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O Mistério do Santo Graal
André Ricardo Marcondes
Março/2022
1. Etimologia da palavra ‘graal’
A palavra graal vem do latim gradalis, palavra de uso corrente na Idade Média para
designar um tipo de cálice. Esta palavra caiu em desuso após o fim da Idade Média e parou de
evoluir, mantendo, com isso, as duas vogais ‘a’ que, naturalmente, deveriam se fundir pelo
processo da crase. A palavra parece um estrangeirismo, mas é um vocábulo legitimamente
português [1].
2. O Mistério em Torno do Graal
O mistério do Graal está ligado à coleta do sangue divino, sangue dos grandes seres que
encarnaram na Terra desde os primórdios da Raça Atlante e que foram vítimas da
incompreensão humana, tendo seus sangues recolhidos em uma taça, chamada Taça do Graal,
taça que contém, dentre outros, os sangues do Rei e da Rainha da oitava cidade atlante, hoje
Shamballah1
, e também na Tragédia do Gólgota o sangue de Jesohua Ben Pandira, o Cristo,
conhecido ocultamente como o 5º Boddhisattva2
, um produto da 5ª Sub-Raça da 5ª Raça
Ariana.
O Mistério do Graal se inicia com o primeiro deicídio ocorrido na Atlântida3
. É uma
história longa, cheia de símbolos e interpretações. O próprio Lúcifer, uma expressão psico-
mental de um grandioso Ser, dela participa, mas sem êxito. Alguns dizem que da fronte do
próprio Lúcifer foi retirada a esmeralda4
que serviu para que se esculpisse com ela a Taça do
Santo Graal.
Este Mistério, envolto em muitos mitos e lendas, que muitas vezes confundem as
mentes despreparadas, liga-se à manutenção da presença da divindade na Terra, divindade
que é quase sempre avatárica, ou seja, precipitada do Akâsha ou 2º Trono, o Plano da Mãe
Divina, ou da divindade hindu Vishnu. Daí, muitas vezes a referência aos Avataras de Vishnu
como aqueles com os mais elevados estados de consciência.
Por estar ligado à presença do Avatara na Terra e, consequentemente, ao
conhecimento avatárico, o simbolismo do Graal funde-se aos arquétipos da evolução da
humanidade e ao mistério da Iniciação. O culto ao Santo Graal foi um estratagema engendrado
pelo Governo Oculto do Mundo para que se mantivesse viva na memória dos povos a tradição
do sacrifício da divindade em prol da evolução da humanidade.
1
Shamballah é conhecida com a cidade da Luz eterna, a cidade dos deuses onde vive o Rei de MT, os Kumaras
primordiais e os Manasaputras (filhos do mental). É a oitava cidade em torno da qual adejam as sete cidades da
Agartha. Nota do autor
2
Cada Sub-Raça tem como produto um Boddhisattva e cada Raça-Raiz tem como produto um Budha. Nota do autor
3
Nome do continente onde floresceu e pereceu a 4ª Raça Raiz, a Atlante. O nome oculto deste antigo continente
era Kusha-Dwipa. Nota do autor
4
A pedra esmeralda é verde. Possui, portanto, atributo inerente aos poderes dessa cor que, ocultamente, se
associam à Fohat. O verde se obtém da união das cores amarelo e azul, duas cores primárias associadas aos 1º e 2º
Tronos ou ao Pai e à Mãe. Nota do autor
É importante que se entenda porque há a tradição da coleta do sangue dos seres divinos
que, encarnando na face da Terra, sacrificam-se pela humanidade.
O sangue tem um profundo significado na evolução dos seres. Sua cor vermelha é
associada ao guna5
chamado tamas, que expressa a inércia da matéria, a qual tem de ser
vencida pela atividade ou mobilidade da mente, um atributo do guna rajas. Mas, ao mesmo
tempo, o sangue tem o sentido de valor ou estado evolutivo, por isso mesmo ligado à família,
ao clã, ao ramo racial, à sub-raça e à raça a que se pertence.
2.1.O Sangue e a Energia Vital
Sabemos que a energia vital flui em nosso corpo vital através dos nâdis6
espalhados por
todo aquele corpo. O fluxo da energia vital ocorre de acordo com o estado evolutivo do ser,
representado, no corpo vital, pelo grau de desenvolvimento e atividade dos inúmeros
chacras7
, mais particularmente os sete chacras principais. Como o corpo vital é responsável
pela vitalização do corpo físico e é também a ponte ou meio de comunicação entre os corpos
mental e emocional e o corpo físico, as vibrações mentais e emocionais imprimem, através do
corpo vital, vibrações correspondentes nas células do corpo físico. Com isso, os estados
vibratórios das células do corpo físico passam a refletir os estados ou qualidades vibratórias
dos pensamentos e emoções do indivíduo. Sendo o sangue o grande distribuidor de toda a
matéria sólida, líquida e gasosa para as células do corpo, ele é o componente de nosso corpo
que tem maior interação com a energia vital. Podemos dizer que o sangue que corre em
nossas artérias, veias e capilares é o correspondente, no corpo físico, da energia vital que flui
pelos nâdis de nosso corpo vital, O sangue é também o grande distribuidor dos hormônios
gerados pelas glândulas hormonais do corpo, havendo uma íntima relação entre as glândulas
hormonais e os chacras. Assim, a energia vital absorvida em nosso corpo vital vibra com
grande intensidade nas células do sangue, imprimindo a estas as vibrações predominantes dos
pensamentos e emoções do indivíduo, as quais, por sua vez, são resultado do estado evolutivo
alcançado. Portanto, podemos dizer que o sangue reflete diretamente o estado de consciência
ou evolutivo do ser, havendo tantos sangues diferentes na humanidade quanto são os
diferentes estados evolutivos dos seres humanos.
5
Palavra em sânscrito com o significado de fio, cordão ou corda de um instrumento musical. Significa também um
atributo, qualidade ou peculiaridade. De acordo com a filosofia Sankhya, prakriti possui três qualidades ou atributos
básicos: sattva (realidade substancial), rajas (atividade inerente) e tamas (inércia), popularmente associadas à
bondade, paixão e escuridão ou virtude, tolice e ignorância. Encyclopedic Theosophical Glossary, G de Purucker
6
A palavra nāḍī vem da raiz nāḍ, e significa rio, córrego, ou fluxo. As nāḍīs são os canais pelos quais circula a força
vital no corpo sutil. Nota do autor
7
Também grafado como Chakra, significa “roda” ou “vórtice”. São os centros de energia do corpo vital que têm a
função de absorver a energia vital, ou prâna, processar essa energia para a vitalização do corpo físico e expelir a
energia utilizada ou excedente, formando um campo energético ao redor do corpo físico, campo chamado de aura
ou ovo áurico. Nota do autor
2.2. Os Valores Espirituais são mantidos na Face da Terra
Diante do exposto, podemos pensar no sangue de uma pessoa como uma assinatura
que reflete seu estado evolutivo. Assim, torna-se fácil entender porque deve haver a coleta do
sangue dos seres divinos que se sacrificam em favor da evolução humana. Tal coleta significa a
conservação dos valores espirituais daqueles seres, valores que são custodiados pelo Governo
Oculto do Mundo, de modo a garantir a continuidade das influências vibratórias dos grandes
avataras na face da Terra. Tais vibrações não podem sofrer solução de continuidade e devem
permanecer ativas no seio da humanidade até que um novo avatara traga um novo estado de
consciência, mais propício a um novo ciclo de evolução e de progresso da humanidade.
