2. 1. O PLANO DIVINO E A SOCIEDADE TEOSÓFICA
2. O OBJETIVO GERAL DA SOCIEDADE TEOSÓFICA
3. MÉTODOS EFICIENTES
3.1. Fins e Meios
3.2. A Atitude Experimental’
3.3. Planejamento
3.4. Treinamento
4. AS QUALIFICAÇÕES E O PREPARO DE UM TRABALHADOR DA SOCIEDADE TEOSÓFICA
4.1. A Necessidade de Adquirir Conhecimento
4.2. Especialização
4.3. Vida Interna
4.4. Qualidades Indispensáveis
5. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE UMA SEÇÃO NACIONAL
5.1. Princípios Gerais
5.1.1 . Unidade de Propósito
5.1.2 . Um Centro Forte
5.1.3 . Grupo Qualificado de Trabalho
5.1.4 . Fundos
5.2. Atividades Básicas
5.2.1 . Abertura e Manutenção de Lojas
5.2.1.a. Técnica de Abertura de uma Nova Loja
5.2.1.b. Manutenção das Lojas
5.2.2 . Publicidade
5.2.3 . Traduções
5.2.4 . Centros de Treinamento
SUMÁRIO
3. 6. O FUNCIONAMENTO DE UM CENTRO DE TREINAMENTO DA SOCIEDADE TEOSÓFICA
6.1. O Ensino da Filosofia Esotérica
6.1.1. Passo a Passo
6.1.2. Clara Compreensão dos Fundamentos
6.1.3. Esforço Individual
6.1.4. Estudo da Psicologia Humana
6.1.5. Pesquisa
6.1.6. Cursos de Curta Duração
6.1.7. Museus e Bibliotecas
6.2. Treinamento dos Trabalhadores
6.3. Desenvolvimento Interno
7. TRABALHO DE UMA LOJA
7.1. Requisitos Básicos
7.1.1 Interesse Genuíno
7.1.2 Compaixão
7.1.3 Sacrifício
7.2. Organização do Trabalho para os Membros
7.2.1 Estímulo do Conhecimento
7.2.1.a Debates e Palestras
7.2.1.b Livros
7.2.1.c Conversas Particulares
7.2.2 Treinamento para o Trabalho
7.2.3 Construção do Caráter
7.3. Organização do Trabalho para o Público
7.3.1 Apresentação da Filosofia Esotérica
7.3.2 Espiritualização do Ambiente
7.3.3 Trabalho Individual
5. 1. O PLANO DIVINO E A SOCIEDADE TEOSÓFICA
• Existe um Grande Plano por detrás dos infinitos e
aparentemente caóticos fenômenos no universo;
• Há uma Inteligência operando por detrás de tudo
o que ocorre no universo;
• Tudo é governado pela Lei e é parte de um
Grande Plano que se desenvolve continuamente ;
• O porquê desse Plano, da manifestação, está
além do alcance do intelecto humano. Está oculto
nas profundezas da Consciência Divina e somente
aqueles que podem mergulhar naquele
incomensurável oceano de conhecimento podem
conhecer diretamente algo deste Supremo
Segredo.
6. 1. O PLANO DIVINO E A SOCIEDADE TEOSÓFICA
• A evolução da vida é um aspecto do Plano que
podemos alcançar intelectualmente;
• A apresentação desse aspecto ao mundo é uma
das principais preocupações da Sociedade
Teosófica (ST), pois dá sentido à vida e transforma
a trajetória humana numa harmoniosa história
que converge para uma meta bem definida;
• Compreender o significado dessa concepção é o
primeiro passo para capacitar-se para se
empenhar no fascinante trabalho de realização
do esquema evolutivo.
7. 1. O PLANO DIVINO E A SOCIEDADE TEOSÓFICA
• Sendo inimaginavelmente vasto, o Plano
requer um exército de agentes responsáveis
por sua execução: a hierarquia de Anjos e
Adeptos;
• Tal hierarquia guia as forças da Natureza e
conduz as instituições humanas no sentido da
realização do Plano;
• Na Terra, temos a Grande Fraternidade
Branca, constituída de linhas de Seres
altamente evoluídos que guiam e controlam a
evolução humana.
8. 1. O PLANO DIVINO E A SOCIEDADE TEOSÓFICA
• Deles partem os vários movimentos que gradualmente vão
mudando as condições do mundo. Criam e dirigem raças e
sub-raças;
• A ST é um desses movimentos lançados ao mundo com um
propósito definido e com funções que podem ser assim
apresentadas:
1. Dar à humanidade certas verdades mais profundas da
vida, que são necessárias para o próximo passo na
evolução humana;
2. Instilar certos princípios diretivos, tais como o da
Fraternidade, de modo que possa se tornar factível o
advento de uma nova ordem mundial;
3. Prover agentes no mundo exterior que compreendem o
Plano de modo geral, podendo assim, conscientemente
cooperar com o Governo Oculto do Mundo (GOM) no
trabalho de melhoramento da raça humana.
9. 1. O PLANO DIVINO E A SOCIEDADE TEOSÓFICA
• A fundação da ST é parte de um movimento
definido para apresentar à humanidade parte dos
mistérios mais profundos da vida de modo que a
humanidade possa, progressivamente, cooperar
com o Plano;
• Tal cooperação só será possível quando as
verdades da Filosofia Esotérica permearem o
pensamento mundial e realizarem as mudanças
fundamentais necessárias na vida;
• Hoje a ST é apenas um pequeno núcleo de tais
cooperadores mais ou menos conscientes, mas
tentando compreender as verdades ocultas e
preparando-se para esse trabalho.
10. 1. O PLANO DIVINO E A SOCIEDADE TEOSÓFICA
• Assim que o núcleo cresça, pode-se esperar que
os Irmãos Mais Velhos darão uma direção mais
direta nos assuntos do mundo;
• Assim, vemos que a ST tem como objetivo o
estudo e a disseminação de verdades
concernentes aos problemas mais profundos da
vida e, mais que isso, o de servir como um agente
direto no trabalho do GOM para a reforma e
regeneração do mundo;
• Essa última função deveria ser perfeitamente
compreendida por todo aquele que queira tomar
parte ativa no trabalho de regeneração do gênero
humano.
11. 1. O PLANO DIVINO E A SOCIEDADE TEOSÓFICA
• O fato da ST estar ligada Àqueles que são os guias
da humanidade confere uma dignidade especial
ao trabalho da ST, tangenciando o sagrado e
dando inspiração e entusiasmo aos seus
membros;
• Tal fato permite que os membros ativos
permaneçam firmes e imperturbáveis nas crises
periódicas que ocorrem na ST. Eles sentem, em
tais ocasiões, que a lealdade aos Grandes Seres e
aos princípios universais que Eles corporificam,
transcendem quaisquer diferenças que possam
surgir com relação aos métodos de trabalho.
12. 1. O PLANO DIVINO E A SOCIEDADE TEOSÓFICA
• O Plano está lá, e cada membro pode planejar
seu próprio trabalho cuidadosamente, e
executá-lo da melhor maneira, sabendo que,
de algum modo, ele será usado no trabalho
muito maior dos Guias da humanidade.
14. 2. O OBJETIVO GERAL DA SOCIEDADE TEOSÓFICA
• Todo membro da ST deveria ter claro o que ele
almeja alcançar em seus objetivos particulares e
em relação ao objetivo geral da ST em seu
trabalho no mundo externo;
• O que almejamos alcançar?
• Resumidamente, pretendemos mudar os
pensamentos e atitudes das pessoas no mundo
de modo a aproximar a humanidade de seu
próximo estágio evolutivo;
• Todos os problemas urgentes da humanidade
atual têm por causas os hábitos errados de
pensamento e as atitudes pervertidas que
prevalecem por toda a parte.
15. 2. O OBJETIVO GERAL DA SOCIEDADE TEOSÓFICA
• Nenhuma solução externa dos problemas da vida
poderá efetivamente solucioná-los enquanto não
realizarmos mudanças fundamentais em nossas
ideias e hábitos;
• As forças que realizam as mudanças de longo
alcance no mundo são postas em movimento
desde os planos internos, mas essas forças
requerem instrumentos e canais no mundo
externo para sua expressão;
• A ignorância, o preconceito, o conservadorismo e
o egoísmo são ainda dominantes no mundo e
muitas vezes frustram temporariamente os
planos da Hierarquia Oculta.
16. 2. O OBJETIVO GERAL DA SOCIEDADE TEOSÓFICA
• A ST, tendo um corpo de trabalhadores numa
situação favorável, está habilitada a dar a
necessária direção na tarefa de iniciar ou moldar
movimentos de reforma da humanidade;
• O conhecimento da Filosofia Esotérica dá o plano
geral da evolução e possibilita determinar que
movimentos e tendências estão na direção
correta e quais estão na direção errada;
• Pode-se assim saber para onde se mover e como
e quando dar o próximo passo na reconstrução
do mundo.
17. 2. O OBJETIVO GERAL DA SOCIEDADE TEOSÓFICA
• A Filosofia Esotérica dá-nos ainda uma vasta
quantidade de informações de natureza científica
em relação ao mundo em que vivemos e ao
nosso lugar no esquema das coisas, habilitando-
nos a ver os acontecimentos e coisas em sua
perspectiva apropriada;
• Portanto a ST e seus membros devem tomar
uma decisiva, clara e vigorosa liderança na
moldagem do pensamento e dos movimentos
mundiais, pois, como os mais preparados, devem
ter participação ativa na regeneração do mundo.
18. 2. O OBJETIVO GERAL DA SOCIEDADE TEOSÓFICA
• Nossas ideias devem influenciar o mundo,
indiretamente, sem imposição e como uma
evolução natural nascida do interior, fruto da
razoabilidade das ideias;
• Ao combater todo o mal e ao darmos novos
direcionamentos às correntes de
pensamento, devemos estar primariamente
preocupados com as causas dos vários males,
e lidar somente de maneira secundária com
os efeitos dessas causas.
19. 2. O OBJETIVO GERAL DA SOCIEDADE TEOSÓFICA
• Se a causa não for removida, o mal, mesmo que
suprimido em seus efeitos, cedo ou tarde irá
retornar de outra forma;
• Essa é a maneira espiritual de solução dos difíceis
e complicados problemas do mundo;
• Todo membro da ST deve ir ao fundo dos
problemas e erradicar suas causas subjacentes;
• Não é função da ST organizar e conduzir
trabalhos filantrópicos, ainda que todos os seus
membros, como seres humanos, sejam
encorajados a auxiliar os demais de todas as
formas.
20. 2. O OBJETIVO GERAL DA SOCIEDADE TEOSÓFICA
• Atividades que lidam com os efeitos de nossa
ignorância e de nossos erros devem ser evitadas
ao se planejar o trabalho da ST para que não se
desvie o trabalho da ST de sua verdadeira função;
• Os problemas vitais que desafiam o mundo têm
por causa a ignorância de certos fatos e leis da
vida superior e as atitudes erradas e pervertidas
que tal ignorância produz;
• Tais fatos e leis (verdades) foram dadas pelos
Irmãos Mais Velhos através das Filosofia
Esotérica, única filosofia que pode guiar a
humanidade na direção de uma civilização mais
nobre e humana.
21. 2. O OBJETIVO GERAL DA SOCIEDADE TEOSÓFICA
• A grande responsabilidade da ST e de seus
membros é disseminar tais verdades ao mundo
até que elas permeiem a atmosfera mental e
produzam as necessárias mudanças;
• A difusão das verdades da Filosofia Esotérica é a
função primordial da Sociedade Teosófica e um
dever de todos os seus membros;
• Mas a difusão das verdades profundas do
Ocultismo não é meramente um processo
intelectual. Elas devem ser trazidas ao
conhecimento das pessoas de modo a afetar seus
corações em alguma medida e realizar mudanças
interiores sutis que se reflitam em mudanças de
atitudes e maneiras de ver as coisas.
22. 2. O OBJETIVO GERAL DA SOCIEDADE TEOSÓFICA
• O trabalho de propagar as verdades da Filosofia
esotérica é parte intelectual e parte espiritual e,
portanto, somente pode ser satisfatoriamente
realizado por aqueles que transmitam por trás de
suas palavras aquele influência sutil e poderosa
que advém da vivência e da realização dessas
verdades em suas próprias vidas;
• Assim, o principal campo que temos de trabalhar
é aquele mutável, complexo e vasto agregado
composto das mentes e corações dos homens. Aí
temos que concentrar nossos esforços se
desejamos realizar mudanças fundamentais nas
condições prevalecentes no mundo.
