Este documento discute a reanimação cardiopulmonar (RCP) e inclui: 1) as diferenças entre parada respiratória e parada cardiorrespiratória; 2) os passos da RCP realizada por leigos, leigos treinados e profissionais de saúde; 3) a importância da desfibrilação precoce. O objetivo é capacitar futuros profissionais de saúde sobre os procedimentos corretos de RCP.
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
MINICURSO EM REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR
1. RCP
Reanimação Cardiopulmonar
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE – UERN
CAMPUS CAICÓ
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
DISCIPLINA: ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO II
Semestre: 2019.2
3. OBJETIVOS
• Identificar parada respiratória - PR e parada
cardiorrespiratória - PCR;
• Compreender o passo-a-passo da RCP – cadeia de
sobrevivência;
• Conhecer as manobras relacionadas às vias aéreas e
PCR.
4. OBJETIVOS
• Nossa aula terá uma abordagem direcionada aos futuros
profissionais de saúde. ENFERMEIROS E ENFERMEIRAS
Imagem: Google
5. CONTEÚDO
• Parada respiratória - PR
• Parada Cardiorrespiratória – PCR
• Reanimação Cardiopulmonar – RCP de alta qualidade:
Leigo, leigo treinado e profissional de saúde.
Imagem: Goolge
6. CONHECIMENTO PRÉVIO
“O QUE EU FAÇO?”
Imagem: google
• Convidar 2 ou 3 participantes;
• Distribuir check-list para os
demais;
• Expor caso clínico (caso 1);
• Realizar manobras de
atendimento com RCP.
7. CASO 1
R.M, sexo masculino, 25 anos, casado, estava pilotando a sua moto,
equipado com capacete aberto na frontal, em uma estrada não
pavimentada na zona urbana, quando o pneu dianteiro da moto
estourou e o Sr. R.M caiu da moto batendo com a face em um monte
de terra solta que estava ali próxima. O SAMU foi acionado e quando
a equipe chegou ao local percebeu que o Sr. R.M estava
posicionado em decúbito dorsal, a face com escoriações,
irresponsivo, com respiração agônica (gasping), sem pulso
periférico, taquicárdico, com alguns dentes quebrados e a boca
contendo um pouco matéria orgânica (terra).
10. • No Brasil existe a estimativa de 200.000 casos de PCR/ano;
• Metade deles em ambiente hospitalar;
• As taxas de sobrevida na alta hospitalar variam de 9,5% para
casos de parada cardíaca fora do hospital e 24,2% para casos
hospitalares.
• Dos sobreviventes, 40 a 50% permanecem com deficiências
cognitivas, como memória e déficits de desempenho intelectual.
(VANCINI-CAMPANHARO et al. 2015)
11. • Sabe-se que, a cada minuto transcorrido do
início do evento arrítmico súbito sem
desfibrilação, a probabilidade de
sobrevivência diminui em 7 a 10%. (SBC,
2019)
• O que é desfibrilação?
• Com o que é realizada a desfibrilação?
• Para que serve a desfibrilação?
Imagens: Google
12. DESFIBRILAÇÃO
• O que é desfibrilação?
• É a aplicação de uma carga
elétrica contínua e NÃO
SINCRONIZADA no coração.
Imagens: GoogleFonte: https://cmosdrake.com.br/blog/desfibrilador/
13. DESFIBRILAÇÃO
• Com o que é realizada a desfibrilação?
• DEA – Desfibrilador Externo Automático
Imagens: Google
• DEM - Desfibrilador Externo Manual
Fonte: https://cmosdrake.com.br/blog/desfibrilador/
14. DESFIBRILAÇÃO
• Para que serve a desfibrilação?
• Resetar o coração;
• Reiniciam as células cardíacas que
estão desorganizadas;
• Revertendo arritmias graves como a
taquicardia ventricular (TV) e a
fibrilação ventricular (FV) sem pulso.
• Normalizando os ritmos cardíacos.
Imagens: GoogleFonte: https://cmosdrake.com.br/blog/desfibrilador/
15. Estado do Rio Grande do Norte
Lei nº 10026 de 16 de dezembro de 2015.
Obrigatoriedade: eventos de qualquer natureza, com
público igual ou superior a 1500 pessoas. Manter de
maneira permanente, com pelo menos uma pessoa
treinada para uso.
