O documento descreve um projeto para introduzir a literatura de cordel em sala de aula. O projeto tem como objetivo ensinar sobre a cultura nordestina por meio da poesia popular cordelista e promover a leitura, oralidade e produção textual dos alunos. Inclui detalhes sobre a justificativa, objetivos, metodologia, oficinas propostas e resultados esperados do projeto.
3. INTRODUÇÃO
Pensando na nossa diversidade cultural e na
importância que cada uma tem em nosso cotidiano e
no contexto escolar, esse projeto pretende
desenvolver um trabalho com a Literatura de Cordel
em sala de aula, reconhecendo-a enquanto
patrimônio social e cultural do povo brasileiro. Através
da poesia popular o aluno poderá conhecer
aspectos da história nordestina, pois o cordel como
manifestação cultural retrata o cotidiano, a realidade
do povo brasileiro e suas peculiaridades.
4. JUSTIFICATIVA
O Projeto “Encantos do Cordel” vêm destacar a
importância de se trabalhar a leitura e escrita dos
alunos, proporcionando aos mesmos o contato com o
gênero textual cordel de forma lúdica e criativa
enquanto estrutura em versos e rimas, reconhecendo-o
como um texto possível de ser lido, interpretado e
declamado. E ainda, integrando-o de forma
interdisciplinar utilizando a xilogravura como
característica da ilustração do cordel, promovendo
momentos de descontração.
5. OBJETIVO GERAL
Proporcionar a escola e ao professor a inclusão da
Literatura de Cordel em sala de aula para que se
estabeleçam propostas para a difusão dessa arte
literária entre os alunos, fazendo com que se promova
a qualidade da leitura, o traço forte da oralidade,
presente nas falas dos personagens populares
(sertanejos, brejeiros) e a produção textual dando
enfoque a história do cordel, a vida e a obra de
grandes cordelistas para que possa conhecer está
riquíssima expressão literária popular.
6. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Desenvolver habilidades de leitura, interpretação,
declamação e elaboração de textos.
Possibilitar ao alunos o contato e conhecimento da nossa
literatura local, através leitura das obras de nossos Escritores
da Terra.
Possibilitar o aluno o conhecimento da linguagem cordelista,
enfocando a cultura nordestina em prol da valorização das
nossas raízes.
Promover uma aproximação do aluno com a cultura popular.
Estimular um olhar crítico e simultaneamente poético sobre a
nossa realidade.
7. METODOLOGIA
A leitura de cordéis e a exploração do gênero;
Conhecer a xilogravura como a arte nordestina que ilustra os
cordéis;
Estudar o cordel, a origem, a história, a métrica;
Utilizar filme “A Quenga e o Delegado” inspirado no cordel de
Antonio Kelvisson Vianna de Lima, onde mostra a linguagem do
cordel, narrativa estrutura em versos e rimas e assim desenvolver
o interesse do aluno sobre a linguagem cordelista.
Utilizar o filme “O auto da Compadecida” baseando na peça
teatral de Ariano Suassuna para observar questões como: a seca,
condições de trabalho no campo, diferença social, as crenças
populares, a religiosidade do sertanejo, o mito, o lendário e a
vinculação de críticas sociais e políticas. A temática principal
deste gira em torno do interesse popular.
Propor aos alunos uma oficina de literatura, utilizando o cordel,
como estudo.
8. Oficina de Literatura de Cordel
Palestrante: Lusinete Bezerra (cordelista)
Apresentação
A Oficina de Cordel busca aproximar o público – alunos - da arte do
cordel, atuando também no despertar para a estética do poema em
seu estado mais puro. Além de buscar a formação de leitores, a oficina
intenciona a valorização da Literatura Popular e a divulgação da
cultura nordestina. A oficina parte das origens da Literatura de Cordel,
passando pela técnica da xilogravura, estrutura e tipos de estrofes, rima
e ritmo, até a produção literária de cordéis feitos pelos próprios alunos.
Público-Alvo: alunos do 6º ano.
Duração: adaptável conforme a aprendizagem e o desenvolvimento
dos alunos.
9. RESULTADOS ESPERADOS
O aluno terá um conhecimento amplo sobre a
literatura de Cordel;
Irá ampliar seu vocabulário;
Terá um conhecimento sobre a técnica de Xilogravura;
Terá um conhecimento amplo sobre os Cordelistas que
trabalham cantando a literatura de Cordel;
Aprender sobre a cultura nordestina espalhada pelo
país;
Produção textual modificadora (pois lançará em seu
texto um olha crítico sobre a realidade nordestina bem
como sua própria realidade)
10. CONCLUSÕES
A escola tem que obrigatoriamente trabalhar e prestigiar
a cultura popular, demonstrando preocupação com a
manutenção do saber, assumindo e incorporando à sua
rotina o contato com as manifestações que o povo
cultiva, que apresentam significância e um bom
potencial pedagógico. A literatura de cordel é uma
dessas manifestações, que devem e precisam ser
utilizadas no ambiente escolar. Trabalhar com esse
gênero significa proporcionar à nova geração a
oportunidade de apreciar a riqueza e expressividade da
nossa cultura; manter um contato com o passado, com a
memória do saber tradicional, com o conto poético e
com a linguagem de fácil compreensão observada na
construção dos versos e rimas.