2.2.1. O Graal como Taça
Podemos imaginar que há diversos meios de se manter viva nas mentes dos homens a
tradição do sacrifício divino em prol da evolução. Um deles é a coleta do sangue na Santa Taça,
e há uma Taça, talvez parecida como a que se vê na capa deste trabalho, que permanece
zelosamente guardada em lugar secreto e interdito à humanidade comum, situado nos
chamados Mundos Internos, cujas vibrações são afins às vibrações dos deuses e muito pouco
adequadas para um contato direto com a maioria dos seres da face da Terra. Tal Taça,
entretanto, tem a função de, em demanda das exigências dos ciclos, vir à face da Terra, em
determinados períodos mais propícios às mudanças de estado de consciência dos seres
humanos. A presença, na face da Terra, da Taça que contém o sangue ou identidade vibratória
de uma série de seres de escol produz um espargir de vibrações superiores, um sonido
inaudível, mas tão real quanto qualquer som perceptível aos nossos ouvidos, que passa a
impactar nas mentes e corações daqueles que estão preparados para receber suas influências.
De modo geral, toda a humanidade se beneficia em alguma extensão dos sonidos da Santa
Taça quando esta está presente na face da Terra. Uma das vezes em que a Santa Taça esteve
na face da terra foi entre os anos 900 e 985 de nossa era, no Tibet, quando o budismo surgia
naquelas plagas sob a influência de Padmasambhava.
Todos aqueles que se defrontam com a Santa Taça são considerados os eleitos do ciclo,
eleitos por direito adquirido em função de seus próprios esforços evolutivos. Mas devemos
lembrar que não há direito que não implique em um dever de mesma envergadura, de modo
que aqueles que estão verdadeiramente autorizados a se aproximar da Taça e de suas
cósmicas vibrações estão do igual modo encarregados do inalienável dever de trabalhar em
favor da evolução de todos os que ainda não atingiram tamanho privilégio.
Assim, podermos dizer que o Mistério do Santo Graal representa o Mistério da Iniciação
Humana, uma vez que o mistério ou conhecimento divino só pode se apresentar àquele que
recebe em sua taça individual - neste caso seu corpo causal ou Eu Superior - os mais elevados
valores do ciclo, que tornam o homem comum um Iniciado e, mais tarde, um Adepto. Como
homem comum o indivíduo é tal qual uma taça cheia com o licor do sofrimento, chamado na
tradição hindu de licor de Soma8
ou da Lua. Como Adepto, o indivíduo é como a taça com o
8
Soma é uma bebida ritual da cultura védica e hindu. É também o nome da própria planta da qual se
extrai a bebida, bem como a personificação do Deus dos deuses. Wikipedia
licor de Shukra9
, aquela que contém o sangue dos Avataras, também chamado de Licor
Eucarístico10
, ou aquele que promove a manifestação do Cristo em nós, simbolicamente
entendido como o licor da imortalidade. Soma e Shukra, Lua e Vênus, passado e futuro, ligados
pelo Mistério do Graal.
O Mistério do Santo Graal é o mistério que desvela todos os símbolos da evolução do
homem, mais especialmente para aqueles que demandam um avanço rápido em direção à
meta final que é o do estado de consciência átmico ou de Sétima Raça. Em síntese, a busca do
Graal significa a eterna busca de nossa prístina pureza ou realidade última, o que é a razão de
todos os sabores e dissabores na vida de todas as pessoas.
2.2.2. O Graal como Pedra
Além da taça, o Graal possui como símbolo a pedra. A pedra é um símbolo iniciático que
representa o próprio homem como pedra bruta a ser lapidada. Sobre a pedra deve descansar a
taça, a taça representando o lado espiritual da manifestação e a pedra o lado material ou
terrenal. São os dois aspectos da mesma realidade, não podendo um existir sem o outro.
9
Vênus em sânscrito. Nota do autor
10 Eucaristia, do grego εὐχαριστία, "ação de graças", é a renovação do sacrifício de Jesus Cristo no
Calvário. Também é denominada de Sagrada Comunhão, Santíssimo Sacramento do Altar, Ceia do
Senhor, Santo Sacrifício, entre outros. Wikipedia
Com o copo voltado para cima, para o Superior, a Taça simboliza o homem espiritual.
Mas toda essência espiritual tem como polo dialético um veículo ou veste material, o que é
representado pela pedra. O reino mineral é o primeiro reino e todos os demais reinos apoiam-
se nele.
Muito provavelmente, a lenda da Pedra do Graal apoia-se também na crença de que a
Taça do Graal foi talhada a partir da esmeralda extraída da fronte de Lúcifer quando de sua
vertiginosa queda. A pedra representaria assim, o terceiro olho ou a sabedoria que deixou
Lúcifer dividido, ficando a parte que caiu na Terra sem espiritualidade ou, como poderíamos
dizer, somente com as vestes psico-mentais, e voltadas, portanto, para o mal. A queda do anjo
portador do Mental é um assunto que deverá ser tema de outro estudo.
A crença dos alquimistas da Idade Média na ‘Pedra Filosofal’, que teria o poder de
transmutar qualquer metal em ouro é uma alegoria à Pedra do Graal que traz em si os poderes
do 2º Trono, a espiritualidade ou consciência divina perdida pelo Anjo da Luz, e que Ele,
juntamente com sua corte de 666 anjos caídos11
, passa a buscar incessantemente, busca que
se reflete em quase todos os grandes acontecimentos da história da humanidade.
O Graal Pedra associa-se à parte do processo iniciático ligado aos totens, porque a pedra
é um objeto ao qual pode ser associado um significado superior ou sagrado. Os totens são
uma tentativa do homem de expressar, por meio de símbolos ligados aos reinos, a ação das
divindades nos planos materiais.
No universo manifestado há um grupo de divindades responsável por cada função e
cada atributo em cada um dos planos de manifestação. Cada um dos reinos é regido por uma
hierarquia de incontáveis seres ou funções e cada grupo da hierarquia responde ou trabalha
uma função ou atributo específico de um dado reino.
Tomemos, como exemplo, o reino mineral. Neste caso, há um grupo de divindades
responsáveis pela manifestação de cada um dos 92 elementos naturais e há grupos de
divindades responsáveis pelas substâncias formadas através das ligações dos elementos entre
si.
