SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 7
Baixar para ler offline
CAPÍTULO 1
Exercícios 1.2
2.n) Como x2 ϩ 3 Ͼ 0 para todo x, o sinal de x(x2 ϩ 3) é o mesmo que o de x; logo,
x(x2ϩ 3) Ͻ 0 para x Ͻ 0; x(x2 ϩ 3) ϭ 0 para x ϭ 0; x(x2 ϩ 3) Ͼ 0 para x Ͼ 0.
1
e,
ϩ1
tendo em vista a compatibilidade da relação de ordem com a multiplicação, obtém-se:

3. n) Como x2 ϩ 1 Ͼ 0 para todo x, multiplicando-se os dois membros por

(2x Ϫ 1)(x2 ϩ 1)Ͻ 0 ¤ 2x Ϫ 1 Ͻ

x2

0
1
¤ 2x Ϫ 1 Ͻ 0 ¤ x Ͻ .
1 ϩ x2
2

4.
Ϫ a3
x3
Ϫ x 3 ϩ ax 2
Ϫ ax 2 ϩ a 2 x
Ϫ a 2 x ϩ a3
0

xϪa
x 2 ϩ ax ϩ a 2

Ê 2
b
cˆ
b
b2
b2
cˆ
Ê 2
8. a) ax2 ϩ bx ϩ c ϭ a Ë x ϩ x ϩ ¯ ϭ a Á x ϩ x ϩ 2 Ϫ 2 ϩ ˜ . Agora
a¯
a
a
a
4a
4a
Ë
2
2
Ϫb2
c
⌬
b
b
b ˆ
Ê
.
ϩ ϭϪ
é só observar que x 2 ϩ x ϩ 2 ϭ x ϩ
e
Ë
4 a2
4 a2
a
a
4a
2a ¯
14. Como x2 ϩ 1 Ͼ 0 para todo x, multiplicando-se os dois membros por x2 ϩ 1 e
lembrando da compatibilidade da relação de ordem com a multiplicação, tem-se:
5x ϩ 3
Ն 5 ¤ 5x ϩ 3 Ն 5(x2 ϩ 1)
x2 ϩ 1

15. Falsa. Para x Ͼ 2, a afirmação será verdadeira, pois, neste caso, teremos x Ϫ 2 Ͼ 0 e
pela compatibilidade da relação de ordem com a multiplicação teremos:

x2 ϩ x ϩ 1
Ͼ 3 ¤ x2 ϩ x ϩ 1 Ͼ 3(x Ϫ 2)
xϪ2
Para x Ͻ 2, teremos x Ϫ 2 Ͻ 0, e daí e pela compatibilidade mencionada anteriormente

x2 ϩ x ϩ 1
Ͼ 3 ¤ x2 ϩ x ϩ 1 Ͻ 3(x Ϫ 2)
xϪ2
0 raiz de P(x) deveremos ter a0␣n ϩ a1␣n Ϫ 1 ϩ ... ϩ an Ϫ 1␣ ϩ an ϭ 0.
an
.
Dividindo os dois membros por ␣, resulta: a0␣n Ϫ 1 ϩ a1␣n Ϫ 2 ϩ ... ϩ an Ϫ 1 ϭ Ϫ
␣
Como o primeiro membro dessa igualdade é número inteiro, pois, por hipótese, ␣, a0, a1, ...,
an
é um número inteiro, logo, ␣ é divisor de an.
an Ϫ 1 são inteiros, resulta que
␣
16. Sendo ␣

17. a) Como os coeficientes do polinômio x3 ϩ 2x2 ϩ x Ϫ 4 são números inteiros, o
número inteiro ␣ terá chance de ser raiz da equação se ␣ for divisor do termo independente
Ϫ4. Os divisores de Ϫ4 são: 1, Ϫ1, 2, Ϫ2, 4 e Ϫ4. Para verificar se algum destes números
é raiz, o único jeito é substituí-lo na equação. Por substituição na equação verifica-se, então,
que 1 é raiz e que os demais não são raízes. Conclusão: 1 é a única raiz inteira da equação.
18. Tendo em vista a sugestão, P(x) ϭ (x Ϫ ␣)Q(x) ϩ R, onde Q(x) é um polinômio de
grau n Ϫ 1 e R um número. Substituindo x por ␣, resulta P(␣) ϭ R. Se ␣ for raiz,
teremos P(␣) ϭ 0 e, portanto, R ϭ 0, o que significa que P(x) é divisível por (x Ϫ ␣).
Reciprocamente, se P(x) for divisível por (x Ϫ ␣), teremos R ϭ 0 e, portanto, P(␣) ϭ 0,
ou seja, ␣ é raiz de P(x).
19. a) Primeiro vamos verificar se P(x) ϭ x3 ϩ 2x2 Ϫ x Ϫ 2 admite raízes inteiras. Os
candidatos a raízes inteiras são os divisores Ϫ1, 1, Ϫ2 e 2 do termo independente Ϫ2.
Substituindo em P(x), verifica-se que Ϫ1, 1, e Ϫ2 são raízes. Segue que P(x) é divisível
por (x Ϫ (Ϫ1)) ϭ (x ϩ 1). Dividindo obtém-se P(x) ϭ (x ϩ 1) (x2 ϩ x Ϫ 2). Sendo 1 raiz
de P(x), mas não raiz de x ϩ 1, resulta que 1 é raiz do quociente x2 ϩ x Ϫ 2, logo, tal
quociente é divisível por x Ϫ 1; efetuando-se a divisão obtém-se
x2 ϩ x Ϫ 2 ϭ (x Ϫ 1)(x ϩ 2). Segue P(x) ϭ (x ϩ 1)(x Ϫ 1)(x ϩ 2) que é a forma
fatorada do polinômio dado.
20. a) 1.º Processo. x3 Ϫ 1 é divisível por x Ϫ 1, pois 1 é raiz de x3 Ϫ 1; efetuando-se a
divisão, obtém-se x3 Ϫ 1 ϭ (x Ϫ 1)(x2 ϩ x ϩ 1). Segue que a inequação é equivalente a
(x Ϫ 1)(x2 ϩ x ϩ 1) Ͼ 0. Como x2 ϩ x ϩ 1 Ͼ 0 para todo x, tal inequação é equivalente
a x Ϫ 1 Ͼ 0 e, portanto, equivalente a x Ͼ 1 que é a solução da inequação.
2.º Processo. Tendo em vista a equivalência “x Ͻ y ¤ x3 Ͻ y3 quaisquer que sejam x e
y” (veja Exercício 22), segue que x3 Ϫ1 Ͼ 0 ¤ x3 Ͼ 13 ¤ x Ͼ 1.
21. Falsa. Pois, Ϫ 5 Ͻ Ϫ 3 Þ (Ϫ 5)2 Ͼ (Ϫ3)2. Observação. É verdadeira a seguinte
afirmação: quaisquer que sejam x Ͼ 0 e y Ͼ 0, tem-se x Ͼ y ¤ x2 Ͼ y2. De fato, de x Ͼ 0
e y Ͼ 0 segue x ϩ y Ͼ 0; pela compatibilidade da relação de ordem com a adição (veja
propriedade OA, no livro-texto, página 3), x Ͼ y ¤ x Ϫ y Ͼ y Ϫ y ¤ x Ϫ y Ͼ 0.
De x ϩ y Ͼ 0 e pela compatibilidade da relação de ordem com a multiplicação (veja
propriedade OM, no livro-texto, página 3), tem-se
x Ϫ y Ͼ 0 ¤ (x Ϫ y)(x ϩ y) Ͼ 0 (x ϩ y) ¤ x2 Ϫ y2 Ͼ 0 ¤ x2 Ͼ y2.
22. Já sabemos que x3 Ϫ y3 ϭ (x Ϫ y)(x2 ϩ xy ϩ y2). Temos, também, se x Ͼ 0 e y Ͼ 0
(ou x Ͻ 0 e y Ͻ 0), então x2 ϩ xy ϩ y2 Ͼ 0. Faremos a prova considerando três casos.
1.º Caso. Neste primeiro caso, faremos a prova supondo x Ͼ 0 e y Ͼ 0. Temos:
x Ͻ y ¤ x Ϫ y Ͻ 0. Como x2 ϩ xy ϩ y2 Ͼ 0, multiplicando-se os dois membros de x Ϫ y Ͻ 0
por x2 ϩ xy ϩ y2 e lembrando da compatibilidade da relação de ordem com a multiplicação,