23. 2. O OBJETIVO GERAL DA SOCIEDADE TEOSÓFICA
• O sucesso de nossa Sociedade operando no
mundo deveria ser medido pela extensão em que
podemos afetar as mentes e os corações dos
homens e realizar as mudanças que permitirão
uma nova e melhor ordem mundial;
• Esse trabalho é árduo, sem satisfação e
resultados imediatos, pois que os resultados são
por imensos objetivos futuros;
• Para não nos desviarmos de nossa função e não
cairmos na acomodação e no desempenho de
um papel inferior, temos que manter sempre
claro ante nossos olhos nosso propósito e nossa
função na vida do mundo, e estarmos sempre
determinados a realizar esse propósito.
24. 2. O OBJETIVO GERAL DA SOCIEDADE TEOSÓFICA
• Nosso propósito, em síntese, é:
1. realizar mudanças concretas nas vidas dos
homens que enseje o avanço evolutivo da
humanidade.
2. servir como agente externo da Hierarquia
Oculta que cuida dos destinos da humanidade.
26. 3. MÉTODOS EFICIENTES
3.1. Fins e Meios
• Para o trabalho “espiritual” da ST, devemos tirar
proveito de todas as leis da eficiência do mundo
comum ao adotar os métodos de trabalho.
Podemos utilizar essas leis para um propósito
diferente e superior;
• Sri Krishna enfatizou, repetidamente, no
Bhagavad Gita sobre a necessidade de
“habilidade na ação” para ser um iogue;
• Num trabalho de natureza espiritual devemos
adaptar os meios aos fins para obter os
resultados desejados, executando cada parte do
trabalho com o máximo de eficiência.
27. 3. MÉTODOS EFICIENTES
3.1. Fins e Meios
• Ao adaptarmos os meios aos fins ou ao
escolhermos certa linha de ação, não devemos
permitir a interferência de considerações
pessoais de benefícios ou perdas para nós
resultantes;
• Ainda que devamos adotar, em muitos casos, a
mesma técnica usada pelo homem comum do
mundo para obter resultados semelhantes,
devemos ser cuidadosos em relação à qualidade
moral de nossos fins ou meios;
• Esses devem estar em harmonia com o Plano
Divino e o esquema evolutivo e não quebrar
nenhuma das leis morais.
28. 3. MÉTODOS EFICIENTES
3.1. Fins e Meios
• No trabalho teosófico, os fins jamais justificam
os meios. Os meios devem ser sempre limpos,
honestos e da mais elevada moral;
• A diferença do trabalhador teosófico em
relação ao trabalhador do mundo não está na
técnica adotada mas na qualidade espiritual
dos fins e na pureza dos meios utilizados.
29. 3. MÉTODOS EFICIENTES
3.2. A Atitude Experimental
• Devemos adotar uma atitude experimental em
relação aos métodos que usamos;
• A qualidade tamásica em nossa natureza faz-nos
temer a mudança e nos leva à estagnação e à
formação de profundas trilhas mentais, o que
limita nossa utilidade;
• Há lojas que usam os mesmos métodos há várias
décadas, mesmo sendo ineficientes e não
conduzindo a um funcionamento útil e vigoroso;
• Deve-se combater a tendência à estagnação e
estimular o experimento com vistas ao
desenvolvimento de métodos mais eficazes.
30. 3. MÉTODOS EFICIENTES
3.2. A Atitude Experimental
• Em qualquer área da vida onde temos que lidar
com uma organização, a experimentação é uma
condição essencial para a descoberta de métodos
melhores;
• Se a leitura de livros nas reuniões da loja não
produz o necessário interesse e entusiasmo,
tentemos variar com conferências bem
preparadas pelos membros, ou discussões sobre
tópicos selecionados;
• Se os resultados não são bons e se novos
métodos não são tentados, os resultados
continuarão os mesmos.
31. 3. MÉTODOS EFICIENTES
3.2. A Atitude Experimental
• A atitude experimental não deve ser
confundida com a instabilidade e agitação
mental que não nos permite permanecer em
qualquer método pelo tempo necessário;
• Não se deve mudar métodos ao acaso. Deve
haver um propósito e um plano que seja
conduzido sistematicamente, utilizando-se de
todo conhecimento atual, tanto dos sucessos
quanto dos fracassos, para o delineamento
dos novos métodos.
32. 3. MÉTODOS EFICIENTES
3.2. A Atitude Experimental
• Ao se utilizar um novo método, deve-se observar
os resultados e tomar notas de quaisquer novas
características que se apresentem e usar o
conhecimento recentemente adquirido para
proceder a outras experiências;
• A atitude experimental não significa que
estaremos sempre mudando nossos métodos.
Um bom método deve ser mantido até
descobrirmos linhas novas de abordagem ao
problema;
• Nenhum método é o correto para todos os
tempos e devemos sempre nos adaptar às
circunstâncias em mutação. Somente assim
podemos nos manter à frente de nosso tempo.
33. 3. MÉTODOS EFICIENTES
3.3. Planejamento
• O planejamento é ausente na maioria das lojas e
Seções, fruto da estagnação e falta de vitalidade;
• Sem planejamento temos número de membros
estacionário, falta de vitalidade, espaços em
branco no mapa teosófico do país etc.;
• O planejamento polariza as energias mentais
num objetivo definido que decidimos atingir.
Assim que fazemos um plano nossa vontade
ganha força e começamos a por em movimento
forças físicas e mentais para a execução do plano;
34. 3. MÉTODOS EFICIENTES
3.3. Planejamento
• Sem um plano, nossas forças ficam espalhadas ao
acaso e, em grande medida, neutralizando e
anulando umas às outras;
• Um plano imperfeito e incompleto é melhor que
não ter um plano que ponha a bola em
movimento;
• Na vida prática não é possível ter planos
perfeitamente elaborados que possam ser
executados ao pé da letra. As incertezas e as
dificuldades imprevistas devem ser levadas em
conta em todo o planejamento, o qual deve, por
isso, ser flexível para comportar modificações.
35. 3. MÉTODOS EFICIENTES
3.3. Planejamento
• Os membros da ST têm que fazer do
planejamento uma característica regular do
trabalho. E por isso devem estudar essa arte;
• Podemos aprender muito estudando o
trabalho de muitas organizações e instituições
do mundo e então adotar e aplicar o
conhecimento não teosófico adquirido em
nosso trabalho.
36. 3. MÉTODOS EFICIENTES
3.4. Treinamento
• O planejamento do trabalho teosófico e sua execução
requer os serviços de um corpo treinado de
trabalhadores que possam dedicar-se a diferentes
partes do plano;
• O treinamento é essencial para que tais trabalhadores
executem o trabalho eficientemente. Deixar o
trabalhos nas mãos de um grupo de pessoas sem
treinamento – por mais bem intencionadas e dispostas
que sejam – conduz à falta de eficiência e resultados
pobres;
• Na ST geralmente se deixa o trabalho nas mãos de
pessoas sem treinamento e que são deixadas às suas
próprias inclinações e recursos para que aprendam da
melhor maneira possível a técnica de trabalho.
37. 3. MÉTODOS EFICIENTES
3.4. Treinamento
• Um grupo eficiente de trabalhadores se consegue
equipando-os com sólidos conhecimentos dos
princípios de trabalho que decidiram empreender e
com exercício prolongado e treinamento sistemático na
parte prática de seu trabalho;
• Tal treinamento sistemático só será possível quando se
criar centros de treinamento sob a direção de peritos
que tenham estudado estes problemas a fundo e
desenvolvido técnicas apropriadas aos diversos tipos
de trabalhos;
• O fator mais importante no aprendizado de qualquer
tipo de trabalho prático é o próprio estudo e a
observação, bem como experiências pessoais, mas as
fundações de um tal processo de aprendizado podem
ser melhor estabelecidas num centro de treinamento.
38. 3. MÉTODOS EFICIENTES
3.4. Treinamento
• Treinar um trabalhador da ST, completo e
eficiente sob todos os pontos de vista, é uma
tarefa difícil e requer muitos anos de trabalho
duro e muitas capacidades de várias espécies;
• Essa dificuldade pode ser superada dando aos
trabalhadores tarefas limitadas e especializadas
nas quais possam ser bem treinados e num
tempo mais curto;
• Esse é o princípio utilizado para o treinamento de
trabalhadores na indústria: a especialização. Isso
possibilita-nos usar os serviços de pessoas de
todos os tipos de capacidade e temperamento.
40. 4. AS QUALIFICAÇÕES E O PREPARO DE UM TRABALHADOR DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
• O treinamento de que falamos poderá apenas
estabelecer as meras fundações da vida perfeita
do trabalhador da ST;
• Centros de treinamento não podem produzir um
trabalhador ideal assim como uma universidade
não pode produzir um profissional pronto;
• O verdadeiro treinamento vem da experiência, do
constante esforço para adquirir mais
conhecimento e do testar tal conhecimento na
solução dos problemas reais da vida;
• Então, quais as direções que um trabalhador
deve seguir para se auto treinar de modo a
tornar-se progressivamente mais útil na execução
do Grande Plano?
41. 4. AS QUALIFICAÇÕES E O PREPARO DE UM TRABALHADOR DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
4.1. A Necessidade de Adquirir Conhecimento
• Um trabalhador da ST deve ter uma clara
compreensão dos princípios fundamentais da
Filosofia Esotérica e deve tentar sempre expandir
e aprofundar esse conhecimento;
• Quanto mais profundo esse conhecimento mais
compreendemos a importância e significado
interior do Movimento Teosófico e maior o
entusiasmo e desejo de tomar parte ativa nele;
• Membros somente no nome quase sempre não
entram em contato com as camadas mais
profundas do conhecimento que requerem
estudo árduo e profundo pensar.
42. 4. AS QUALIFICAÇÕES E O PREPARO DE UM TRABALHADOR DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
4.1. A Necessidade de Adquirir Conhecimento
• A disseminação da Filosofia Esotérica e os altos
ideais que ela representa é a função mais
importante da ST e cada membro dessa
Sociedade deveria ser um centro para a
propagação dessas ideias em seu ambiente de
modo a influenciar constantemente as mentes e
os corações daqueles que o rodeiam;
• O número de conferencistas e escritores sempre
será pequeno, mas o número daqueles que
podem silenciosa e discretamente levar adiante o
trabalho da ST pode ser tão grande quanto a
própria Sociedade.
43. 4. AS QUALIFICAÇÕES E O PREPARO DE UM TRABALHADOR DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
4.1. A Necessidade de Adquirir Conhecimento
• A disseminação das verdades da Filosofia
Esotérica somente será possível quando cada um
dos nossos trabalhadores estiver não apenas
completamente equipado com um conhecimento
da Filosofia Esotérica acurado e sistematizado,
mas também estiver ardendo de entusiasmo e
desejo de repartir esse conhecimento;
• O interesse e o entusiasmo contam muito mais
ao repartir o conhecimento com outros e torná-
los realmente interessados em nossas ideias do
que a mera erudição.
44. 4. AS QUALIFICAÇÕES E O PREPARO DE UM TRABALHADOR DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
4.1. A Necessidade de Adquirir Conhecimento
• Devemos ter um sólido conhecimento das
doutrinas do Ocultismo e também das correntes
de pensamento e das reais condições mundiais
predominantes na época;
• Se devemos influencias as correntes de
pensamento do mundo e conduzi-los aos canais
apropriados, devemos estar familiarizados com
os diversos tipos de movimentos em ação no
mundo – alguns que devem ser ajudados e outros
que devem ser combatidos;
• Temos de conhecer as grandes linhas e a
tendência geral desses vários movimentos e não
os detalhes.
45. 4. AS QUALIFICAÇÕES E O PREPARO DE UM TRABALHADOR DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
4.2. Especialização
• Todo trabalhador da ST deveria tentar se
especializar em pelo menos um assunto,
conhecendo tudo quanto fosse possível sobre ele
de modo que suas opiniões possam ter algum
peso, falando com autoridade e prendendo a
atenção daqueles que estão interessados naquela
linha de pensamento;
• Devemos selecionar alguns aspectos da Filosofia
Esotérica e nos especializarmos neles até nos
tornarmos proficientes, de modo que seja
possível às pessoas que vem a nós em busca de
auxílio ter absoluta confiança em nosso
conhecimento e experiência.
