O documento descreve a história do Dia do Trabalhador em 1o de Maio, comemorado em memória dos "Mártires de Chicago" em 1886, que lutavam pela jornada de oito horas de trabalho. A data celebra as conquistas dos direitos dos trabalhadores ao longo da história, como a semana de 40 horas de trabalho aprovada em Portugal em 1996, apesar dos desafios contínuos da exploração e precarização do trabalho.
1. 1º de Maio - Dia do Trabalhador
O 1º de Maio é celebrado mundialmente como o "Dia do Trabalhador". Mas esta data
tem uma história.
A "miséria imerecida"
Em finais do século XIX, com o início da industrialização, começaram a aparecer novos
problemas relacionados com o trabalho. O Papa Leão XIII dá conta do "temível conflito"
que se estava a gerar "entre o mundo do capital e o do trabalho" dando lugar a uma
situação de "miséria imerecida”.
Um dos principais problemas que atingiam os operários era o horário de trabalho.
Trabalhava-se de sol-a-sol, como os agricultores. Alguns reformadores sociais já
tinham proposto, em várias épocas, a ideia de dividir o dia em três períodos: oito horas
de trabalho, oito horas de sono e oito horas de lazer e estudo, proposta que, como
sempre, era vista como utópica pelos empregadores.
Com o desenvolvimento do associativismo operário, e particularmente do sindicalismo,
a proposta da jornada de oito horas tornou-se um dos objectivos centrais das lutas
operárias e também causa de violentas repressões e de inúmeras prisões e até morte
de trabalhadores.
Os "Mártires de Chicago"
No 1º de Maio de 1886, milhares de trabalhadores de
Chicago (Estados Unidos da América), tal como de
muitas outras cidades americanas, foram para a rua,
exigindo o horário de oito horas de trabalho por dia.
No dia 4 de Maio, durante novas manifestações, uma
explosão serviu de pretexto para a repressão brutal
que se seguiu, que provocou mais de 100 mortes e a
prisão de dezenas de operários.
Este acontecimento, que ficou conhecido como os
"Mártires de Chicago", tornou-se o símbolo e marco
para uma luta que, a partir daí, se generalizou por
todo o mundo.
Os novos problemas
Passados todos estes anos, a história do movimento operário continua a ser feita de
avanços e recuos, vitórias e derrotas. Entre nós, a luta pelo horário de oito horas
também tem uma longa história. Só em Maio de 1996 o Parlamento aprovou a lei da
semana de 40 horas (oito horas diárias de segunda a sexta feira). No entanto, as horas
extras e o trabalho em fins-de-semana, acabam muitas vezes por anular as conquistas
consignadas na lei.
2. As novas formas de organização do trabalho, a precarização e a globalização vem
trazer novos problemas que os trabalhadores têm que enfrentar.
A exploração do trabalho infantil e da mulher, bem como dos imigrantes são um desafio
permanente à imaginação e à capacidade de organização e de luta dos trabalhadores.
Dia de festa
Não se pense que este dia, herdeiro de uma forte tradição de luta operária, à mistura
com perseguições, prisões e até mortes, é um dia triste. Não, porque nele também se
recordam as conquistas - pequenas e grandes - que os trabalhadores foram
conseguindo através dos tempos. É uma longa história que sabe bem recordar e
celebrar.
Dia de S. José Operário
A Igreja quis dar a este dia de acção e de festa - "A Festa do Trabalho" - uma
dimensão de fé. Em 1955, o Papa Pio XII instituiu a Festa de S. José Operário, a ser
celebrada precisamente no dia 1 de Maio de cada ano.
Horácio Noronha
Assistente Nacional da LOC/MTC
Indicações:
Título – “1º de Maio - Dia do Trabalhador” letra Comic Sans, tamanho 16, negrito e sublinhado
Texto –letra Arial, tamanho 12,
Subtítulos – “Dia de festa” letra Lúcida Console, tamanho 12, negrito
Vai ao motor de busca www.google.pt e pesquisa uma imagem sobre o dia do trabalhador. Coloca
esta imagem no texto que escreveste.
Grava o trabalho com o nome 1º de Maio, na pasta em teu nome. De seguida envia o trabalho para
o correio de e-mail.