2
resulta (x Ϫ y)(x2 ϩ xy ϩ y2) Ͻ 0 (x2 ϩ xy ϩ y2), que é equivalente a x3 Ϫ y3 Ͻ 0, que
por sua vez é equivalente a x3 Ͻ y3. Portanto, admitindo x Ͼ 0 e y Ͼ 0, teremos
x Ͻ y ¤ x3 Ͻ y3.
2.º Caso. Neste segundo caso suporemos x Ͻ 0 e y Ͻ 0. Sendo x Ͻ 0 e y Ͻ 0 teremos,
também, x2 ϩ xy ϩ y2 Ͼ 0. Agora é só repetir o raciocínio do 1.º caso.
3.º Caso. Neste 3.º caso suporemos x Ͻ 0 e y Ͼ 0. Sendo x Ͻ 0 teremos, também, x3 Ͻ 0
e reciprocamente. Por outro lado, sendo y Ͼ 0, teremos, também, y3 Ͼ 0 e
reciprocamente. Portanto, supondo x Ͻ 0 e y Ͼ 0, teremos, x Ͻ y ¤ x3 Ͻ y3.
23. a) Sabemos que 0 ϩ 0 ϭ 0 (A3). Daí, x и (0 ϩ 0) ϭ x и 0. Pela distributividade da
multiplicação em relação à adição, x и 0 ϩ x и 0 ϭ x и 0. Pela lei do cancelamento,
x и 0 ϭ 0. (Observe que a lei do cancelamento depende apenas da propriedade associativa
e da existência de oposto. Veja Exemplo 2, livro-texto, página 5.)
b) x ϩ (Ϫ x) ϭ 0; [x ϩ (Ϫ x)] и y ϭ 0 и y. Pela propriedade distributiva e tendo em vista
(a), resulta xy ϩ (Ϫ x)y ϭ 0. Somando a ambos os membros o oposto de xy, obtemos
(Ϫ x)y ϭ Ϫ xy. De forma análoga, prova-se que x(Ϫ y) ϭ Ϫxy. Vamos, agora, à prova de
que (Ϫ x)(Ϫ y) ϭ xy. Temos, [x ϩ (Ϫ x)][y ϩ (Ϫ y)] ϭ 0. Pela propriedade distributiva,
xy ϩ x(Ϫ y) ϩ (Ϫ x)y ϩ (Ϫ x)(Ϫ y) ϭ 0. De x(Ϫ y) ϭ Ϫ xy e (Ϫ x)y ϭ Ϫxy
e lembrando que xy ϩ (Ϫ xy) ϭ 0 resulta Ϫ xy ϩ (Ϫ x)(Ϫ y) ϭ 0. Somando xy aos dois
membros, obtemos (Ϫ x)(Ϫ y) ϭ xy.
c) Seja x um real qualquer. Pela (O4), x р 0 ou x у 0. Supondo x р 0 e somando o
oposto de x aos dois membros, resulta 0 р Ϫ x; pela (OM), 0 и (Ϫ x) р (Ϫ x)(Ϫ x) e,
portanto, 0 р x и x, ou seja, 0 р x2. Assim, se x р 0, teremos x2 у 0. Supondo, agora, x у 0
e lembrando, novamente, de (OM) teremos x и x у x и 0 e, portanto, x2 у 0. Dessa
maneira fica provado que, para todo x real, tem-se x2 у 0.
d) Como 12 ϭ 1 и 1 ϭ 1 e 1

0 (M3), tendo em vista (c), resulta 1 Ͼ 0.

e) Para x 0, x и xϪ1 ϭ 1 (M4) e, portanto, teremos também xϪ1 0. Assim, para
x 0, xϪ1 и xϪ1 Ͼ 0. Supondo, agora, x Ͼ 0 e multiplicando-se ambos os membros
da última desigualdade por x, obtemos x и(xϪ1 и xϪ1) Ͼ x и 0; pela (M1),
x и (xϪ1 и xϪ1) ϭ (x и xϪ1) и xϪ1, e lembrando que x и xϪ1 ϭ 1, resulta xϪ1 Ͼ 0. Assim,
se x Ͼ 0 teremos, também, xϪ1 Ͼ 0. Supondo, agora, xϪ1 Ͼ 0 teremos x 0 e, portanto,
x2 Ͼ 0; multiplicando-se os dois membros por xϪ1 e lembrando de (OM), teremos
xϪ1 и x2 Ͼ xϪ1 и 0, ou seja, (xϪ1 и x) и x Ͼ 0 e portanto, x Ͼ 0. Fica provado assim que
x Ͼ 0 é equivalente a xϪ1 Ͼ 0.
f) Supondo xy ϭ 0 vamos provar que x ϭ 0 ou y ϭ 0. Se x 0 teremos, também, xϪ1 0;
multiplicando-se os dois membros de xy ϭ 0 por xϪ1 vem xϪ1 и (xy) ϭ xϪ1 и 0 e daí
(xϪ1 и x) и y ϭ 0; lembrando que x и xϪ1 ϭ 1, resulta y ϭ 0. Se tivermos y 0,
raciocinando de forma análoga, conclui-se que x ϭ 0. Fica provado então que
xy ϭ 0 Þ x ϭ 0 ou y ϭ 0. A recíproca é imediata.
g) x2 ϭ y2 ¤ x2 Ϫ y2 ϭ 0 ¤ (x Ϫ y)(x ϩ y) ϭ 0 ¤ x Ϫ y ϭ 0 ou x ϩ y ϭ 0 ¤ x ϭ y
ou x ϭ Ϫ y

3
h) x2 ϭ y2 ¤ (x Ϫ y)(x ϩ y) ϭ 0 ¤ x Ϫ y ϭ 0 ou x ϩ y ϭ 0; da hipótese x Ն 0 e y Ն 0
segue que x ϩ y ϭ 0 só ocorrerá se x ϭ 0 e y ϭ 0. Assim, se x Ն 0 e
y Ն 0, x2 ϭ y2 ¤ x ϭ y.
Exercícios 1.3
3. j) Primeiro vamos estudar o sinal da expressão dentro do módulo, no caso, 2x Ϫ 1.
1
1
Temos: 2x Ϫ 1 р 0 para x р
e 2x Ϫ 1 Ͼ 0 para x Ͼ . Para resolver a equação,
2
2
vamos considerar dois casos.
1
1
1.º Caso. Neste primeiro caso vamos resolver a inequação supondo x р . Para x р ,
2
2
teremos 2x Ϫ 1р 0 e, portanto, |2x Ϫ 1| ϭϪ(2x Ϫ 1) ϭ Ϫ 2x ϩ 1. Neste caso, teremos:
1
|2x Ϫ 1| Ͻ x ¤ Ϫ 2x ϩ 1 Ͻ x ¤ x Ͼ .
3
1
Como estamos supondo x р , segue que todo x satisfazendo a condição
2
1
1
Ͻ x р é solução da inequação.
3
2
1
1
2.º Caso. Vamos agora resolver a inequação supondo x Ͼ . Para x Ͼ , 2x Ϫ 1 Ͼ 0
2
2
e, portanto, |2x Ϫ 1| Ͻ x ¤ 2x Ϫ 1 Ͻ x ¤ x Ͻ 1.
1
1
Ͻ xϽ1
Como estamos supondo x Ͼ , segue que todo x satisfazendo a condição
2
2
é solução da inequação.
Conclusão: reunindo a solução encontrada no 1.º caso com a do 2.º caso, temos
1
Ͻ x Ͻ 1 que é a solução da inequação.
3
m) Primeiro vamos estudar os sinais das expressões dentro dos módulos. Temos: x Ϫ 1 р 0
para x р 1 e x Ϫ 1 Ͼ 0 para x Ͼ 1 por outro lado, x ϩ 2 р 0 para x р Ϫ 2 e x ϩ 2 Ͼ 0
para x Ͼ Ϫ 2.
Para resolver a inequação vamos considerar três casos.
1.º Caso. x р Ϫ 2. Para x р Ϫ 2, temos x Ϫ 1 Ͻ 0 e x ϩ 2 р 0. Segue que
|x Ϫ 1| ϭ Ϫ (x Ϫ 1) ϭ Ϫ x ϩ 1 e |x ϩ 2| ϭ Ϫ (x ϩ 2) ϭ Ϫ x Ϫ 2.
Assim, a inequação |x Ϫ 1| Ϫ |x ϩ 2| Ͼ x é equivalente a Ϫ x ϩ 1 Ϫ (Ϫ x Ϫ 2) Ͼ x
que, por sua vez, é equivalente a 3 Ͼ x, ou seja, x Ͻ 3. Como estamos supondo x р Ϫ 2,
segue que todo x satisfazendo a condição x р Ϫ 2 é solução da inequação.
2.º Caso. Ϫ 2 Ͻ x р 1. Para Ϫ 2 Ͻ x р 1, temos x ϩ 2 Ͼ 0 e x Ϫ 1 р 0. Segue que
|x ϩ 2| ϭ x ϩ 2 e |x Ϫ 1| ϭ Ϫ (x Ϫ 1) ϭ Ϫ x ϩ 1.
A inequação |x Ϫ 1| Ϫ |x ϩ 2| Ͼ x é então equivalente a Ϫ x ϩ 1 Ϫ (x ϩ 2) Ͼ x que,
por sua vez, é equivalente a Ϫ 2x Ϫ 1 Ͼ x. Resolvendo esta última inequação, obtemos

