Conferência SC 24 | Estratégias omnicanal: transformando a logística em exper...
Retomada do consumo e estratégias para o varejo
1. Opinião
QUARTA-FEIRA, 20 DE MARÇO DE 2019 G DIÁRIO COMÉRCIO INDÚSTRIA & SERVIÇOSA2
EDITORIAL
E
nquanto a economia
começa a dar sinais de
retomada, os empresá-
rios do comércio vare-
jista que pisaram no freio du-
rante a crise precisam traçar
estratégias para garantir es-
trutura para o momento de
retomada do consumo. De
cursos de capacitação à busca
de novos fornecedores, o va-
rejista precisa estar atento, e
forte, para retomar as vendas
perdidas durante a recessão e
garantir que a concorrência
não corroa parte das vendas
neste momento delicado do
País. Algumas soluções ofere-
cidas por empresas dos mais
distintos segmentos podem
ajudar os empresários a eluci-
dar o melhor caminho nesse
processo de retomada do
consumo.
ARTIGO
É preciso estar
atento e forte
Fornecedores prontos
Confiando na retomada do consumo e recuperação das vendas
no varejo têxtil, a Global Química & Moda (GQM) se prepara para
expandir os negócios em 2019. Hoje a empresa tem 70% do mar-
ket share brasileiro no segmento de fornecimento e para ganhar
mais escala, o gerente de marketing do grupo, Felipe Simeoni,
conta que a meta é crescer 20% este ano. “Teremos, ao longo do
ano, cinco novas centrais de vendas. Hoje, além da sede, em são
Paulo temos filial em Blumenau e pretendemos estar mais próxi-
mos do mercado de impressão no Nordeste e no Centro Oeste.”
A relevância do networking
Para nortear empresários sobre os caminhos do varejo acontece
entre 22 e 24 de março o 7º Fórum LIDE do Varejo. O encontro
contará com a presença de executivos das maiores redes varejis-
tas do Brasil e terá ainda quatro LIDE TALKS, encontros menores
que tratam com profundidade temas específicos de tendências
dos negócios. Segundo o chairman do LIDE, Luiz Fernando Fur-
lan o evento que acontece no Hotel Sofitel Jequitimar, no Guarujá
(SP) é um caminho efetivo para um melhor aproveitamento da re-
tomada do varejo brasileiro.
Olhar de consumidor
Construir pontes
ou criar muros?
GGG
A visita do presidente Jair Bolsonaro aos EUA
pareceu a coroação do desejo de aproximação
com a maior economia mundial. A única
questão é a forma como se deu. Bolsonaro se
colocou a favor do muro na fronteira com o
México, exatamente no dia em que entrou em
vigor um acordo de livre comércio entre brasi-
leiros e mexicanos, assinado em 2002, que
permite a venda de automóveis e autopeças.
Além disso, anunciou que o Brasil pode im-
plementar uma cota de importação de trigo
norte-americano, sem tarifas, de 750 mil tone-
ladas anuais, em um aceno ao governo nor-
te-americano, que seria beneficiado pela aber-
tura. O volume soma cerca de 10% do trigo
importado pelo Brasil e faz parte de um acor-
do na rodada Uruguai de negociações na Or-
ganização Mundial do Comércio (OMC), em
que o Brasil se comprometeu a importar as
750 mil toneladas sem tarifas anualmente,
mas nunca cumpriu. Isso
porque a maior parte do
trigo que o Brasil com-
pra de fora vem da Ar-
gentina, outro parceiro
importante, além de
Uruguai e Paraguai. No
caso dos três países, sem
tarifas de importação,
dentro das regras do
Mercosul. Para outras
nações, o Brasil aplica
uma tarifa de 10%.
Ou seja, ontem em
Washington, Bolsonaro
acertou em uma só tacada parceiros impor-
tantes na América Latina, e isso pode com-
prometer outros mercados, especialmente do
agronegócio, uma das mais importantes bases
do governo hoje no Congresso e que pode
ajudar na aprovação da nova Previdência.
De sua parte, o presidente dos EUA, Donald
Trump, prometeu dar apoio à entrada do Bra-
sil na Organização para Cooperação e Desen-
volvimento Econômico (OCDE). Mas, na con-
traparida, os EUA querem que o Brasil deixe a
lista de países com tratamento especial e dife-
renciado da OMC, que garante benesses no
comércio exterior. Contrário a esse benefício,
Trump quer terminar com essa lógica dos es-
tímulos, e precisa que o Brasil ajude nessa
toada. Resta saber se nesse esforço para agra-
dar Trump, Bolsonaro queimou pontes exis-
tentes entre os vizinhos sulamericanos e pas-
sou a ajudar a construir um muro de efeito
mais moral que físico. Agora, só o tempo dirá.
