2. Recurso insubstituível e suporte de Vida
A água é fundamental
para os sistemas
naturais, para a vida
humana e para as
atividades económicas.
O Tejo, elemento fundamental na paisagem lisboeta.
3. A água em movimento
É através do ciclo hidrológico que a água realiza o seu processo de circulação
contínuo.
A água circula entre os oceanos, a atmosfera e os continentes, por efeito da
energia solar que permite a sua passagem entre os diferentes estados físicos.
O ciclo hidrológico
4. A água em movimento
O ciclo hidrológico
Pela ação da energia solar,
a água dos oceanos, mares,
rios e lagos evapora-se
e passa para a atmosfera
sob a forma gasosa.
5. A água em movimento
O ciclo hidrológico
Da água que cai sobre os
continentes, uma parte
escorre à superfície e outra
infiltra-se no solo, acabando
por chegar de novo ao mar.
6. A água em movimento
O ciclo hidrológico
O vapor de água, por
arrefecimento do ar,
condensa, formando nuvens
e originando precipitação.
7. A água em movimento
O ciclo hidrológico
A água utilizada
pelas plantas e pelos
animas volta à atmosfera
através da respiração
e da transpiração.
8. A circulação geral da atmosfera
A atmosfera constitui um elemento fundamental nas transferências de água, uma
vez que se encontra em constante movimento, a circulação geral da atmosfera.
A circulação geral da atmosfera origina diferenças de pressão atmosférica, que
determinam as características dos climas, causando precipitação ou tempo seco
(centros de baixas pressões ou altas pressões).
9. Distribuição dos centros de pressão em latitude, em julho.
Os centros de pressão atmosférica encontram-se distribuídos em faixas mais ou
menos paralelas em latitude, explicando desta forma a circulação do ar na atmosfera.
A circulação geral da atmosfera
10. A circulação geral da atmosfera
• no equador, devido à elevada temperatura,
o ar sobe, formando-se baixas pressões.
• nas latitudes médias, o ar tropical
encontra-se com o ar que vem dos polos,
provocando um movimento ascendente e a
formação de baixas pressões;
• nos polos, devido às baixas temperaturas,
formam-se altas pressões e, por isso, o ar
diverge à superfície, a partir dessas duas
regiões.
Distribuição dos centros de pressão e
circulação atmosférica..
É a ação dos centros de pressão que
explica a circulação geral da atmosfera:
BB
B
B B
AA
A
A A
A
Em altitude, o ar, já mais frio, dirige-se
para as regiões subtropicais;
• sobre as regiões subtropicais, o ar
desce, originando altas pressões e, à
superfície, diverge em direção ao equador
e às latitudes médias (40o
a 60º N e S);
11. A circulação geral da atmosfera
• os ventos alísios, que se deslocam das
altas pressões subtropicais para as baixas
pressões equatoriais;
• os ventos de oeste, que se deslocam das
altas pressões subtropicais para as baixas
pressões subpolares e, cujo sentido,
influenciado pelo movimento de rotação da
Terra, é predominantemente de oeste no
hemisfério norte.
• os ventos polares de leste, que se
deslocam das altas pressões polares para as
baixas pressões subpolares.
Distribuição dos centros de pressão e
circulação atmosférica..
A circulação geral da atmosfera origina,
assim, ventos constantes ou
dominantes, pois sopram durante todo o
ano com a mesma direção:
BB
B
B B
AA
A
A
AA
12. A especificidade do clima português
Tendo em conta a posição geográfica de Portugal, as suas características
climáticas são influenciadas:
-pelas altas pressões subtropicais no verão;
Julho
Distribuição dos centros de pressão em latitude, em julho.
13. Tendo em conta a posição geográfica de Portugal, as suas características
climáticas são influenciadas:
-pelas baixas pressões subpolares no inverno;
A especificidade do clima português
Janeiro
Distribuição dos centros de pressão em latitude, em janeiro.
14. … e os principais fatores que o influenciam
Um dos principais fatores condicionante do clima em Portugal é a latitude a que
este se localiza. Mas existem outros fatores a diferentes escalas:
15. O ar tropical desloca-se
de oeste para este
O ar polar desloca-se
de este para oeste
Formação e evolução da frente polar do hemisfério norte
A formação de frentes e a sua influência no estado do tempo
É nas latitudes médias dos dois hemisférios, onde se dá a convergência das
massas de ar quente tropical com as massas de ar frio polar, que tem origem a
formação das frentes polares.
16. A interpenetração das duas massas de ar ainda é fraca
Frente estacionária.