46. 4. AS QUALIFICAÇÕES E O PREPARO DE UM TRABALHADOR DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
4.2. Especialização
• A proficiência habilitar-nos-á a ajudar os
outros eficientemente e nos libertará da
timidez e falta de confiança de que sofrem
tantos membros;
• A especialização não significa que o
trabalhador deve confinar-se às atividades ou
matérias de estudo que selecionou. Deve ser
nosso objetivo aumentar constantemente
nossas capacidades, acrescentando novas
atividades e linhas de pensamento àquelas em
que somos proficientes.
47. 4. AS QUALIFICAÇÕES E O PREPARO DE UM TRABALHADOR DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
4.2. Especialização
• E, mesmo com a especialização, deveríamos
ter interesse em todos os tipos de trabalho,
para evitar a estreiteza de ponto de vista e
substituir outros membros quando houver
carência de trabalhadores;
• Devemos buscar a eficiência em tudo o que
fazemos. A eficiência é uma das
características marcantes de um ocultista.
48. 4. AS QUALIFICAÇÕES E O PREPARO DE UM TRABALHADOR DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
4.3. Vida Interna
• A eficácia de trabalho que fazemos para a ST, e
para qualquer movimento espiritual
semelhante, depende não somente de nosso
conhecimento e treinamento mas também, em
grande medida, daquilo que somos, ou seja, do
quanto desenvolvemos nossas faculdades
espirituais latentes e do quanto adquirimos
aquele poder de influenciar as pessoas ao nosso
redor, independentemente da palavra falada;
• As pessoas não são tão influenciadas pelo que
dizemos, quanto pelo poder e pela influência sutil
que está por trás daquelas palavras.
49. 4. AS QUALIFICAÇÕES E O PREPARO DE UM TRABALHADOR DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
4.3. Vida Interna
• Um trabalhador da ST deve não somente
influenciar as mentes e as emoções das
pessoas mas deve despertar um pouco
aqueles princípios espirituais conhecidos
como Buddhi e Atmã;
• Somente o despertar desses princípios pode
dar às pessoas a capacidade de perceber as
verdades da vida superior, de mudar seus
pontos de vista e de trilhar o caminho do
desenvolvimento interno, o que se torna
necessário como resultado de tal percepção.
50. 4. AS QUALIFICAÇÕES E O PREPARO DE UM TRABALHADOR DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
4.3. Vida Interna
• O apelo do trabalhador da ST tem de ser feito
às partes superiores da natureza humana, que
não está acostumada a encontrar expressão
na vida comum sendo, portanto, difícil de
alcançar e despertar;
• Daí a grande necessidade de tentar
desenvolver sua própria natureza espiritual de
modo que ele possa despertar, por meio de
vibrações semelhantes as faculdades e as
percepções espirituais mais elevadas dos
outros.
51. 4. AS QUALIFICAÇÕES E O PREPARO DE UM TRABALHADOR DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
4.3. Vida Interna
• Só podemos comunicar aos outros aquilo que nós
possuímos. Não há quantidade de palestras e
conferências que nos habilite exercer influencia
espiritual dinâmica sobre os outros se as faculdades
espirituais em nosso interior estão ainda adormecidas;
• Para tocar e despertar as aspirações e intuições mais
profundas das pessoas é necessário que nós mesmos
estejamos espiritualmente despertos e tentando viver
a vida interna do Espírito;
• Deve estar ocorrendo dentro de nós aquela intensa
atividade e rápido desenvolvimento de nossos
princípios superiores que, inevitavelmente, encontram
expressão na personalidade externa numa visão
espiritual serena e numa vida reta e equilibrada.
52. 4. AS QUALIFICAÇÕES E O PREPARO DE UM TRABALHADOR DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
4.3. Vida Interna
• Esse desenvolvimento interior somente pode ser
acelerado por meio da sādhanā, a disciplina
sistemática e gradual de nossa natureza inferior e
o progressivo desenvolvimento de nossas
capacidades espirituais;
• A sādhanā é de suma importância para o sincero
trabalhador da Sociedade Teosófica que deve, aos
poucos e com paciência, eliminar de seu caráter
todas as tendências más e indesejáveis, uma a
uma, e construir todas aquelas qualidades e
virtudes de um caráter puro e forte.
53. 4. AS QUALIFICAÇÕES E O PREPARO DE UM TRABALHADOR DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
4.3. Vida Interna
• À medida que a mente e o coração são
purificados, florescem as faculdades
superiores, fonte daquele poder sutil e secreto
exercido por todos aqueles que são realmente
espiritualizados.
54. 4. AS QUALIFICAÇÕES E O PREPARO DE UM TRABALHADOR DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
4.4. Qualidades Indispensáveis
• Ainda que não se possa aqui tratar da questão da
autocultura, que é para uma vida inteira, há
algumas qualidades que são quase indispensáveis
no trabalho teosófico;
• Somente o desenvolvimento dessas qualidades
em grau suficiente permite que a eficiência do
trabalhador seja proporcional à sua capacidade e
desejo de ajudar;
• Algumas das qualidades que todo trabalhador da
ST deve desenvolver e tornar parte permanente e
proeminente de seu caráter são apresentadas a
seguir.
55. 4. AS QUALIFICAÇÕES E O PREPARO DE UM TRABALHADOR DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
4.4. Qualidades Indispensáveis
• 4.4.1 – Iniciativa: abrir caminho e nova vida
nas trevas da ignorância circundante não é
tarefa fácil e assim há de haver muita iniciativa
e pioneirismo em todo bom trabalhador da ST.
Devemos ter persistência e constância que nos
habilite a trabalhar em um meio adverso para
obter os resultados necessários. Onde há
vontade, há sempre um caminho.
56. 4. AS QUALIFICAÇÕES E O PREPARO DE UM TRABALHADOR DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
4.4. Qualidades Indispensáveis
• 4.4.2 – Busca da Perfeição: além da eficiência, há
outros fatores envolvidos no modo ideal de fazer
as coisas de maneira a produzir a perfeição que
devemos sempre almejar. Há a beleza, a
harmonia, a proporção e muitos outros. A
maneira de fazer importa tanto quanto o que
fazemos. Somente através da qualidade do
trabalho é que podemos imprimir-lhe o caráter
de perfeição e habilitá-lo a tornar-se um veículo
da Vida Divina. À medida que avançamos
espiritualmente, a maneira de fazer as coisas
importa mais e mais para nós e a luta pela
perfeição torna-se quase uma paixão.
57. 4. AS QUALIFICAÇÕES E O PREPARO DE UM TRABALHADOR DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
4.4. Qualidades Indispensáveis
• 4.4.2 – Busca da Perfeição: ao realizar nosso
trabalho na ST devemos realizá-lo como um
artista, tentando fazê-lo tão perfeito quanto
possível em todos os detalhes, como uma
oferenda ao Supremo. Esse trabalho, do ponto
de vista oculto, não é diferente da adoração.
58. 4. AS QUALIFICAÇÕES E O PREPARO DE UM TRABALHADOR DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
4.4. Qualidades Indispensáveis
• 4.4.3 – Tolerância: a ST é uma organização
heterogênea, com pessoas de diferentes culturas,
raças, crenças, atividades profissionais etc. Para um
trabalho harmonioso em meio a tão variado grupo a
tolerância é fundamental. Mas não podemos ter
aquele tipo de pseudo tolerância que nos faz muitas
vezes reconhecer o direito de outra pessoa de pensar e
agir diferentemente mas que ao mesmo tempo nos
impeça de compreender seu ponto de vista e cause um
certo antagonismo em nossa mente subconsciente. A
tolerância que necessitamos implica no claro
reconhecimento de que toda alma é divina em sua
origem e está desenvolvendo sua vida em seu próprio
e único caminho, necessariamente diferente do nosso.
59. 4. AS QUALIFICAÇÕES E O PREPARO DE UM TRABALHADOR DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
4.4. Qualidades Indispensáveis
• 4.4.3 – Tolerância: Se sentirmos dessa maneira e
não meramente aceitarmos esse princípio em
abstrato, então não haverá lugar para desrespeito
ou hostilidade, seja velado ou aberto, em relação
aos nossos colegas. Pelo contrário, haverá certa
dose de reverência e simpatia, concordemos ou
não em nossos pontos de vista. Se devemos opor-
nos aos outros, deveríamos fazê-lo sem malícia
em nosso coração, no espírito de um agente do
Plano que deve executar o dharma de sua
posição, como ele o vê.
60. 4. AS QUALIFICAÇÕES E O PREPARO DE UM TRABALHADOR DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
4.4. Qualidades Indispensáveis
• 4.4.4 – Cooperação: Como uma corporação de
seres que compartilham as verdades da Filosofia
Esotérica e devotados a disseminar essas
verdades o mais amplamente possível, a mera
tolerância não é suficiente. Necessita-se também
de uma atitude de cooperação ativa, a disposição
e a capacidade de trabalhar com pessoas de
todos os temperamentos e modos de pensar.
Nem sempre podemos escolher nossos
colaboradores mas devemos sempre dar aos
nossos colegas todo o auxílio e suporte moral que
necessitem. Mas o desejo de ajudar deve se
manter sempre distante da interferência.
62. 5. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE UMA SEÇÃO NACIONAL
• Ainda que haja diferenças no trabalho da ST
nos diversos países, devido às diferenças e
peculiaridades de cada país, certos princípios
gerais que deveriam governar tal trabalho
podem ser estabelecidos e algumas linhas
gerais de trabalho podem ser indicadas.
63. 5. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE UMA SEÇÃO NACIONAL
5.1. Princípios Gerais
5.1.1 . Unidade de Propósito
• 1º Princípio: cada Seção Nacional da ST deveria ser um
microcosmo refletindo e reproduzindo o espírito e os
métodos de trabalho da corporação matriz e a sede
central da Seção deveria ser, em menor escala, uma
reprodução da Sede Internacional;
• De fato, cada unidade de trabalho de toda a
organização, começando pela corporação matriz,
continuando pelas Seções, Federações e Lojas, até os
membros individuais, deveria ser uma espécie de
miniatura da unidade maior, corporificando seu
espírito e seus objetivos;
• O propósito comum, o esforço na mesma direção de
todos os componentes deveria caracterizar toda a
organização.
64. 5. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE UMA SEÇÃO NACIONAL
5.1. Princípios Gerais
5.1.2 . Um Centro Forte
• 2º Princípio: a sede central da Seção deve ser o
ponto central da Seção Nacional, um centro
dinâmico dando energia, inspiração e auxílio a
todas as lojas e inundando o país com as
verdades da Filosofia Esotérica e as influências
espirituais que são geradas no Centro;
• Por outro lado, as lojas deveriam não só
preocupar-se com as necessidades de sua
vizinhança imediata, mas também dar apoio ativo
e estar em constante comunicação com a sede
central da Seção. Esta constante interação das
forças centrífuga e centrípeta é absolutamente
vital para o funcionamento saudável de qualquer
Seção.
65. 5. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE UMA SEÇÃO NACIONAL
5.1. Princípios Gerais
5.1.2 . Um Centro Forte
• Quando a sede da Seção se limita à função de uma
agência de correio e não dá auxílio, inspiração e
direção às lojas sob sua jurisdição e, em consequência,
cessa de receber apoio e cooperação das lojas, a Seção,
como um todo está fadada a sofrer por falta de
vitalidade e eficiência, ainda que possa estar
executando normalmente o trabalho de rotina;
• A sede central da Seção não estará preenchendo sua
função apropriadamente se ela meramente coleta as
contribuições devidas por seus membros, conserva-os
em contato com as atividades que têm lugar na Seção
através da revista oficial e leva adiante seu trabalho
rotineiro comum.
66. 5. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE UMA SEÇÃO NACIONAL
5.1. Princípios Gerais
5.1.2 . Um Centro Forte
• A iniciativa para todos os tipos de atividades deve
originar-se na sede central da Seção, o trabalho
para todo o país deve ser planejado e organizado
na sede central e não ficar inteiramente à
iniciativa local e aos recursos das lojas, muitas
vezes isoladas e sem recursos;
• Algumas vezes os que estão na direção, seguindo
a politica tradicional, nada fazem além do
trabalho rotineiro normal, supondo que a
iniciativa para qualquer tipo de nova atividade
deve vir da loja interessada.
