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Reduzindo o Risco de
Contaminação de infusões
Yuri Moreira Assis
Especialista em Medicina Intensiva AMIB
Médico Intensivista Hospital de Câncer do Maranhão e Hospital
São Domingos
Conflito de interesses
• Não possuo qualquer conflito de interesses neste
tópico
Contaminação de infusões
• Apesar da aparente segurança de infusões no
ambiente hospitalar os surtos de contaminação de
patógenos CONTINUAM A OCORRER
• Nos EUA há registro de pelo menos 35 surtos entre
o ano 2000 e 2010
• Este registro informa a exposição de mais de
100.000 paciente à hepatites virais e a transmissão
de hepatite B ou C (ou ambas) há pelo menos 500
• Outros patógenos incluem HIV, HTLV e outros vírus,
além de bactérias nosocomiais e fungos
APIC Report, Dolan et al, 2010
Práticas inseguras identificadas no
cuidado
• Reutilização de seringas na administração de
medicações há múltiplos pacientes
• Contaminação de equipos e frascos ou bolsas de
soro depois de serem injetados com seringas ou
agulhas reutilizadas
• Falha ao seguir normas básicas de segurança na
preparação de medicações para múltiplos pacientes
• Cuidado inadequado e manutenção de
equipamentos de puntura para glicemia de fita ou
outros devices
Estamos falando dos EUA...
• No Brasil os dados são pouco conhecidos
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Rosa MB et al, 2003
Obviamente estes surtos são
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• Atividades e responsabilidades individuais devem ser
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• O treinamento deve incluir noções sobre QUALIDADE,
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MÃOS, TRANSMISSÃO DE DOENÇAS E SEGURANÇA NO
TRABALHO
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Normatização brasileira
• RDC 45 ANVISA – Infraestrutura física:
• Projeto organizado e racional das instalações para evitar risco de
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• Iluminação e ventilação adequadas para que temperatura e
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manuseio. Os materiais devem estar protegidos da luz solar
• Lavatórios com torneiras sem comando manual, em número
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• A responsabilidade pelo preparo pode ser atividade individual ou
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procedimentos padronizados para fracionamento, diluições e
adição de outras substâncias
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avaliação de compatibilidade físico-química e interação
medicamentosa pelo farmacêutico
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• RDC 45 ANVISA – Preparo:
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• Nome completo do paciente, leito e registro hospitalar
• Nome do produto, descrição quantitativa e qualitativa dos
componentes aditivados,
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• Data e horário do preparo e identificação de quem preparou
• Para SP Pequeno Volume – identificação no mínimo no
rótulo com:
• Nome completo do paciente, leito e registro hospitalar
• Nome do medicamento, dosagem, horário e via de
administração
• Data e horário do preparo e identificação de quem preparou
Normatização brasileira
• RDC 45 ANVISA – Preparo:
• Agulhas, jelcos, escalpes, seringas, equipos e acessórios (filtros,
tampas e outros) – uso único e descartados em recipiente
apropriado
• Conferir rigorosamente os produtos empregados no preparo com a
prescrição médica, bem como inspecionar quanto à INTEGRIDADE
FÍSICA, COLORAÇÃO, PRESENÇA DE PARTÍCULAS, CORPOS
ESTRANHOS E PRAZO DE VALIDADE
• Toda e qualquer alteração descrita no item anterior IMPEDE A
UTILIZAÇÃO DO PRODUTO, devendo o fato ser notificado aos
responsáveis pelo setor e à autoridade competente
• O preparo deve obedecer a normatização da Comissão de Controle
de infecções quanto à: DESINFECÇÃO DE AMBIENTES E
SUPERFÍCIES, HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS, USO DE EPI’S,
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Normatização brasileira
• RDC 45 ANVISA – Preparo:
• Pela complexidade e riscos inerentes ao processo, o preparo deve
ser feito em área de uso exclusivo para este fim. No caso de
impossibilidade, deve haver procedimento padronizado escrito para
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• Os serviços de saúde devem possuir estrutura organizacional e de
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de cuidados de enfermagem em todos os âmbitos