11
Também chamados de Assuras, cujo significado é ‘não deus’ ou demônio. Os Assuras são
representados nas pinturas antigas da Índia como seres demoníacos, devido a sua rebeldia congênita,
fruto da revolta de seu Chefe Supremo, o Senhor das Hostes Celestiais, o Anjo Caído. São seres de
elevada hierarquia, fruto da primeira Cadeia de nosso 4º Sistema e que deram ao Homem o princípio da
egoidade ou ahamkara. Nota do autor
Assim, há as divindades que respondem pela criação e manutenção do elemento
oxigênio, O. E há outro grupo de divindades igualmente responsáveis pelo elemento
hidrogênio, H. Quando dois átomos de hidrogênio e um átomo de oxigênio se ligam para
formar uma molécula de água, além dos grupos de hierarquias já envolvidos com os dois
elementos, H e O, entra em ação um terceiro grupo responsável pela formação, manutenção e
propriedades da substância água (H2O) em seus diversos estados físicos. Assim, quando a água,
em temperatura ambiente, se apresenta líquida, o grupo de divindades responsáveis pela água
tem o poder de interagir mais intimamente com o táttiva12
Apas naquela condição em que se
encontra a água, imprimindo nesta o estado líquido e as propriedades características da água
nesse estado físico, ainda que, para propriedades específicas da água no estado líquido, outros
grupos de hierarquias devam atuar conjuntamente.
O exemplo anterior é uma tentativa de ilustrar uma verdade da Filosofia Oculta que diz
que todas as propriedades da matéria são fruto da existência e atuação de inúmeros grupos de
divindades ou hierarquias de seres divinos em ação no Terceiro Trono.
A seguir podemos ver as diversas propriedades conhecidas da matéria e aquilatar quão
complexa deve ser a atuação dos diversos grupos de seres divinos que atuam na origem dessas
diversas propriedades que, muitas vezes, são interdependentes.
Propriedades
Gerais
Propriedades
Específicas
Químicas Físicas Organolépticas Funcionais
Massa Combustível Ponto de fusão Odor Ácidos
Volume Oxidante Ponto de
ebulição
Sabor Bases
Inércia Corrosivo Densidade Cor Sais
Impenetrabilidade Explosivo Solubilidade Brilho Óxidos
Divisibilidade Efervescência Condutividade
elétrica
Textura
Compressibilidade Fermentação Maleabilidade Som
Elasticidade Magnetismo
Indestrutibilidade Ductibilidade
Extensão Dureza
Descontinuidade Viscosidade
Um exemplo da interdependência das diversas propriedades é a viscosidade e a inércia.
A viscosidade de um fluído determina seu grau de resistência ao escoamento, o que podemos
imaginar como sua inércia quanto a passar do estado de repouso ao de movimento.
12
Seidade, a realidade por trás do mundo fenomenal. Os tattvas representam o lado da consciência, do
espírito, em contraste com os dathus ou bhutas que, como elementos representam o lado material ou
veicular dos seres. São chamados de princípios da natureza enquanto os dathus ou bhutas são os
elementos da natureza. Os tattvas e os bhutas são inseparáveis e trabalham juntos já que espírito e
matéria são fundamentalmente um. Exotericamente, os tattvas são usualmente contados como cinco,
mas, esotericamente, eles são considerados como sete: adi-tattva (primordial); anupadaka-tattva (sem
pais); Akasha-tattva (éter); vayu-tattva (ar); tejas-tattva (fogo); apas-tattva (água) e prithivi-tattva
(terra). Encyclopedic Theosophical Glossary. G. de Purucker
Após essa breve digressão, vamos retomar o estudo do totemismo.
Como há grupos de seres divinos relacionados a cada uma das propriedades da matéria,
todos os poderes, forças e fenômenos da natureza podem ser associadas à ação de um ou
mais grupos de divindades que atuam nos diversos reinos.
Um totem pode ser um objeto, uma pedra, uma planta ou um animal ou uma
combinação destes. A essência do totemismo está em saber estabelecer a exata relação entre
o totem e a divindade ou divindades que ele representa, pois, através do totem, busca-se
obter a força ou poder associado à respectiva hierarquia divina. Desse modo, o totem é
sempre um símbolo sagrado13
, associado a poderes e funções divinas.
Devemos entender que cada elemento químico, cada substância química, cada tipo de
mineral ou rocha, cada tipo de líquido, cada um dos variados gases existentes, cada espécie de
planta, cada espécie de animal sobre a Terra, cada elemento da natureza14
e cada força e
manifestação na natureza constituem e representam o esforço evolutivo de uma hierarquia
específica, com funções e poderes particulares, e que atendem a certa determinação imposta
pelo Plano Divino15
. O conhecimento das funções e forças de tudo quanto possui expressão,
física ou sutil, é o fundamento do totemismo. Neste sentido, o totemismo, enquanto culto de
adoração aos totens, é mais do que uma religião e pode ser considerado uma ciência, não no
sentido comum do termo e sim em seu sentido superior, uma vez que tal conhecimento exige
a posse de dons que transcendem os sentidos e, portanto, não podem ser alcançados pelo
homem comum, que utiliza apenas seu intelecto na busca do entendimento do universo que o
cerca.
O homem, sendo a síntese de todos os reinos, traz em sua constituição integral os
valores, funções e poderes de todas as hierarquias em função na Terra, razão pela qual muitos
povos e muitas culturas criaram seus totens como uma maneira de exaltar e/ou evocar tais
poderes.
Os totens representam, em última análise, a necessidade do homem de expressar uma
realidade intraduzível, inefável, É a tentativa de desvelar o númeno16
por trás do fenômeno.
Poderíamos ainda dizer que é a busca pelo decifrar da atuação das hierarquias de seres
divinos, cuja ação está muito além da capacidade humana de compreensão. Neste sentido, o
culto do Graal Pedra se revela como uma espécie de totemismo, dada a profunda
subjetividade de seu significado.
13
Relativo ou inerente a Deus, a uma divindade, à religião, ao culto ou aos ritos; sacro, santo. Nota do
autor
14
Ar, Fogo, Água, Terra e Éter. Nota do autor
15
Plano idealizado na Mente Divina e que determina as etapas a serem alcançadas em cada um dos
diversos ciclos evolutivos que compõem o período total de manifestação ou Mahamanvantara. Nota do
autor
16
A essência de algo, aquilo que faz algo ser o que é, em contraste e relação com o fenômeno, aquilo
que aparece aos sentidos. Nota do autor. No kantismo, o númeno é o real tal como existe em si mesmo,
de forma independente da perspectiva necessariamente subjetiva em que se dá todo o conhecimento
humano. Wikipedia
2.2.3. O Graal como Livro
O mistério do Graal também está associado a um livro, mas não a um livro qualquer e
sim a um Livro que contém os verdadeiros conhecimentos transcendentes que podem
conduzir de volta as criaturas humanas ao seu verdadeiro e original estado divino.
O Livro do Graal não pode ser lido por quem esteja despreparado para ter contato com
seus elevados valores. Veja que a referência foi aos valores e não aos conhecimentos ou
ensinamentos. De fato, o Livro do Graal é como um perfume que espalha sua fragrância sobre
aqueles que com ele entram em contato. Ele não pode ser lido somente com os olhos e com o
intelecto. Ele não é racional, ainda que sua razão seja a mais elevada de todas.
