5. Atualmente podemos perceber como o mundo está carente de
solidariedade, respeito, amor e principalmente de justiça, e muitas vezes
nos sentimos frustrados porque descobrimos que nada fizemos para
transformar tal situação.
Mas ainda há tempo para ser um agente modificador, contribuindo para
que o mundo seja melhor, através de pequenos gestos e atitudes de cada
um de nós. Se assumirmos nossa parcela de responsabilidade em
estarmos fechados em nós mesmos, deixando o outro muito distante de
nossos ideais e objetivos, entenderemos/perceberemos que é também
no outro que está o motivo do nosso crescimento pessoal, e é no outro
que nos percebemos como seres humanos, capazes de sonhar, amar,
perdoar, respeitar...
I N T R O D U Ç Ã O
6. Precisamos reencontrar o nosso “eu”, para podermos apresentar várias
formas de ser e sentir, deixando assim de procurar fora de nós a razão
para nossa felicidade, pois é em nosso interior que começa o caminho
para a aceitação dos momentos que nos fazem sorrir e chorar e a partir
daí, damos oportunidade para que o outro também faça parte da nossa
história de vida.
E é nessa reflexão que percebemos a importância das Relações
Interpessoais na vida de cada pessoa, pois melhorando nossas relações
com o outro compreendemos que cada um precisa ser respeitado de
acordo com as necessidades psicológicas, físicas e sociais. Portanto,
precisamos nos dispor interiormente a fim de aceitar o outro da maneira
que ele se apresenta e não como gostaríamos que ele se apresentasse.
I N T R O D U Ç Ã O
7. Precisamos assim, adquirir um autoconhecimento, uma compreensão
empática, para aprendermos a conviver em grupo, seja no meio
profissional, na família, nas instituições educacionais ou nas diferentes
atividades do ser humano. O mundo moderno cada vez mais exige essa
capacidade de nos relacionarmos conosco e com o próximo.
A vida é uma passagem e não sabemos até quando faremos parte dela,
por isso, precisamos aproveitar cada instante da nossa existência, para
realizarmos algo de verdadeiro e útil para nós, para o outro, para o
mundo.
I N T R O D U Ç Ã O
8. O PROCESSO DA COMUNICAÇÃO
Mesmo com todo aparato tecnológico, com as mais modernas
e poderosas armas, com as viaturas mais robustas e novas, sem o
material humano a PMSE não seria nada. Cada profissional é para a
instituição o começo, o meio e o fim dela e por isso podem levá-la
ao sucesso ou ao fracasso (Chiavenato, 2005).
PERCEÇÃO, ATITUDE E DIFERENÇAS INDIVIDUAIS
9. O material humano deve ser capaz
de reconhecer situações, pessoas, coisas
e/ou fatos e saber posicionar-se sobre
elas. Porém devemos ter em mente que
cada profissional é um indivíduo e distinto
do outro.
O PROCESSO DA COMUNICAÇÃO
10. PERCEPÇÃO
É o processo pelo qual os indivíduos selecionam, organizam,
armazenam e recuperam informações (Wagner III e Hollenbeck, 2002).
“O processo pelo qual toma-se conhecimento do mundo externo”.
Verifica-se que cada pessoa capta uma mesma situação de forma única
e inteiramente particular. Não é estática, e sim um processo dinâmico
que envolve não somente a apreensão dos estímulos sensoriais, mas
também a interpretação, por parte do receptor, da realidade
observada, chamando-se esse processo de CARÁTER INDIVIDUAL.
O PROCESSO DA COMUNICAÇÃO
11. O PROCESSO DA COMUNICAÇÃO
A partir da percepção organizacional, é
possível identificar as necessidades de melhoria
dentro do ambiente de trabalho, bem como
fatores positivos que podem ser fortalecidos. O
QUE CADA UM PENSAVA DA CORPORAÇÃO
ANTES DE INGRESSAR NELA? O QUE ACHAM
AGORA?
12. Por que o estudo da
PERCEPÇÃO
é importante para a
formação policial?
O PROCESSO DA COMUNICAÇÃO
13. O PROCESSO DA COMUNICAÇÃO
O comportamento de todo e qualquer indivíduo se
baseia na percepção que ele tem das coisas e das pessoas
que o circundam e por isso é preciso entender e até mesmo
evitar determinadas maneiras de “enxergar” as situações,
para que não incorramos em erros ou levemos outros a errar.