67. 5. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE UMA SEÇÃO NACIONAL
5.1. Princípios Gerais
5.1.2 . Um Centro Forte
• Tal política nociva implica em vastas áreas em
branco no mapa de atividades da Seção. E
pessoas que não têm contato com a Filosofia
Esotérica não podem dar os primeiros passos
para estabelecer lojas da Sociedade Teosófica
e centros de influência teosóficas;
• Uma Seção deve abrir e manter lojas em toda
a sua área, zelosamente guardando e
impulsionando vigorosamente os interesses
da Sociedade em todos os lugares, usando os
meios mais eficientes ao seu dispor.
68. 5. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE UMA SEÇÃO NACIONAL
5.1. Princípios Gerais
5.1.2 . Um Centro Forte
• Um centro forte controlando e coordenando
as atividades de todas as lojas ajuda a eliminar
sentimentos ligados à regionalidade e
patriotismo locais;
• Por vezes há uma tendência em determinada
loja para confinar seus interesses ao trabalho
local e ignorar completamente os interesses
da Sociedade da qual faz parte. Tal tendência
é perniciosa e contrária ao espírito da
Sociedade.
69. 5. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE UMA SEÇÃO NACIONAL
5.1. Princípios Gerais
5.1.2 . Um Centro Forte
• Um centro forte pode ajudar as lojas a
trabalharem de modo coordenado de modo que
as mais fortes auxiliem as mais fracas, tanto
financeiramente quanto em termos do trabalho
espiritual;
• Devemos cultivar o hábito de considerar todo o
trabalho da Sociedade Teosófica como o trabalho
dos Mestres e, portanto, nosso trabalho;
• As lojas mais prósperas e fortes deveriam ajudar
as menos afortunadas e que necessitem de
auxílio, e um Centro, ligado por laços fortes a
todas as lojas pode realizar essa coordenação e
cooperação entre lojas.
70. 5. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE UMA SEÇÃO NACIONAL
5.1. Princípios Gerais
5.1.3 . Grupo Qualificado de Trabalho
• A organização e planejamento do trabalho em
todas as lojas, a partir da sede central da Seção, e
sua eficiente execução requererá um grupo de
trabalhadores competentes e especializados nos
diferentes ramos de trabalho;
• Todos os diferentes tipos de atividades e planos
devem ser coordenados no centro de modo que
todo o trabalho funcione harmonicamente para
que as diferentes pessoas não desperdicem
tempo e energia trabalhando com finalidades
contraditórias.
71. 5. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE UMA SEÇÃO NACIONAL
5.1. Princípios Gerais
5.1.3 . Grupo Qualificado de Trabalho
• Recrutar trabalhadores enérgicos e talentosos
pode ser mais adequado do que se utilizar de
aposentados, que podem trabalhar
gratuitamente, quando se deseja planejar e
executar esquemas operacionais abrangentes;
• Aposentados muitas vezes vêm até a ST para
trabalhar em atividades bem diferentes das
que exerceram em suas vidas profissionais o
que não é de todo adequado quando se
precisa de trabalhadores com energia e
iniciativa.
72. 5. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE UMA SEÇÃO NACIONAL
5.1. Princípios Gerais
5.1.4 . Fundos
• A necessidade de pessoal altamente treinado e
eficiente a serviço da Seção exige a necessidade
de fundos que devem ser obtidos junto aos
membros da Sociedade Teosófica;
• A maioria pode contribuir com um pouco e
poucos são aqueles que realmente não podem
pagar um pouco cada mês, ainda que uma
quantidade maior pense que não pode;
• A maioria das pessoas não se importa de dar
dinheiro ou fazer outros sacrifícios se realmente
sentirem que seus sacrifícios estão trazendo
frutos compensadores.
73. 5. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE UMA SEÇÃO NACIONAL
5.1. Princípios Gerais
5.1.4 . Fundos
• A relutância das pessoas em partilhar seu
dinheiro tem geralmente origem na incerteza
quanto ao seu uso apropriado.
• E não devemos ficar ansiosos com as finanças.
Quando estamos resolvidos a fazer algo o
melhor possível o dinheiro deve vir de algum
lugar.
74. 5. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE UMA SEÇÃO NACIONAL
5.2. Atividades Básicas
• Há certos métodos básicos de trabalho que
são de aplicação geral e que devem se
constituir numa norma de trabalho de todas
as Seções, com algumas modificações que se
fizerem necessárias.
75. 5. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE UMA SEÇÃO NACIONAL
5.2. Atividades Básicas
5.2.1 . Abertura e Manutenção de Lojas
• Uma das funções primordiais de uma Seção da
ST é a abertura e manutenção de Lojas ou
centros de difusão das verdades da Filosofia
Esotérica;
• Quanto mais fortes tais centros mais eficiente
o trabalho da Seção;
• Deveria haver em cada Seção um
departamento separado e organizado para a
abertura de novas lojas, de forma sistemática,
e para a manutenção das existentes num
nível mínimo de eficiência.
76. 5. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE UMA SEÇÃO NACIONAL
5.2. Atividades Básicas
5.2.1 . Abertura e Manutenção de Lojas
• Deve haver na sede central um grupo
permanente de trabalhadores treinados e
experientes, regularmente organizando esse
trabalho e sempre procedendo a novos
experimentos visando métodos de trabalho mais
eficientes;
• Métodos mais eficientes somente podem ser
encontrados pela constante experimentação e os
problemas não podem ser tratados de forma
aleatória e com confiança na sorte quando, de
fato, quase sempre dependem de fatores
psicológicos definidos.
77. 5. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE UMA SEÇÃO NACIONAL
5.2. Atividades Básicas
5.2.1 . Abertura e Manutenção de Lojas
5.2.1.a. Técnica de Abertura de uma Nova Loja
• A formação e crescimento de uma nova loja é
como o plantio de uma árvore. Primeiro
prepara-se o solo, depois introduz-se a
semente e então rega-se o solo até que a
árvore cresça ao ponto de não necessitar mais
de auxílio externo para sua sobrevivência;
• Essa técnica requer os serviços de um grupo
de trabalhadores capacitados por treinamento
e temperamento para preparar o terreno para
abertura de uma nova loja numa nova cidade.
78. 5. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE UMA SEÇÃO NACIONAL
5.2. Atividades Básicas
5.2.1 . Abertura e Manutenção de Lojas
5.2.1.a. Técnica de Abertura de uma Nova Loja
• Esse grupo deveria se incumbir de achar
pessoas interessadas nos mais profundos
problemas da vida, combinar algumas
palestras sobre temas da Filosofia Oculta e
assuntos afins, ver que tais palestras sejam
apropriadamente anunciadas e que todas as
pessoas interessadas sejam convidadas.
Devem assim preparar de todas as maneiras o
terreno para a recepção das novas ideias.
79. 5. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE UMA SEÇÃO NACIONAL
5.2. Atividades Básicas
5.2.1 . Abertura e Manutenção de Lojas
5.2.1.a. Técnica de Abertura de uma Nova Loja
• Em seguida entra em cena um grupo de bons
palestrantes para despertar o interesse e
entusiasmo de um certo número de pessoas;
• Palestrantes que saibam despertar o interesse
nas pessoas por assuntos da Filosofia Esotérica
deve atuar num primeiro momento;
• Quando houver um número suficiente de pessoas
interessadas nessas ideias, forma-se uma loja e
então outra classe de palestrantes entra em cena,
aqueles que podem apresentar as verdades do
Ocultismo sistemática e lucidamente.
80. 5. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE UMA SEÇÃO NACIONAL
5.2. Atividades Básicas
5.2.1 . Abertura e Manutenção de Lojas
5.2.1.a. Técnica de Abertura de uma Nova Loja
• É importante que a loja recentemente
inaugurada não seja entregue aos seus
próprios recursos. Um ou dois membros mais
experientes deveriam permanecer com a loja
por algumas semanas para dirimir dúvidas e
fortalecer o conhecimento dos novos
membros;
• Terminada essa fase, a seção deveria enviar à
loja, em intervalos regulares, palestrantes
experientes para fortalecer o trabalho da loja.
81. 5. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE UMA SEÇÃO NACIONAL
5.2. Atividades Básicas
5.2.1 . Abertura e Manutenção de Lojas
5.2.1.b. Manutenção das Lojas
• Um grupo separado de trabalhadores deve se
encarregar da manutenção das lojas já
existentes;
• Ao organizar a manutenção das lojas
deveríamos cuidadosamente evitar a rotina,
para manter a loja viva e saudável;
• Trabalhadores aptos e enérgicos devem ficar
responsáveis por manter o contato com um
certo número de lojas, sendo responsáveis por
seu constante crescimento.
82. 5. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE UMA SEÇÃO NACIONAL
5.2. Atividades Básicas
5.2.2 . Publicidade
• A publicidade a respeito do trabalho da ST
deveria estar sob os cuidados de um
departamento separado;
• Habilitar as pessoas a ver a vida sob novo
ângulo e a vivê-la com maior riqueza e
compreensão, uma tarefa delicada e tão
urgente que requer manejo muito hábil e só
pode ser realizada por pessoas cheias de puro
zelo e que dela se aproximam num espírito
reverente.
83. 5. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE UMA SEÇÃO NACIONAL
5.2. Atividades Básicas
5.2.2 . Publicidade
• Não é de se admirar, assim, que os métodos
comuns rudes e padronizados, que
geralmente são usados para propagar a
Filosofia Esotérica, falhem por completo;
• Propagar o conhecimento da Filosofia
Esotérica requer estudo cuidadoso da
psicologia das diferentes pessoas, suas
necessidades e temperamentos;
• Somente aqueles que aprenderam a arte de
apresentar a Filosofia Esotérica de maneira
agradável podem esperar sucesso.
84. 5. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE UMA SEÇÃO NACIONAL
5.2. Atividades Básicas
5.2.2 . Publicidade
• As programações de viagens de palestrantes
deveriam ser convenientemente organizadas e
preparadas para que se possa converter o
interesse e entusiasmo por ele criados em
resultados sólidos e que não produzam
apenas uma agitação temporária nas mentes
das pessoas, entusiasmo que logo decai até
desaparecer;
• Palestras esporádicas, com longos intervalos,
em lugares onde não há lojas não são muito
úteis.
85. 5. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE UMA SEÇÃO NACIONAL
5.2. Atividades Básicas
5.2.2 . Publicidade
• Outro meio muito bom de divulgação da
Filosofia Esotérica é através de revistas e
jornais comuns, com artigos que apresentem
a Filosofia Esotérica de forma aceitável e
interessante para o homem comum;
• Compete também a cada Seção publicar
revistas e livros que tratem dos problemas
mais profundos da vida numa terminologia
não “teosófica”, sem aquele cunho que cria
prevenção e repele muita gente que entra em
contato com nossas ideias pela primeira vez.
86. 5. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE UMA SEÇÃO NACIONAL
5.2. Atividades Básicas
5.2.2 . Publicidade
• Nosso dever é fazer tudo o que pudermos
para tornar as verdades da Filosofia Esotérica
tão aceitáveis quanto possível e estudar e
praticar a arte de torná-las interessantes e
cativantes para as pessoas comuns, que as
necessitam tanto quanto aqueles que têm
uma inclinação especial nesta direção;
• Os que têm a seu cargo a publicidade devem
planejá-la, experimentá-la e treinar com ela
com determinação e abertura para novas
ideias.
87. 5. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE UMA SEÇÃO NACIONAL
5.2. Atividades Básicas
5.2.3 . Traduções
• A Seção Nacional deve providenciar para que ,
pelos menos os livros mais importantes sobre
Filosofia Esotérica, sejam traduzidos para a
língua do país. Tal tradução deve ser
sistemática;
• Uma tradução livre e simples é sempre melhor
que a literal, pois desperta mais o interesse do
leitor médio já que torna mais fácil a
compreensão das ideias. Basta tomar o
cuidado de não se alterar o sentido e as
nuances de significados.
88. 5. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE UMA SEÇÃO NACIONAL
5.2. Atividades Básicas
5.2.3 . Traduções
• Outro ponto importante é a fixação de um
vocabulário comum a ser usado nas traduções de
modo a se evitar o uso de palavras diferentes
para se exprimir a mesma ideia;
• Cada Seção, idealmente, deveria possuir um
Departamento de Traduções permanente –
trabalhando o tempo todo e desenvolvendo um
vocabulário amplo e confiável;
• Tal atividade torna progressivamente mais rica a
vida intelectual e espiritual daqueles que não têm
acesso direto à literatura original em inglês.