Sabemos que as escrituras hindus apresentam dois cânones distintos: o smriti (tradição,
aquele ou aquilo que é lembrado) e o shruti (revelação, aquilo que é ouvido). Dentro desse
conceito, o Livro do Graal se apresenta como shruti, pois contém as revelações que podem
elevar o estado de consciência dos homens aos mais elevados cumes de sua evolução.
O Livro do Graal não está acessível aos homens comuns, ainda presos às teias da vida
mundana. Somente aqueles que iniciam o verdadeiro processo de transformação interior e
conseguem colocar a mente ao lado do coração, ou como se costuma dizer, conseguem passar
a sentir com a mente e pensar com o coração, somente tais homens podem ter acesso aos
excelsos conhecimentos graalinos.
Todo conhecimento verdadeiramente revelador, uma vez escrito, torna-se parte do
Livro de Graal. Neste caso, não há a necessidade de contiguidade17
. O conhecimento divino é
como uma luz que esparge de um centro e se irradia em todas as direções, nenhum raio de luz
pode ser diferente de outro raio e todos são um, mesmo que incidindo em diferentes lugares.
Todo verdadeiro livro do Conhecimento Divino18
é como um tulku19
do Livro do Graal, de modo
17
Estado ou condição do que está contíguo; proximidade; vizinhança. Nota do autor
18
Teosofia. Nota do autor
19
A doutrina dos tulkus é vasta. Há diferentes tipos de tulkus e o conceito é bem próximo do conceito
hindu de avatara. É um conceito tibetano aplicável aos Lamas de alta hierarquia, especialmente aqueles
que têm a capacidade de se lembrar de suas ocupações e realizações em uma encarnação anterior. Os
dois tulkus mais importantes do Budismo Tibetano são o Tashi Lama e o Dalai Lama, cujas encarnações
que o Graal Livro é o Mistério do Graal que se apresenta velado ou revelado nas escrituras
sagradas.
3. A Ordem do Santo Graal
Existem referências a muitas Ordens Secretas ao longo da história e todas estão, de um
modo ou de outro, ligadas a uma Ordem Original chamada Ordem dos Traichu Marutas20
, que
foi formada no início da Raça Ariana como posto avançado do Governo Oculto do Mundo na
face da Terra. Todas as Ordens Secretas estão ligadas entre si, diferenciando-se em suas
missões em função da cultura e da localização espacial e temporal em que se encontram.
O Mistério do Santo Graal, tendo se originado na Atlântida, reaparece com toda força na
Tragédia do Gólgota, dando, posteriormente, origem à lenda do Rei Arthur e os 12 Cavaleiros
da Távola Redonda, quando supostamente José de Arimateia leva o cálice com o sangue do
Cristo para a Grã-Bretanha.
Desde a Crucificação do Cristo, nenhuma Ordem Secreta na face da Terra tem sido maior
que a Ordem do Santo Graal, Ordem fundada com o objetivo de manter os valores do trabalho
daquele avatara no seio da humanidade, através de grandes seres trabalhando em todos os
setores da atividade humana.
A Ordem do Santo Graal tem como dirigente supremo o Rei de Melki-Tsedeck, também
chamado de Rei do Mundo21
, expressão viva do próprio Logos Planetário da presente Cadeia.
Abaixo deste grandioso Ser há os representantes das diversas Hierarquias Superiores em ação
na presente Cadeia e Ronda. Há, primeiramente, os quatro Kumaras como expressões terrenas
dos planetários das Cadeias e Sistemas anteriores e também do atual. E há ainda o quinto
Kumara em formação, este já como macho-fêmea, uma vez que os seres do Quinto Sistema
serão todos andróginos. E já caminhamos rápido para o androginismo no final desta 4ª Cadeia
e 4º Sistema.
Juntamente aos Kumaras, temos os Assuras, Agniswattas22
e Barishads23
. Os
representantes dessas Hierarquias assumem diversas posições no GOM e influem em todos os
setores da humanidade, auxiliados pelos Adeptos Independentes, seres do 4º Sistema,
Mônadas Jivas24
que já atingiram o estado de consciência átmico. Alguns desses Adeptos
Independentes ou Mahatmas têm auxiliado o trabalho do GOM, especialmente na transição
são encarnações diretas e contínuas de encarnações anteriores. Um tipo interessante de tulku acontece
quando um grande ser, um mahatma por exemplo, envia um raio de si mesmo para tomar um corpo,
temporariamente ou por até uma vida inteira. Este corpo ou ser assume então os poderes e valores
espirituais do grande ser, tendo, muitas vezes, a mesma aparência, caso o mahatma se encontre
encarnado. E pode haver mais de um ser com a mesma aparência e na mesma condição de tulku de um
mesmo mahatma. Encyclopedic Theosophical Glossary. G. de Purucker
20
Esta Ordem está hoje nos Mundos Internos, inacessível à maioria dos seres humanos. Nota do Autor
21
Outro nome que lhe é atribuído é o de Mahachoan. Nota do autor
22
Pitris Solares. Nota do Autor
23
Pitris Lunares. Nota do Autor
24
Nome dado à Hierarquia formada pelos seres humanos que atingirem o objetivo até o término da
presente 4ª cadeia. Nota do autor
do Centro do GOM do Oriente (Tibet) para o Ocidente, nas Américas, com foco central na
América do Sul, e mais particularmente no Brasil. O trabalho dos Adeptos que auxiliaram
Helena Petrovna Blavatsky na fundação da The Theosophical Society nos Estados Unidos fez
parte do movimento de translação dos valores espirituais do Oriente para o Ocidente. Mas os
Adeptos continuaram este trabalho, mesmo após o retorno da The Theosophical Society para a
Índia, e grande parte das ações destes seres e de outros ainda mais elevados tem estado
concentrada no Brasil, alguns com origem em Portugal e outros com origens em solo
brasileiro.
Em sua atuação na face da Terra, a Ordem do Santo Graal trabalha os três aspectos:
sátivicos, rajásicos e tamásicos da atividade humana, em todos os setores da atividade
humana: político, religioso, filosófico, científico, artístico, social, esportivo, entretenimento,
comunicação, jornalismo etc. Para tanto, compõe-se sempre, em seu aspecto mais oculto, de
32 seres: 12 internos, 10 intermediários e 10 externos, que orbitam em torno da expressão
cíclica do Rei de MT. Estes 32 seres sintetizam os 32 valores do Buda, que representam nada
menos que o brilho ou iluminação das 32 pétalas dos quatro chacras inferiores25
, o que
significa o mesmo que um Budha ou homem realizado no presente ciclo.
A Taça do Graal e o Sol de 32 Raios, representação máxima da evolução no ciclo atual
Os 12 seres do circulo interno, aqueles de maior poder, conhecimento e pureza, podem
ser reconhecidos na Lenda do Rei Arthur como os Doze Cavaleiros da Távola Redonda ou as 12
Pétalas do Chacra Cardíaco que, uma vez iluminadas, tornam o homem um Adepto ou Ser
Perfeito.
