palavras; descrever as suas reações mais que as reações dos
outros; facilitar a expressão dos sentimentos dos outros, não os bloqueando.
O quadroseguinte,emrelaçãoàtransparênciadalinguageme aorespeitopelooutro,tenta
posicionarosestilos comunicacionaisabordados:
Relembremos algumas das qualidades necessárias para uma boa exposição oral:
Conhecimentodotema;
Clareza;
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Unidade 4 - A COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL
A comunicação não-verbal realiza-se através de códigos como os gestos, os movimentos dos
olhos e do rosto ou os tons de voz. Os códigos não são apenas sistemas para organizar e
compreender dados: eles desempenham funções comunicativas e sociais.
Os códigos usados na comunicação verbal são chamados de códigos apresentativos, enquanto
os códigos usados para produzir textos são os códigos representativos:
Códigosapresentativos – São indiciais,porquenãopodemreferir-se aalgoindependentedeles
mesmose do seucodificador.Estãolimitadosàcomunicação frente afrente ou à comunicação
onde o comunicador está presente. Têm duas funções:
1. Tratar dasinformaçõessobre ooradore asuasituação,através dasquaiso(s) recetor
(es) ficam a conhecer a sua identidade, emoções, atitudes, etc;
2. Gerir a interação que o codificador quer ter com o outro. Ao usar certos gestos,
posiçõese tomde voz,o emissorpode tentardominarosinterlocutores,serconciliador
em relação a eles ou desligar-se deles.
Códigos representativos – São usados para produzir mensagens com uma existência
independente.Umtextorepresentaalgoindependente desi mesmoe doseucodificador,sendo
composto por símbolos. A linguagem verbal ou a fotografia são exemplos de códigos
representativos.
A Comunicação Corporal
A Comunicação corporal assume papel de relevo no ato de comunicar: “cerca de 65% das
mensagens que se emitem e recebem ao longo do dia são não-verbais”.
O corpo humanoé o principal transmissorde códigosapresentativos,tendoArgyle16feitouma
lista de dez desses códigos:
Contacto físico - Quem tocamos, onde e quando o fazemos veicula importantes mensagens
sobre o relacionamento. É muito variável entre povos de diferentes culturas;
Proximidade (ou proxemia) - O grau de proximidade com que nos acercamos de alguém pode
transmitir uma mensagem quanto ao relacionamento que temos com essa pessoa. Existem
características que diferenciamsignificativamente distâncias: Até um metro é íntimo; Mais de
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dois metros e meio é semipúblico. Estas distâncias variam de cultura para cultura e de classe
social para classe social;
Orientação - O ânguloem que nos colocamosrelativamente aosoutrosé uma forma de emitir
mensagens sobre o relacionamento. Olhar alguém de frente pode ser indicador de intimidade
ou intimidação;
Aparência - Este código é dividido em duas partes: os aspetos de controlo voluntário (cabelo,
vestuário, pele) e os menos controláveis (altura, peso). A aparência é utilizada para enviar
mensagens sobre a personalidade e o estatuto social;
Movimentos da cabeça - Estes têm a ver, principalmente, com a gestão da interação. Um
assentimento pode dar licença para se continuar a falar enquanto movimentos rápidos da
cabeça podem significar desejo de falar;
Expressãofacial - Esta pode dividir-seemsubcódigosde posiçãodassobrancelhas,formatodos
olhos, formato da boca e tamanho das narinas. Estes elementos, em diferentes combinações,
determinam a expressão do rosto. A expressão facial revela menos variações interculturaisdo
que a maioria dos códigos apresentativos.
Gestos(ouquinese) - A mãoe o braço sãoos principaistransmissoresdogesto,sendoosgestos
dos pés e cabeça também importantes. Estão intimamente relacionados com a fala e
complementam a comunicação verba. O gesto intermitente, enfático, para cima e para baixo,
indica frequentemente uma tentativa de domínio, enquanto gestos mais fluidos, contínuos e
circulares indicam o desejo de explicar ou de conquistar simpatia. Para além destes gestos
indiciais existem gestos simbólicos, de que o sinal V é um exemplo.