16. O PROCESSO DA COMUNICAÇÃO
PERCEPÇÃO SOCIAL E INTERPESSOAL
Toda pessoa tem seu sistema conceitual próprio, funciona como um
filtro codificador. O nome disso é padrão pessoal de referência. Esse filtro
aceita ou não as informações recebidas, isso vai depender de o quanto essa
mensagem é ou não ajustada às referências do indivíduo. Há uma percepção
seletiva que atua como defesa, bloqueando as não desejadas. Dessa forma,
cada pessoa desenvolve seu conjunto de conceitos para interpretar as
experiências cotidianas.
17. O PROCESSO DA COMUNICAÇÃO
Para Chiavenato (2006), os padrões de referência são
importantes, pois ajudam a entender o processo de comunicação.
Aquilo que duas pessoas comunicam é determinado pela
percepção que elas têm de si mesmas e do ambiente, ou seja, as
informações trocadas são relacionadas com as percepções de
cada um no ambiente em que estão envolvidas.
18. O PROCESSO DA COMUNICAÇÃO
Da interação entre dois indivíduos (ou mais) surge a
percepção social. Segundo Chiavenato a percepção social
nem sempre é consciente ou racional, é um meio pelo qual
uma pessoa forma impressões sobre a outra com intuito de
compreendê-la, e então desenvolver EMPATIA.
19. O PROCESSO DA COMUNICAÇÃO
PERCEPÇÃO SOCIAL
Entende-se como processo pelo qual as pessoas
interpretam a realidade social. Em outros termos, a
percepção social se refere ao modo de como percebemos os
demais e de que maneira interpretamos seu
comportamento.
20. O PROCESSO DA COMUNICAÇÃO
A percepção de outros indivíduos;
A percepção dos grupos sociais.
A PERCEPÇÃO INTERPESSOAL
ESTÁ DIVIDIDA EM DUAS ÁREAS:
21. O processo de percepção significa, em primeiro lugar, a
existência de um observador e de pessoa objeto da percepção. O
observador adota o papel de juiz, percebe o comportamento do
próximo e lhe dá um significado.
A informação que recebemos dos outros é complexa, pois a
informação que se recebe é bem variada.
O PROCESSO DA COMUNICAÇÃO
22. Um dos elementos chave nos processos de percepção social é a
questão do papel social. Normalmente reconhecemos o outro
através do papel que exerce na sociedade, especialmente, pelo
prestígio e sucesso profissional de algumas pessoas, mas
subestimamos aqueles que exercem um papel de menor
reconhecimento social.
O PROCESSO DA COMUNICAÇÃO
23. Quando conhecemos uma pessoa nossa percepção sobre ela
pode estar condicionada por causa dos nossos preconceitos. O
preconceito é uma ideia preconcebida. Opinar sobre os outros
partindo de preconceitos é uma estratégia que leva a criação de
estereótipos. Assim, classificamos alguém não por suas qualidades
pessoais, mas por outras razões (classe social, etnia, língua ou
maneira de se vestir).
O PROCESSO DA COMUNICAÇÃO
24. A percepção social baseada em preconceitos é uma fonte de
conflito, pois julgar o outro sem conhecê-lo anteriormente é uma
abordagem injusta e pouco inteligente.
O PROCESSO DA COMUNICAÇÃO
25. Robbins(2002) apresentou diversas formas de
entendermos as percepções, as quais podemos atribuir
técnicas que permitem administrar as tomadas de decisões de
uma forma mais precisa e dados válidos para previsões. A
compreensão pode ser útil para reconhecermos quando elas
podem resultar em distorções significativas.
P E R C E P Ç Ã O
26. P E R C E P Ç Ã O
SÃO ELAS:
a) PERCEPÇÃO SELETIVA: A percepção tende a
ser mais influenciada pela base individual de
interpretação. Ex. Atitudes, interesses e
experiências passadas. Muitas vezes, vemos
aquilo que queremos ver, o que pode levar a
conclusões erradas.
