Trabalho apresentado no “I Colóquio Internacional de Educação Geográfica e IV Seminário Ensinar Geografia na Contemporaneidade” realizado em Maceió/AL no ano de 2018.
Obrigado pela atenção.
A aula de campo como meio de aprendizagem cartográfica nas aulas de Geografia
1. A AULA DE CAMPO COMO MEIO DE
APRENDIZAGEM CARTOGRÁFICA
NAS AULAS DE GEOGRAFIA
Tiágo Gomes dos Santos
Lindinalva Miguel da Silva
Universidade Estadual de Alagoas
2. INTRODUÇÃO
♦ Segundo Stefanello (2009, p. 19) o ensino da Geografia
deve “desenvolver no aluno a observação, a análise e o
pensamento crítico da realidade e, em particular, do espaço
onde vive”;
♦ Porém, para que o aluno de fato desenvolva seu
potencial crítico é necessário que domine as diversas
ferramentas de comunicação, inclusive as representações
cartográficas;
♦ Além disso, o conhecimento cartográfico é de suma
importância para o mercado de trabalho e para a realização
de algumas atividades de rotina;
3. INTRODUÇÃO
♦ Nesse sentido, uma atividade importante no processo de
alfabetização cartográfica é a aula de campo, pois permite
uma aproximação concreta entre o mapa e a realidade;
♦ A aula de campo também possibilita uma experiência
mais aprofundada sobre o uso das representações gráficas
na prática cotidiana do aluno;
♦ Quanto a cartografia, a aula de campo possibilita a
construção de uma melhor compreensão do uso e da
finalidade dos mapas no cotidiano.
♦ A experiência no campo possibilita a utilização prática de
conhecimentos teóricos pré-estabelecidos em sala de aula;
4. JUSTIFICATIVA
♦ O presente trabalho está de acordo com o Projeto Político
Pedagógico da Escola M. E. B. José de Sena Filho (2012,
p. 45) visto que nele o objetivo do ensino da Geografia é:
contribuir para o entendimento do mundo atual, da
apropriação dos lugares, realizados pelos homens, pois é
através da organização do espaço que dão sentido aos
arranjos econômicos e os valores sociais e culturais
construídos historicamente.
5. OBJETIVO
♦ Dessa forma, este trabalho tem como objetivo analisar a
prática da aula de campo como recurso pedagógico
facilitador do ensino da cartografia nas aulas de Geografia
do 7º ano do Ensino Fundamental.
6. METODOLOGIA
♦ Foram realizadas algumas atividades de pesquisa-ação
em duas turmas de sétimo ano da Escola Municipal de
Educação Básica José de Sena Filho da cidade de Coité do
Nóia/AL;
♦ Para cada turma foi realizado uma aula de campo no
entorno da Escola;
♦ A aula teve quatro pontos de parada que possibilitaram a
discussão sobre a influência de fenômenos sociais e físicos
sobre o crescimento urbano do município;
7. METODOLOGIA
♦ Cada turma foi dividida em equipes e cada equipe
recebeu um mapa do percurso para guiar o restante da
turma em uma parte do caminho;
♦ O trabalho ainda baseia-se na análise de imagens da
área de estudo;
♦ Possui fundamentação teórica nas obras de Cavalcanti
(2006); Antunes (2001); Oliveira (2004); Rego,
Castrogiovanni e Kaercher (2007), entre outros.
8. LOCAL DE ESTUDO
Fonte: http://www.mapasparacolorir.com.br/mapa-estado-alagoas.php, 15. fev. 2017 (Adaptado).
9. CRONOGRAMA
♦ Realização de discussões teóricas em sala de aula sobre
os fenômenos a serem analisados, tais como a cartografia
básica, o crescimento urbano, a segregação urbana e as
formas do relevo terrestre;
♦ Realização de algumas visitas prévias para o
planejamento do percurso, dos pontos de parada e dos
fenômenos a serem estudados.
♦ 11 de novembro de 2014: realização da aula de campo
com a turma identificada como sétimo ano A;
♦ 24 de novembro de 2014: realização da aula de campo
com a turma identificada como sétimo ano B;
10. CRONOGRAMA
♦ 18 novembro de 2014: discussão em sala de aula
realizada no “7º A” sobre os fenômenos observados na
aula de campo e comparação da realidade de Coité do
Nóia com outras cidades;
♦ 1 de dezembro de 2014: discussão em sala de aula
realizada no “7º B”;
11. PERCURSO DA AULA DE CAMPO
Imagem de satélite
Fonte: Google Mapas, 2014 (Adaptado).