Ex-Occidente Lux!
Referência:
[1] - https://diariodeumlinguista.com/2020/08/17/graal-um-verdadeiro-fossil-linguistico/
consultado em 27/02/2022
25
Quatro pétalas do chacra raiz, seis do chacra esplênico, dez do chacra umbilical e doze do chacra
cardíaco. Nota do Autor

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  • 2. 1. Etimologia da palavra ‘graal’ A palavra graal vem do latim gradalis, palavra de uso corrente na Idade Média para designar um tipo de cálice. Esta palavra caiu em desuso após o fim da Idade Média e parou de evoluir, mantendo, com isso, as duas vogais ‘a’ que, naturalmente, deveriam se fundir pelo processo da crase. A palavra parece um estrangeirismo, mas é um vocábulo legitimamente português [1]. 2. O Mistério em Torno do Graal O mistério do Graal está ligado à coleta do sangue divino, sangue dos grandes seres que encarnaram na Terra desde os primórdios da Raça Atlante e que foram vítimas da incompreensão humana, tendo seus sangues recolhidos em uma taça, chamada Taça do Graal, taça que contém, dentre outros, os sangues do Rei e da Rainha da oitava cidade atlante, hoje Shamballah1 , e também na Tragédia do Gólgota o sangue de Jesohua Ben Pandira, o Cristo, conhecido ocultamente como o 5º Boddhisattva2 , um produto da 5ª Sub-Raça da 5ª Raça Ariana. O Mistério do Graal se inicia com o primeiro deicídio ocorrido na Atlântida3 . É uma história longa, cheia de símbolos e interpretações. O próprio Lúcifer, uma expressão psico- mental de um grandioso Ser, dela participa, mas sem êxito. Alguns dizem que da fronte do próprio Lúcifer foi retirada a esmeralda4 que serviu para que se esculpisse com ela a Taça do Santo Graal. Este Mistério, envolto em muitos mitos e lendas, que muitas vezes confundem as mentes despreparadas, liga-se à manutenção da presença da divindade na Terra, divindade que é quase sempre avatárica, ou seja, precipitada do Akâsha ou 2º Trono, o Plano da Mãe Divina, ou da divindade hindu Vishnu. Daí, muitas vezes a referência aos Avataras de Vishnu como aqueles com os mais elevados estados de consciência. Por estar ligado à presença do Avatara na Terra e, consequentemente, ao conhecimento avatárico, o simbolismo do Graal funde-se aos arquétipos da evolução da humanidade e ao mistério da Iniciação. O culto ao Santo Graal foi um estratagema engendrado pelo Governo Oculto do Mundo para que se mantivesse viva na memória dos povos a tradição do sacrifício da divindade em prol da evolução da humanidade. 1 Shamballah é conhecida com a cidade da Luz eterna, a cidade dos deuses onde vive o Rei de MT, os Kumaras primordiais e os Manasaputras (filhos do mental). É a oitava cidade em torno da qual adejam as sete cidades da Agartha. Nota do autor 2 Cada Sub-Raça tem como produto um Boddhisattva e cada Raça-Raiz tem como produto um Budha. Nota do autor 3 Nome do continente onde floresceu e pereceu a 4ª Raça Raiz, a Atlante. O nome oculto deste antigo continente era Kusha-Dwipa. Nota do autor 4 A pedra esmeralda é verde. Possui, portanto, atributo inerente aos poderes dessa cor que, ocultamente, se associam à Fohat. O verde se obtém da união das cores amarelo e azul, duas cores primárias associadas aos 1º e 2º Tronos ou ao Pai e à Mãe. Nota do autor
  • 3. É importante que se entenda porque há a tradição da coleta do sangue dos seres divinos que, encarnando na face da Terra, sacrificam-se pela humanidade. O sangue tem um profundo significado na evolução dos seres. Sua cor vermelha é associada ao guna5 chamado tamas, que expressa a inércia da matéria, a qual tem de ser vencida pela atividade ou mobilidade da mente, um atributo do guna rajas. Mas, ao mesmo tempo, o sangue tem o sentido de valor ou estado evolutivo, por isso mesmo ligado à família, ao clã, ao ramo racial, à sub-raça e à raça a que se pertence. 2.1.O Sangue e a Energia Vital Sabemos que a energia vital flui em nosso corpo vital através dos nâdis6 espalhados por todo aquele corpo. O fluxo da energia vital ocorre de acordo com o estado evolutivo do ser, representado, no corpo vital, pelo grau de desenvolvimento e atividade dos inúmeros chacras7 , mais particularmente os sete chacras principais. Como o corpo vital é responsável pela vitalização do corpo físico e é também a ponte ou meio de comunicação entre os corpos mental e emocional e o corpo físico, as vibrações mentais e emocionais imprimem, através do corpo vital, vibrações correspondentes nas células do corpo físico. Com isso, os estados vibratórios das células do corpo físico passam a refletir os estados ou qualidades vibratórias dos pensamentos e emoções do indivíduo. Sendo o sangue o grande distribuidor de toda a matéria sólida, líquida e gasosa para as células do corpo, ele é o componente de nosso corpo que tem maior interação com a energia vital. Podemos dizer que o sangue que corre em nossas artérias, veias e capilares é o correspondente, no corpo físico, da energia vital que flui pelos nâdis de nosso corpo vital, O sangue é também o grande distribuidor dos hormônios gerados pelas glândulas hormonais do corpo, havendo uma íntima relação entre as glândulas hormonais e os chacras. Assim, a energia vital absorvida em nosso corpo vital vibra com grande intensidade nas células do sangue, imprimindo a estas as vibrações predominantes dos pensamentos e emoções do indivíduo, as quais, por sua vez, são resultado do estado evolutivo alcançado. Portanto, podemos dizer que o sangue reflete diretamente o estado de consciência ou evolutivo do ser, havendo tantos sangues diferentes na humanidade quanto são os diferentes estados evolutivos dos seres humanos. 5 Palavra em sânscrito com o significado de fio, cordão ou corda de um instrumento musical. Significa também um atributo, qualidade ou peculiaridade. De acordo com a filosofia Sankhya, prakriti possui três qualidades ou atributos básicos: sattva (realidade substancial), rajas (atividade inerente) e tamas (inércia), popularmente associadas à bondade, paixão e escuridão ou virtude, tolice e ignorância. Encyclopedic Theosophical Glossary, G de Purucker 6 A palavra nāḍī vem da raiz nāḍ, e significa rio, córrego, ou fluxo. As nāḍīs são os canais pelos quais circula a força vital no corpo sutil. Nota do autor 7 Também grafado como Chakra, significa “roda” ou “vórtice”. São os centros de energia do corpo vital que têm a função de absorver a energia vital, ou prâna, processar essa energia para a vitalização do corpo físico e expelir a energia utilizada ou excedente, formando um campo energético ao redor do corpo físico, campo chamado de aura ou ovo áurico. Nota do autor