Postura - Asformascomonossentamos,deitamosoulevantamos,podemcomunicardiferentes
significados. Relacionam-se, muitas vezes, com atitudes interpessoais: a amistosidade, a
hostilidade,asuperioridade ouainferioridade podemserindicadaspelapostura.Aposturapode
também indicar um estado emocional, nomeadamente, o grau de tensão ou descontração. A
postura é maisdifícil de controlar do que a expressãofacial,podendodenunciar-se napostura
um estado de ansiedade não visível no rosto.
Movimento dos olhos e contacto visual - A ocasião, frequência e duração de um olhar é uma
formade enviarimportantesmensagenssobreorelacionamento,seja dedomíniooude aliança.
Estabelecer um contacto visual no início ou durante a primeira fase de um ato verbal, indica o
desejode dominaroouvinte.Ocontactovisual posteriorouapósumatoverbal indicamaisuma
relação de aliança, nomeadamente de desejo de obtenção de feedback.
Aspetos não-verbais do discurso – Dividem-se em duas categorias:
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a) Códigos métricos, que afetam o significado das palavras que empregamos. Os dois
principais códigos deste tipo são a entoação e a acentuação;
b) Códigos para linguísticos, que comunicam informação sobre o orador. O tom, o
volume, o sotaque, os erros de fala e a velocidade indicam o estado emocional, a
personalidade, a classe, o estatuto social, a maneira como vê o interlocutor.
Em síntese:
O OLHAR: Os olhos sustentam a nossa relação com os outros, denunciando-nos e
denunciando. É com o olhar que aferimos da reação dos interlocutores e eles se
apercebem da autenticidade (ou não) do conteúdo da nossa mensagem.
O ROSTO: O franzirda testa,o comprimirdos lábios,o rubor repentino…sãoinúmeras
as manifestações do rosto que representam sinais não-verbais perante uma
determinada mensagem.
O GESTO: Batemos palmas, esticamos a mão fechada com o polegar levantado para
cima, mandamos parar ou avançar, agradecemos, tudo com um gesto, notavelmente
simples em muitas das circunstâncias, mas extraordinariamente eficaz e claro para o
interlocutor.
A POSTURA DO CORPO: Encolhemos os ombros, cruzamos os braços, viramos o corpo
no sentido oposto ao interlocutor, debruçamo-nos sobre a mesa ou recostamo-nos na
cadeira quandoouvimosuma determinadamensagem, consoante estamosatentosou
distraídos,maisoumenosinteressados,de acordoouemdesacordocomasmensagens
emitidas.
A APARÊNCIA FÍSICA:A formacomovestimos,andamos,cumprimentamos,despoletam
juízosde valorque podemserpercetíveisatravésde sinaisnão-verbais,de assentimento
ou discordância.
O SORRISO: São vários os tipos de sorriso, conforme o classifica Paulo da Trindade
Ferreira, no seu “Guia do Animador na Formação de Adultos”:
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Unidade 5 - OS MEIOS AUDIOVISUAIS
Importância dos meios audiovisuais
A partir do final doséculoXX,começoua tomar forma uma novaordempolítico-administrativa
baseadana liberdade darepresentaçãoe na especificidade daspolíticas.Comesta,assiste-sea
uma nova conceção do «público» que se centra na referência ao princípio de livre acesso e
abertura através dos muitos canais individuais ou coletivos de opinião, ação, comunicação e
debate.Esta é a sociedade daimageme do som, onde ser compreendidoimplicater emconta
esta realidade.
Audiovisuais(meios), –“COMUNICAÇÕES.Processode comunicaçãoque utilizaemsimultâneo
o som e a imagem.”
Os meiosaudiovisuaisfacilitame amplificamacomunicação,dispondode imensas
potencialidades,que implicamdomínioe competênciatécnica.
Em todosos domíniosde utilizaçãooaudiovisual trazacréscimosàatenção,maiorcapacidade
de compreensão,retençãoe facilitaçãodatrocade ideias.