Formação e evolução da frente polar do hemisfério norte
A formação de frentes e a sua influência no estado do tempo
17. Surge, assim, uma sucessão de frentes frias e de frentes quentes - sistema frontal
Sistema frontal
O ar quente tropical penetra
cada vez mais para norte e
o ar frio polar avança cada
vez mais para sul, criando-
se uma superfície frontal
cada vez mais ondulada.
A formação de frentes e a sua influência no estado do tempo
Formação e evolução da frente polar do hemisfério norte
18. A formação de frentes e a sua influência no estado do tempo
Perturbação frontal, plano horizontal (esquerda) e plano vertical (direita).
Perturbações frontais
As perturbações frontais são formadas quando se dá a associação de uma
frente fria, de uma frente quente e de uma depressão barométrica.
19. Tipos de precipitações mais frequentes
Precipitações frontais (Frente fria)
A precipitação é formada pela ascensão do ar quente numa superfície frontal.
Quando a frente é fria, as precipitações são mais intensas, tipo aguaceiro.
20. Precipitações frontais (Frente quente)
Quando a frente é quente, as precipitações são menos intensas, mas contínuas
e de maior duração.
Tipos de precipitações mais frequentes
21. Tipos de precipitações mais frequentes
Precipitações frontais
As precipitações frontais são frequentes no Norte de Portugal Continental, no
inverno.
Imagem de satélite de uma depressão que afeta o território português.
22. Tipos de precipitações mais frequentes
Precipitações convectivas
As precipitações convectivas formam-se devido a um aquecimento da superfície
da Terra, formando baixas pressões, que originam precipitações abundantes e de
curta duração (aguaceiros), por vezes, acompanhadas por trovoadas.
As precipitações convectivas
são frequentes no interior
de Portugal Continental, no
verão.
23. Tipos de precipitações mais frequentes
Precipitações orográficas
As precipitações orográficas formam-se devido à ação do relevo, uma vez que as
vertentes das montanhas constituem uma barreira de condensação, originando
precipitação.
As precipitações orográficas
são frequentes nas áreas de
montanha, nas vertentes
expostas a ventos húmidos.
24. Ritmos e distribuição da precipitação em Portugal
Em Portugal, a
distribuição da
precipitação
caracteriza-se por
uma grande
irregularidade a
nível temporal e
espacial.
Ao longo do ano,
as precipitações
mais elevadas
registam-se no
final do outono,
no inverno e no
início da
primavera.
Variação da precipitação mensal média, ao longo do
ano, em algumas estações meteorológicas.
25. Irregularidade anual e interanual
De ano para ano, os valores das precipitações também são diferentes, devido à
oscilação em latitude das baixas pressões subpolares e das altas pressões
subtropicais.
Ritmos e distribuição da precipitação em Portugal
Variação da precipitação média anual, em Portugal Continental, no período de 1970 a 2010.
Anos mais secosAnos mais húmidos
26. Ritmos e distribuição da precipitação em Portugal
Irregularidade espacial
Em Portugal Continental, a
precipitação diminui de
norte para sul e do litoral
para o Interior.
Os valores mais elevados
de precipitação registam-se
no noroeste e nas áreas de
montanha e os valores
mais baixos no vale
superior do Douro e no sul
do país.
Valores médios de precipitação anual,
em Portugal Continental.
27. Irregularidade espacial
Nas regiões autónomas, os valores mais elevados de precipitação registam-se
nas ilhas de maior altitude e nas vertentes expostas a ventos húmidos.
Ritmos e distribuição da precipitação em Portugal
Distribuição da precipitação média anual
na ilha de São Miguel
Mapa hipsométrico de S. Miguel
28. Irregularidade espacial
Nas regiões autónomas, os valores mais elevados de precipitação registam-se
nas ilhas de maior altitude e nas vertentes expostas a ventos húmidos.
Ritmos e distribuição da precipitação em Portugal
Distribuição da precipitação média anual na
ilha da Madeira.
Mapa hipsométrico da Madeira
29. Estados de tempo mais frequentes em Portugal
O estado de tempo é caracterizado pelas condições da atmosfera, num
determinado momento, a que correspondem determinadas situações
meteorológicas. Estas são representadas em cartas sinóticas.
Situação meteorológica prevista para 10 de fevereiro de 2001.
Frente quenteFrente fria
Depressão
barométrica
Anticiclone
30. Estados de tempo mais frequentes em Portugal
Situações meteorológicas mais frequentes no inverno
Em Portugal, no inverno, as temperaturas médias são relativamente baixas e
dá-se a ocorrência de precipitação.
Situação meteorológica prevista para 5 de janeiro de 2001.
31. Estados de tempo mais frequentes em Portugal
Situações meteorológicas mais frequentes no verão
Em Portugal, no verão, as temperaturas médias são elevadas e a
precipitação é escassa.
Situação meteorológica prevista para 20 de julho de 2001.