4
Ϫ1
. Como estamos supondo Ϫ 2 Ͻ x р 1, segue que todo x satisfazendo a
3
1
condição Ϫ 2 Ͻ x Ͻ Ϫ é solução da inequação.
3
xϽ

3.º Caso. x Ͼ 1. Para x Ͼ 1, temos x ϩ 2 Ͼ 0 e x Ϫ 1 Ͼ 0. Segue que a inequação dada é
equivalente a x Ϫ 1 Ϫ (x ϩ 2) Ͼ x que, por sua vez, é equivalente a x Ͻ Ϫ 3. Como
estamos supondo x Ͼ 1, segue que não existe x Ͼ 1 que seja solução da inequação.
Ϫ1
Conclusão: reunindo a solução obtida no 1.º caso com a do 2.º caso resulta x Ͻ
3
que é a solução da inequação dada.
4. Queremos provar que para r Ͼ 0, |x| Ͼ r ¤ x Ͻ Ϫ r ou x Ͼ r. De fato, sendo r Ͼ 0,
temos:
|x| Ͼ r ¤ |x|2 Ͼ r2 ¤ x2 Ͼ r2 ¤ (x Ϫ r)(x ϩ r) Ͼ 0 ¤ x Ͻ Ϫ r ou x Ͼ r.
6. Queremos provar que |x ϩ y| ϭ |x| ϩ |y| ¤ xy Ն 0. Para isso, um caminho é procurar a
condição (ou condições) que x e y devem satisfazer para que se tenha |x ϩ y| ϭ |x| ϩ |y|.
Vamos então à procura de tal condição. Temos: |x ϩ y| ϭ |x| ϩ |y| ¤ |x ϩ y|2 ϭ [|x| ϩ |y|]2.
Tendo em vista que
|x ϩ y|2 ϭ (x ϩ y)2 ϭ x2 ϩ 2xy ϩ y2, [|x| ϩ |y|]2 ϭ |x|2 ϩ 2|x||y| ϩ |y|2 ,
|x|2 ϭ x2, |y|2 ϭ y2 e 2|x||y| ϭ 2|xy|
resulta
|x ϩ y| ϭ |x| ϩ |y| ¤ x2 ϩ 2xy ϩ y2 ϭ x2 ϩ 2|xy| ϩ y2 ¤ xy ϭ |xy| ¤ xy у 0.
(Observe que |xy| ϭ xy só poderá ocorrer se xy у 0.)
7. a) |x Ϫ y| у |x| Ϫ |y| é uma conseqüência da desigualdade triangular. De fato,
observando que |x| ϭ |x Ϫ y ϩ y| e aplicando a desigualdade triangular ao segundo
membro, obtemos |x Ϫ y ϩ y| р |x Ϫ y| ϩ |y|.
Temos, então, |x| р |x Ϫ y| ϩ |y| e, portanto, |x Ϫ y| у |x| Ϫ |y|.
b) Raciocinando de modo semelhante, temos |y| ϭ |y Ϫ x ϩ x| р |y Ϫ x| ϩ |x|.
Lembrando que |y Ϫ x| ϭ |x Ϫ y|, resulta |x Ϫ y| у |y| Ϫ |x|.
c) Observando que | |x| Ϫ |y| | ϭ |x| Ϫ |y| ou | |x| Ϫ |y| | ϭ |y| Ϫ |x| e tendo em vista (a) e
(b), resulta |x Ϫ y| у | |x| Ϫ |y| |.
Exercícios 1.6
1. Suponhamos x racional e y irracional. Seja s ϭ x ϩ y. Se s for racional, então
y ϭ s Ϫ x será racional, uma vez que a diferença entre dois racionais é racional,
contra a hipótese de y ser irracional. Logo, a soma de um racional com um irracional
é irracional.
z
0 racional e y irracional. Seja z ϭ xy. De x 0 segue y ϭ . Se z
x
z
for racional, o quociente
será, também, racional, pois o quociente entre dois
x

2. Suponhamos x

5
racionais é racional, contra a hipótese de y ser irracional. Logo, o produto de um
racional diferente de zero por um irracional é irracional.
3. a) Vamos mostrar que não existem números naturais a e b, com b 0, tal que
a
a
6 ϭ . Podemos supor que a fração
seja irredutível, pois, se não fosse, bastaria
b
b
simplificá-la. Isto significa que as possibilidades para a e b são: a par e b ímpar, a
ímpar e b par, a ímpar e b ímpar. Vamos mostrar que nenhuma dessas possibilidades
poderá ocorrer. (Observe que o caso a par e b par foi excluído, pois estamos supondo
a
a
a fração
irredutível.) Inicialmente, observamos que 6 ϭ é equivalente a
b
b
a2
6 ϭ 2 que, por sua vez, é equivalente a a2 ϭ 6b2. Como 6b2 é par, a2 não poderá
b
ser ímpar, o que significa que a não poderá ser ímpar (lembre-se de que o quadrado de
um número ímpar é, também, ímpar). Segue que os casos a ímpar e b par, a ímpar e b
ímpar estão, também, excluídos. Assim, o único caso que deveremos analisar é a par e
b ímpar. Sendo a um número par, existirá um natural m tal que a ϭ 2m. Substituindo este
valor de a em a2 ϭ 6b2, teremos (2m)2 ϭ 6b2 e, portanto, 4m2 ϭ 6b2 e, daí,
2m2 ϭ 3b2 que é uma contradição, pois 2m2 é par e 3b2 ímpar. Logo, 6 é um número
irracional.
b) Suponhamos que 2 ϩ 3 ϭ x com x racional. Elevando os dois membros ao
quadrado, obtemos

(

2ϩ 3

)

2

ϭ x 2 . Como

(

2ϩ 3

)

2

ϭ2ϩ 2 2 3 ϩ3ϭ5ϩ 2 6

Ϫ5
. Como estamos supondo x
2
racional, o segundo membro da última igualdade será racional e, portanto, 6 será
resulta 5 ϩ 2 6 ϭ x 2 e, portanto,

6 ϭ

x2

racional, que está em contradição com o fato de

6 ser irracional. Logo, a soma

2 ϩ 3 não podendo ser racional; será irracional.
4. O truque aqui é procurar eliminar os radicais e analisar o que sobrar. Vamos lá.
Elevando ao cubo os dois membros de x ϭ 3 2 Ϫ 5 ϩ 3 2 ϩ 5 e desenvolvendo o
cubo no segundo membro, obtemos
2

2

x 3 ϭ 2 Ϫ 5 ϩ 3Ê 3 2 Ϫ 5 ˆ 3 2 ϩ 5 ϩ 33 2 Ϫ 5 Ê 3 2 ϩ 5 ˆ ϩ 2 ϩ 5
Ë
¯
Ë
¯
e daí

x 3 Ϫ 4 ϭ 33 2 Ϫ 5 3 2 ϩ 5 È3 2 Ϫ 5 ϩ 3 2 ϩ 5 ù .
Í
ú
Î
û
Temos
3

(

)(

)

2 Ϫ 5 3 2 ϩ 5 ϭ 3 2 Ϫ 5 2 ϩ 5 ϭ 3 Ϫ1 ϭ Ϫ 1 e x ϭ 3 2 Ϫ 5 ϩ 3 2 ϩ 5 .

6
Substituindo na equação acima, resulta x3 Ϫ 4 ϭ Ϫ 3x, ou seja, x3 ϩ 3x Ϫ 4 ϭ 0.
Conclui-se, então, que o número real x ϭ 3 2 Ϫ 5 ϩ 3 2 ϩ 5 é raiz da equação
anterior. Por outro lado 1 é, também, raiz. Dividindo x3 ϩ 3x Ϫ 4 por x Ϫ 1, obtemos
x3 ϩ 4x Ϫ 4 ϭ (x Ϫ 1)(x3 ϩ x ϩ 4).
Como x3 ϩ x ϩ 4 não admite raiz real, resulta que 1 é a única raiz real da equação
x3 ϩ 3x Ϫ 4 ϭ 0. Como o número real x ϭ 3 2 Ϫ 5 ϩ 3 2 ϩ 5 é raiz de tal
equação, resulta que este número tem que ser 1, ou seja, devemos ter
2 Ϫ 5 ϩ 3 2 ϩ 5 ϭ 1. Conclusão: o número x ϭ 3 2 Ϫ 5 ϩ 3 2 ϩ 5 é
racional e igual a 1.
3

8. O que queremos provar aqui é que, sendo x Ͼ 0 e y Ͼ 0 dois números reais, a média
xϩy
geométrica xy é sempre menor ou igual à média aritmética
. O truque é o
2
2
2
2
seguinte: (x Ϫ y) у 0, daí x Ϫ 2xy ϩ y Ն 0. Somando aos dois membros 4xy,
resulta (x ϩ y)2 у 4xy. Como estamos supondo x Ͼ 0 e y Ͼ 0, extraindo a raiz
xϩy
quadrada dos dois membros, obtemos x ϩ y у 2 xy e, portanto, xy р
.
2