• A equipe de enfermagem é composta por enfermeiro e técnico ou
auxiliar, e cada um tem atribuições definidas segundo a legislação
• O enfermeiro deve desenvolver, rever e atualizar regularmente os
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• O uso de bombas de infusão – BI, quando necessário, deve ser feito
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as condições de limpeza e funcionamento
• As operações de manutenção e calibração das BI devem ser feitas
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Normatização brasileira
• RDC 45 ANVISA – Administração:
• A escolha do acesso venoso central ou periférico deve ser escolhido
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• A inserção de acesso venoso periférico, central ou central
perifericamente inserido (PICC) deve seguir normas rigorosas de
assepsia determinadas pela CCI SS
• O enfermeiro deve assessorar o médico na inserção de acesso
central e é responsabilidade do enfermeiro a inserção do PICC
• TODO CATETER CENTRAL DEVE TER SUA POSIÇÃO CONFIRMADA
ANTES DO USO
• O curativo de acesso venoso deve ser feito de acordo com as
normas da CCI SS
• Toda SP deve ser inspecionada antes da infusão quanto à
IDENTIFICAÇÃO, INTEGRIDADE, COLORAÇÃO, CORPOS ESTRANHOS
E VALIDADE
Normatização brasileira
• RDC 45 ANVISA – Administração:
• A INFUSÃO DE SP SÓ PODE SER FEITA APÓS A VERIFICAÇÃO DA
PERVIEDADE DO ACESSO VENOSO
• O transporte de SP prontas do local do preparo até a administração
deve ser feito com cuidados adequados para manutenção de
integridade físico-química e esterilidade
• Se houver perda de acesso a infusão só poderá ser efetuada se ficar
garantida a integridade e a esterilidade da SP
• O recipiente contendo a SP deverá ficar protegido da luz solar direta e
de fontes de calor
• Sinais e sintomas de complicações na infusão devem ser informados
ao médico responsável e adequadamente registrados
• A correção do registro de todas as intercorrências é de
responsabilidade do enfermeiro
• Ao término da infusão, o profissional deve descartar todo material
utilizado e resíduos de acordo com a norma da CCI SS
Boas práticas na infusão de
medicamentos
• Compreensão ampla do processo de medicação,
que vai desde a aquisição até a aplicação e
monitoramento
• Utilizar ferramentas que permitam o
FUNCIONAMENTO SEGURO DO PROCESSO:
• Prescrição eletrônica
• Identificação de medicamentos com código de barras
• Preparação prévia de medicamentos pela farmácia nos
horários pré-determinados
• Ferramentas de dispensação automatizada
Boas práticas na infusão de
medicamentos
• Percorrer as etapas com checagem e re-checagem:
• Paciente certo – checar nome na prescrição, nome na
pulseira de identificação, medicamento, dose, via,
frequência
• Medicamento certo – prescrição eletrônica, evitar
caligrafia ruim, checar informações do rótulo antes da
aplicação
• Diferenciar medicamentos com nomes semelhantes e
formatos semelhantes
• Via certa – IM, IV, diluentes
• Dose certa – dispensação de medicamentos já
manipulado pela farmácia, em horários pré-
determinados
Boas práticas na infusão de
medicamentos
• Hora certa – a literatura identifica este como o ponto
mais difícil:
1. Aprazamento da prescrição com horários pré-determinados e
distribuindo os horários para evitar sobreposição e atraso
2. Checagem eletrônica com código de barras e programa eletrônico
3. Administração no horário previsto
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5. Considerar que atrasos maiores que 30 minutos prejudicam a
biodisponibilidade
6. Prever tempo do preparo na dispensação
7. Prever perda de estabilidade por preparo muito antecipado
8. Lembrar das características próprias do serviço quanto a
dispensação
Pontos chaves
• O risco de contaminação de infusões existe e não deve
ser minimizado
• O trabalho para evitar estas ocorrências é continuo e
deve envolver toda a equipe interdisciplinar
• É necessário cada vez mais desenvolver uma CULTURA
DE QUALIDADE
• O treinamento, a educação continuada e a
monitorização continua são as chaves para o sucesso
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REDUZINDO O RISCO DE CONTAMINAÇÃO DE INFUSÕES

  • 1. Reduzindo o Risco de Contaminação de infusões Yuri Moreira Assis Especialista em Medicina Intensiva AMIB Médico Intensivista Hospital de Câncer do Maranhão e Hospital São Domingos
  • 2. Conflito de interesses • Não possuo qualquer conflito de interesses neste tópico
  • 3.
