- Os fatores biológicos que contribuem para o Parkinson são a oxidação de radicais livres, agregação da alfa-sinucleína e perda de neurônios da substância negra, diminuindo a produção de dopamina.
- Os sintomas da doença incluem tremores de repouso, bradicinesia, rigidez muscular, alteração dos reflexos posturais e postura flexionada para frente.
- Os fármacos usados no tratamento, como a Levodopa associada a inibidores de DDC e
1. Aula 03 – Doença de Parkinson
Graduanda Beatriz Ribeiro Gomes da Silva
ACH3016 – Processos Patológicos no Envelhecimento I
2. Objetivos:
• Conhecer o nível biológico da Doença de Parkinson
• Identificar os sintomas e diagnóstico da doença
• Apresentar os fármacos que auxiliam no tratamento
4. Formação do Corpúsculo de Lewy
Fonte: RIBEIRO, 2004
Formação dos corpos de Lewy. Na presença de vesículas
intracitoplasmáticas de lipídio, a alfa-sinucleína assume a estrutura helicoidal
alfa, e em grandes concentrações vesiculares, a forma beta de fibrilas
amilóides.
Agregados no Corpúsculo de Lewy
Alfa-sinucleína
Liga-se às vesículas sinápticas
5. Diminuição da produção de dopamina
Perda dos neurônios da substância negra
Diminuição da produção de dopamina
Pouca chegada de dopamina nos
receptores
Movimentos prejudicados
Morte dos neurônios produtores de
dopamina
Fonte: REIS, 2015
6. Fatores resultantes da morte celular
Fonte: RIBEIRO, 2004
Os fatores que contribuem com para surgimento do
Parkinson:
- Oxidação dos radicais livres – acúmulo de
substâncias tóxicas
Recorrente da ausência da Ubiquitina e
disfunção do Proteassoma
- Agregação de Alfa-Sinucleína
Os fatores genéticos e externos estão interligados
8. Sintomas da Doença de Parkinson:
Tremor de
Repouso
(3 à 4 tremores
por segundos)
Bradicinesia
(Lentidão do
início do
movimento)
Rigidez
Muscular
(Principalmente
na região do
pescoço
Alteração
dos reflexos
posturais
Postura
flexionada
para frente
Bloqueio
motor
9. Diagnóstico
- O diagnóstico é realizado clinicamente pelo médico.
- O profissional repara nas seguintes características:
Bradicinesia visível;
Habilidade de expressar emoções;
Observação da fala;
Análise de movimento repetidos com os dedos;
Movimento de “enrolar pílulas” com as mãos;
Flexão de tronco e membros.
11. Inibidor de DDC e COMT:
Inibidor de COMT:
Fonte: PARKINSON, 2010
No sistema dopaminérgico, a COMT age na levodopa produzindo 3-O-metildopa
(3OMD). Estes fármacos inibem a catecol-O-metiltransferase (COMT), prolongando o
tempo de permanência da dopamina na fenda sináptica.
fv
Inibidor de DDC:
Fonte: COSTA, 2016
O Mecanismo de ação da carbidopa consiste em inibir a ação da enzima dopa-
descarboxilase, responsável por transformar a dopamina em noradrenalina (ou
norepinefrina), para aumentar os níveis de DA nas vesículas para serem liberadas para
a fenda sináptica.
12. Levodopa:
Tirosina
L-Dopa
Dopamina
Levodopa - Percussor da
dopamina
AAD – Descarboxilase de
aminoácido aromático
Converte levodopa em
dopamina
A levodopa deve ser
combinada com o inibidor
de DDC, para proporcionar
o controle do sintomas da
doença.
Receptor
de
dopamina
Sinapse
Núcleo da célula
Vesículas com
transmissor de
dopamina
Fonte: Adaptado de DOCTOR TIPSET, 2012
A mensagem é passada
Célula receptora
Restabelecendo os níveis de
dopamina
Levodopa
Imita a ação de dopamina
Antagonista de dopamina
13. Inibidor de MAO-B
O mecanismo de ação dos inibidores de
MAO-B é redução da velocidade de
remoção da dopamina, aumentando seu
tempo de vida útil, elevando assim os níveis
de dopamina.
Fonte: PARKINSON FARMÁCIA
14. Ação conjunta dos fármacos:
• Para obter o efeito completo dos fármacos é necessários utilizar:
Levodopa
Entacapona
Tolcapona
(Inibidores de COMT)
Benserazida
Cardidopa
(Inibidores de
DDC)
Selegilina
Rasagilina
(Inibidores da MAO-B)
Aumento da
concentração
de dopamina
no cérebro
Após anos de uso contínuo destes fármacos, os efeitos param de fazer funcionar, sendo necessário a
realização da cirurgia de estimulação cerebral profunda, para os fármacos voltarem a terem efeitos.
15. Resumo:
• Os fatores biológicos que contribuem com o surgimento da Doença de Parkinson são oxidação de
radicais livres e agregação da alfa-sinucleína, colaborando com a perda de neurônios da
substância negra, diminuindo a produção de dopamina.
• Os sintomas da doença são: tremores de repouso, bradicinesia, rigidez muscular, alteração dos
reflexos posturais, postura flexionada para frente e bloqueio motor.
• Os fármacos utilizados no tratamento do Parkinson tem como objetivo aumentar a concentração de
dopamina no cérebro, entretanto, para obter o resultado é necessário usá-los em conjunto
(Levodopa + Inibidores de DDC e COMT + Inibidores da MAO-B).
16. Referências Bibliográficas:
DOCTOR TIPSER. Parkinson Disease Treatment. Disponível em: <http://www.doctortipster.com/10082-parkinson-disease-treatment.html>. Acessado em: 20 de agosto de
2017.
COSTA, T. Mecanismo de ação da levodopa (L-Dopa) e da Carbidopa. Disponível em: <http://farmacoparkinson.blogspot.com.br/>. Acessado em: 20 de agosto de 2017.
PARKINSON. Inibidores da COMT. Disponível em: <http://parkinsonipb.blogspot.com.br/2010/11/inibidores-da-comt.html>. Acessado em: 20 de agosto de 2017.
PARKINSON FARMÁCIA. Inibidores seletivos de MAO. Disponível em: <http://parkinsonipbessa.blogspot.com.br/2013/01/inibidores-selectivos-da-mao.html>. Acessado em:
20 de agosto de 2017.
REIS, M. Parkinson e Parkinsonismo. Disponível em: <http://institutodr-miguelreis.blogspot.com.br/2015/02/parkinson-e-parkinsonismo.html>. Acessado em: 20 de agosto
de 2017.
RIBEIRO, Erlane Marques et al. Bases genéticas da doença de Parkinson. Revista Brasileira de Medicina, v. 61, n. 6, p. 388-98, 2004.