7

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Aula de Cálculo I - Limite
Aula de Cálculo I - LimiteAula de Cálculo I - Limite
Aula de Cálculo I - LimiteLéo Gomes
 
Função de duas variáveis, domínios e imagem
Função de duas variáveis, domínios e imagemFunção de duas variáveis, domínios e imagem
Função de duas variáveis, domínios e imagemIsadora Toledo
 
A Função Seno
A Função SenoA Função Seno
A Função Senoguest9bcf
 
Exercícios Resolvidos: Taxa relacionada
Exercícios Resolvidos: Taxa relacionadaExercícios Resolvidos: Taxa relacionada
Exercícios Resolvidos: Taxa relacionadaDiego Oliveira
 
Relações Métricas no Triângulo Retângulo
Relações Métricas no Triângulo Retângulo Relações Métricas no Triângulo Retângulo
Relações Métricas no Triângulo Retângulo Gabriela Maretti
 
Função exponencial exercícios resolvidos
Função exponencial   exercícios resolvidosFunção exponencial   exercícios resolvidos
Função exponencial exercícios resolvidosjorgehenriqueangelim
 
Função Quadrática Zeros, Vérticees.ppt
Função Quadrática Zeros, Vérticees.pptFunção Quadrática Zeros, Vérticees.ppt
Função Quadrática Zeros, Vérticees.pptEmmersonWarleiEmmers
 
Sistemas de equacões
 Sistemas de equacões Sistemas de equacões
Sistemas de equacõesmarilia65
 
Equações do 2º grau - resumo e exercícios resolvidos
Equações do 2º grau - resumo e exercícios resolvidosEquações do 2º grau - resumo e exercícios resolvidos
Equações do 2º grau - resumo e exercícios resolvidospatriciacruz80
 
Equações do 1º grau com uma incógnita
Equações do 1º grau com uma incógnitaEquações do 1º grau com uma incógnita
Equações do 1º grau com uma incógnitaAntonio Magno Ferreira
 
Funcoes de varias variaveis calculo 2
Funcoes de varias variaveis  calculo 2Funcoes de varias variaveis  calculo 2
Funcoes de varias variaveis calculo 2Kassiane Campelo
 
Gráfico de uma função modular
Gráfico de uma função modularGráfico de uma função modular
Gráfico de uma função modularjvcastromattos
 

Mais procurados (20)

Aula de Cálculo I - Limite
Aula de Cálculo I - LimiteAula de Cálculo I - Limite
Aula de Cálculo I - Limite
 
Aula 01 limites e continuidade
Aula 01   limites e continuidadeAula 01   limites e continuidade
Aula 01 limites e continuidade
 
Função de duas variáveis, domínios e imagem
Função de duas variáveis, domínios e imagemFunção de duas variáveis, domínios e imagem
Função de duas variáveis, domínios e imagem
 
A Função Seno
A Função SenoA Função Seno
A Função Seno
 
Exercícios Resolvidos: Taxa relacionada
Exercícios Resolvidos: Taxa relacionadaExercícios Resolvidos: Taxa relacionada
Exercícios Resolvidos: Taxa relacionada
 
Relações Métricas no Triângulo Retângulo
Relações Métricas no Triângulo Retângulo Relações Métricas no Triângulo Retângulo
Relações Métricas no Triângulo Retângulo
 
Movimento Circular Uniforme
Movimento Circular UniformeMovimento Circular Uniforme
Movimento Circular Uniforme
 
Função exponencial exercícios resolvidos
Função exponencial   exercícios resolvidosFunção exponencial   exercícios resolvidos
Função exponencial exercícios resolvidos
 
Função Quadrática Zeros, Vérticees.ppt
Função Quadrática Zeros, Vérticees.pptFunção Quadrática Zeros, Vérticees.ppt
Função Quadrática Zeros, Vérticees.ppt
 
Trabalho e Energia Slide
Trabalho e Energia SlideTrabalho e Energia Slide
Trabalho e Energia Slide
 
Função Quadrática
Função QuadráticaFunção Quadrática
Função Quadrática
 
Sistemas de equacões
 Sistemas de equacões Sistemas de equacões
Sistemas de equacões
 
Equações do 2º grau - resumo e exercícios resolvidos
Equações do 2º grau - resumo e exercícios resolvidosEquações do 2º grau - resumo e exercícios resolvidos
Equações do 2º grau - resumo e exercícios resolvidos
 
Equações do 1º grau com uma incógnita
Equações do 1º grau com uma incógnitaEquações do 1º grau com uma incógnita
Equações do 1º grau com uma incógnita
 
Equação exponencial
Equação exponencialEquação exponencial
Equação exponencial
 
Função Afim
Função AfimFunção Afim
Função Afim
 
Cálculo de Derivadas
Cálculo de DerivadasCálculo de Derivadas
Cálculo de Derivadas
 
Funcoes de varias variaveis calculo 2
Funcoes de varias variaveis  calculo 2Funcoes de varias variaveis  calculo 2
Funcoes de varias variaveis calculo 2
 
Gráfico de uma função modular
Gráfico de uma função modularGráfico de uma função modular
Gráfico de uma função modular
 
Aula 02 Cálculo de limites - Conceitos Básicos
Aula 02   Cálculo de limites - Conceitos BásicosAula 02   Cálculo de limites - Conceitos Básicos
Aula 02 Cálculo de limites - Conceitos Básicos
 

Destaque

Calculo Vol. 1 Guidorizzi
Calculo Vol. 1 GuidorizziCalculo Vol. 1 Guidorizzi
Calculo Vol. 1 GuidorizziLuiz Neto
 
Exercicios-resolvidos-de-calculo-i (1)
Exercicios-resolvidos-de-calculo-i (1)Exercicios-resolvidos-de-calculo-i (1)
Exercicios-resolvidos-de-calculo-i (1)Gi Olli
 
266877 exercicios-resolvidos-de-calculo-i
266877 exercicios-resolvidos-de-calculo-i266877 exercicios-resolvidos-de-calculo-i
266877 exercicios-resolvidos-de-calculo-ixavierrrrrr
 
Guidorizzi - CALCULOS PRANDIANOS
Guidorizzi - CALCULOS PRANDIANOSGuidorizzi - CALCULOS PRANDIANOS
Guidorizzi - CALCULOS PRANDIANOSMauricio Deby
 
Profº. Marcelo Santos Chaves - Cálculo I (Limites e Continuidades) - Exercíci...
Profº. Marcelo Santos Chaves - Cálculo I (Limites e Continuidades) - Exercíci...Profº. Marcelo Santos Chaves - Cálculo I (Limites e Continuidades) - Exercíci...
Profº. Marcelo Santos Chaves - Cálculo I (Limites e Continuidades) - Exercíci...MarcelloSantosChaves
 
Cálculo 1 - Limites
Cálculo 1 - LimitesCálculo 1 - Limites
Cálculo 1 - LimitesAmanda Saito
 
Mat 140 questoes resolvidas vol i
Mat 140 questoes resolvidas vol iMat 140 questoes resolvidas vol i
Mat 140 questoes resolvidas vol itrigono_metrico
 
Apostila 2011
Apostila   2011Apostila   2011
Apostila 2011ACE Ace
 
Manual geo gebra unesp
Manual geo gebra unespManual geo gebra unesp
Manual geo gebra unespFranbfk
 
8 р ангийн жишэг даалгавар ц.янжинсүрэн
8 р ангийн жишэг даалгавар ц.янжинсүрэн8 р ангийн жишэг даалгавар ц.янжинсүрэн
8 р ангийн жишэг даалгавар ц.янжинсүрэнLhagvadorj_S
 
Equaçõe diferenciais zill resolução
Equaçõe diferenciais   zill resoluçãoEquaçõe diferenciais   zill resolução
Equaçõe diferenciais zill resoluçãoDywilly Dias
 
Transformações lineares
Transformações linearesTransformações lineares
Transformações linearesnaygno
 
Equação Diferencial Linear de 2ª Ordem - Homogeneas
Equação Diferencial Linear de 2ª Ordem - HomogeneasEquação Diferencial Linear de 2ª Ordem - Homogeneas
Equação Diferencial Linear de 2ª Ordem - HomogeneasWagner Pires
 
equações diferenciais
equações diferenciais equações diferenciais
equações diferenciais Fisionomia
 
Matemática completa giovanni e bonjorno v3
Matemática completa giovanni e bonjorno   v3Matemática completa giovanni e bonjorno   v3
Matemática completa giovanni e bonjorno v3miriapansin
 

Destaque (20)

Calculo Vol. 1 Guidorizzi
Calculo Vol. 1 GuidorizziCalculo Vol. 1 Guidorizzi
Calculo Vol. 1 Guidorizzi
 
Exercicios-resolvidos-de-calculo-i (1)
Exercicios-resolvidos-de-calculo-i (1)Exercicios-resolvidos-de-calculo-i (1)
Exercicios-resolvidos-de-calculo-i (1)
 
266877 exercicios-resolvidos-de-calculo-i
266877 exercicios-resolvidos-de-calculo-i266877 exercicios-resolvidos-de-calculo-i
266877 exercicios-resolvidos-de-calculo-i
 
Guidorizzi - CALCULOS PRANDIANOS
Guidorizzi - CALCULOS PRANDIANOSGuidorizzi - CALCULOS PRANDIANOS
Guidorizzi - CALCULOS PRANDIANOS
 
Profº. Marcelo Santos Chaves - Cálculo I (Limites e Continuidades) - Exercíci...
Profº. Marcelo Santos Chaves - Cálculo I (Limites e Continuidades) - Exercíci...Profº. Marcelo Santos Chaves - Cálculo I (Limites e Continuidades) - Exercíci...
Profº. Marcelo Santos Chaves - Cálculo I (Limites e Continuidades) - Exercíci...
 