  • 4. 2.2. Os Valores Espirituais são mantidos na Face da Terra Diante do exposto, podemos pensar no sangue de uma pessoa como uma assinatura que reflete seu estado evolutivo. Assim, torna-se fácil entender porque deve haver a coleta do sangue dos seres divinos que se sacrificam em favor da evolução humana. Tal coleta significa a conservação dos valores espirituais daqueles seres, valores que são custodiados pelo Governo Oculto do Mundo, de modo a garantir a continuidade das influências vibratórias dos grandes avataras na face da Terra. Tais vibrações não podem sofrer solução de continuidade e devem permanecer ativas no seio da humanidade até que um novo avatara traga um novo estado de consciência, mais propício a um novo ciclo de evolução e de progresso da humanidade. 2.2.1. O Graal como Taça Podemos imaginar que há diversos meios de se manter viva nas mentes dos homens a tradição do sacrifício divino em prol da evolução. Um deles é a coleta do sangue na Santa Taça, e há uma Taça, talvez parecida como a que se vê na capa deste trabalho, que permanece zelosamente guardada em lugar secreto e interdito à humanidade comum, situado nos chamados Mundos Internos, cujas vibrações são afins às vibrações dos deuses e muito pouco adequadas para um contato direto com a maioria dos seres da face da Terra. Tal Taça, entretanto, tem a função de, em demanda das exigências dos ciclos, vir à face da Terra, em determinados períodos mais propícios às mudanças de estado de consciência dos seres humanos. A presença, na face da Terra, da Taça que contém o sangue ou identidade vibratória de uma série de seres de escol produz um espargir de vibrações superiores, um sonido inaudível, mas tão real quanto qualquer som perceptível aos nossos ouvidos, que passa a impactar nas mentes e corações daqueles que estão preparados para receber suas influências. De modo geral, toda a humanidade se beneficia em alguma extensão dos sonidos da Santa Taça quando esta está presente na face da Terra. Uma das vezes em que a Santa Taça esteve na face da terra foi entre os anos 900 e 985 de nossa era, no Tibet, quando o budismo surgia naquelas plagas sob a influência de Padmasambhava. Todos aqueles que se defrontam com a Santa Taça são considerados os eleitos do ciclo, eleitos por direito adquirido em função de seus próprios esforços evolutivos. Mas devemos lembrar que não há direito que não implique em um dever de mesma envergadura, de modo que aqueles que estão verdadeiramente autorizados a se aproximar da Taça e de suas cósmicas vibrações estão do igual modo encarregados do inalienável dever de trabalhar em favor da evolução de todos os que ainda não atingiram tamanho privilégio. Assim, podermos dizer que o Mistério do Santo Graal representa o Mistério da Iniciação Humana, uma vez que o mistério ou conhecimento divino só pode se apresentar àquele que recebe em sua taça individual - neste caso seu corpo causal ou Eu Superior - os mais elevados valores do ciclo, que tornam o homem comum um Iniciado e, mais tarde, um Adepto. Como homem comum o indivíduo é tal qual uma taça cheia com o licor do sofrimento, chamado na tradição hindu de licor de Soma8 ou da Lua. Como Adepto, o indivíduo é como a taça com o 8 Soma é uma bebida ritual da cultura védica e hindu. É também o nome da própria planta da qual se extrai a bebida, bem como a personificação do Deus dos deuses. Wikipedia
  • 5. licor de Shukra9 , aquela que contém o sangue dos Avataras, também chamado de Licor Eucarístico10 , ou aquele que promove a manifestação do Cristo em nós, simbolicamente entendido como o licor da imortalidade. Soma e Shukra, Lua e Vênus, passado e futuro, ligados pelo Mistério do Graal. O Mistério do Santo Graal é o mistério que desvela todos os símbolos da evolução do homem, mais especialmente para aqueles que demandam um avanço rápido em direção à meta final que é o do estado de consciência átmico ou de Sétima Raça. Em síntese, a busca do Graal significa a eterna busca de nossa prístina pureza ou realidade última, o que é a razão de todos os sabores e dissabores na vida de todas as pessoas. 2.2.2. O Graal como Pedra Além da taça, o Graal possui como símbolo a pedra. A pedra é um símbolo iniciático que representa o próprio homem como pedra bruta a ser lapidada. Sobre a pedra deve descansar a taça, a taça representando o lado espiritual da manifestação e a pedra o lado material ou terrenal. São os dois aspectos da mesma realidade, não podendo um existir sem o outro. 9 Vênus em sânscrito. Nota do autor 10 Eucaristia, do grego εὐχαριστία, "ação de graças", é a renovação do sacrifício de Jesus Cristo no Calvário. Também é denominada de Sagrada Comunhão, Santíssimo Sacramento do Altar, Ceia do Senhor, Santo Sacrifício, entre outros. Wikipedia
  • 6. Com o copo voltado para cima, para o Superior, a Taça simboliza o homem espiritual. Mas toda essência espiritual tem como polo dialético um veículo ou veste material, o que é representado pela pedra. O reino mineral é o primeiro reino e todos os demais reinos apoiam- se nele. Muito provavelmente, a lenda da Pedra do Graal apoia-se também na crença de que a Taça do Graal foi talhada a partir da esmeralda extraída da fronte de Lúcifer quando de sua vertiginosa queda. A pedra representaria assim, o terceiro olho ou a sabedoria que deixou Lúcifer dividido, ficando a parte que caiu na Terra sem espiritualidade ou, como poderíamos dizer, somente com as vestes psico-mentais, e voltadas, portanto, para o mal. A queda do anjo portador do Mental é um assunto que deverá ser tema de outro estudo. A crença dos alquimistas da Idade Média na ‘Pedra Filosofal’, que teria o poder de transmutar qualquer metal em ouro é uma alegoria à Pedra do Graal que traz em si os poderes do 2º Trono, a espiritualidade ou consciência divina perdida pelo Anjo da Luz, e que Ele, juntamente com sua corte de 666 anjos caídos11 , passa a buscar incessantemente, busca que se reflete em quase todos os grandes acontecimentos da história da humanidade. O Graal Pedra associa-se à parte do processo iniciático ligado aos totens, porque a pedra é um objeto ao qual pode ser associado um significado superior ou sagrado. Os totens são uma tentativa do homem de expressar, por meio de símbolos ligados aos reinos, a ação das divindades nos planos materiais. No universo manifestado há um grupo de divindades responsável por cada função e cada atributo em cada um dos planos de manifestação. Cada um dos reinos é regido por uma hierarquia de incontáveis seres ou funções e cada grupo da hierarquia responde ou trabalha uma função ou atributo específico de um dado reino. Tomemos, como exemplo, o reino mineral. Neste caso, há um grupo de divindades responsáveis pela manifestação de cada um dos 92 elementos naturais e há grupos de divindades responsáveis pelas substâncias formadas através das ligações dos elementos entre si. 11 Também chamados de Assuras, cujo significado é ‘não deus’ ou demônio. Os Assuras são representados nas pinturas antigas da Índia como seres demoníacos, devido a sua rebeldia congênita, fruto da revolta de seu Chefe Supremo, o Senhor das Hostes Celestiais, o Anjo Caído. São seres de elevada hierarquia, fruto da primeira Cadeia de nosso 4º Sistema e que deram ao Homem o princípio da egoidade ou ahamkara. Nota do autor