89. 5. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE UMA SEÇÃO NACIONAL
5.2. Atividades Básicas
5.2.4 . Centros de Treinamento
• A organização sistemática do trabalho da
Seção como descrito até aqui exige os serviços
de um grande número de trabalhadores
treinados nas diferentes linhas e em
diferentes lugares;
• Tais trabalhadores só poderão ser obtidos se a
Seção providenciar instituições onde eles
possam ser regularmente treinados e
habilitados
91. 6. O FUNCIONAMENTO DE UM CENTRO DE TREINAMENTO DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
• Do que vimos anteriormente, ver-se-á que o
trabalho a ser executado na ST será triplo:
1) Prover ensino gradual e sistemático da
Filosofia Esotérica para os membros;
2) Prover treinamento sistemático e gradual
para as várias classes de trabalhadores que
desejam fazer trabalho público de acordo com
os ideais da ST;
92. 6. O FUNCIONAMENTO DE UM CENTRO DE TREINAMENTO DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
3) Prover instrução e direção prática, em linhas
científicas, para aqueles que querem construir
um caráter forte, puro, e que desejam
desenvolver suas faculdades espirituais para
se tornarem instrumentos mais eficientes no
trabalho da Grande Obra;
• Essas três linhas são complementares e devem
ser seguidas por todo aquele que deseje
tornar-se útil e eficiente no mais alto grau.
93. 6. O FUNCIONAMENTO DE UM CENTRO DE TREINAMENTO DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
• Um Centro de Treinamento deverá idealmente
combinar esses três tipos de atividades, ainda
que no começo uma ou duas delas somente
seja aceitável;
• Vejamos cada uma dessas atividades e o que é
possível fazer em cada caso;
94. 6. O FUNCIONAMENTO DE UM CENTRO DE TREINAMENTO DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
6.1. O Ensino da Filosofia Esotérica
6.1.1. Passo a Passo
• Para dominar qualquer assunto de estudo, o
estudante deve passar por um curso gradual de
instrução passo a passo;
• Na Filosofia Esotérica, as verdades básicas devem
ser solidamente fixadas na mente antes que se
tente dominar seus aspectos mais abstrusos. A
mente deve estar treinada para concepções
altamente filosóficas;
• Sem observar isso, muitos estudantes são levados
ao desânimo, desperdício de tempo e até aversão
pelo assunto.
95. 6. O FUNCIONAMENTO DE UM CENTRO DE TREINAMENTO DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
6.1. O Ensino da Filosofia Esotérica
6.1.1. Passo a Passo
• Muitos entram na ST e encontram uma vasta
literatura, mas sem ninguém para guiá-lo em
seus estudos, lançando-se assim à leitura de
livros que se torna muitas vezes infrutífera;
• Assim, se desejamos obter os melhores
resultados no ensino da Filosofia Esotérica,
deveríamos organizar cursos de uma forma
gradual.
96. 6. O FUNCIONAMENTO DE UM CENTRO DE TREINAMENTO DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
6.1. O Ensino da Filosofia Esotérica
6.1.2. Clara Compreensão dos Fundamentos
• Ao estruturar nossos cursos e fazer os arranjos
para o ensino da Filosofia Esotérica há a
necessidade de instilar nas mentes dos
estudantes os princípios fundamentais e os
fatos básicos. Estes devem aparecer em relevo
e não ser obscurecidos pelo conhecimento
dos detalhe e fatos menos essenciais;
• Isso também se justifica pelo tempo limitado
que o estudante geralmente dispões para tais
estudos, devendo, portanto, limitar-se ao mais
essencial.
97. 6. O FUNCIONAMENTO DE UM CENTRO DE TREINAMENTO DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
6.1. O Ensino da Filosofia Esotérica
6.1.2. Clara Compreensão dos Fundamentos
• Como em qualquer outro assunto, os
princípios fundamentais constituem a
estrutura do edifício do conhecimento.
Devem, assim ser cuidadosamente entendidos
e fixados na mente;
• Os detalhes do assunto podem, mais tarde,
ser preenchidos pelo estudante.
98. 6. O FUNCIONAMENTO DE UM CENTRO DE TREINAMENTO DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
6.1. O Ensino da Filosofia Esotérica
6.1.3. Esforço Individual
• Ao adquirirmos conhecimento, nosso progresso
depende não tanto do que foi posto me nossa
mente e mais dos esforços que empreendemos
no processo de aprendizado;
• O ser humano é naturalmente indolente, quer
tudo pronto, mastigado, mas isso não lança uma
fundação firme de nosso conhecimento;
• Se desejamos que um conhecimento se constitua
em parte permanente e essencial de nosso
equipamento mental, devemos empreender o
máximo de esforço em sua aquisição.
99. 6. O FUNCIONAMENTO DE UM CENTRO DE TREINAMENTO DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
6.1. O Ensino da Filosofia Esotérica
6.1.3. Esforço Individual
• Assim, num Centro onde a Filosofia Esotérica é
ensinada, deve haver um mínimo de aulas formais e de
instrução direta, os quais são necessários, e o curso e
trabalhos devem ser organizados para que os
estudantes realizem a maior parte do esforço ao
adquirir o conhecimento;
• Um bom método é responsabilizar diferentes
estudantes por partes definidas de trabalho e fazê-los
pesquisar as informações e conhecimentos necessários
e deixá-los lutar com seus próprios problemas mentais,
sem auxílio se possível. Isso aumenta o prazer e
atenção dos estudantes, desenvolvendo neles hábitos
positivos de questionamento e autoconfiança.
100. 6. O FUNCIONAMENTO DE UM CENTRO DE TREINAMENTO DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
6.1. O Ensino da Filosofia Esotérica
6.1.4. Estudo da Psicologia Humana
• Estudantes trabalhadores da ST que aprendem a Filosofia
Oculta devem se familiarizar com a arte de apresentar essa
Filosofia a pessoas de diferentes temperamentos e modos
de ver a vida;
• Os estudantes devem ser induzidos a observar e estudar a
psicologia dos diferentes tipos de pessoas;
• Palestrantes de sucesso aprendem essa arte às custas de
amargas experiências. Mas ainda que não seja possível
eliminar por completo a necessidade da aquisição da
experiência pessoal nessa linha, uma boa dose de ajuda e
orientação podem ser dadas aos trabalhadores numa
instituição onde peritos estão constantemente estudando e
experimentando métodos de ensino da Filosofia Esotérica
mais populares e interessantes para o público em geral.
Isso pode evitar muitas quedas e fracassos.
101. 6. O FUNCIONAMENTO DE UM CENTRO DE TREINAMENTO DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
6.1. O Ensino da Filosofia Esotérica
6.1.5. Pesquisa
• A pesquisa desenvolve um lado de nossa mente
diferente daquele que foi desenvolvido
aprendendo ou ensinando o assunto;
• A pesquisa nos habilita a olhar para fatos e
princípios de uma nova maneira, sob um novo
ângulo de visão, no verdadeiro espírito de
inquirição e anseio de aprender as coisas por nós
mesmos;
• É uma atitude ativa da mente, diferente daquela
passiva do estudante que meramente absorve
conhecimento ou do professor que reparte com
outro o que aprendeu, provavelmente de
segunda mão.
102. 6. O FUNCIONAMENTO DE UM CENTRO DE TREINAMENTO DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
6.1. O Ensino da Filosofia Esotérica
6.1.5. Pesquisa
• Assim, o treinamento em pesquisa é muito necessário para o
estudante avançado de Filosofia Oculta e esse tipo de trabalho
deveria ser providenciado em nossos Centros de Treinamento;
• Há a possibilidade de desenvolver os sentidos mais sutis e de fazer
investigações nos reinos invisíveis;
• Há também uma vasta literatura sobre a qual um grande número de
estudantes podem ser postos a trabalhar para descobrir novos
aspectos da Filosofia Oculta, até então quase intocados;
• Os estudantes devem ser estimulados a dar contribuições originais
à nossa literatura, contrabalanceando a monotonia e a estagnação
que algumas vezes sentimos quando nossos lideres não estão aptos
a manter-nos supridos com um fluxo ininterrupto de novas
informações e de uma série de livros.
103. 6. O FUNCIONAMENTO DE UM CENTRO DE TREINAMENTO DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
6.1. O Ensino da Filosofia Esotérica
6.1.5. Pesquisa
• Há um grande campo de trabalho na
correlação da Filosofia Esotérica com as outras
ciências e com a aplicação das verdades do
Ocultismo aos problemas políticos,
sociológicos etc, ajudando a trazer as
atividades e pensamentos do mundo mais
próximos da luz e da influência da Filosofia
Esotérica.
104. 6. O FUNCIONAMENTO DE UM CENTRO DE TREINAMENTO DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
6.1. O Ensino da Filosofia Esotérica
6.1.6. Cursos de Curta Duração
• Os métodos de ensino e treinamento dos Centros de
Treinamento devem ser adaptados à conveniência dos
membros, os quais normalmente não podem permitir-
se uma permanência longa sem interrupção em tais
instituições;
• Assim, cursos de curta duração, dados em intervalos
frequentes, são os mais recomendados;
• O estudante aprende muito num curto período e
digere lentamente o que aprendeu ao voltar ao seu
lugar de trabalho, podendo também manter-se em
contato com o Centro durante os intervalos entre suas
visitas para obter orientações e auxílio.
105. 6. O FUNCIONAMENTO DE UM CENTRO DE TREINAMENTO DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
6.1. O Ensino da Filosofia Esotérica
6.1.7. Museus e Bibliotecas
• Duas coisas muito necessárias para um trabalho
eficiente de um Centro de Treinamento: uma
biblioteca atualizada e um museu de Ocultismo;
• No caso do museu, representações
diagramáticas, modelos e coisas de natureza
semelhante ajudam na compreensão de coisas
difíceis de visualizar e produzem uma impressão
vívida e permanente em nossa mente que
tendem a permanecer por muito mais tempo do
que aquilo que apenas lemos a respeito.
106. 6. O FUNCIONAMENTO DE UM CENTRO DE TREINAMENTO DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
6.1. O Ensino da Filosofia Esotérica
6.1.7. Museus e Bibliotecas
• Todo Centro de Treinamento deveria ter, pelo
menos, um núcleo de um museu de Ocultismo
a ser ampliado gradualmente pela compilação
e preparação de todos os tipos de modelos –
estáticos e dinâmicos – mapas, diagramas,
figuras em argila e cera, pinturas e outros
acessórios que servem para ilustrar e elucidar
fatos e verdades do Ocultismo.
107. 6. O FUNCIONAMENTO DE UM CENTRO DE TREINAMENTO DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
6.2. Treinamento dos Trabalhadores
• Ao treinar os trabalhadores da ST, deveríamos em
primeiro lugar torná-los completamente
familiarizados com as metas e objetivos da
Sociedade e com os princípios gerais que
deveriam norteá-los em seu trabalho, qualquer
que seja a atividade em que estejam engajados;
• A ausência de ideias claras e propósitos definidos
sobre o que a Sociedade pretende e sobre sua
função no mundo resulta então na falta de
estabilidade e na busca de todo tipo de objetivos
irrelevantes.
108. 6. O FUNCIONAMENTO DE UM CENTRO DE TREINAMENTO DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
6.2. Treinamento dos Trabalhadores
• Então, temos que lançar uma fundação segura
para uma vida estável e com propósito,
esclarecendo todas as ideias e metas
confusas, substituindo-as por sólidos
conhecimentos sobre:
O AMPLO OBJETIVO GERAL DA SOCIEDADE E OS
MÉTODOS PRÁTICOS POR MEIO DOS QUAIS ESTE
OBJETIVO PODERIA SER REALIZADO EM DIFERENTES
ESFERAS DE TRABALHO
109. 6. O FUNCIONAMENTO DE UM CENTRO DE TREINAMENTO DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
6.2. Treinamento dos Trabalhadores
• A segunda parte de nosso trabalho nesta direção
será produzir peritos nos diferentes ramos de
trabalho prático que deve ser feito;
• Temos que treinar escritores, oradores,
organizadores, jornalistas e especialistas em
outras linhas que possam realizar eficientemente
suas tarefas;
• Uma parte desse treinamento especializado em
diferentes ramos será trabalho prático e exercício
intensivo, avaliado e criticado pelos mais
experientes e treinados em cada área, até que o
estudante se torne realmente proficiente em sua
área de atuação.