RESTA AGORA
SABER COMO
BOLSONARO
LIDARÁ COM
OS NOSSOS
VIZINHOS
LATINOS
Corrupção e a administração pública
Estado não pode ser gerido como empresa, mas precisa de profissionalização
A
corrupção é um tema complexo e en-
volve vários pontos de vista, mas quan-
do se fala em combatê-la, o que se tem
visto é a predominância de uma visão
legalista, com proposta de criação de novas leis
ou mesmo o endurecimento das atuais, com
maior punição, colocando no centro da questão
que a impunidade é o grande mal que estimula a
corrupção. Essa visão e as soluções
baseadas nela são legítimas e abso-
lutamente necessárias, porém, em
si só, correm grande risco de serem
ineficazes por não tratarem a raiz
do problema, que está diretamente
ligada à gestão pública.
O Estado tem uma estrutura
complexa e altamente burocrática,
sendo necessária para o funciona-
mento e para os processos. Porém,
criar mecanismos de controle, no-
vas regras e normas para combater
a corrupção, sem minimamente re-
ver a estrutura burocrática existen-
te, pode até dificultar ocorrências
dessa natureza, mas mantém um
terreno fértil para que voltem a
ocorrer, daí a importância de tratar
a causa e não só a consequência.
Temos vários princípios legais que regem a
administração pública, dentre eles o princípio
da moralidade, o da eficiência e o da responsabi-
lidade, que em tese, devem nortear a atuação
dos entes ligados à administração pública direta
e indireta. Ocorre que, na prática faltam ferra-
mentas de gestão para que um suposto ato ilíci-
to possa ser identificado, rastreado e que se che-
gue ao responsável, de forma rápida e eficaz.
Neste sentido é necessário à gestão pública: 1)
repensar o tamanho de suas estruturas e redu-
zi-las; 2) rever e simplificar seus processos, dimi-
nuindo a burocracia; 3) empregar maciçamente
tecnologias que propiciem aumentar a eficiên-
cia, viabilizando transparência e rastreabilidade.
Todas essas ações podem pautar-se, além dos
princípios já descritos, por conceitos ampla-
mente usados em empresas privadas como de
compliance e accountability.
Na administração pública há órgãos de fiscali-
zação que zelam pelo cumprimento das regras e
a prestação de contas, porém, o compliance vai
além, e é justamente nisso, que esses órgãos pre-
cisam melhorar e passar de meros aprovadores,
reprovadores de contas ou emissores de parecer,
para uma atuação preventiva e pro-
positiva, com ações concretas que
evitem que atos ilícitos ocorram e
uma vez ocorridos, que possam ser
detectados rapidamente e as puni-
ções sejam aplicadas.
Normal e grosseiramente tradu-
zido como responsabilização, a
accountability, termo utilizado na
governança corporativa é mais
abrangente, pois engloba a avalia-
ção, acompanhamento e a res-
ponsabilização do gestor ou agen-
te público no exercício da função.
Para isso, é indispensável a ado-
ção de critérios claros e indicado-
res de desempenho, que sejam
transparentes e possam ser acom-
panhados por qualquer cidadão,
se possível em tempo real ou em
curto espaço de tempo.
A melhoria da gestão pública, passando por
uma revisão da estrutura do Estado, os proces-
sos, ampliando o uso de tecnologia e implemen-
tando mecanismos eficazes de controle, contri-
buem para reduzir as condições que propiciem a
prática de atos ilícitos, coibindo a corrupção.
O Estado não é passível de ser gerido como
uma empresa, mas é imprescindível que se-
jam adotadas ações de profissionalização da
gestão e de processos. Dessa forma, a admi-
nistração pública poderá cumprir o seu pa-
pel, garantindo os serviços essenciais e com
qualidade aos cidadãos.
.
G@alexey.carvalho@anhanguera.com
ALEXEY
CARVALHO
DR. EM EDUCAÇÃO E
DIRETOR DA UNIV.
ANHANGUERA SP
Com atuação em consultoria e pesquisa de perfil do consumidor
para auxiliar marcas a realizar lançamentos, a Mob Inc entrou em
2019 com planos otimistas. Após faturar R$ 1,5 milhão ano passa-
do, alta de 60% frente a 2017, a meta agora é avançar mais 30% e
manter o ritmo de crescimento na casa dos dois dígitos. Para sus-
tentar tal meta, o fundador e CEO, Thiago Felinto, lembra que a
empresa possui forte atuação em países como Argentina, México,
Colômbia e Chile e já atuou para grandes companhias como Coca
Cola, C&A, Nestlé, City, Bauducco, Boticário, Itaú, Gol e Netflix.
Faça suas contas
Ao fazer com que o participante reconheça e supere suas fraque-
zas, o especialista em planejamento pessoal Ricardo Piza ensina,
no Workshop Sucesso Financeiro e Prosperidade, técnicas de for-
talecimento e aproveitamento de oportunidades, permitindo que
o ouvinte possa conseguir elevar seu negócio para um próximo
nível, com planejamento sólido e consistente de curto, médio e
longo prazo. A oficina acontece no dia 23/03, das 9 horas às 17 ho-
ras, no Spaces Berrini, em São Paulo. Inscrições pelo site www.ri-
cardopiza.com. /Colaborou Paula Cristina
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