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PAPAS MECENAS 
 
Com o retorno dos Papas a Roma, a partir de 1417, no fim do Grande Cisma, ocorreu ao                                   
mesmo tempo em que um dos maiores movimentos culturais, a Renascença, teve seu                         
início e influenciou profundamente a história política da Itália.  
No tocante ao pontificado romano, a principal influência deste período foi a progressiva                         
imersão dos papas na violência política da Itália e a participação dos representantes                         
eclesiásticos na Renascença Italiana, atuando como mecenas e patronos das artes.   
Como um todo, a mentalidade dos papas foi favorável à nova cultura e às artes, pois isto                                 
faria com que o prestígio da Igreja crescesse. Conceitos como “prestígio”, “poder” e                         
“cultura”, tomaram conta do espírito eclesiástico deste período. Humanistas e escritores                     
foram acolhidos pela Cúria, assim como os seus artistas mais expressivos. 
Os papas da Renascença, todos pessoas com forte personalidade, focavam grande parte                       
de suas preocupações com questões políticas e artísticas. Eis alguns exemplos: 
● Nicolau V (1447­1455) transformou a pequena biblioteca pontifícia em uma grande                     
coleção de manuscritos gregos e latinos, primeira etapa do Museu do Vaticano.                       
Iniciou a reconstrução da Basílica de São Pedro, que tinha sofrido um incêndio, e                           
de toda a cidade de Roma, numa escala de magnificência sem igual. Seus                         
sucessores mudaram os projetos, preferindo construir uma nova Basílica (a atual). 
● Paulo II (1464­1471) satisfez o povo de Roma com a realização de carnavais e                           
grandes construções públicas. 
● Sixto IV (1471­1484) construiu a Capela Sistina, decorada pelos gênios da época,                       
como Ghirlandaio, Botticelli, Perugino, entre outros. 
● Júlio II (1503­​1513?​), nosso atual Pontífice, é também conhecido como “ Marte”,                       
devido a seus dotes guerreiros. Contrariando a lei da Igreja, comanda                     
pessoalmente exércitos no campo de batalha. Suas principais metas são:                   
embelezar Roma e restaurar a autoridade pontifícia nos Estados Pontífices da                     
Igreja, dos quais o Vaticano é o maior deles. 
A motivação por trás do Mecenato de Júlio II 
Considera­se alguns aspectos sobre a motivação do mecenato de Júlio II. O primeiro                         
ponto de vista mais amplamente aceito é que Júlio era simplesmente um patrono                         
extravagante e com muitos recursos. Ele era impulsionado por motivos puramente                     
egoístas, impondo aspirações, e objetivando uma auto­imagem grandiosa. A provável                   
razão de todo o seu investimento era que seria uma forma de deixar para sempre a sua                                 
marca na Igreja Católica. Muitos argumentam que Júlio estava usando a arte para ampliar                           
ainda mais a influência de seu próprio papado, bem como o papel dos Papas por vir. O                                 
papado de Júlio II é frequentemente criticado, pois é um consenso entre historiadores de                           
que almejava a glória pessoal, um reflexo de seus apelidos, "O Papa Guerreiro" e “O                             
Terrível”. Homem extremamente orgulhoso e fortemente motivado, aspirava a ser                   
lembrado como um dos maiores papas da história. 
A construção da Basílica de São Pedro, a maior catedral do mundo, certamente                         
adicionaria méritos ao seu nome. Outro aspecto egocêntrico de sua personalidade era                       
seu desejo de imitar Júlio César, dando conotações ainda mais negativas a esta análise.                           
Esta conclusão foi tirada a partir da medalha Júlio II tinha feito para São Pedro com ele na                                   
parte de trás, bem como o seu nome papal (escolhido por ele mesmo) Outra razão para                               
essas comissões é dito ser uma flagrante tentativa de exibir sua riqueza e da Igreja.                             
Essencialmente, Júlio II estava anunciando a plenitude e a riqueza do catolicismo.                       
Certamente tinha como objetivo ganhar as massas, com obras populistas e grandiosas,                       
que inspiram a inspiração religiosa, a reverência à Igreja e até mesmo medo de seu                             
poder. 
Júlio II não era considerado um homem extremamente "religioso" e muitos pensavam nele                         
como o oposto. Aos olhos de Júlio, a construção de um grande monumento religioso iria                             
ajudá­ lo a provar sua devoção a Deus e à Igreja. Outra motivação para seu patrocínio era                                 
para a satisfação de seu próprio prazer estético pessoal. 