27. P E R C E P Ç Ã O
b) EFEITO HALO (AURÉOLA): Construímos
uma impressão geral de alguém com base em
uma única característica. Ex. inteligência,
aparência, sociabilidade. Evidencia-se um
traço que é muito valorizado pela pessoa e
generaliza a avaliação de seu desempenho
como um todo.
28. P E R C E P Ç Ã O
c) EFEITO CONTRASTE: Nossa reação a uma
pessoa é sempre influenciada pelas outras
pessoas que encontramos.
d) EFEITO PROJEÇÃO: Tendência a ver os
outros de acordo com o que somos.
29. P E R C E P Ç Ã O
e) ESTEREOTIPAGEM: Quando julgamos
alguém com base em nossa percepção do
grupo do qual essa pessoa faz parte.
NOSSOS COMPORTAMENTOS ESTÃO INTIMAMENTE
RELACIONADOS COM AS PERCEPÇÕES QUETEMOS
DO MUNDO EXTERIOR, CAPTADOS ATRAVÉS DOS
SENTIDOS.
30. P E R C E P Ç Ã O
A passagem do sensorial ao perceptivo
se realiza no intelecto, onde se dá a construção
do conhecimento, e confere significação ao
percebido, a partir das vivências de cada um.
31. É NA PERCEPÇÃO QUE O MUNDOADQUIRE FORMA E SENTIDO E, AMBOS, SÃO INSEPARÁVEIS
EM NÓS. PORTANTO,A PERCEPÇÃO ENVOLVEVALORES,CULTURAS, DESEJOS, PAIXÕES, OU SEJA, A
NOSSA MANEIRA DE ESTAR NO MUNDO” (CHAUÍ, 2001).
P E R C E P Ç Ã O
32. A T I T U D E
São constatações, favoráveis ou
desfavoráveis, em relação a objetos,
pessoas ou eventos. Uma atitude é formada
por três componentes: cognição, afeto e
comportamento.
33. A T I T U D E
O PLANO COGNITIVO está relacionado ao conhecimento
consciente de determinado fato. O COMPONENTE AFETIVO
corresponde ao segmento emocional ou sentimental de uma
atitude. Finalmente, a VERTENTE COMPORTAMENTAL está
relacionada à intenção de comportar-se de determinada maneira
com relação a alguém, alguma coisa ou evento.
34. A T I T U D E
TOMEMOS O EXEMPLO A SEGUIR:
O ato de fumar faz parte dos
hábitos de muitas pessoas. Uns, têm o
hábito de fumar; outros, de criticar. E a
pergunta que sempre se faz aos
fumantes é o motivo pelo qual não
declinam desta prática mesmo estando
cientes de todos os males à saúde
cientificamente comprovados.
35. A T I T U D E
Analisando este fato à luz dos três componentes de uma atitude podemos atinar
o que acontece. O fumante, via de regra, tem plena consciência de que seu hábito é
prejudicial à sua saúde. Ou seja, o componente cognitivo está presente em sua atitude.
Porém, como ele não sente que esta prática esteja minando seu organismo, continua a
fumar. Até que um dia, uma pessoa próxima morre vitimada por um enfisema. Ou,
ainda, ele próprio, fumante, é internado com indícios de problemas cardíacos
decorrentes do fumo. Neste momento, está aberta a porta para acessar o aspecto
emocional: ele sente o mal a que está se sujeitando e decide agir, mudando seu
comportamento, deixando de fumar.
36. A T I T U D E
As pessoas acham que atitude é AÇÃO. Todavia, atitude é
racionalizar, sentir e externar. A atitude não é um processo
exógeno. É algo interno, que deve ocorrer de dentro para fora. E
entre a conscientização e a ação, necessariamente deverá estar
presente o sentimento como elo de ligação. Ou você sente, ou não
muda.
37. A T I T U D E
Chiavenato (2005) diz que as atitudes são determinantes
do comportamento, pois estão relacionadas com a percepção,
a personalidade, aprendizagem e a motivação.
Robbins (2002) aduz que quando um policial diz que ama a
farda está expressando atitude em relação a corporação.
38. A T I T U D E
Robbins (2002) nos lembra que as mensagens publicitarias têm
a missão de nos fazer mudar de atitude, realizar o que está implícito
na mensagem publicitária (comprar ou deixar de comprar), neste
diapasão Chiavenato (2005) assegura que a mudança de atitude ou
tomada de decisão só se dará se houver CONFIANÇA, tanto em
quem transmite a mensagem quanto na mensagem em si. Pensemos
em como pessoas influentes determinaram eleições anteriores.
