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Projeto europeu
C-ROADS Portugal:
cooperação a todos os níveis
nas estradas portuguesas
ASSIM, FOI COM NATURALIDADE que, em no-
vembro de 2017, foi oficializada a adesão do
nosso país à Plataforma C-ROADS, juntamente
commaissetepaíseseuropeus(Dinamarca,Espa-
nha, Finlândia, Hungria, Itália, Noruega e Suécia).
A implementação do projeto C-ROADS em Por-
tugal segue as principais diretivas da plataforma
europeia: será necessário desenvolver, partilhar
e implementar especificações técnicas comuns
aos vários sistemas, mas também planear testes
in situ de modo a garantir a interoperabilidade
e comunicação entre sistemas, equipamentos e
redes de diferentes países.
O projeto português é promovido pelo Ministé-
rio do Planeamento e das Infraestruturas (MPI) e
coordenado pelo Instituto da Mobilidade e dos
Transportes (IMT), estando envolvidos 31 parcei-
ros nacionais, entre câmaras municipais e entida-
des públicas, concessionárias públicas e privadas
de autoestradas, instituições de ensino, parceiros
tecnológicos e de consultoria privados. O projeto
conta ainda com o apoio do ITS Portugal desde
o primeiro dia.
É, por isso, indispensável que a cooperação entre
os vários parceiros do C-ROADS Portugal assente
numa harmonização pura dos diferentes servi-
ços, de modo a garantir a sua implementação
de forma sustentável e eficiente. Estes serviços,
comummente denominados de “Day-1” ou
“Day-1,5”, incluem, entre outros, a priorização
aos veículos pesados de emergência, a notifica-
ção de trabalhos na via, condições atmosféricas,
congestionamentos ou veículos parados, a otimi-
zação semafórica e a informação de lugares de
estacionamento.
Em Portugal, as atividades do projeto a ser desen-
volvidas agrupam-se em três pilares fundamen-
tais: preparação da infraestrutura, conexões nos
nós urbanos e partilha de dados. Estão previstos,
dentro destas três áreas, cinco “macro-pilotos”
(atividades 6 a 10 do projeto) que se dividem em
15 subatividades que irão testar todos os serviços
de “Day-1” (geralmente menos complexos) e al-
guns de “Day-1,5”.
Da preparação da infraestrutura…
O primeiro “macro-piloto” desta atividade visa
expandir a rede de C-ITS já existente, baseada
fundamentalmente em projetos anteriores tam-
bém cofinanciados pela Comissão Europeia,
como o SCOOP@F (parte 2). As intervenções
decorrerão essencialmente na rede core (rede
principal) e rede comprehensive, como a A1, A2,
A3, A6, A12, A25, A27 e A28, e em algumas
Formada em 2016 por oito Estados-Membro da União Europeia (Alemanha, Áustria, Bélgica, Eslovénia,
França, Holanda, Reino Unido e República Checa), a Plataforma C-ROADS tem como principal objetivo
interligar as diferentes atividades de Sistemas Cooperativos de Transporte Inteligente (C-ITS). Portugal
não ficou para trás e também já começou a trilhar o seu caminho neste campo.
www.transportesemrevista.com
ATUALIDADES
gerais
28 TR 180 FEVEREIRO 2018
André Ramos (TIS) / Ricardo Tiago (IMT)
vias dos nós urbanos de Lisboa e Porto e frontei-
ras, como a CRIL (onde se incluem os túneis de
Benfica e do Grilo), IC19, N6, A4 (onde também
se incluem as comunicações I2V no túnel do Ma-
rão), VCI, N13, IP5, N4 e A22.
Está também previsto o desenvolvimento de
uma aplicação para o veículo que permita a li-
gação com os equipamentos instalados na A25
e N6, bem como o teste de serviços no interior e
na proximidade do Túnel da Gardunha, na A23.
O segundo “macro-piloto”, por sua vez, visa a
preparação da rede para os “veículos autónomos
e conectados”, através da simulação de diferen-
tes situações frequentes com vista à melhoria da
segurança rodoviária. Deste modo, prevê-se o
teste de vários cenários (use cases) possíveis de
ocorrências na A27 na A28, no norte do país,
bem como a transformação da A2 e da A6 em
“autoestradas inteligentes” – que possibilitem
situações de truck platooning e a transformação
da principal ligação ao Algarve numa verdadeira
holiday highway – e ainda o teste de diferentes
soluções de encaminhamento de tráfego e ce-
nários de portagens dinâmicas em várias secções
de autoestrada.
... às conexões nos nós urbanos...