Cálculo 1 - Limites
Cálculo 1 - LimitesCálculo 1 - Limites
Cálculo 1 - Limites
 
Mat 140 questoes resolvidas vol i
Mat 140 questoes resolvidas vol iMat 140 questoes resolvidas vol i
Mat 140 questoes resolvidas vol i
 
Lista 4
  Lista 4  Lista 4
Lista 4
 
Apostila 2011
Apostila   2011Apostila   2011
Apostila 2011
 
Manual geo gebra unesp
Manual geo gebra unespManual geo gebra unesp
Manual geo gebra unesp
 
8 р ангийн жишэг даалгавар ц.янжинсүрэн
8 р ангийн жишэг даалгавар ц.янжинсүрэн8 р ангийн жишэг даалгавар ц.янжинсүрэн
8 р ангийн жишэг даалгавар ц.янжинсүрэн
 
Derivadas1
Derivadas1Derivadas1
Derivadas1
 
Equaçõe diferenciais zill resolução
Equaçõe diferenciais   zill resoluçãoEquaçõe diferenciais   zill resolução
Equaçõe diferenciais zill resolução
 
Transformações lineares
Transformações linearesTransformações lineares
Transformações lineares
 
Desvio padrao e erro padrao
Desvio padrao e erro padraoDesvio padrao e erro padrao
Desvio padrao e erro padrao
 
Equação Diferencial Linear de 2ª Ordem - Homogeneas
Equação Diferencial Linear de 2ª Ordem - HomogeneasEquação Diferencial Linear de 2ª Ordem - Homogeneas
Equação Diferencial Linear de 2ª Ordem - Homogeneas
 
equações diferenciais
equações diferenciais equações diferenciais
equações diferenciais
 
Matematica paiva vol2
Matematica paiva vol2Matematica paiva vol2
Matematica paiva vol2
 
Apostila calculo
Apostila calculoApostila calculo
Apostila calculo
 
Matemática completa giovanni e bonjorno v3
Matemática completa giovanni e bonjorno   v3Matemática completa giovanni e bonjorno   v3
Matemática completa giovanni e bonjorno v3
 

Semelhante a Cap1 Guidorizzi vol1.exercicio 1.2

Semelhante a Cap1 Guidorizzi vol1.exercicio 1.2 (20)

Calculo1 aula03
Calculo1 aula03Calculo1 aula03
Calculo1 aula03
 
Calculo1 aula03
Calculo1 aula03Calculo1 aula03
Calculo1 aula03
 
Módulo
MóduloMódulo
Módulo
 
Exercsolv1
Exercsolv1Exercsolv1
Exercsolv1
 
Calculo1 aula04
Calculo1 aula04Calculo1 aula04
Calculo1 aula04
 
Calculo1 aula04
Calculo1 aula04Calculo1 aula04
Calculo1 aula04
 
Slides Aula - Equações.pdf
Slides Aula - Equações.pdfSlides Aula - Equações.pdf
Slides Aula - Equações.pdf
 
Equação do primeiro e segundo grau1
Equação do primeiro e segundo grau1Equação do primeiro e segundo grau1
Equação do primeiro e segundo grau1
 
Inversa vandermonde
Inversa vandermondeInversa vandermonde
Inversa vandermonde
 
Variaveis+aleatorias
Variaveis+aleatoriasVariaveis+aleatorias
Variaveis+aleatorias
 
Calculo1 aula10
Calculo1 aula10Calculo1 aula10
Calculo1 aula10
 
Intro teoria dos numerros cap7
Intro teoria dos numerros cap7Intro teoria dos numerros cap7
Intro teoria dos numerros cap7
 
Equações Irracionais
Equações IrracionaisEquações Irracionais
Equações Irracionais
 
Func exp
Func expFunc exp
Func exp
 
Equação do 2º grau
Equação do 2º grauEquação do 2º grau
Equação do 2º grau
 
Resumo de aula resolução de equações do 2º grau
Resumo de aula   resolução de equações do 2º grauResumo de aula   resolução de equações do 2º grau
Resumo de aula resolução de equações do 2º grau
 
Equações Irracionais
Equações IrracionaisEquações Irracionais
Equações Irracionais
 
Aula 17 geometria básica
Aula 17  geometria básicaAula 17  geometria básica
Aula 17 geometria básica
 
matematica e midias
matematica e midiasmatematica e midias
matematica e midias
 
Mat74a
Mat74aMat74a
Mat74a
 

Mais de Zaqueu Oliveira

A matemática do Egito e Mesopotâmia .Artigo baseados em pesquisas bibliográfi...
A matemática do Egito e Mesopotâmia .Artigo baseados em pesquisas bibliográfi...A matemática do Egito e Mesopotâmia .Artigo baseados em pesquisas bibliográfi...
A matemática do Egito e Mesopotâmia .Artigo baseados em pesquisas bibliográfi...Zaqueu Oliveira
 
Inequações do 1º e 2º grau
Inequações do 1º e 2º grauInequações do 1º e 2º grau
Inequações do 1º e 2º grauZaqueu Oliveira
 
Funções do 1º e 2º grau
Funções do 1º e 2º grauFunções do 1º e 2º grau
Funções do 1º e 2º grauZaqueu Oliveira
 
Equação do 1º e 2º grau
Equação do 1º e 2º grauEquação do 1º e 2º grau
Equação do 1º e 2º grauZaqueu Oliveira
 
Teorema do valor intermediário - Análise Real
Teorema do valor intermediário - Análise RealTeorema do valor intermediário - Análise Real
Teorema do valor intermediário - Análise RealZaqueu Oliveira
 
Equações do 2ºgrau, Função Polinomial do 1º e 2º grau, Semelhanças, Segmentos...
Equações do 2ºgrau, Função Polinomial do 1º e 2º grau, Semelhanças, Segmentos...Equações do 2ºgrau, Função Polinomial do 1º e 2º grau, Semelhanças, Segmentos...
Equações do 2ºgrau, Função Polinomial do 1º e 2º grau, Semelhanças, Segmentos...Zaqueu Oliveira
 

Mais de Zaqueu Oliveira (9)

A matemática do Egito e Mesopotâmia .Artigo baseados em pesquisas bibliográfi...
A matemática do Egito e Mesopotâmia .Artigo baseados em pesquisas bibliográfi...A matemática do Egito e Mesopotâmia .Artigo baseados em pesquisas bibliográfi...
A matemática do Egito e Mesopotâmia .Artigo baseados em pesquisas bibliográfi...
 
Media,moda,mediana
Media,moda,medianaMedia,moda,mediana
Media,moda,mediana
 
Inequações do 1º e 2º grau
Inequações do 1º e 2º grauInequações do 1º e 2º grau
Inequações do 1º e 2º grau
 
Funções do 1º e 2º grau
Funções do 1º e 2º grauFunções do 1º e 2º grau
Funções do 1º e 2º grau
 
Equação do 1º e 2º grau
Equação do 1º e 2º grauEquação do 1º e 2º grau
Equação do 1º e 2º grau
 
Enade
EnadeEnade
Enade
 
Teorema do valor intermediário - Análise Real
Teorema do valor intermediário - Análise RealTeorema do valor intermediário - Análise Real
Teorema do valor intermediário - Análise Real
 
Equações do 2ºgrau, Função Polinomial do 1º e 2º grau, Semelhanças, Segmentos...
Equações do 2ºgrau, Função Polinomial do 1º e 2º grau, Semelhanças, Segmentos...Equações do 2ºgrau, Função Polinomial do 1º e 2º grau, Semelhanças, Segmentos...
Equações do 2ºgrau, Função Polinomial do 1º e 2º grau, Semelhanças, Segmentos...
 