É preciso considerar que as decisões de patrocínio não eram sempre tomadas                       
individualmente pelo Papa. Havia a influência de grupos trabalhando em conjunto,                     
inclusive de outros artistas, a cúria e mais outros influenciadores. Júlio foi provavelmente                         
um homem que apreciava a arte e essa motivação foi muito alinhada com suas ambições                             
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21 Papas Mecenas

  • 1. PAPAS MECENAS    Com o retorno dos Papas a Roma, a partir de 1417, no fim do Grande Cisma, ocorreu ao                                    mesmo tempo em que um dos maiores movimentos culturais, a Renascença, teve seu                          início e influenciou profundamente a história política da Itália.   No tocante ao pontificado romano, a principal influência deste período foi a progressiva                          imersão dos papas na violência política da Itália e a participação dos representantes                          eclesiásticos na Renascença Italiana, atuando como mecenas e patronos das artes.    Como um todo, a mentalidade dos papas foi favorável à nova cultura e às artes, pois isto                                  faria com que o prestígio da Igreja crescesse. Conceitos como “prestígio”, “poder” e                          “cultura”, tomaram conta do espírito eclesiástico deste período. Humanistas e escritores                      foram acolhidos pela Cúria, assim como os seus artistas mais expressivos.  Os papas da Renascença, todos pessoas com forte personalidade, focavam grande parte                        de suas preocupações com questões políticas e artísticas. Eis alguns exemplos:  ● Nicolau V (1447­1455) transformou a pequena biblioteca pontifícia em uma grande                      coleção de manuscritos gregos e latinos, primeira etapa do Museu do Vaticano.                        Iniciou a reconstrução da Basílica de São Pedro, que tinha sofrido um incêndio, e                            de toda a cidade de Roma, numa escala de magnificência sem igual. Seus                          sucessores mudaram os projetos, preferindo construir uma nova Basílica (a atual).  ● Paulo II (1464­1471) satisfez o povo de Roma com a realização de carnavais e                            grandes construções públicas.  ● Sixto IV (1471­1484) construiu a Capela Sistina, decorada pelos gênios da época,                        como Ghirlandaio, Botticelli, Perugino, entre outros.  ● Júlio II (1503­​1513?​), nosso atual Pontífice, é também conhecido como “ Marte”,                        devido a seus dotes guerreiros. Contrariando a lei da Igreja, comanda                      pessoalmente exércitos no campo de batalha. Suas principais metas são:                    embelezar Roma e restaurar a autoridade pontifícia nos Estados Pontífices da                      Igreja, dos quais o Vaticano é o maior deles. 
  • 2. A motivação por trás do Mecenato de Júlio II  Considera­se alguns aspectos sobre a motivação do mecenato de Júlio II. O primeiro                          ponto de vista mais amplamente aceito é que Júlio era simplesmente um patrono                          extravagante e com muitos recursos. Ele era impulsionado por motivos puramente                      egoístas, impondo aspirações, e objetivando uma auto­imagem grandiosa. A provável                    razão de todo o seu investimento era que seria uma forma de deixar para sempre a sua                                  marca na Igreja Católica. Muitos argumentam que Júlio estava usando a arte para ampliar                            ainda mais a influência de seu próprio papado, bem como o papel dos Papas por vir. O                                  papado de Júlio II é frequentemente criticado, pois é um consenso entre historiadores de                            que almejava a glória pessoal, um reflexo de seus apelidos, "O Papa Guerreiro" e “O                              Terrível”. Homem extremamente orgulhoso e fortemente motivado, aspirava a ser                    lembrado como um dos maiores papas da história.  A construção da Basílica de São Pedro, a maior catedral do mundo, certamente                          adicionaria méritos ao seu nome. Outro aspecto egocêntrico de sua personalidade era                        seu desejo de imitar Júlio César, dando conotações ainda mais negativas a esta análise.                            Esta conclusão foi tirada a partir da medalha Júlio II tinha feito para São Pedro com ele na                                    parte de trás, bem como o seu nome papal (escolhido por ele mesmo) Outra razão para                                essas comissões é dito ser uma flagrante tentativa de exibir sua riqueza e da Igreja.                              Essencialmente, Júlio II estava anunciando a plenitude e a riqueza do catolicismo.                        Certamente tinha como objetivo ganhar as massas, com obras populistas e grandiosas,                        que inspiram a inspiração religiosa, a reverência à Igreja e até mesmo medo de seu                              poder.  Júlio II não era considerado um homem extremamente "religioso" e muitos pensavam nele                          como o oposto. Aos olhos de Júlio, a construção de um grande monumento religioso iria                              ajudá­ lo a provar sua devoção a Deus e à Igreja. Outra motivação para seu patrocínio era                                  para a satisfação de seu próprio prazer estético pessoal.  É preciso considerar que as decisões de patrocínio não eram sempre tomadas                        individualmente pelo Papa. Havia a influência de grupos trabalhando em conjunto,                      inclusive de outros artistas, a cúria e mais outros influenciadores. Júlio foi provavelmente                          um homem que apreciava a arte e essa motivação foi muito alinhada com suas ambições                              políticas e de poder.