Os dois maiores “nós urbanos” da rede principal
de Portugal terão também diferentes “casos-
-piloto” programados, dada a importância e a
necessidade de combater o crescente conges-
tionamento registado, que leva a atrasos cada
vez maiores e, por conseguinte, a maiores custos
para a sociedade (também por força do aumen-
to da poluição atmosférica e sonora).
Assim, no nó urbano de Lisboa, estão previstas
cinco subatividades:
• Determinação dos volumes de tráfego e esti-
mativa dos tempos de percurso baseados em
dados de tráfego em tempo real na 2.ª Circu-
lar, com disponibilização aos condutores dessa
informação;
• Implementação de um sistema de deteção de
disponibilidade de estacionamento no Eixo
Central de Lisboa (Campo Grande – Marquês
de Pombal), informando os condutores dessa
disponibilidade, por exemplo, através da app
ePark, e contribuindo para reduzir o “trânsito
parasita” resultante da procura de estaciona-
mento;
• Desenvolvimento de aplicação para veículos
para informação sobre o estado do tráfego,
condicionamentos de trânsito e aproximação
de veículos de emergência, a ser testada na 2.ª
Circular;
• Priorização de veículos BUS e veículos pesados
de emergência em interseções rodoviárias,
através da incorporação de on board units
(OBU), com adaptação de “ondas verdes” para
estes veículos no Eixo Central de Lisboa;
• Desenvolvimento de um “Mobility Hub” em
algumas das principais entradas de Lisboa (A2,
A5 e A9), através da promoção de novos ser-
viços e meios de transporte para integração
com o automóvel (carsharing, carpooling,
parkride, …).
Por sua vez, no nó urbano do Porto, serão desen-
volvidas duas subatividades específicas:
• Monitorização e previsão das condições de
tráfego a duas horas na cidade do Porto, com
possibilidade de criação de planos de contin-
gência pré-definidos para responder às ocor-
rências registadas, a ser implementado (numa
primeira fase) nas zonas da Universidade e da
Avenida de Fernão de Magalhães;
• Integração de uma solução que permita a troca
de informação entre um autocarro, a infraes-
trutura e os restantes veículos, a ser testada na
zona do Amial.
...com um denominador comum:
a partilha de dados!
Hoje em dia, existem diversos “produtores” de
dados (service providers) – em particular as con-
cessionárias públicas e privadas – que já comuni-
cam num formato standard europeu (DATEXII).
Contudo, o “National Access Point” português
ainda não é uma realidade, o que terá de mudar
rapidamente de modo a dar resposta à Diretiva
2010/40/EU. Assim, este “macro-piloto” tem
como objetivo identificar os requisitos técnicos
para o estabelecimento do “SPA – Single Point
of Access” – o acesso dos utilizadores a um úni-
co ponto com informação integrada de tráfego,
não só sobre a rede nacional de autoestradas,
mas, numa fase posterior, sobre toda a rede ro-
doviária nacional. Nesse sentido, está previsto
o desenvolvimento de um protótipo que valide
e avalie as diferentes funcionalidades exigidas,
bem como a criação de uma aplicação para o
consumidor com informação em tempo real
respeitante às condições de tráfego, eventos na
estrada e outro tipo de dados.
De olhos postos no futuro!
No total, o projeto C-ROADS Portugal prevê
equipar quase 1.000 quilómetros de infraestru-
tura rodoviária, e instalar perto de 200 road site
units (RSU) e equipar cerca de 140 veículos com
on board units.
O projeto português é cofinanciado através do
quadro Connecting Europe Facility (CEF) e tem
um valor total orçamentado de quase 8,4 mi-
lhões de euros para um período de realização en-
tre 2017 e 2020. Será, por isso, até ao fim desse
ano, que se espera que todos os pilotos tenham
decorrido sob as chamadas “regras douradas”
para uma implementaçao de sucesso de C-ITS:
interoperabilidade, sustentabilidade, escalabili-
dade, replicabilidade e fiabilidade.
Desta forma, o projeto C-ROADS Portugal con-
tribuirá fortemente para uma realidade coopera-
tiva, conectada e cada vez mais autónoma nas
estradas portuguesas e europeias, contribuindo
assim, na sua quota-parte, para a implementa-
ção da visão europeia para os C-ITS.
PARTILHA
DE DADOS
PREPARAÇÃO DA
INFRAESTRUTURA
RODOVIÁRIA
ATIVIDADE 6
“SINGLE POINT
OF ACCESS”
ATIVIDADE 7
“EXPANSÃO
DA REDE DE C-ITS”
ATIVIDADE 9
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NO NÓ URBANO
DE LISBOA”
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URBANO DO PORTO”
ATIVIDADE 8
“PREPARAÇÃO PARA
VEÍCULOS AUTÓNOMOS” CONEXÕES
NOS NÓS
URBANOS
ATUALIDADES
gerais
29www.transportesemrevista.comFEVEREIRO 2018 TR 180

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C-ROADS Portugal: cooperação a todos os níveis nas estradas portuguesas

  • 1.