Neurodidatica versus
Neurodidatica versusNeurodidatica versus
Neurodidatica versus
 

Cap1 Guidorizzi vol1.exercicio 1.2

  • 1. CAPÍTULO 1 Exercícios 1.2 2.n) Como x2 ϩ 3 Ͼ 0 para todo x, o sinal de x(x2 ϩ 3) é o mesmo que o de x; logo, x(x2ϩ 3) Ͻ 0 para x Ͻ 0; x(x2 ϩ 3) ϭ 0 para x ϭ 0; x(x2 ϩ 3) Ͼ 0 para x Ͼ 0. 1 e, ϩ1 tendo em vista a compatibilidade da relação de ordem com a multiplicação, obtém-se: 3. n) Como x2 ϩ 1 Ͼ 0 para todo x, multiplicando-se os dois membros por (2x Ϫ 1)(x2 ϩ 1)Ͻ 0 ¤ 2x Ϫ 1 Ͻ x2 0 1 ¤ 2x Ϫ 1 Ͻ 0 ¤ x Ͻ . 1 ϩ x2 2 4. Ϫ a3 x3 Ϫ x 3 ϩ ax 2 Ϫ ax 2 ϩ a 2 x Ϫ a 2 x ϩ a3 0 xϪa x 2 ϩ ax ϩ a 2 Ê 2 b cˆ b b2 b2 cˆ Ê 2 8. a) ax2 ϩ bx ϩ c ϭ a Ë x ϩ x ϩ ¯ ϭ a Á x ϩ x ϩ 2 Ϫ 2 ϩ ˜ . Agora a¯ a a a 4a 4a Ë 2 2 Ϫb2 c ⌬ b b b ˆ Ê . ϩ ϭϪ é só observar que x 2 ϩ x ϩ 2 ϭ x ϩ e Ë 4 a2 4 a2 a a 4a 2a ¯ 14. Como x2 ϩ 1 Ͼ 0 para todo x, multiplicando-se os dois membros por x2 ϩ 1 e lembrando da compatibilidade da relação de ordem com a multiplicação, tem-se: 5x ϩ 3 Ն 5 ¤ 5x ϩ 3 Ն 5(x2 ϩ 1) x2 ϩ 1 15. Falsa. Para x Ͼ 2, a afirmação será verdadeira, pois, neste caso, teremos x Ϫ 2 Ͼ 0 e pela compatibilidade da relação de ordem com a multiplicação teremos: x2 ϩ x ϩ 1 Ͼ 3 ¤ x2 ϩ x ϩ 1 Ͼ 3(x Ϫ 2) xϪ2 Para x Ͻ 2, teremos x Ϫ 2 Ͻ 0, e daí e pela compatibilidade mencionada anteriormente x2 ϩ x ϩ 1 Ͼ 3 ¤ x2 ϩ x ϩ 1 Ͻ 3(x Ϫ 2) xϪ2
  • 2. 0 raiz de P(x) deveremos ter a0␣n ϩ a1␣n Ϫ 1 ϩ ... ϩ an Ϫ 1␣ ϩ an ϭ 0. an . Dividindo os dois membros por ␣, resulta: a0␣n Ϫ 1 ϩ a1␣n Ϫ 2 ϩ ... ϩ an Ϫ 1 ϭ Ϫ ␣ Como o primeiro membro dessa igualdade é número inteiro, pois, por hipótese, ␣, a0, a1, ..., an é um número inteiro, logo, ␣ é divisor de an. an Ϫ 1 são inteiros, resulta que ␣ 16. Sendo ␣ 17. a) Como os coeficientes do polinômio x3 ϩ 2x2 ϩ x Ϫ 4 são números inteiros, o número inteiro ␣ terá chance de ser raiz da equação se ␣ for divisor do termo independente Ϫ4. Os divisores de Ϫ4 são: 1, Ϫ1, 2, Ϫ2, 4 e Ϫ4. Para verificar se algum destes números é raiz, o único jeito é substituí-lo na equação. Por substituição na equação verifica-se, então, que 1 é raiz e que os demais não são raízes. Conclusão: 1 é a única raiz inteira da equação. 18. Tendo em vista a sugestão, P(x) ϭ (x Ϫ ␣)Q(x) ϩ R, onde Q(x) é um polinômio de grau n Ϫ 1 e R um número. Substituindo x por ␣, resulta P(␣) ϭ R. Se ␣ for raiz, teremos P(␣) ϭ 0 e, portanto, R ϭ 0, o que significa que P(x) é divisível por (x Ϫ ␣). Reciprocamente, se P(x) for divisível por (x Ϫ ␣), teremos R ϭ 0 e, portanto, P(␣) ϭ 0, ou seja, ␣ é raiz de P(x). 19. a) Primeiro vamos verificar se P(x) ϭ x3 ϩ 2x2 Ϫ x Ϫ 2 admite raízes inteiras. Os candidatos a raízes inteiras são os divisores Ϫ1, 1, Ϫ2 e 2 do termo independente Ϫ2. Substituindo em P(x), verifica-se que Ϫ1, 1, e Ϫ2 são raízes. Segue que P(x) é divisível por (x Ϫ (Ϫ1)) ϭ (x ϩ 1). Dividindo obtém-se P(x) ϭ (x ϩ 1) (x2 ϩ x Ϫ 2). Sendo 1 raiz de P(x), mas não raiz de x ϩ 1, resulta que 1 é raiz do quociente x2 ϩ x Ϫ 2, logo, tal quociente é divisível por x Ϫ 1; efetuando-se a divisão obtém-se x2 ϩ x Ϫ 2 ϭ (x Ϫ 1)(x ϩ 2). Segue P(x) ϭ (x ϩ 1)(x Ϫ 1)(x ϩ 2) que é a forma fatorada do polinômio dado. 20. a) 1.º Processo. x3 Ϫ 1 é divisível por x Ϫ 1, pois 1 é raiz de x3 Ϫ 1; efetuando-se a divisão, obtém-se x3 Ϫ 1 ϭ (x Ϫ 1)(x2 ϩ x ϩ 1). Segue que a inequação é equivalente a (x Ϫ 1)(x2 ϩ x ϩ 1) Ͼ 0. Como x2 ϩ x ϩ 1 Ͼ 0 para todo x, tal inequação é equivalente a x Ϫ 1 Ͼ 0 e, portanto, equivalente a x Ͼ 1 que é a solução da inequação. 2.º Processo. Tendo em vista a equivalência “x Ͻ y ¤ x3 Ͻ y3 quaisquer que sejam x e y” (veja Exercício 22), segue que x3 Ϫ1 Ͼ 0 ¤ x3 Ͼ 13 ¤ x Ͼ 1. 21. Falsa. Pois, Ϫ 5 Ͻ Ϫ 3 Þ (Ϫ 5)2 Ͼ (Ϫ3)2. Observação. É verdadeira a seguinte afirmação: quaisquer que sejam x Ͼ 0 e y Ͼ 0, tem-se x Ͼ y ¤ x2 Ͼ y2. De fato, de x Ͼ 0 e y Ͼ 0 segue x ϩ y Ͼ 0; pela compatibilidade da relação de ordem com a adição (veja propriedade OA, no livro-texto, página 3), x Ͼ y ¤ x Ϫ y Ͼ y Ϫ y ¤ x Ϫ y Ͼ 0. De x ϩ y Ͼ 0 e pela compatibilidade da relação de ordem com a multiplicação (veja propriedade OM, no livro-texto, página 3), tem-se x Ϫ y Ͼ 0 ¤ (x Ϫ y)(x ϩ y) Ͼ 0 (x ϩ y) ¤ x2 Ϫ y2 Ͼ 0 ¤ x2 Ͼ y2. 22. Já sabemos que x3 Ϫ y3 ϭ (x Ϫ y)(x2 ϩ xy ϩ y2). Temos, também, se x Ͼ 0 e y Ͼ 0 (ou x Ͻ 0 e y Ͻ 0), então x2 ϩ xy ϩ y2 Ͼ 0. Faremos a prova considerando três casos. 1.º Caso. Neste primeiro caso, faremos a prova supondo x Ͼ 0 e y Ͼ 0. Temos: x Ͻ y ¤ x Ϫ y Ͻ 0. Como x2 ϩ xy ϩ y2 Ͼ 0, multiplicando-se os dois membros de x Ϫ y Ͻ 0 por x2 ϩ xy ϩ y2 e lembrando da compatibilidade da relação de ordem com a multiplicação, 2