Referência: https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=31
3844 Fonte: https://cmosdrake.com.br/blog/desfibrilador/
17. A fibrilação é perigosa porque um ritmo errado no bombeamento sanguíneo
interfere na distribuição de oxigênio para os outros órgãos do corpo humano.
ARRITMIAS CARDÍACAS
Taquicardia ventricular (TV)
Fibrilação Ventricular (FV) sem pulso
Fonte: https://cmosdrake.com.br/blog/desfibrilador/
18. PARADA RESPIRATÓRIA - PR
O que é parada respiratória????
É a falta de respiração (apneia) ou respiração de
forma ineficaz (gasping), porém apresenta pulso
palpável.
(SBC, 2019) Fonte imagem: Google
19. SINAIS CLÍNICOS DA PARADA
RESPIRATÓRIA
• Inconsciência
• Tórax imóvel
• Ausência ou dificuldade de saída de ar pelas vias
aéreas
• Cianose de extremidades
Imagens: GooglePHTLS, 2017
21. PARADA CARDIORESPIRATÓRIA -
PCR
O que é parada cardiorespiratória????
A parada cardiorrespiratória (PCR), parada
cardiocirculatória ou parada cardíaca, pode
ser definida como uma situação extrema de
emergência médica, marcada pela cessação
súbita da função mecânica cardíaca com
consequente colapso hemodinâmico.
(TREINAMENTO DE EMERGÊNCIAS CARDIOVASCULARES, 2012)
Imagens: Google
22. SINAIS CLÍNICOS DA PARADA
CARDÍORESPIRATÓRIA
• Inconsciência
• Ausência de pulsação
• Ausência de ausculta cardíaca
• Irresponsivo;
• Apneia.
PHTLS, 2017 Imagem: Goolgle
23. CONDIÇÕES QUE PODE LEVAR A
PCR
5 H’s
• HIPÓXIA
• HIPOVOLEMIA
• HIPOTERMIA
• HIPERCALEMIA/HIPOCALEMIA
• H+ - (ACIDOSE)
PHTLS, 2017
24. CONDIÇÕES QUE PODE LEVAR A
PCR
5 T’s
• TROMBOEMBOLISMO PULMONAR;
• TROMBOSE CORONARIANA;
• TAMPONAMENTO CARDÍACO;
• TENSÃO NO TÓRAX (PNEUMOTORAX HIPERTENSIVO)
• TÓXICOS.
PHTLS, 2017
25. VAMOS PENSAR UM POUCO....
Parada respiratória é igual a parada cardiorespiratória???
27. RCP DE SUCESSO
• Depende de uma sequência de procedimentos sistematizada em uma
corrente de sobrevivência;
• Cada ELO corresponde a ações com impacto na sobrevivência e que
não se podem ser consideradas isoladamente;
• Evidências científicas que dão alicerce as
necessidades de mudanças podendo
alterar toda a sequência de ações da
RCP.
(SBC, 2019)
31. REANIAMAÇÃO CARDIOPULMONAR –
RCP DE ALTA QUALIDADE
• Posicione-se ao lado da vítima;
• Exponha o tórax da vítima;
• Posicione uma mão sobre a outra na metade inferior do esterno da
vítima;
• Estenda os braços e os mantenha cerca de 90º acima da vítima;
• Comprima na frequência de 100 a 120 compressões/ minuto.
(SBC, 2019)
32. • Proporcione 10 ventilações por minuto (1 ventilação a cada 6
seg. – aperta-solta-solta)
• Comprima com profundidade de, no mínimo, 5 cm até 6cm;
• Permita o retorno completo do tórax após cada compressão;
• Minimize interrupções das compressões, pause no máximo 10
segundos;
• Reveze com outro socorrista a cada 2 minutos, para evitar o
cansaço e compressões de má qualidade.
REANIAMAÇÃO CARDIOPULMONAR –
RCP DE ALTA QUALIDADE
34. RCP APLICADA POR SOCORRISTA LEIGO
1 - Verificar a segurança do local;
2 - Avaliar a responsividade da vítima – chamar pela vítima;
3 – Se a vítima não responder, chamar ajuda (192) e solicitar DEA;
4 – Verificar a respiração – em 5 a 10 segundos:
A vítimas respira
Aguardar o SME e
observar a vítima
Se a vítima parar de respirar,
compressões torácicas – 100 a
120/min.
A vítimas não respira (ou
somente gasping)
Iniciar compressões
torácicas – 100 a120/min.