De acordocom estudosefectuados20,emrelaçãoaosmétodosde ensino,constatou-seque:
O cartaz como meio de comunicação de massas
O cartaz deve sercompreendidoportodaa gente e falarà imaginação,estandoaoserviçoda
propagandaou da publicidade.
Avisaouanuncia,é escritomanualmenteouimpresso,deve serilustradocomfotos,gravuras,
banda desenhada,desenhose caricaturas,gráficose/outabelas.
O cartaz artesanal é ummeiode comunicaçãode massas,que se dirige emsimultâneoatodo
o público-alvo,permitindo fazerpassarumamensagemsimplese diretade formaeficaz. Deve,
22. 22
para cumpriros seusobjetivos,despertaraatenção,integrar-se nascampanhasemcurso,
responderàsnecessidadesde imageme pode servirde complementoaoutrosmeios.
Elementosfundamentais
Há vários elementos que concorrem para o êxito de um cartaz: as cores que é preciso
combinarem(é sabidoquecertasharmoniasdetonssãomaisfavoráveisque outras);odesenho,
que deve chamar e retera atenção; e a criatividade,que deve “provocar”oespíritosemdeixar
de estar intimamente ligada à finalidade do cartaz.
Tornar o cartaz atrativo
A atração de um cartaz depende, essencialmente, de três fórmulas chaves:
Demonstração
Evocação
Sugestão
O cartaz deve:
Demonstrare evidenciarajustezadosmotivosque anuncia,
Evocar eventos,acontecimentos,factosoumotivosque levemàadesãodo recetor,
Sugestionarorecetorà participaçãoe ação.
Fases da conceção do cartaz
1. Escolher o tema, tendo em conta a sensibilidade do público;
2. Determinar o objetivo, utilizando uma só mensagem, clara para se ser compreendido;
3. Definir o público-alvo;
4. Realizar uma maqueta, para testar e pedir opiniões.
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Imperativosdo cartaz
O Jornal de Parede
A palavra jornal deriva do francês jour, que significa dia. Designa o relato diário dos
acontecimentos.Ojornal de parede,noslocaisde trabalho,deve,portanto,emprimeirolugar,
preocupar-se com a utilidade da sua mensagem.
O jornal de parede serve parainformarsobre umfacto, de forma simplese diretae deve ser
de compreensãoe leiturafáceis.
Deve informar sobre
as conclusõesde umareuniãocominteresse paraos trabalhadores;
como utilizarumdeterminado direito;
o andamentodasnegociaçõesdocontratocoletivo;
resultados de ações judiciais;
alteraçõesaofuncionamentoe estrutura sindicais.
Regras e aspetos a ter em conta
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Grande parte das regras e aspetos a ter em conta na elaboração de um jornal de parede são
similares aos da elaboração do cartaz.
As suasduas regrasmaisimportantessãoas da visibilidade e legibilidade.
Deve terumaapresentaçãográficaequilibrada,apresentarumagrelhade secçõesdevidamente
identificadas,nãoesquecerque existemespaçosdiferenciadosnojornal que permitemmelhor
ou pior leitura(lemosdaesquerdapara a direitae de cima para baixo,portantoa zona central
superiordo cartaz – a sua medianasuperior– é uma área privilegiada).Emsuma, a sua leitura
deve ser facilitada por frases curtas, espaços em branco, gravuras e um tipo de letra cheiae
grande.
Deve seratraente e coroláriodetrabalhoemequipa,perguntando-seaopiniãodosoutrosdesde
a sua conceção e planificação até ao produto final.
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Bibliografia
MANUAL DE TÉCNICASDE COMUNICAÇÃO,INSTITUTOBENTODE JESUS CARAÇA,
fevereirode 2011
FISKE,John,Introduçãoao Estudoda Comunicação.Porto,ASA Editores,2005
FIGUEIREDO, O. e BIZARRO, R. P. , Da Palavra ao Texto. Porto, Edições ASA,1994