  • 7. Assim, há as divindades que respondem pela criação e manutenção do elemento oxigênio, O. E há outro grupo de divindades igualmente responsáveis pelo elemento hidrogênio, H. Quando dois átomos de hidrogênio e um átomo de oxigênio se ligam para formar uma molécula de água, além dos grupos de hierarquias já envolvidos com os dois elementos, H e O, entra em ação um terceiro grupo responsável pela formação, manutenção e propriedades da substância água (H2O) em seus diversos estados físicos. Assim, quando a água, em temperatura ambiente, se apresenta líquida, o grupo de divindades responsáveis pela água tem o poder de interagir mais intimamente com o táttiva12 Apas naquela condição em que se encontra a água, imprimindo nesta o estado líquido e as propriedades características da água nesse estado físico, ainda que, para propriedades específicas da água no estado líquido, outros grupos de hierarquias devam atuar conjuntamente. O exemplo anterior é uma tentativa de ilustrar uma verdade da Filosofia Oculta que diz que todas as propriedades da matéria são fruto da existência e atuação de inúmeros grupos de divindades ou hierarquias de seres divinos em ação no Terceiro Trono. A seguir podemos ver as diversas propriedades conhecidas da matéria e aquilatar quão complexa deve ser a atuação dos diversos grupos de seres divinos que atuam na origem dessas diversas propriedades que, muitas vezes, são interdependentes. Propriedades Gerais Propriedades Específicas Químicas Físicas Organolépticas Funcionais Massa Combustível Ponto de fusão Odor Ácidos Volume Oxidante Ponto de ebulição Sabor Bases Inércia Corrosivo Densidade Cor Sais Impenetrabilidade Explosivo Solubilidade Brilho Óxidos Divisibilidade Efervescência Condutividade elétrica Textura Compressibilidade Fermentação Maleabilidade Som Elasticidade Magnetismo Indestrutibilidade Ductibilidade Extensão Dureza Descontinuidade Viscosidade Um exemplo da interdependência das diversas propriedades é a viscosidade e a inércia. A viscosidade de um fluído determina seu grau de resistência ao escoamento, o que podemos imaginar como sua inércia quanto a passar do estado de repouso ao de movimento. 12 Seidade, a realidade por trás do mundo fenomenal. Os tattvas representam o lado da consciência, do espírito, em contraste com os dathus ou bhutas que, como elementos representam o lado material ou veicular dos seres. São chamados de princípios da natureza enquanto os dathus ou bhutas são os elementos da natureza. Os tattvas e os bhutas são inseparáveis e trabalham juntos já que espírito e matéria são fundamentalmente um. Exotericamente, os tattvas são usualmente contados como cinco, mas, esotericamente, eles são considerados como sete: adi-tattva (primordial); anupadaka-tattva (sem pais); Akasha-tattva (éter); vayu-tattva (ar); tejas-tattva (fogo); apas-tattva (água) e prithivi-tattva (terra). Encyclopedic Theosophical Glossary. G. de Purucker
  • 8. Após essa breve digressão, vamos retomar o estudo do totemismo. Como há grupos de seres divinos relacionados a cada uma das propriedades da matéria, todos os poderes, forças e fenômenos da natureza podem ser associadas à ação de um ou mais grupos de divindades que atuam nos diversos reinos. Um totem pode ser um objeto, uma pedra, uma planta ou um animal ou uma combinação destes. A essência do totemismo está em saber estabelecer a exata relação entre o totem e a divindade ou divindades que ele representa, pois, através do totem, busca-se obter a força ou poder associado à respectiva hierarquia divina. Desse modo, o totem é sempre um símbolo sagrado13 , associado a poderes e funções divinas. Devemos entender que cada elemento químico, cada substância química, cada tipo de mineral ou rocha, cada tipo de líquido, cada um dos variados gases existentes, cada espécie de planta, cada espécie de animal sobre a Terra, cada elemento da natureza14 e cada força e manifestação na natureza constituem e representam o esforço evolutivo de uma hierarquia específica, com funções e poderes particulares, e que atendem a certa determinação imposta pelo Plano Divino15 . O conhecimento das funções e forças de tudo quanto possui expressão, física ou sutil, é o fundamento do totemismo. Neste sentido, o totemismo, enquanto culto de adoração aos totens, é mais do que uma religião e pode ser considerado uma ciência, não no sentido comum do termo e sim em seu sentido superior, uma vez que tal conhecimento exige a posse de dons que transcendem os sentidos e, portanto, não podem ser alcançados pelo homem comum, que utiliza apenas seu intelecto na busca do entendimento do universo que o cerca. O homem, sendo a síntese de todos os reinos, traz em sua constituição integral os valores, funções e poderes de todas as hierarquias em função na Terra, razão pela qual muitos povos e muitas culturas criaram seus totens como uma maneira de exaltar e/ou evocar tais poderes. Os totens representam, em última análise, a necessidade do homem de expressar uma realidade intraduzível, inefável, É a tentativa de desvelar o númeno16 por trás do fenômeno. Poderíamos ainda dizer que é a busca pelo decifrar da atuação das hierarquias de seres divinos, cuja ação está muito além da capacidade humana de compreensão. Neste sentido, o culto do Graal Pedra se revela como uma espécie de totemismo, dada a profunda subjetividade de seu significado. 13 Relativo ou inerente a Deus, a uma divindade, à religião, ao culto ou aos ritos; sacro, santo. Nota do autor 14 Ar, Fogo, Água, Terra e Éter. Nota do autor 15 Plano idealizado na Mente Divina e que determina as etapas a serem alcançadas em cada um dos diversos ciclos evolutivos que compõem o período total de manifestação ou Mahamanvantara. Nota do autor 16 A essência de algo, aquilo que faz algo ser o que é, em contraste e relação com o fenômeno, aquilo que aparece aos sentidos. Nota do autor. No kantismo, o númeno é o real tal como existe em si mesmo, de forma independente da perspectiva necessariamente subjetiva em que se dá todo o conhecimento humano. Wikipedia