32. Análise de cartas sinóticas
Carta A
Depressão barométrica a
noroeste das ilhas
britânicas
Frente quente a afetar o
noroeste de Portugal
Continental e frente fria a
afetar os Açores
Inverno
Chuva contínua no Norte e
Centro. Após uma fase de
céu muito nublado e ligeira
subida da temperatura,
haverá um aumento
progressivo da sua
intensidade, com
alargamento ao resto do
território e descida da
temperatura
Precipitação forte e descida
da temperatura
Centros barométricos e sua
localização
Frentes e sua localização
Época do ano mais provável
Estado do tempo previsível
para Portugal Continental
Estado do tempo previsível
para os Açores
Estado do tempo previsível
para a Madeira
Carta A
Estados de tempo mais frequentes em Portugal
Poderá ocorrer precipitação
no norte da ilha, com descida
da temperatura
B
33. Análise de cartas sinóticas
Carta B
Anticiclone a oeste de
Portugal Continental e
depressão a nordeste da
França
É visível uma sucessão de
frentes a oeste das ilhas
britânicas, que não afetará
Portugal
Verão
Céu limpo
Céu limpo
Centros barométricos e sua
localização
Frentes e sua localização
Época do ano mais provável
Estado do tempo previsível
para Portugal Continental
Estado do tempo previsível
para os Açores
Estado do tempo previsível
para a Madeira
Carta B
Estados de tempo mais frequentes em Portugal
Céu limpo
34. Diversidade climática em Portugal
No continente
Em todo o território de Portugal
continental predomina o clima
mediterrânico com influências do
Oceano Atlântico, da massa
continental e do relevo. Estas
influências tornam possível
diferentes domínios climáticos no
continente.
Principais domínios climáticos, em
Portugal Continental
35. Diversidade climática em Portugal
O Norte Litoral, onde a influência atlântica é maior:
• as temperaturas médias são amenas ao longo do
ano;
• a amplitude de variação térmica anual é reduzida;
• a precipitação anual é, em geral, superior a 1000
mm e mais abundante no Outono e Inverno, o que
torna esta região menos vulnerável a secas;
• registam-se pelo menos dois meses secos.
Principais domínios climáticos, em
Portugal Continental
36. Diversidade climática em Portugal
O Norte Interior, com maior influência continental:
• as temperaturas médias são elevadas, no Verão, e
baixas, no Inverno, em que é frequente a ocorrência
de geada;
• a amplitude de variação térmica anual é acentuada;
• a precipitação é relativamente fraca, pois as montanhas
do Noroeste impedem a penetração dos ventos
húmidos do Atlântico;
• registam-se geralmente três a cinco meses secos.
Nesta região, destaca-se o vale superior do Douro, com
maior secura e temperaturas médias anuais mais altas.
Principais domínios climáticos, em
Portugal Continental
37. Diversidade climática em Portugal
No Sul do País, as características do clima mediterrânico
acentuam-se:
• as temperaturas médias são suaves no Inverno e
elevadas no Verão;
• a amplitude de variação térmica anual é moderada;
• a precipitação é fraca, sobretudo nas áreas do interior
do Alentejo;
• registam-se geralmente quatro a seis meses secos.
Principais domínios climáticos, em
Portugal Continental
38. Diversidade climática em Portugal
Nesta região, existem ainda diferenciações importantes:
• o litoral ocidental, onde a influência atlântica é maior e,
por isso, as temperaturas médias são mais amenas e
existe maior humidade;
• o interior alentejano, com maior amplitude de variação
térmica anual e menor precipitação, o que torna esta
região particularmente vulnerável à ocorrência de secas;
Principais domínios climáticos, em
Portugal Continental
39. Diversidade climática em Portugal
O litoral algarvio, mais sujeito às influências tropicais,
tem Invernos mais suaves e verões quentes e
prolongados.
Principais domínios climáticos, em
Portugal Continental
40. Diversidade climática em Portugal
Nas áreas montanhosas, a influência da altitude:
• torna o Inverno mais rigoroso e o Verão mais fresco e
húmido, registando-se valores de precipitação mais
elevados.
• no Inverno, é frequente cair neve nas terras mais altas do
Centro e Norte do País.
Principais domínios climáticos, em
Portugal Continental
41. Diversidade climática em Portugal
Na região autónoma dos Açores
O clima da região autónoma dos Açores tem uma grande influência do Oceano
Atlântico, pelo que o seu clima apresenta características muito semelhantes ao
do clima temperado marítimo.
42. Diversidade climática em Portugal
Nas região autónoma da Madeira
Na região autónoma da Madeira, pela sua posição geográfica, o clima
predominante é o mediterrânico, apesar da existência de diferenças
climáticas.