A cidade vista do morro
O morro visto da cidade
12. PERCURSO DA AULA DE CAMPO
Mapa 4
2
1
Fonte: Google Mapas, 2014 (Adaptado).
14. PRIMEIRO PONTO DE PARADA
♦ Discussão sobre a origem da mancha urbana da cidade
de Coité do Nóia/AL.
Fonte: Soares (2014, p. 87).
15. SEGUNDO PONTO DE PARADA
♦ Discussão sobre as principais formas de relevo do
município e a sua influência no crescimento da mancha
urbana coitenese.
Fonte: T. G. dos Santos, 05 nov. 2014.
16. TERCEIRO PONTO DE PARADA
♦ Observação da vegetação de transição no município e da
influencia religiosa.
Fonte: T. G. dos Santos, 05 nov. 2014.
17. QUARTO PONTO DE PARADA
♦ Discussão sobre a influência da feira livre e da agricultura
familiar sobre o crescimento urbano da cidade.
Fonte: T. G. dos Santos, 05 nov.
2014.
18. DISCUSSÃO EM SALA DE AULA
♦ Foram realizadas algumas comparações da realidade do
município de Coité do Nóia/AL com a de outros municípios
brasileiros.
♦ Observou-se que problemas urbanos como a
especulação imobiliária e a segregação socioespacial
também estão presentes em pequenas cidades, como em
Coité do Nóia.
♦ Também foi discutido sobre a função dos elementos
gráficos existentes no mapa utilizado no trabalho de campo
para a pecepção dos fenômenos discutidos.
19. CONCLUSÃO
♦ Com o trabalho de campo foi possível trabalhar o uso
prático dos mapas na vida cotidiana dos alunos,
trabalhando tanto as representações gráficas, quanto os
elementos sistemáticos de um mapa .
♦ Portanto, o trabalho de campo é uma importante
ferramenta para pensar e entender o espaço de
convivência e relacioná-lo com as representações gráficas,
proporcionando melhor esclarecimento dos elementos
gráficos e sistemáticos de um mapa, contribuindo para a
construção da alfabetização cartográfica.
20. REFERÊNCIAS
ANTUNES, Celso. A sala de aula de geografia e história: inteligências
múltiplas, aprendizagem significativa e competências no dia-a-dia.
Campinas: Papirus, 2001.
CAVALCANTI, Lana De Souza. Geografia, escola e construção de
conhecimentos. 10 ed. Campinas: Papirus, 2006.
DAMBROS, Gabriela; CASSOL, Roberto. Por uma cartografia escolar
interativa: jogo digital para a alfabetização cartográfica no ensino
fundamental. In: CASTANHO, Roberto Barboza; CANDEIRO, Carlos
Roberto A. (org.). Ensaios geográficos (2). Rio de Janeiro: Letra Capital,
2014.
OLIVEIRA, Ivanilton José de. A linguagem dos mapas: utilizando a
cartografia para comunicar. Revista UNICIENCIA, Goiás, 2004. Disponível
em:
<https://observatoriogeogoias.iesa.ufg.br/up/215/o/OLIVEIRA__Ivanilton_Jo
se_linguagem_dos_mapas.pdf>. Acesso em: 22 abr. 2015.
21. REFERÊNCIAS
PREFEITURA MUNICIPAL. Prefeitura de Coité do Nóia. Disponível em:
<http://www.coitedonoia.al.gov.br/portal1/municipio/historia.asp?
iIdMun=100127021>. Acessado em: 04. fev. 2014.
REGO, Nelson; CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos; KAERCHER. Nestor
André. (org.) Geografia: práticas pedagógicas para o ensino médio. Porto
Alegre: Artmed, 2007.
SANTOS, Clézio (org.). Expressão geográfica: caminhos e participação.
Santo André: Clube de Autores, 2007.
SOARES, Diôgo Barbosa. Aspectos das transformações espácio-
temporais da cidade de Coité do Nóia (AL). Arapiraca: [s.n.], 2014.
STEFANELLO, Ana Clarissa. Didática e avaliação da aprendizagem no
ensino de geografia. Curitiba: Ibpex, 2009.