  • 9. 2.2.3. O Graal como Livro O mistério do Graal também está associado a um livro, mas não a um livro qualquer e sim a um Livro que contém os verdadeiros conhecimentos transcendentes que podem conduzir de volta as criaturas humanas ao seu verdadeiro e original estado divino. O Livro do Graal não pode ser lido por quem esteja despreparado para ter contato com seus elevados valores. Veja que a referência foi aos valores e não aos conhecimentos ou ensinamentos. De fato, o Livro do Graal é como um perfume que espalha sua fragrância sobre aqueles que com ele entram em contato. Ele não pode ser lido somente com os olhos e com o intelecto. Ele não é racional, ainda que sua razão seja a mais elevada de todas. Sabemos que as escrituras hindus apresentam dois cânones distintos: o smriti (tradição, aquele ou aquilo que é lembrado) e o shruti (revelação, aquilo que é ouvido). Dentro desse conceito, o Livro do Graal se apresenta como shruti, pois contém as revelações que podem elevar o estado de consciência dos homens aos mais elevados cumes de sua evolução. O Livro do Graal não está acessível aos homens comuns, ainda presos às teias da vida mundana. Somente aqueles que iniciam o verdadeiro processo de transformação interior e conseguem colocar a mente ao lado do coração, ou como se costuma dizer, conseguem passar a sentir com a mente e pensar com o coração, somente tais homens podem ter acesso aos excelsos conhecimentos graalinos. Todo conhecimento verdadeiramente revelador, uma vez escrito, torna-se parte do Livro de Graal. Neste caso, não há a necessidade de contiguidade17 . O conhecimento divino é como uma luz que esparge de um centro e se irradia em todas as direções, nenhum raio de luz pode ser diferente de outro raio e todos são um, mesmo que incidindo em diferentes lugares. Todo verdadeiro livro do Conhecimento Divino18 é como um tulku19 do Livro do Graal, de modo 17 Estado ou condição do que está contíguo; proximidade; vizinhança. Nota do autor 18 Teosofia. Nota do autor 19 A doutrina dos tulkus é vasta. Há diferentes tipos de tulkus e o conceito é bem próximo do conceito hindu de avatara. É um conceito tibetano aplicável aos Lamas de alta hierarquia, especialmente aqueles que têm a capacidade de se lembrar de suas ocupações e realizações em uma encarnação anterior. Os dois tulkus mais importantes do Budismo Tibetano são o Tashi Lama e o Dalai Lama, cujas encarnações
  • 10. que o Graal Livro é o Mistério do Graal que se apresenta velado ou revelado nas escrituras sagradas. 3. A Ordem do Santo Graal Existem referências a muitas Ordens Secretas ao longo da história e todas estão, de um modo ou de outro, ligadas a uma Ordem Original chamada Ordem dos Traichu Marutas20 , que foi formada no início da Raça Ariana como posto avançado do Governo Oculto do Mundo na face da Terra. Todas as Ordens Secretas estão ligadas entre si, diferenciando-se em suas missões em função da cultura e da localização espacial e temporal em que se encontram. O Mistério do Santo Graal, tendo se originado na Atlântida, reaparece com toda força na Tragédia do Gólgota, dando, posteriormente, origem à lenda do Rei Arthur e os 12 Cavaleiros da Távola Redonda, quando supostamente José de Arimateia leva o cálice com o sangue do Cristo para a Grã-Bretanha. Desde a Crucificação do Cristo, nenhuma Ordem Secreta na face da Terra tem sido maior que a Ordem do Santo Graal, Ordem fundada com o objetivo de manter os valores do trabalho daquele avatara no seio da humanidade, através de grandes seres trabalhando em todos os setores da atividade humana. A Ordem do Santo Graal tem como dirigente supremo o Rei de Melki-Tsedeck, também chamado de Rei do Mundo21 , expressão viva do próprio Logos Planetário da presente Cadeia. Abaixo deste grandioso Ser há os representantes das diversas Hierarquias Superiores em ação na presente Cadeia e Ronda. Há, primeiramente, os quatro Kumaras como expressões terrenas dos planetários das Cadeias e Sistemas anteriores e também do atual. E há ainda o quinto Kumara em formação, este já como macho-fêmea, uma vez que os seres do Quinto Sistema serão todos andróginos. E já caminhamos rápido para o androginismo no final desta 4ª Cadeia e 4º Sistema. Juntamente aos Kumaras, temos os Assuras, Agniswattas22 e Barishads23 . Os representantes dessas Hierarquias assumem diversas posições no GOM e influem em todos os setores da humanidade, auxiliados pelos Adeptos Independentes, seres do 4º Sistema, Mônadas Jivas24 que já atingiram o estado de consciência átmico. Alguns desses Adeptos Independentes ou Mahatmas têm auxiliado o trabalho do GOM, especialmente na transição são encarnações diretas e contínuas de encarnações anteriores. Um tipo interessante de tulku acontece quando um grande ser, um mahatma por exemplo, envia um raio de si mesmo para tomar um corpo, temporariamente ou por até uma vida inteira. Este corpo ou ser assume então os poderes e valores espirituais do grande ser, tendo, muitas vezes, a mesma aparência, caso o mahatma se encontre encarnado. E pode haver mais de um ser com a mesma aparência e na mesma condição de tulku de um mesmo mahatma. Encyclopedic Theosophical Glossary. G. de Purucker 20 Esta Ordem está hoje nos Mundos Internos, inacessível à maioria dos seres humanos. Nota do Autor 21 Outro nome que lhe é atribuído é o de Mahachoan. Nota do autor 22 Pitris Solares. Nota do Autor 23 Pitris Lunares. Nota do Autor 24 Nome dado à Hierarquia formada pelos seres humanos que atingirem o objetivo até o término da presente 4ª cadeia. Nota do autor
  • 11. do Centro do GOM do Oriente (Tibet) para o Ocidente, nas Américas, com foco central na América do Sul, e mais particularmente no Brasil. O trabalho dos Adeptos que auxiliaram Helena Petrovna Blavatsky na fundação da The Theosophical Society nos Estados Unidos fez parte do movimento de translação dos valores espirituais do Oriente para o Ocidente. Mas os Adeptos continuaram este trabalho, mesmo após o retorno da The Theosophical Society para a Índia, e grande parte das ações destes seres e de outros ainda mais elevados tem estado concentrada no Brasil, alguns com origem em Portugal e outros com origens em solo brasileiro. Em sua atuação na face da Terra, a Ordem do Santo Graal trabalha os três aspectos: sátivicos, rajásicos e tamásicos da atividade humana, em todos os setores da atividade humana: político, religioso, filosófico, científico, artístico, social, esportivo, entretenimento, comunicação, jornalismo etc. Para tanto, compõe-se sempre, em seu aspecto mais oculto, de 32 seres: 12 internos, 10 intermediários e 10 externos, que orbitam em torno da expressão cíclica do Rei de MT. Estes 32 seres sintetizam os 32 valores do Buda, que representam nada menos que o brilho ou iluminação das 32 pétalas dos quatro chacras inferiores25 , o que significa o mesmo que um Budha ou homem realizado no presente ciclo. A Taça do Graal e o Sol de 32 Raios, representação máxima da evolução no ciclo atual Os 12 seres do circulo interno, aqueles de maior poder, conhecimento e pureza, podem ser reconhecidos na Lenda do Rei Arthur como os Doze Cavaleiros da Távola Redonda ou as 12 Pétalas do Chacra Cardíaco que, uma vez iluminadas, tornam o homem um Adepto ou Ser Perfeito. Ex-Occidente Lux! Referência: [1] - https://diariodeumlinguista.com/2020/08/17/graal-um-verdadeiro-fossil-linguistico/ consultado em 27/02/2022 25 Quatro pétalas do chacra raiz, seis do chacra esplênico, dez do chacra umbilical e doze do chacra cardíaco. Nota do Autor