110. 6. O FUNCIONAMENTO DE UM CENTRO DE TREINAMENTO DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
6.2. Treinamento dos Trabalhadores
• A prática intensiva dentro de um campo limitado
de assuntos pode operar maravilhas, por
exemplo, na formação de oradores e
conferencistas, os quais podem ajudar
imensamente a disseminar as ideias da Filosofia
Esotérica;
• Em nossos Centros de treinamento poderíamos
também ministrar cursos com instruções teóricas
e práticas para dirigentes de lojas sobre a arte de
organizá-las, aproveitando a experiência
acumulada ao longo de tempo em muitas lojas.
111. 6. O FUNCIONAMENTO DE UM CENTRO DE TREINAMENTO DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
6.3. Desenvolvimento Interno
• O terceiro tipo de atividade que deveria ser uma
característica regular em nossos Centros de
Treinamento, ainda que seja de certo modo o mais
difícil, será o trabalho mais fascinante que qualquer
instituição possa empreender;
• Além da importância da construção do caráter de um
trabalhador teosófico em seu trabalho no mundo
externo, é impossível conceber-se algo de mais vital
interesse e maior importância para um ser humano
inteligente do que o empreendimento desta tarefa
interessante de mudar a si mesmo completa e
sistematicamente, com vistas a lançar as fundações
de uma vida iluminada e perfeita.
112. 6. O FUNCIONAMENTO DE UM CENTRO DE TREINAMENTO DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
6.3. Desenvolvimento Interno
• É geralmente tomado como verdadeiro que esta
é uma tarefa que cada um deve realizar
individualmente;
• Assim, muitos admirar-se-ão de que auxílio pode
ser obtido de uma instituição nessa área;
• Tal atitude é baseada em certas noções erradas
sobre a natureza da autocultura, que muito
pouca gente considera como uma técnica ampla
que pode ser desenvolvida e aperfeiçoada
somente após muita experimentação.
113. 6. O FUNCIONAMENTO DE UM CENTRO DE TREINAMENTO DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
6.3. Desenvolvimento Interno
• Se o desenvolvimento de certas características de
caráter, e a eliminação de outras, for feito de acordo
com as leis definidas e imutáveis da natureza, então
seria possível desenvolver uma ciência sistematizada
de construção do caráter que é tão precisa e confiável
quanto qualquer outra ciência que é baseada nas leis
naturais;
• E se esta ciência for desenvolvida, ela terá não
somente um corpo definido de conhecimento teórico
compreendendo leis, fatos e resultados de experiência
empírica, mas também uma técnica baseada na
aplicação prática dessas leis para a solução dos
verdadeiros problemas da vida diária,
114. 6. O FUNCIONAMENTO DE UM CENTRO DE TREINAMENTO DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
6.3. Desenvolvimento Interno
• Toda ciência tem não somente seu lado
teórico com suas leis e fatos, mas também
uma técnica que consiste na totalidade
daqueles métodos pelos quais estas leis
podem ser aplicadas para a solução dos
problemas reais com os quais essa ciência se
ocupa;
• Sem o desenvolvimento desta técnica, tais leis
permanecerão mais ou menos como coisas de
interesse acadêmico, sem utilidade prática.
115. 6. O FUNCIONAMENTO DE UM CENTRO DE TREINAMENTO DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
6.3. Desenvolvimento Interno
• O mero conhecimento das leis sobre as quais a
ciência da autocultura pode estar baseada não é
suficiente;
• Este conhecimento deve não apenas ser
sistematizado, mas uma técnica elaborada e
precisa deve ser desenvolvida para a aplicação
prática deste conhecimento inestimável aos
problemas da vida atual;
• Somente então será possível utilizar estas leis
para o desenvolvimento científico de nosso
caráter e por a ciência da construção do caráter
sobre bases sólidas.
116. 6. O FUNCIONAMENTO DE UM CENTRO DE TREINAMENTO DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
6.3. Desenvolvimento Interno
• Um individuo pode tentar aplicar essas leis à
sua própria vida, de acordo com seu melhor
julgamento, e obter alguns resultados;
• Mas isso não significa que melhores
resultados não possam ser obtidos seguindo
uma técnica definida, que foi desenvolvida e
aperfeiçoada através de experimentos e
levando em consideração as várias
necessidades das diferentes pessoas.
117. 6. O FUNCIONAMENTO DE UM CENTRO DE TREINAMENTO DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
6.3. Desenvolvimento Interno
• Os indivíduos diferem grandemente em seus
temperamentos e naturalmente requerem
tratamento individual na solução dos problemas
ligados à sua vida interna;
• É aqui que se evidencia o valor do corpo de
peritos que tenha estudado e experimentado
toda espécie de métodos e todos os tipos de
pessoas;
• Eles pode diagnosticar todos os tipos de doenças
mentais e emocionais de que sofre a maioria dos
homens, sugerindo os meios mais eficazes de
verem-se livres delas.
118. 6. O FUNCIONAMENTO DE UM CENTRO DE TREINAMENTO DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
6.3. Desenvolvimento Interno
• De um modo construtivo eles podem ajudar
indivíduos de diferentes temperamentos a
adquirir as qualidades e faculdades que mais
necessitam e reconstruir todo o caráter
sistematicamente de maneira científica;
• No aprendizado de qualquer ciência o elemento
pessoal que é suprido pelo professor conta
muito. Ele pode guiar, corrigir e inspirar;
• O indivíduo médio não pode mudar muito a si
mesmo sem ser pessoalmente orientado, ainda
que possa ter o conhecimento teórico necessário
para tal tarefa.
119. 6. O FUNCIONAMENTO DE UM CENTRO DE TREINAMENTO DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
6.3. Desenvolvimento Interno
• Ainda que haja uns poucos indivíduos dotados de tal
aptidão especial nessa linha, devemos pensar na média
das pessoas que aspiram a uma vida mais nobre, mais
pura e livre, mas que verificam que a tarefa de dominar
sua natureza inferior está acima de sua capacidade;
• Não podemos, como no passado, abandonar tudo e ir
viver num ashram ou mosteiro por anos a fio sob a
instrução e orientação de um guru. Mas o mesmo
propósito pode ser cumprido, em alguma medida, por
uma instituição na qual algumas pessoas que tenham
se especializado nessa linha estejam disponíveis para
dar auxílio e orientar aqueles que estão preparados
para isso.
120. 6. O FUNCIONAMENTO DE UM CENTRO DE TREINAMENTO DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
6.3. Desenvolvimento Interno
• Pessoas assim auxiliadas, mesmo que de tempos
em tempos, podem progredir muito mais
rapidamente na vida interna do que quando
entregues aos seus próprios esforços, sem
qualquer ajuda;
• Outro campo interessante nessa linha de
desenvolvimento interno é a pesquisa em
psicologia, em relação às necessidades humanas,
promovendo, até certo ponto, o Terceiro Objetivo
da ST, bastante relegado pela grande maioria dos
membros dessa Sociedade.
121. 6. O FUNCIONAMENTO DE UM CENTRO DE TREINAMENTO DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
6.3. Desenvolvimento Interno
• Aqueles que estão em contato com o
desenvolvimento da psicologia moderna
sabem quão inúteis são a maioria das
pesquisas neste campo, primeiro porque são
tendenciosas por admitir implicitamente que
o mundo físico é o único mundo real e,
segundo, porque a psicologia está em grande
medida divorciada das necessidades e
problemas da vida real, e seu estudo é feito
num espírito puramente acadêmico.
122. 6. O FUNCIONAMENTO DE UM CENTRO DE TREINAMENTO DA
SOCIEDADE TEOSÓFICA
6.3. Desenvolvimento Interno
• O conhecimento que temos obtido através de
fontes ocultas, combinado com nossas constantes
metas supremamente altruístas, nos habilitará
dirigir pesquisas psicológicas nos canais mais
interessantes e úteis, e ajudar o mundo
enormemente, na difícil e urgente tarefa de
compreender o homem e ajudá-lo a viver uma
vida mais útil e rica;
• A necessidade de termos Centros de Treinamento
da natureza sugerida até aqui é urgente e fértil de
enormes possibilidades, de modo que cada Seção
da ST deveria começar imediatamente a tomar as
medidas necessárias para seu estabelecimento.
124. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
• Na organização da ST a loja é talvez a unidade
mais importante, onde o verdadeiro trabalho
da ST – a disseminação das ideias da Filosofia
Esotérica e a difusão do mais alto tipo de
influências no mundo – é feito;
• A influência da Sociedade e a vitalidade da
Seção Nacional dependem do trabalho
eficiente das lojas.
125. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
• O método apropriado de fazer de uma loja um
centro forte e que preencha adequadamente
os propósitos da ST é compreender
integralmente os princípios gerais de
funcionamento vital e saudável de uma loja, e
então aplicar com inteligência e determinação
estes princípios às condições particulares que
a loja deve trabalhar.
126. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.1. Requisitos Básicos
• O sucesso de uma loja depende do
preenchimento de certas condições
primordiais com relação aos pontos de vista e
às mentalidades dos membros que a
compõem;
• Uma loja é o que os seus membros são em
sua totalidade e reflete em seu trabalho o
caráter e a vida interior de seus membros.
127. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.1. Requisitos Básicos
• Para que uma loja seja um centro dinâmico de
atividades teosóficas temos que saber quais são
as condições primordiais para que isso ocorra e
então fazer com que essas condições sejam
preenchidas da melhor maneira possível;
• Somente sobre fundações fortes e verdadeiras é
que se pode erguer uma estrutura de atividades
estáveis e úteis.
• A seguir alguns requisitos básicos importantes.
128. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.1. Requisitos Básicos
7.1.1 Interesse Genuíno
• Os membros devem perguntar a si mesmos, com
toda franqueza, se estão realmente interessados
em tornar a loja um centro ativo de vida e
pensamento superiores;
• Será que seus pensamentos se voltam
naturalmente para os problemas mais profundos
da vida, em relação a si próprios e ao mundo
exterior, ou será que estão tão completamente
absorvidos em seus próprios negócios mundanos
de modo que não têm tempo para pensar nessas
coisas, exceto quando vêm às reuniões da loja?
129. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.1. Requisitos Básicos
7.1.1 Interesse Genuíno
• A falta de membros que possam responder
satisfatoriamente essas questões é uma das
razões porque as reuniões de uma loja são um
eterno problema para seus dirigentes e eles
acham tão difícil torná-las úteis e
interessantes;
• Esse problema não pode ser resolvido
satisfatoriamente por qualquer meio artificial,
tais como reuniões sociais, palestras
interessantes sobre todo tipo de assuntos que
não pertencem à nossa área de estudos.
130. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.1. Requisitos Básicos
7.1.1 Interesse Genuíno
• Ele só pode ser resolvido se os membros
compreenderem a necessidade urgente de
adquirir o conhecimento chamado de Filosofia
Esotérica e de usá-lo para a solução dos
problemas que enfrentam em toda parte, em sua
vida pública e privada;
• Muito há para aprender e tão pouco é o tempo
para isto. Assim, o genuíno interesse nos
problemas fundamentais da vida e um certo
grau de liberdade da absorção em seus negócios
pessoais são qualidade necessárias para um
trabalho bem sucedido de uma loja, pelo menos
quanto à maioria dos membros.
131. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.1. Requisitos Básicos
7.1.1 Interesse Genuíno
• Nenhum tipo de auxílio artificial para
despertar o interesse pode transformar um
grupo de pessoas que não estão realmente
interessadas nestas coisas num centro
teosófico dinâmico e forte.
132. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.1. Requisitos Básicos
7.1.2 Compaixão
• A maioria de nós estamos tão absorvidos em
nossas próprias preocupações e dificuldades que
dificilmente percebemos o enorme sofrimento
que existe no mundo, não somente em tempos
anormais, mas também quando tudo
externamente está aparentemente bem;
• Somente quando penetramos nas causas do caos
e sofrimento que existe no mundo e desejamos
realmente mudar estas condições é que
compreendemos o valor da Filosofia Esotérica e a
necessidade de aplicar as suas verdades à solução
dos problemas sociais e econômicos.
133. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.1. Requisitos Básicos
7.1.2 Compaixão
• Quando a compaixão humana estiver
adequadamente desenvolvida nossa vida
automaticamente adequar-se-á ao trabalho
que deve ser feito para criar melhores
condições no mundo;
• Não nos contentaríamos então em estudar as
doutrinas do Ocultismo num puro espírito
acadêmico, mas estaríamos ansiosos por
descobrir onde e como elas podem ser
aplicadas na ajuda de nossos semelhantes.
134. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.1. Requisitos Básicos
7.1.2 Compaixão
• Sem essa compaixão verdadeira, a
fraternidade possivelmente degenera em
mero dogma intelectual, o qual não é capaz
de inspirar e de tocar nossos corações,
tornando nossas atividades externas estéreis e
ineficientes.
135. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.1. Requisitos Básicos
7.1.3 Sacrifício
• Tanto a aquisição do conhecimento quanto a
sua prática para auxílio dos outros, requerem
sacrifícios de vários tipos: de tempo, de
dinheiro, de conforto e de prazeres;
• Todo membro deve compreender esse fato
óbvio e, a menos que os membros estejam
preparados para fazer estes sacrifícios
voluntária e alegremente, nenhuma loja pode
funcionar eficientemente.
136. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.1. Requisitos Básicos
7.1.3 Sacrifício
• É comum as pessoas habitualmente
desperdiçarem boa parte de seu tempo em
atividades e divertimentos inúteis de vários tipos
e queixarem-se da falta de tempo ao tratar-se de
estudar a Filosofia Esotérica, assistir a uma
reunião da ST ou realizar trabalho teosófico;
• Fato: sempre arranjamos tempo para as
atividades que julgamos essenciais ou que nos
interessam. Assim, na maior parte dos casos a
alegação de “falta de tempo” significa ausência
do verdadeiro interesse.
137. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.1. Requisitos Básicos
7.1.3 Sacrifício
• Quando a Sociedade Teosófica ocupa um lugar
importante em nossa vida, não somente
cortamos nossas diversões, mas até mesmo
nosso conforto para encontrar tempo para o
estudo dos assuntos teosóficos;
• Se compreendêssemos a enorme importância
do movimento teosófico no mundo, de boa
vontade sacrificaríamos tudo que nos fosse
possível, contanto que o trabalho da
Sociedade não sofresse.
138. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.1. Requisitos Básicos
7.1.3 Sacrifício
• Deve haver uns poucos casos em que uma
pessoa não possa dar tempo ou dinheiro, mas
talvez seja extremamente difícil encontrar um
membro que não possa dar nada – dinheiro,
tempo ou alguma habilidade especial que
possua;
• Ainda assim, há muitos membros satisfeitos
em permanecer na Sociedade e tirar proveito
de todo conhecimento e inspiração que ela
dá, sem dar praticamente nada em troca.
139. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.1. Requisitos Básicos
7.1.3 Sacrifício
• Para alguns membros, a desprezível quantia
dada à loja em contribuição é considerada
recompensa suficiente por todas as vantagens
de que desfrutam;
• Para que a loja cresça, essa atitude mesquinha
deve ser trocada por uma oferta alegre de
tudo que cada membro puder dar no serviço
da Grande Causa que temos o privilégio de
servir.
140. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.1. Requisitos Básicos
7.1.3 Sacrifício
• Do grau em que os membros da loja possuem
as qualidades de interesse genuíno,
compaixão e sacrifício, dependerá a
potencialidade da loja para tornar-se um
centro forte de influências teosóficas;
• Onde estas qualidades não estiverem
presentes em grau adequado, poderá haver
períodos temporários de galvanização vital
devido à algum estímulo externo, mas a loja
está fadada a tornar-se inativa ou a
permanecer superficialmente viva.
141. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.1. Requisitos Básicos
7.1.3 Sacrifício
• Grande frequências nas lojas conseguidas por
meio de encontros sociais, divertimentos e
atrações similares não valem a pena. Tal
atividade não indica o real valor da loja;
• O trabalho no qual estamos engajados é algo
muito sério e difícil, e as pessoas dispostas a
acabar com a ignorância e o sofrimento, a
combater a injustiça e a crueldade no mundo,
não deveriam ter tempo para tais amenidades
da vida.
142. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.1. Requisitos Básicos
7.1.3 Sacrifício
• Se desejamos vitalizar uma loja temos que nos
esforçar para fortalecer esses elementos de
caráter de seus membros de todas as
maneiras possíveis;
• Se isto for feito, a maior parte dos problemas
da loja ficará automaticamente resolvida;
• Mas como promover na loja o espírito
adequado compete aos membros decidir e
não é um caminho fácil.
143. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.1. Requisitos Básicos
7.1.3 Sacrifício
• Tais mudanças no caráter e pontos de vista
dos membros somente podem ser realizadas
através de muito estudo, reflexão, verdadeiro
contato com os problemas da vida, sacrifícios
pelos ideais e o exemplo inspirador dos mais
experientes e que têm maior compreensão
dos problemas mais profundos da vida.
144. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.1. Requisitos Básicos
7.1.3 Sacrifício
• Após termos examinado os requisitos básicos
para o trabalho bem sucedido de uma loja,
devemos considerar a organização de seu
trabalho numa base eficiente;
• Os princípios geais por meio dos quais
devemos assegurar tal eficiência já foram
tratados no Cap. 3.
• Vamos agora indicar sucintamente como estes
princípios gerais podem ser aplicados ao
trabalho especial que as lojas devem realizar.
145. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.1. Requisitos Básicos
7.1.3 Sacrifício
• Uma loja da ST é um centro numa determinada
localidade para propagar ideias da Filosofia
Esotérica e para difundir o mais alto tipo de
influências;
• Todo o seu trabalho deve ser organizado a partir
desse ponto de vista;
• Como essas ideias e influencias só podem ser
propagadas pela ação dos membros, os membros
devem primeiro concentrar em si mesmos este
conhecimento e influência para depois tentar
disseminá-los na localidade.
146. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.1. Requisitos Básicos
7.1.3 Sacrifício
• Em muitas lojas parece prevalecer a ideia de que a
função da loja é meramente dar a seus membros a
oportunidade de obter conhecimentos atinentes a
assuntos espirituais, e o segundo aspecto do trabalho é
completamente esquecido;
• Tais lojas passam a trabalhar isoladas e aos poucos são
cortadas da vida das populações entre as quais se
situam;
• Como todas as influencias espirituais fluem a partir dos
planos superiores somente quando são passadas para
outros, a estagnação da loja conduz à diminuição do
fluxo dessas influências que, eventualmente, acabam
sendo totalmente cortadas.
147. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.1. Requisitos Básicos
7.1.3 Sacrifício
• Consideremos agora esses dois tipos de
trabalho que devem ser empreendidos por
cada loja, isto é, o acúmulo de conhecimento,
sabedoria e força pelos membros, e a sua
máxima disseminação para benefício dos
demais;
• Em outras palavras, consideremos o que uma
loja deve fazer para os seus membros e o que
deve fazer para o mundo exterior.
148. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.2. Organização do Trabalho para os Membros
• O trabalho de uma loja no que concerne aos
membros é triplo:
• a) ajudá-los a adquirir o conhecimento dos
princípios fundamentais da Filosofia Esotérica em
seu mais amplo sentido;
• b) adaptá-los, tanto quanto possível, a qualquer
tipo de serviço para o qual tenham aptidão ou
inclinação especial;
• c) ajudá-los a desenvolver um caráter forte e
nobre e a adquirir um ponto de vista espiritual.
149. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.2. Organização do Trabalho para os Membros
7.2.1 Estímulo do Conhecimento
• Em muitas lojas os membros são deixados
quase que inteiramente entregues a si
mesmos no que tange à aquisição do
conhecimento;
• Como resultado, eles deixam de adquirir uma
real compreensão dos princípios
fundamentais da Filosofia Esotérica ou de
entender a importância do movimento
teosófico no mundo.
150. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.2. Organização do Trabalho para os Membros
7.2.1 Estímulo do Conhecimento
• Dificilmente pode-se esperar a ajuda desses
membros na propagação dos objetivos da ST;
• Em vista de necessidade de adquirir
conhecimento e da dificuldade de fazê-lo
satisfatoriamente sem qualquer auxílio
externo, a instrução dos membros nos
princípios fundamentais da Filosofia
Esotérica deveria ser considerada uma das
funções primordiais de uma loja da ST.
151. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.2. Organização do Trabalho para os Membros
7.2.1 Estímulo do Conhecimento
• Toda loja deveria não somente tomar
providências satisfatórias para a promoção do
conhecimento entre seus membros, mas também
deveria fazer todo o possível para despertar neles
um interesse genuíno na Filosofia Oculta, para
que se tornem de todo coração ansiosos para
cooperar no trabalho empreendido pela loja com
esta finalidade;
• Este interesse pode ser criado aos poucos
explicando-lhes, de tempos em tempos, o valor
deste conhecimento e fazendo-os entender como
isto os ajudará a viver uma vida com maior
compreensão, alegria e utilidade.
152. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.2. Organização do Trabalho para os Membros
7.2.1 Estímulo do Conhecimento
• Embora a resposta de cada membro à Filosofia
Esotérica dependa, em grande parte, de seus
esforços para adquirir este conhecimento em
suas vidas anteriores, de seu estágio de evolução
e de seu conhecimento, muito pode ser feito para
ajudá-lo, mantendo-se na loja uma atmosfera de
estudo sério e procura intensa das verdades da
vida superior, de modo que qualquer pessoa,
ingressando no grupo, naturalmente seja
influenciada pela atitude e espírito de
investigação predominantes.
153. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.2. Organização do Trabalho para os Membros
7.2.1 Estímulo do Conhecimento
• Deveria haver três meios à disposição de todos os
membros de uma loja para a aquisição do
conhecimento:
a) debates e palestras nas reuniões na loja;
b) livros;
c) conversas com outros membros.
• A combinação de todos os três meios é
necessária para assegurar o progresso constante
na importante tarefa de equiparem-se com o
conhecimento para o serviço dos seus
semelhantes.
154. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.2. Organização do Trabalho para os Membros
7.2.1 Estímulo do Conhecimento
7.2.1.a Debates e Palestras
• Estes deveriam ser organizados com o objetivo
definido de imprimir claramente nas mentes dos
membros as verdades fundamentais da Filosofia
Esotérica, ou para elucidar aqueles aspectos
particulares do assunto que eles achem difíceis
de entender sem ajuda;
• Os debates e palestras deveriam ser devidamente
planejados de modo que todo o campo de
conhecimento seja sistematicamente coberto
num período limitado de tempo, sendo o assunto
tratado de um ponto de vista mais elevado em
cada turno sucessivo de estudo.
155. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.2. Organização do Trabalho para os Membros
7.2.1 Estímulo do Conhecimento
7.2.1.a Debates e Palestras
• Os membros têm de adquirir conhecimento
principalmente com o objetivo de ajudar aos outros
e, assim, devem manter em mente o tempo todo a
necessidade que têm de possuir ideias bem definidas
e de desenvolver a capacidade de pensar e de
expressar suas ideias com clareza;
• É inevitável que os mais avançados em
conhecimento tomem a iniciativa nos debates, mas
todos os membros devem ser encorajados a estudar
o assunto cuidadosamente e a contribuir com o
resultado de suas reflexões e pensamentos.
156. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.2. Organização do Trabalho para os Membros
7.2.1 Estímulo do Conhecimento
7.2.1.a Debates e Palestras
• Uma reunião de loja deve ser um esforço
cooperativo e a monopolização deve sempre ser
evitada;
• A tarefa de fazer palestras ou conduzir debates
não deve ser deixada ao encargo de dois ou três
membros. Ouvir passivamente não permite que
se grave na mente na maioria dos membros o
que se discute;
• Os melhores resultados são obtidos quando os
membros estudam, pensam previamente e vêm
de casa preparados para contribuir com seus
pensamentos ou resolver suas dificuldades.
157. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.2. Organização do Trabalho para os Membros
7.2.1 Estímulo do Conhecimento
7.2.1.a Debates e Palestras
• O assunto de cada reunião também deveria ter
um lugar bem definido no esquema global de
estudo, tornando o edifício do conhecimento
progressivamente mais completo e permitindo
que as diferentes partes desse edifício possam
ser vistas em suas verdadeiras correlações e na
sua correta perspectiva;
• Cabe as membros decidir a maneira pela qual o
trabalho a ser feito nas reuniões da loja deve ser
planejado e conduzido.
158. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.2. Organização do Trabalho para os Membros
7.2.1 Estímulo do Conhecimento
7.2.1.a Debates e Palestras
• Vale a pena advertir os membros contra a
prática nociva da leitura de um livro durante
as reuniões. É uma prática destrutiva de todo
espírito de investigação e envolve uma
entrega completa ao elemento tamásico em
nossa natureza;
• Essa prática, uma vez adotada, tende a
continuar e o objetivo de evitar todo esforço
torna-se irresistível.
159. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.2. Organização do Trabalho para os Membros
7.2.1 Estímulo do Conhecimento
7.2.1.a Debates e Palestras
• Muitas lojas da ST se entregam à essa prática perniciosa
que leva ao adormecimento mental e à falência do espírito
de busca, por mais fascinantes que sejam as perspectivas
que o conhecimento da Filosofia Esotérica abre diante de
nossos olhos em relação à compreensão e solução dos
problemas vitais da vida;
• Temos que ter em mente que os membros, se desejam
fazer progressos rápidos na aquisição do conhecimento,
devem suplantar o simples delineamento dos
conhecimentos apresentados nas rápidas reuniões
semanais com um estudo detalhado do assunto em casa, e
a reflexão profunda do que é estudado, já que adquire o
conhecimento não só para si mas também para ajudar
outros a conhecer as verdades vitais da Filosofia Esotérica.
160. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.2. Organização do Trabalho para os Membros
7.2.1 Estímulo do Conhecimento
7.2.1.a Debates e Palestras
• Muitos membros leem muitos livros, mas não
tentam classificar, arranjar e fixar as ideias na
mente, de maneira que possam comunicá-las
claramente a outras pessoas.
161. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.2. Organização do Trabalho para os Membros
7.2.1 Estímulo do Conhecimento
7.2.1.b Livros
• Para os estudos particulares os livros são
essenciais;
• Cada membro deve ter sua biblioteca própria;
• Não é fácil estudar um assunto completamente
sem ler muitas e muitas vezes alguns dos livros
mais importantes sobre aquele assunto;
• Para um membro da loja é extremamente difícil
cooperar de maneira apropriada nos debates nas
reuniões da loja, a menos que tenha à sua
disposição a literatura básica da ST.
162. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.2. Organização do Trabalho para os Membros
7.2.1 Estímulo do Conhecimento
7.2.1.b Livros
• Cada loja deve ter uma boa biblioteca, com todos
os livros da literatura teosófica, mas também os
livros fundamentais de todos os assuntos que um
membro possa vir a necessitar;
• Apesar da enorme produção literária atual, o
número de livros realmente de primeira classe
tratando dos problemas cruciais da vida ainda
permanece pequeno, e se a seleção for
apropriadamente feita é possível ter uma
quintessência do conhecimento a um custo não
muito elevado.
163. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.2. Organização do Trabalho para os Membros
7.2.1 Estímulo do Conhecimento
7.2.1.b Livros
• A biblioteca da loja deveria ser formada
sistematicamente, e não ao acaso, adquirindo todos os
livros da literatura teosófica e outros livros que cubram
todos os assuntos que se decidiu ter na biblioteca e
que tratem clara e concisamente as ideias
fundamentais de cada um dos assuntos;
• Além de haver uma biblioteca ela deve ser
sistematicamente usada pelos membros em seus
estudos. Os membros não podem se contentar com
migalhas de conhecimento obtidas em conversas e
palestras e devem se aproveitar ao máximo dos livros
em suas pesquisas e estudos.
164. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.2. Organização do Trabalho para os Membros
7.2.1 Estímulo do Conhecimento
7.2.1.b Livros
• Alguns membros chegam a ter a impressão de
que têm muito tempo e de que podem
aprender as verdades da Filosofia Esotérica
em outra vida se não for nesta;
• Mas isso não é tão fácil quanto imaginam.
Desperdiçar oportunidades como esta
provavelmente cria barreiras em vidas
subsequentes e tais oportunidades terão, em
muitos casos, de ser conquistadas novamente
antes de aparecerem em nosso caminho.
165. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.2. Organização do Trabalho para os Membros
7.2.1 Estímulo do Conhecimento
7.2.1.b Livros
• No passado as pessoas arriscavam suas vidas,
faziam longas e perigosas viagens e
renunciavam a qualquer conforto para obter
esse conhecimento precioso que agora
podemos ter tão facilmente;
• Perder essa oportunidade pode ser um erro.
Ela pode não vir na próxima vida e nós
podemos ter de vaguear por muito tempo na
procura da Luz que nesta vida foi posta ao
nosso alcance por nossos Irmãos Mais Velhos.
166. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.2. Organização do Trabalho para os Membros
7.2.1 Estímulo do Conhecimento
7.2.1.b Livros
• Na loja um bibliotecário deve ser designado,
alguém que realmente tenha interesse em livros
e que conheça pelo menos de maneira geral o
conteúdo da maioria deles e que possa
aconselhar aos membros na seleção de livros
para seus estudos particulares;
• O bibliotecário tem uma oportunidade especial
de desenvolver o interesse das pessoas acerca de
diferentes aspectos de um assunto e jamais
deveria atuar como mero escriturário.
167. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.2. Organização do Trabalho para os Membros
7.2.1 Estímulo do Conhecimento
7.2.1.b Livros
• Deve-se também advertir os membros quanto
ao mau uso dos livros e a adoção de uma
atitude errada em relação ao conhecimento
que pode ser obtido através dos livros;
• No desenvolvimento da vida da alma os livros
representam uma parte mínima. Portanto,
deve-se evitar o desenvolvimento do apetite
pouco saudável pela matéria impressa,
comportamento característico do
bibliomaníaco.
168. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.2. Organização do Trabalho para os Membros
7.2.1 Estímulo do Conhecimento
7.2.1.b Livros
• A meta de nossa procura por conhecimento é
aquela Realidade que pode produzir somente
imagens ilusórias no intelecto;
• O conhecimento transcendente da Realidade
pode vir somente através da Auto-realização;
• O conhecimento obtido através dos livros ou de
outras fontes externas deve ser tomado pelo seu
justo valor. É um conhecimento secundário e que
não deve nos fazer esquecer do conhecimento
primordial que é o verdadeiro objeto de nossa
procura.
169. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.2. Organização do Trabalho para os Membros
7.2.1 Estímulo do Conhecimento
7.2.1.b Livros
• Este conhecimento primordial somente pode ser
adquirido pela aspiração, meditação e pelo viver
da vida espiritual;
• Na medida em que os livros nos ajudam a
despertar nosso interesse e a saber como este
conhecimento pode ser adquirido, eles são úteis
e necessários;
• Não paremos, portanto, no estágio do
conhecimento contido nos livros, sem fazer um
esforço para avançar nos reinos do verdadeiro
conhecimento.
170. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.2. Organização do Trabalho para os Membros
7.2.1 Estímulo do Conhecimento
7.2.1.b Livros
• Satisfazer-se apenas com o conhecimento
obtido nos livros é como satisfazer-se em
conhecer um país apenas olhando para o
mapa deste país, sem jamais empreender a
viagem até ele.
171. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.2. Organização do Trabalho para os Membros
7.2.1 Estímulo do Conhecimento
7.2.1.c Conversas Particulares
• As discussões nas reuniões da loja são muito
úteis, mas as conversas entre membros
individuais podem oferecer oportunidades
inéditas para esclarecer ideias de uma
maneira muito eficiente;
• Assim, os membros mais velhos podem ajudar
os mais novos no estudo da Filosofia Oculta a
aplainar dificuldades que para um principiante
parecem muito desconcertantes.
172. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.2. Organização do Trabalho para os Membros
7.2.1 Estímulo do Conhecimento
7.2.1.c Conversas Particulares
• Uma mera sugestão de alguém que tenha
estudado verdadeiramente o assunto poderá
projetar luz sobre um assunto difícil e habilitará o
principiante a compreendê-lo satisfatoriamente;
• Outra vantagem de tais conversas é que as
questões apresentadas por principiantes
revelarão, às vezes, aspectos inteiramente novos
de um assunto que foi estudado durante anos
pelos mais velhos, podendo sugerir novas
maneiras de pensar ou linhas de investigação
antes não percebidas.
173. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.2. Organização do Trabalho para os Membros
7.2.1 Estímulo do Conhecimento
7.2.1.c Conversas Particulares
• As conversas particulares podem assim ajudar os
recém chegados a realizar rápidos progressos em seus
estudos e ajudará os veteranos a manter contato com o
assunto;
• E, em acréscimo, ajudará a ambos na arte de explicar
as verdades da Filosofia Esotérica àqueles para quem
estas ideias são novas;
• Os três meios de divulgação mencionados (reuniões,
livros e conversas particulares), se utilizados
convenientemente, podem muito rapidamente dar aos
membros de uma loja um bom fundamento no
conhecimento da Filosofia Esotérica, colocando-os em
posição de disseminar esse conhecimento na
localidade.
174. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.2. Organização do Trabalho para os Membros
7.2.1 Estímulo do Conhecimento
7.2.1.c Conversas Particulares
• Mas a utilização e coordenação apropriadas
desses meios só serão possíveis quando os
membros tiverem compreendido o valor desse
conhecimento e estiverem ansiosos por
adquiri-lo e reparti-lo com os demais;
• Nenhum plano para o avanço do
conhecimento nos círculos da Sociedade
Teosófica pode realmente ter sucesso a menos
que estas condições primordiais tenham sido
preenchidas.
175. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.2. Organização do Trabalho para os Membros
7.2.2 Treinamento para o Trabalho
• A segunda função importante de uma loja da
Sociedade Teosófica no que concerne aos seus
membros é habilitar cada um deles a encontrar
seu trabalho e adaptá-lo a executar este trabalho
eficientemente;
• Ninguém que tenha estudado cuidadosamente os
princípios fundamentais da Filosofia Esotérica e
compreendido o trabalho do Grande Plano pode
deixar de desejar encontrar seu lugar neste Plano
e preenchê-lo da melhor maneira possível.
176. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.2. Organização do Trabalho para os Membros
7.2.2 Treinamento para o Trabalho
• A satisfação desse desejo significa, para todos
os fins práticos, que ele deve encontrar o
trabalho particular através do qual possa ser
útil ao seu próximo;
• Este trabalho dependerá de suas capacidades
inatas, de suas circunstâncias e das
necessidades daqueles entre os quais ele está
colocado, tarefa que não é fácil para o
membro médio.
177. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.2. Organização do Trabalho para os Membros
7.2.2 Treinamento para o Trabalho
• Nesta difícil tarefa a loja pode ser de grande valia.
Os membros podem planejar o trabalho de
maneira mais ampla e dar oportunidade aos
diversos indivíduos de tomar parte nas várias
atividades;
• Uma loja viva deve ter um programa diversificado
de trabalho, no qual os membros podem ser
inseridos de acordo com suas capacidades e
interesses e através do qual possam também
aprender a técnica da atividade que
empreendem.
178. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.2. Organização do Trabalho para os Membros
7.2.2 Treinamento para o Trabalho
• Há tanta ignorância no mundo que a loja pode
encontrar o tipo de trabalho que agrade a cada
tipo de indivíduo;
• Mas além de encontrar o tipo de trabalho
adequado, o membro deve aprender a fazê-lo
bem e aumentar suas capacidades em várias
direções. E nisso a loja pode ajudar, dando cursos
de treinamento para os vários tipos de trabalho,
tornando os membros mais eficientes em suas
linhas particulares de trabalho.
179. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.2. Organização do Trabalho para os Membros
7.2.2 Treinamento para o Trabalho
• Em todo trabalho relativo às atividades externas
dos membros, o espírito em que o serviço é
prestado é tão importante quanto o trabalho
feito;
• O espirito reto só pode ser alimentado numa
atmosfera de alto idealismo e dedicação ao
serviço de Deus e da humanidade;
• As lojas deveriam estar aptas a fornecer essa
atmosfera desde que seus membros estejam
seriamente tentando por em prática seus ideais.
180. 7. O TRABALHO DE UMA LOJA
7.2. Organização do Trabalho para os Membros
7.2.2 Treinamento para o Trabalho
• Devemos sempre lembrar que uma loja não se
destina a ser um centro de trabalho
filantrópico no sentido comum do termo;
• Todas as atividades não contidas
propriamente no escopo dos objetivos da ST
deveriam ser organizadas pelos membros em
caráter particular e não como atividades
formais da loja.