  • 3. resulta (x Ϫ y)(x2 ϩ xy ϩ y2) Ͻ 0 (x2 ϩ xy ϩ y2), que é equivalente a x3 Ϫ y3 Ͻ 0, que por sua vez é equivalente a x3 Ͻ y3. Portanto, admitindo x Ͼ 0 e y Ͼ 0, teremos x Ͻ y ¤ x3 Ͻ y3. 2.º Caso. Neste segundo caso suporemos x Ͻ 0 e y Ͻ 0. Sendo x Ͻ 0 e y Ͻ 0 teremos, também, x2 ϩ xy ϩ y2 Ͼ 0. Agora é só repetir o raciocínio do 1.º caso. 3.º Caso. Neste 3.º caso suporemos x Ͻ 0 e y Ͼ 0. Sendo x Ͻ 0 teremos, também, x3 Ͻ 0 e reciprocamente. Por outro lado, sendo y Ͼ 0, teremos, também, y3 Ͼ 0 e reciprocamente. Portanto, supondo x Ͻ 0 e y Ͼ 0, teremos, x Ͻ y ¤ x3 Ͻ y3. 23. a) Sabemos que 0 ϩ 0 ϭ 0 (A3). Daí, x и (0 ϩ 0) ϭ x и 0. Pela distributividade da multiplicação em relação à adição, x и 0 ϩ x и 0 ϭ x и 0. Pela lei do cancelamento, x и 0 ϭ 0. (Observe que a lei do cancelamento depende apenas da propriedade associativa e da existência de oposto. Veja Exemplo 2, livro-texto, página 5.) b) x ϩ (Ϫ x) ϭ 0; [x ϩ (Ϫ x)] и y ϭ 0 и y. Pela propriedade distributiva e tendo em vista (a), resulta xy ϩ (Ϫ x)y ϭ 0. Somando a ambos os membros o oposto de xy, obtemos (Ϫ x)y ϭ Ϫ xy. De forma análoga, prova-se que x(Ϫ y) ϭ Ϫxy. Vamos, agora, à prova de que (Ϫ x)(Ϫ y) ϭ xy. Temos, [x ϩ (Ϫ x)][y ϩ (Ϫ y)] ϭ 0. Pela propriedade distributiva, xy ϩ x(Ϫ y) ϩ (Ϫ x)y ϩ (Ϫ x)(Ϫ y) ϭ 0. De x(Ϫ y) ϭ Ϫ xy e (Ϫ x)y ϭ Ϫxy e lembrando que xy ϩ (Ϫ xy) ϭ 0 resulta Ϫ xy ϩ (Ϫ x)(Ϫ y) ϭ 0. Somando xy aos dois membros, obtemos (Ϫ x)(Ϫ y) ϭ xy. c) Seja x um real qualquer. Pela (O4), x р 0 ou x у 0. Supondo x р 0 e somando o oposto de x aos dois membros, resulta 0 р Ϫ x; pela (OM), 0 и (Ϫ x) р (Ϫ x)(Ϫ x) e, portanto, 0 р x и x, ou seja, 0 р x2. Assim, se x р 0, teremos x2 у 0. Supondo, agora, x у 0 e lembrando, novamente, de (OM) teremos x и x у x и 0 e, portanto, x2 у 0. Dessa maneira fica provado que, para todo x real, tem-se x2 у 0. d) Como 12 ϭ 1 и 1 ϭ 1 e 1 0 (M3), tendo em vista (c), resulta 1 Ͼ 0. e) Para x 0, x и xϪ1 ϭ 1 (M4) e, portanto, teremos também xϪ1 0. Assim, para x 0, xϪ1 и xϪ1 Ͼ 0. Supondo, agora, x Ͼ 0 e multiplicando-se ambos os membros da última desigualdade por x, obtemos x и(xϪ1 и xϪ1) Ͼ x и 0; pela (M1), x и (xϪ1 и xϪ1) ϭ (x и xϪ1) и xϪ1, e lembrando que x и xϪ1 ϭ 1, resulta xϪ1 Ͼ 0. Assim, se x Ͼ 0 teremos, também, xϪ1 Ͼ 0. Supondo, agora, xϪ1 Ͼ 0 teremos x 0 e, portanto, x2 Ͼ 0; multiplicando-se os dois membros por xϪ1 e lembrando de (OM), teremos xϪ1 и x2 Ͼ xϪ1 и 0, ou seja, (xϪ1 и x) и x Ͼ 0 e portanto, x Ͼ 0. Fica provado assim que x Ͼ 0 é equivalente a xϪ1 Ͼ 0. f) Supondo xy ϭ 0 vamos provar que x ϭ 0 ou y ϭ 0. Se x 0 teremos, também, xϪ1 0; multiplicando-se os dois membros de xy ϭ 0 por xϪ1 vem xϪ1 и (xy) ϭ xϪ1 и 0 e daí (xϪ1 и x) и y ϭ 0; lembrando que x и xϪ1 ϭ 1, resulta y ϭ 0. Se tivermos y 0, raciocinando de forma análoga, conclui-se que x ϭ 0. Fica provado então que xy ϭ 0 Þ x ϭ 0 ou y ϭ 0. A recíproca é imediata. g) x2 ϭ y2 ¤ x2 Ϫ y2 ϭ 0 ¤ (x Ϫ y)(x ϩ y) ϭ 0 ¤ x Ϫ y ϭ 0 ou x ϩ y ϭ 0 ¤ x ϭ y ou x ϭ Ϫ y 3
  • 4. h) x2 ϭ y2 ¤ (x Ϫ y)(x ϩ y) ϭ 0 ¤ x Ϫ y ϭ 0 ou x ϩ y ϭ 0; da hipótese x Ն 0 e y Ն 0 segue que x ϩ y ϭ 0 só ocorrerá se x ϭ 0 e y ϭ 0. Assim, se x Ն 0 e y Ն 0, x2 ϭ y2 ¤ x ϭ y. Exercícios 1.3 3. j) Primeiro vamos estudar o sinal da expressão dentro do módulo, no caso, 2x Ϫ 1. 1 1 Temos: 2x Ϫ 1 р 0 para x р e 2x Ϫ 1 Ͼ 0 para x Ͼ . Para resolver a equação, 2 2 vamos considerar dois casos. 1 1 1.º Caso. Neste primeiro caso vamos resolver a inequação supondo x р . Para x р , 2 2 teremos 2x Ϫ 1р 0 e, portanto, |2x Ϫ 1| ϭϪ(2x Ϫ 1) ϭ Ϫ 2x ϩ 1. Neste caso, teremos: 1 |2x Ϫ 1| Ͻ x ¤ Ϫ 2x ϩ 1 Ͻ x ¤ x Ͼ . 3 1 Como estamos supondo x р , segue que todo x satisfazendo a condição 2 1 1 Ͻ x р é solução da inequação. 3 2 1 1 2.º Caso. Vamos agora resolver a inequação supondo x Ͼ . Para x Ͼ , 2x Ϫ 1 Ͼ 0 2 2 e, portanto, |2x Ϫ 1| Ͻ x ¤ 2x Ϫ 1 Ͻ x ¤ x Ͻ 1. 1 1 Ͻ xϽ1 Como estamos supondo x Ͼ , segue que todo x satisfazendo a condição 2 2 é solução da inequação. Conclusão: reunindo a solução encontrada no 1.º caso com a do 2.º caso, temos 1 Ͻ x Ͻ 1 que é a solução da inequação. 3 m) Primeiro vamos estudar os sinais das expressões dentro dos módulos. Temos: x Ϫ 1 р 0 para x р 1 e x Ϫ 1 Ͼ 0 para x Ͼ 1 por outro lado, x ϩ 2 р 0 para x р Ϫ 2 e x ϩ 2 Ͼ 0 para x Ͼ Ϫ 2. Para resolver a inequação vamos considerar três casos. 1.º Caso. x р Ϫ 2. Para x р Ϫ 2, temos x Ϫ 1 Ͻ 0 e x ϩ 2 р 0. Segue que |x Ϫ 1| ϭ Ϫ (x Ϫ 1) ϭ Ϫ x ϩ 1 e |x ϩ 2| ϭ Ϫ (x ϩ 2) ϭ Ϫ x Ϫ 2. Assim, a inequação |x Ϫ 1| Ϫ |x ϩ 2| Ͼ x é equivalente a Ϫ x ϩ 1 Ϫ (Ϫ x Ϫ 2) Ͼ x que, por sua vez, é equivalente a 3 Ͼ x, ou seja, x Ͻ 3. Como estamos supondo x р Ϫ 2, segue que todo x satisfazendo a condição x р Ϫ 2 é solução da inequação. 2.º Caso. Ϫ 2 Ͻ x р 1. Para Ϫ 2 Ͻ x р 1, temos x ϩ 2 Ͼ 0 e x Ϫ 1 р 0. Segue que |x ϩ 2| ϭ x ϩ 2 e |x Ϫ 1| ϭ Ϫ (x Ϫ 1) ϭ Ϫ x ϩ 1. A inequação |x Ϫ 1| Ϫ |x ϩ 2| Ͼ x é então equivalente a Ϫ x ϩ 1 Ϫ (x ϩ 2) Ͼ x que, por sua vez, é equivalente a Ϫ 2x Ϫ 1 Ͼ x. Resolvendo esta última inequação, obtemos 4