  • 4. Contaminação de infusões • Apesar da aparente segurança de infusões no ambiente hospitalar os surtos de contaminação de patógenos CONTINUAM A OCORRER • Nos EUA há registro de pelo menos 35 surtos entre o ano 2000 e 2010 • Este registro informa a exposição de mais de 100.000 paciente à hepatites virais e a transmissão de hepatite B ou C (ou ambas) há pelo menos 500 • Outros patógenos incluem HIV, HTLV e outros vírus, além de bactérias nosocomiais e fungos APIC Report, Dolan et al, 2010
  • 5. Práticas inseguras identificadas no cuidado • Reutilização de seringas na administração de medicações há múltiplos pacientes • Contaminação de equipos e frascos ou bolsas de soro depois de serem injetados com seringas ou agulhas reutilizadas • Falha ao seguir normas básicas de segurança na preparação de medicações para múltiplos pacientes • Cuidado inadequado e manutenção de equipamentos de puntura para glicemia de fita ou outros devices
  • 6. Estamos falando dos EUA... • No Brasil os dados são pouco conhecidos • Muitos eventos são mascarados • A cultura da qualidade ainda é incipiente na maioria dos serviços • Há medo de perseguição e portanto a informação é ocultada • Escassa bibliografia sobre o tema ainda Rosa MB et al, 2003
  • 7. Obviamente estes surtos são considerados inaceitáveis • Todos estes surtos poderiam ser facilmente prevenidos com técnica asséptica adequada • A responsabilidade pelo controle e monitorização deve ser claramente definido para garantir que todos os profissionais envolvidos tem acesso a treinamento e educação continuada • A monitorização periódica da aderência completa as boas práticas de infusão é vital para garantir a segurança na prática diária
  • 8. Normatização brasileira • RDC 45 ANVISA – Dispõe sobre regulamento técnico de Boas Práticas na utilização de soluções parenterais (SP) – Normas Gerais: • Aplica-se a todos os estabelecimentos onde se pratica a utilização de SP • TODO PROFISSIONAL ENVOLVIDO NA ADMINISTRAÇÃO DE SP DEVE SER ADEQUADAMENTE QUALIFICADO E CERTIFICADO • TODO PROFISSIONAL DEVE SER SUBMETIDO A AVALIAÇÕES MÉDICAS PERÍODICAS • É responsabilidade da instituição de saúde fornecer recursos humanos e materiais necessários à utilização de SP • TODAS AS ETAPAS NA UTILIZAÇÃO DE SP DEVEM ATENDER PROCEDIMENTOS ESCRITOS E SER DEVIDAMENTE REGISTRADOS
  • 9. Normatização brasileira • RDC 45 ANVISA – Normas Gerais: • Qualquer ocorrência anômala na infusão deve ser imediatamente registrada e reportada aos canais competentes • Todas as etapas devem ser executadas por profissional habilitado e certificado e em quantitativo suficiente • Atividades e responsabilidades individuais devem ser adequadamente descritas e compreendidas por todos • Todo profissional envolvido deve conhecer os Princípios Básicos de Preparo e Administração de Medicamentos • Todo profissional envolvido deve receber treinamento básico e educação continuada
  • 10. Normatização brasileira • RDC 45 ANVISA – Normas Gerais: • O treinamento deve incluir noções sobre QUALIDADE, HIGIENE E SAÚDE, HIGIENE PESSOAL E EM ESPECIAL DAS MÃOS, TRANSMISSÃO DE DOENÇAS E SEGURANÇA NO TRABALHO • O profissional deve estar uniformizado e em adequadas condições de higiene e limpeza • Não é permitido fumar, beber, comer, manter plantas, alimentos, bebidas e medicamentos de uso pessoal nas áreas de preparo e administração
  • 11. Normatização brasileira • RDC 45 ANVISA – Infraestrutura física: • Projeto organizado e racional das instalações para evitar risco de contaminação e mistura de substâncias estranhas • Superfícies internas – pisos, paredes e teto – lisas, sem rachaduras, que não desprendam partículas, facilmente laváveis e resistentes aos saneantes • Iluminação e ventilação adequadas para que temperatura e umidade não deteriorem medicamentos e produtos e facilitem o manuseio. Os materiais devem estar protegidos da luz solar • Lavatórios com torneiras sem comando manual, em número suficiente, com provisão de sabão, antissépticos e recursos para secagem das mãos • Acesso restrito aos profissionais diretamente envolvidos • Ambientes protegidos contra a entrada de poeira, insetos, roedores e outros animais
  • 12.