39. A T I T U D E
Para a PMSE interessa o tipo de atitude que cada policial tem
para com a Corporação, a partir do momento que ele passa a pronto.
Para os pesquisadores de Comportamento Organizacional, existem
diversos tipos de atitudes que o profissional pode adotar, mas tanto
ele quanto a empresa/instituição deve buscar ter as seguintes
atitudes: satisfação com o trabalho, envolvimento com o trabalho e o
comprometimento organizacional.
40. DIFERENÇAS INDIVIDUAIS
Como seres humanos,
são diferentes, e, também
agem e sentem de maneiras
diferentes. Diferem a
maneira que lidam com
seus chefes e colegas,
variam quanto aos seus
hábitos de trabalho.
41. DIFERENÇAS INDIVIDUAIS
Como seres humanos, são
diferentes, e, também agem e
sentem de maneiras
diferentes. Diferem a maneira
que lidam com seus chefes e
colegas, variam quanto aos
seus hábitos de trabalho.
42. Independente do sistema que se vive dentro das corporações
militares, o militarismo, devemos ter em mente que existem
atitudes exigidas para determinadas funções, postos ou
graduações que não são inerentes ao indivíduo em si, bem
como que profissionais que exercem a mesma função, que estão
no mesmo posto ou graduação podem comportar-se de maneiras
diferentes diante de uma mesma situação.
DIFERENÇAS INDIVIDUAIS
43. O que explica tais variações são as diferenças individuais, como
valores, atitudes, percepções, motivações e personalidade de cada um.
Segundo Robbins (2000) a percepção pode ser definida como “um
processo pelo qual os indivíduos organizam e interpretam suas impressões
sensoriais, a fim de dar sentido ao seu ambiente”. O que uma pessoa
percebe pode ser diferente substancialmente da realidade objetiva. Não
é necessário que seja igual a todos, mas muitas vezes há muitas
discordâncias.
DIFERENÇAS INDIVIDUAIS
44. De acordo Wagner III e Hollenbeck a satisfação no trabalho é “um sentimento
agradável que resulta na percepção de que nosso trabalho realiza ou permite a
realização de valores importantes relativos ao próprio trabalho”. As pessoas não
diferem apenas nos valores que defendem, mas na importância que atribuem a
esses valores, e essas diferenças são determinantes de seu grau de satisfação
no trabalho. Uma pessoa pode preferir um trabalho que viaje bastante, já outra pode
valorizar mais a segurança no trabalho do que o resto. A satisfação está também
baseada e nossa percepção da situação atual em relação aos nossos valores.
DIFERENÇAS INDIVIDUAIS
46. Assim, mesmo antes de ingressar na corporação, com base nas aptidões
que possuía e no projeto de vida que planejou, cada profissional já tinha ideia
de qual unidade gostaria de trabalhar. Durante, alguns se afeiçoaram mais
com a atividade fim (policiamento ostensivo), outros demonstraram-se mais
operacionais e tendem a seguir carreira em unidades operacionais, e outros,
por outro lado, tendem atuar na atividade meio (seja no serviço burocrático,
seja em serviços que aproximem a comunidade da corporação).
DIFERENÇAS INDIVIDUAIS
47. DIFERENÇAS INDIVIDUAIS
Segundo Locke “a satisfação no trabalho resulta da percepção de como o
trabalho cumpre ou permite o cumprimento de valores importantes de trabalho,
desde que esses valores sejam congruentes e compatíveis com as necessidades
do individuo”. Então, a satisfação é resultado da realização de valores
compatíveis com as necessidades das pessoas. Conforme o autor, a satisfação
no trabalho, é "um estado positivo ou de prazer, resultando da avaliação
positiva do trabalho do indivíduo”.
48. DIFERENÇAS INDIVIDUAIS
Essas definições mostram que satisfação no trabalho e alegria
no trabalho podem ser uma finalidade em si. A definição de
satisfação no trabalho inclui percepções, sentimentos e atitudes
que as pessoas de uma empresa têm em relação a seu trabalho.