  • 5. Ϫ1 . Como estamos supondo Ϫ 2 Ͻ x р 1, segue que todo x satisfazendo a 3 1 condição Ϫ 2 Ͻ x Ͻ Ϫ é solução da inequação. 3 xϽ 3.º Caso. x Ͼ 1. Para x Ͼ 1, temos x ϩ 2 Ͼ 0 e x Ϫ 1 Ͼ 0. Segue que a inequação dada é equivalente a x Ϫ 1 Ϫ (x ϩ 2) Ͼ x que, por sua vez, é equivalente a x Ͻ Ϫ 3. Como estamos supondo x Ͼ 1, segue que não existe x Ͼ 1 que seja solução da inequação. Ϫ1 Conclusão: reunindo a solução obtida no 1.º caso com a do 2.º caso resulta x Ͻ 3 que é a solução da inequação dada. 4. Queremos provar que para r Ͼ 0, |x| Ͼ r ¤ x Ͻ Ϫ r ou x Ͼ r. De fato, sendo r Ͼ 0, temos: |x| Ͼ r ¤ |x|2 Ͼ r2 ¤ x2 Ͼ r2 ¤ (x Ϫ r)(x ϩ r) Ͼ 0 ¤ x Ͻ Ϫ r ou x Ͼ r. 6. Queremos provar que |x ϩ y| ϭ |x| ϩ |y| ¤ xy Ն 0. Para isso, um caminho é procurar a condição (ou condições) que x e y devem satisfazer para que se tenha |x ϩ y| ϭ |x| ϩ |y|. Vamos então à procura de tal condição. Temos: |x ϩ y| ϭ |x| ϩ |y| ¤ |x ϩ y|2 ϭ [|x| ϩ |y|]2. Tendo em vista que |x ϩ y|2 ϭ (x ϩ y)2 ϭ x2 ϩ 2xy ϩ y2, [|x| ϩ |y|]2 ϭ |x|2 ϩ 2|x||y| ϩ |y|2 , |x|2 ϭ x2, |y|2 ϭ y2 e 2|x||y| ϭ 2|xy| resulta |x ϩ y| ϭ |x| ϩ |y| ¤ x2 ϩ 2xy ϩ y2 ϭ x2 ϩ 2|xy| ϩ y2 ¤ xy ϭ |xy| ¤ xy у 0. (Observe que |xy| ϭ xy só poderá ocorrer se xy у 0.) 7. a) |x Ϫ y| у |x| Ϫ |y| é uma conseqüência da desigualdade triangular. De fato, observando que |x| ϭ |x Ϫ y ϩ y| e aplicando a desigualdade triangular ao segundo membro, obtemos |x Ϫ y ϩ y| р |x Ϫ y| ϩ |y|. Temos, então, |x| р |x Ϫ y| ϩ |y| e, portanto, |x Ϫ y| у |x| Ϫ |y|. b) Raciocinando de modo semelhante, temos |y| ϭ |y Ϫ x ϩ x| р |y Ϫ x| ϩ |x|. Lembrando que |y Ϫ x| ϭ |x Ϫ y|, resulta |x Ϫ y| у |y| Ϫ |x|. c) Observando que | |x| Ϫ |y| | ϭ |x| Ϫ |y| ou | |x| Ϫ |y| | ϭ |y| Ϫ |x| e tendo em vista (a) e (b), resulta |x Ϫ y| у | |x| Ϫ |y| |. Exercícios 1.6 1. Suponhamos x racional e y irracional. Seja s ϭ x ϩ y. Se s for racional, então y ϭ s Ϫ x será racional, uma vez que a diferença entre dois racionais é racional, contra a hipótese de y ser irracional. Logo, a soma de um racional com um irracional é irracional. z 0 racional e y irracional. Seja z ϭ xy. De x 0 segue y ϭ . Se z x z for racional, o quociente será, também, racional, pois o quociente entre dois x 2. Suponhamos x 5
  • 6. racionais é racional, contra a hipótese de y ser irracional. Logo, o produto de um racional diferente de zero por um irracional é irracional. 3. a) Vamos mostrar que não existem números naturais a e b, com b 0, tal que a a 6 ϭ . Podemos supor que a fração seja irredutível, pois, se não fosse, bastaria b b simplificá-la. Isto significa que as possibilidades para a e b são: a par e b ímpar, a ímpar e b par, a ímpar e b ímpar. Vamos mostrar que nenhuma dessas possibilidades poderá ocorrer. (Observe que o caso a par e b par foi excluído, pois estamos supondo a a a fração irredutível.) Inicialmente, observamos que 6 ϭ é equivalente a b b a2 6 ϭ 2 que, por sua vez, é equivalente a a2 ϭ 6b2. Como 6b2 é par, a2 não poderá b ser ímpar, o que significa que a não poderá ser ímpar (lembre-se de que o quadrado de um número ímpar é, também, ímpar). Segue que os casos a ímpar e b par, a ímpar e b ímpar estão, também, excluídos. Assim, o único caso que deveremos analisar é a par e b ímpar. Sendo a um número par, existirá um natural m tal que a ϭ 2m. Substituindo este valor de a em a2 ϭ 6b2, teremos (2m)2 ϭ 6b2 e, portanto, 4m2 ϭ 6b2 e, daí, 2m2 ϭ 3b2 que é uma contradição, pois 2m2 é par e 3b2 ímpar. Logo, 6 é um número irracional. b) Suponhamos que 2 ϩ 3 ϭ x com x racional. Elevando os dois membros ao quadrado, obtemos ( 2ϩ 3 ) 2 ϭ x 2 . Como ( 2ϩ 3 ) 2 ϭ2ϩ 2 2 3 ϩ3ϭ5ϩ 2 6 Ϫ5 . Como estamos supondo x 2 racional, o segundo membro da última igualdade será racional e, portanto, 6 será resulta 5 ϩ 2 6 ϭ x 2 e, portanto, 6 ϭ x2 racional, que está em contradição com o fato de 6 ser irracional. Logo, a soma 2 ϩ 3 não podendo ser racional; será irracional. 4. O truque aqui é procurar eliminar os radicais e analisar o que sobrar. Vamos lá. Elevando ao cubo os dois membros de x ϭ 3 2 Ϫ 5 ϩ 3 2 ϩ 5 e desenvolvendo o cubo no segundo membro, obtemos 2 2 x 3 ϭ 2 Ϫ 5 ϩ 3Ê 3 2 Ϫ 5 ˆ 3 2 ϩ 5 ϩ 33 2 Ϫ 5 Ê 3 2 ϩ 5 ˆ ϩ 2 ϩ 5 Ë ¯ Ë ¯ e daí x 3 Ϫ 4 ϭ 33 2 Ϫ 5 3 2 ϩ 5 È3 2 Ϫ 5 ϩ 3 2 ϩ 5 ù . Í ú Î û Temos 3 ( )( ) 2 Ϫ 5 3 2 ϩ 5 ϭ 3 2 Ϫ 5 2 ϩ 5 ϭ 3 Ϫ1 ϭ Ϫ 1 e x ϭ 3 2 Ϫ 5 ϩ 3 2 ϩ 5 . 6
  • 7. Substituindo na equação acima, resulta x3 Ϫ 4 ϭ Ϫ 3x, ou seja, x3 ϩ 3x Ϫ 4 ϭ 0. Conclui-se, então, que o número real x ϭ 3 2 Ϫ 5 ϩ 3 2 ϩ 5 é raiz da equação anterior. Por outro lado 1 é, também, raiz. Dividindo x3 ϩ 3x Ϫ 4 por x Ϫ 1, obtemos x3 ϩ 4x Ϫ 4 ϭ (x Ϫ 1)(x3 ϩ x ϩ 4). Como x3 ϩ x ϩ 4 não admite raiz real, resulta que 1 é a única raiz real da equação x3 ϩ 3x Ϫ 4 ϭ 0. Como o número real x ϭ 3 2 Ϫ 5 ϩ 3 2 ϩ 5 é raiz de tal equação, resulta que este número tem que ser 1, ou seja, devemos ter 2 Ϫ 5 ϩ 3 2 ϩ 5 ϭ 1. Conclusão: o número x ϭ 3 2 Ϫ 5 ϩ 3 2 ϩ 5 é racional e igual a 1. 3 8. O que queremos provar aqui é que, sendo x Ͼ 0 e y Ͼ 0 dois números reais, a média xϩy geométrica xy é sempre menor ou igual à média aritmética . O truque é o 2 2 2 2 seguinte: (x Ϫ y) у 0, daí x Ϫ 2xy ϩ y Ն 0. Somando aos dois membros 4xy, resulta (x ϩ y)2 у 4xy. Como estamos supondo x Ͼ 0 e y Ͼ 0, extraindo a raiz xϩy quadrada dos dois membros, obtemos x ϩ y у 2 xy e, portanto, xy р . 2 7