  • 2. Projeto europeu C-ROADS Portugal: cooperação a todos os níveis nas estradas portuguesas ASSIM, FOI COM NATURALIDADE que, em no- vembro de 2017, foi oficializada a adesão do nosso país à Plataforma C-ROADS, juntamente commaissetepaíseseuropeus(Dinamarca,Espa- nha, Finlândia, Hungria, Itália, Noruega e Suécia). A implementação do projeto C-ROADS em Por- tugal segue as principais diretivas da plataforma europeia: será necessário desenvolver, partilhar e implementar especificações técnicas comuns aos vários sistemas, mas também planear testes in situ de modo a garantir a interoperabilidade e comunicação entre sistemas, equipamentos e redes de diferentes países. O projeto português é promovido pelo Ministé- rio do Planeamento e das Infraestruturas (MPI) e coordenado pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), estando envolvidos 31 parcei- ros nacionais, entre câmaras municipais e entida- des públicas, concessionárias públicas e privadas de autoestradas, instituições de ensino, parceiros tecnológicos e de consultoria privados. O projeto conta ainda com o apoio do ITS Portugal desde o primeiro dia. É, por isso, indispensável que a cooperação entre os vários parceiros do C-ROADS Portugal assente numa harmonização pura dos diferentes servi- ços, de modo a garantir a sua implementação de forma sustentável e eficiente. Estes serviços, comummente denominados de “Day-1” ou “Day-1,5”, incluem, entre outros, a priorização aos veículos pesados de emergência, a notifica- ção de trabalhos na via, condições atmosféricas, congestionamentos ou veículos parados, a otimi- zação semafórica e a informação de lugares de estacionamento. Em Portugal, as atividades do projeto a ser desen- volvidas agrupam-se em três pilares fundamen- tais: preparação da infraestrutura, conexões nos nós urbanos e partilha de dados. Estão previstos, dentro destas três áreas, cinco “macro-pilotos” (atividades 6 a 10 do projeto) que se dividem em 15 subatividades que irão testar todos os serviços de “Day-1” (geralmente menos complexos) e al- guns de “Day-1,5”. Da preparação da infraestrutura… O primeiro “macro-piloto” desta atividade visa expandir a rede de C-ITS já existente, baseada fundamentalmente em projetos anteriores tam- bém cofinanciados pela Comissão Europeia, como o SCOOP@F (parte 2). As intervenções decorrerão essencialmente na rede core (rede principal) e rede comprehensive, como a A1, A2, A3, A6, A12, A25, A27 e A28, e em algumas Formada em 2016 por oito Estados-Membro da União Europeia (Alemanha, Áustria, Bélgica, Eslovénia, França, Holanda, Reino Unido e República Checa), a Plataforma C-ROADS tem como principal objetivo interligar as diferentes atividades de Sistemas Cooperativos de Transporte Inteligente (C-ITS). Portugal não ficou para trás e também já começou a trilhar o seu caminho neste campo. www.transportesemrevista.com ATUALIDADES gerais 28 TR 180 FEVEREIRO 2018 André Ramos (TIS) / Ricardo Tiago (IMT)
  • 3. vias dos nós urbanos de Lisboa e Porto e frontei- ras, como a CRIL (onde se incluem os túneis de Benfica e do Grilo), IC19, N6, A4 (onde também se incluem as comunicações I2V no túnel do Ma- rão), VCI, N13, IP5, N4 e A22. Está também previsto o desenvolvimento de uma aplicação para o veículo que permita a li- gação com os equipamentos instalados na A25 e N6, bem como o teste de serviços no interior e na proximidade do Túnel da Gardunha, na A23. O segundo “macro-piloto”, por sua vez, visa a preparação da rede para os “veículos autónomos e conectados”, através da simulação de diferen- tes situações frequentes com vista à melhoria da segurança rodoviária. Deste modo, prevê-se o teste de vários cenários (use cases) possíveis de ocorrências na A27 na A28, no norte do país, bem como a transformação da A2 e da A6 em “autoestradas inteligentes” – que possibilitem situações de truck platooning e a transformação da principal ligação ao Algarve numa verdadeira holiday highway – e ainda o teste de diferentes soluções de encaminhamento de tráfego e ce- nários de portagens dinâmicas em várias secções de autoestrada. ... às conexões nos nós urbanos... Os dois maiores “nós urbanos” da rede principal de Portugal terão também diferentes “casos- -piloto” programados, dada a importância e a necessidade de combater o crescente conges- tionamento registado, que leva a atrasos cada vez maiores e, por conseguinte, a maiores custos para a sociedade (também por força do aumen- to da poluição atmosférica e sonora). Assim, no nó urbano de Lisboa, estão previstas cinco subatividades: • Determinação dos volumes de tráfego e esti- mativa dos tempos de percurso baseados em dados de tráfego em tempo real na 2.