Chegada do DEA
(SBC, 2019)
35. RCP APLICADA POR SOCORRISTA LEIGO
Chegada do DEA
Seguir os passos do DEA
Reiniciar compressões por 2
minutos
DEA emite mensagem:
Choque iniciado
Administrar choque. Reiniciar
compressões por 2 minutos
DEA emite mensagem:
Choque NÂO iniciado
(SBC, 2019)
36. RCP APLICADA POR SOCORRISTA
LEIGO TREINADO
1 - Verificar a segurança do local;
2 - Avaliar a responsividade da vítima – chamar pela vítima;
3 – Se a vítima não responder, chamar ajuda (192) e solicitar DEA;
4 – Verificar a respiração – em 5 a 10 segundos:
A vítimas respira
Aguardar o SME e
observar a vítima
Se a vítima parar de
respirar, iniciar RCP
A vítimas não respira (ou
somente gasping)
Iniciar ciclos de 30
compressões para 2
ventilações
Chegada do DEA
(SBC, 2019)
37. RCP APLICADA POR SOCORRISTA LEIGO
TREINADO
Chegada do DEA
Seguir os passos do DEA
Reiniciar compressões por 2
minutos
DEA emite mensagem:
Choque iniciado
Administrar choque. Reiniciar
RCP compressões por 2
minutos
DEA emite mensagem:
Choque NÂO iniciado
(SBC, 2019)
38. RCP APLICADA POR SOCORRISTA
PROFISSIONAL
1 - Verificar a segurança do local;
2 - Avaliar a responsividade da vítima – chamar pela vítima;
3 – Se a vítima não responder, chamar ajuda (192) e solicitar DEA;
4 – Verificar a respiração E CHECAR PULSO CAROTÍDEO – em 5 a 10
segundos:
Realizar 1 ventilação a cada 5-6 seg.
e checar pulso a cada 2 min.
Após 2 min. Vítima NÃO tiver
pulso, reiniciar RCP
A vítimas não respira (ou somente
gasping) e pulso ausente
Iniciar ciclos de 30 compressões para
2 ventilações
Chegada do DEA
A vítimas não respira (ou somente
gasping) e pulso presente
(SBC, 2019)
39. RCP APLICADA POR SOCORRISTA
PROFISSIONAL
Chegada do DEA
Seguir os passos do DEA e análise do ritmo cardíaco
Reiniciar RCP pelas
compressões torácicas por 2
minutos
Chocável
Administrar choque. Reiniciar
RCP compressões por 2
minutos
Não chocável
(SBC, 2019)
40. QUANDO EU DEVO PARAR DE
REALIZAR O RCP?
• Reestabelecimento da circulação e ventilação espontânea
eficazes;
• Definição médica a respeito da irreversibilidade da PCR e
morte inevitável;
• Risco ambiental para a equipe de socorristas
• Exaustão da equipe de socorristas
43. REFERÊNCIAS
43
AMERICAN COLLEGE OF SURGEONS. Advanced Trauma Life Support - ATLS. 9. ed. Chicago: American College of
Surgeons, 2012.
DISQUE, K. Advanced Cardiac Life Suport - ACLS - Suporte Avançado de Vida em Cardiologia. 2015-2020. ed. Las Vegas:
Satori Continuum, 2016.
GUIDELINES. Atualização das Diretrizes de RCP e ACE. American Heart Association, 2015.
KAHOOT. Make learning awesome! Kahoot! Disponivel em: https://kahoot.com/. Acesso em: 05 fevereiro 2020.
NACER DT, BARBIERI AR. Sobrevivência a parada cardiorrespiratória intra-hospitalar: revisão integrativa da literatura. Rev.
Eletr. Enf. [Internet]. v. 17, n. 3, p. 1-8, jul/set, 2015
PHTLS. Atendimento Pré-hospitalizado ao Traumatizado. 8ª. ed. Jones & Bartlett Learning, 2017.
SBC, S. B. D. C. Atualização da Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência
da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019. [S.l.]: SBC, 2019.
TREINAMENTO DE EMERGÊNCIAS CARDIOVASCULARES. Sociedade Brasileira de Cardiologia. Org. Manole, 2012.
VANCINI-CAMPANHARO, CR et al. One-year follow-up of neurological status of patients after cardiac arrest seen at the
emergency room of a teaching hospital. Einstein, Sao Paulo,v.13,n.2,p.183–188, apr-jun, 2015.