ª Circu- lar, com disponibilização aos condutores dessa informação; • Implementação de um sistema de deteção de disponibilidade de estacionamento no Eixo Central de Lisboa (Campo Grande – Marquês de Pombal), informando os condutores dessa disponibilidade, por exemplo, através da app ePark, e contribuindo para reduzir o “trânsito parasita” resultante da procura de estaciona- mento; • Desenvolvimento de aplicação para veículos para informação sobre o estado do tráfego, condicionamentos de trânsito e aproximação de veículos de emergência, a ser testada na 2.ª Circular; • Priorização de veículos BUS e veículos pesados de emergência em interseções rodoviárias, através da incorporação de on board units (OBU), com adaptação de “ondas verdes” para estes veículos no Eixo Central de Lisboa; • Desenvolvimento de um “Mobility Hub” em algumas das principais entradas de Lisboa (A2, A5 e A9), através da promoção de novos ser- viços e meios de transporte para integração com o automóvel (carsharing, carpooling, parkride, …). Por sua vez, no nó urbano do Porto, serão desen- volvidas duas subatividades específicas: • Monitorização e previsão das condições de tráfego a duas horas na cidade do Porto, com possibilidade de criação de planos de contin- gência pré-definidos para responder às ocor- rências registadas, a ser implementado (numa primeira fase) nas zonas da Universidade e da Avenida de Fernão de Magalhães; • Integração de uma solução que permita a troca de informação entre um autocarro, a infraes- trutura e os restantes veículos, a ser testada na zona do Amial. ...com um denominador comum: a partilha de dados! Hoje em dia, existem diversos “produtores” de dados (service providers) – em particular as con- cessionárias públicas e privadas – que já comuni- cam num formato standard europeu (DATEXII). Contudo, o “National Access Point” português ainda não é uma realidade, o que terá de mudar rapidamente de modo a dar resposta à Diretiva 2010/40/EU. Assim, este “macro-piloto” tem como objetivo identificar os requisitos técnicos para o estabelecimento do “SPA – Single Point of Access” – o acesso dos utilizadores a um úni- co ponto com informação integrada de tráfego, não só sobre a rede nacional de autoestradas, mas, numa fase posterior, sobre toda a rede ro- doviária nacional. Nesse sentido, está previsto o desenvolvimento de um protótipo que valide e avalie as diferentes funcionalidades exigidas, bem como a criação de uma aplicação para o consumidor com informação em tempo real respeitante às condições de tráfego, eventos na estrada e outro tipo de dados. De olhos postos no futuro! No total, o projeto C-ROADS Portugal prevê equipar quase 1.000 quilómetros de infraestru- tura rodoviária, e instalar perto de 200 road site units (RSU) e equipar cerca de 140 veículos com on board units. O projeto português é cofinanciado através do quadro Connecting Europe Facility (CEF) e tem um valor total orçamentado de quase 8,4 mi- lhões de euros para um período de realização en- tre 2017 e 2020. Será, por isso, até ao fim desse ano, que se espera que todos os pilotos tenham decorrido sob as chamadas “regras douradas” para uma implementaçao de sucesso de C-ITS: interoperabilidade, sustentabilidade, escalabili- dade, replicabilidade e fiabilidade. Desta forma, o projeto C-ROADS Portugal con- tribuirá fortemente para uma realidade coopera- tiva, conectada e cada vez mais autónoma nas estradas portuguesas e europeias, contribuindo assim, na sua quota-parte, para a implementa- ção da visão europeia para os C-ITS. PARTILHA DE DADOS PREPARAÇÃO DA INFRAESTRUTURA RODOVIÁRIA ATIVIDADE 6 “SINGLE POINT OF ACCESS” ATIVIDADE 7 “EXPANSÃO DA REDE DE C-ITS” ATIVIDADE 9 “PILOTOS NO NÓ URBANO DE LISBOA” ATIVIDADE 10 “PILOTOS NO NÓ URBANO DO PORTO” ATIVIDADE 8 “PREPARAÇÃO PARA VEÍCULOS AUTÓNOMOS” CONEXÕES NOS NÓS URBANOS ATUALIDADES gerais 29www.transportesemrevista.comFEVEREIRO 2018 TR 180