  • 13.
  • 14.
  • 15. Normatização brasileira • RDC 45 ANVISA – Preparo: • A responsabilidade pelo preparo pode ser atividade individual ou conjunta do enfermeiro e do farmacêutico • Devem existir procedimentos escritos padronizados nos serviços de saúde • É responsabilidade do farmacêutico o estabelecimento dos procedimentos padronizados para fracionamento, diluições e adição de outras substâncias • O preparo deve obedecer a prescrição, depois de RIGOROSA avaliação de compatibilidade físico-química e interação medicamentosa pelo farmacêutico • Em caso de qualquer incompatibilidade a prescrição deve ser revista junto ao responsável
  • 16. Normatização brasileira • RDC 45 ANVISA – Preparo: • Para SP Grande Volume – identificação no mínimo no rótulo com: • Nome completo do paciente, leito e registro hospitalar • Nome do produto, descrição quantitativa e qualitativa dos componentes aditivados, • Volume, via, velocidade de infusão • Data e horário do preparo e identificação de quem preparou • Para SP Pequeno Volume – identificação no mínimo no rótulo com: • Nome completo do paciente, leito e registro hospitalar • Nome do medicamento, dosagem, horário e via de administração • Data e horário do preparo e identificação de quem preparou
  • 17. Normatização brasileira • RDC 45 ANVISA – Preparo: • Agulhas, jelcos, escalpes, seringas, equipos e acessórios (filtros, tampas e outros) – uso único e descartados em recipiente apropriado • Conferir rigorosamente os produtos empregados no preparo com a prescrição médica, bem como inspecionar quanto à INTEGRIDADE FÍSICA, COLORAÇÃO, PRESENÇA DE PARTÍCULAS, CORPOS ESTRANHOS E PRAZO DE VALIDADE • Toda e qualquer alteração descrita no item anterior IMPEDE A UTILIZAÇÃO DO PRODUTO, devendo o fato ser notificado aos responsáveis pelo setor e à autoridade competente • O preparo deve obedecer a normatização da Comissão de Controle de infecções quanto à: DESINFECÇÃO DE AMBIENTES E SUPERFÍCIES, HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS, USO DE EPI’S, DESINFECÇÃO DE AMPOLAS, FRASCOS, PONTOS DE ADIÇÃO E CONEXÕES NAS LINHAS DE INFUSÃO
  • 18. Normatização brasileira • RDC 45 ANVISA – Preparo: • Pela complexidade e riscos inerentes ao processo, o preparo deve ser feito em área de uso exclusivo para este fim. No caso de impossibilidade, deve haver procedimento padronizado escrito para garantir a integridade, esterilidade e compatibilidade físico-química do produto final • Na abertura e manuseio de ampolas e frascos de vidro, devem ser seguidas recomendações específicas para evitar acidentes • Para garantir conexão perfeita, evitar vazamentos e entradas de ar, deve ser usado equipo com ponta perfurante – NBR 14.041
  • 19.
  • 20. Normatização brasileira • RDC 45 ANVISA – Administração: • Os serviços de saúde devem possuir estrutura organizacional e de pessoal suficiente e competente • O enfermeiro é o responsável pela administração de SP e prescrição de cuidados de enfermagem em todos os âmbitos • A equipe de enfermagem é composta por enfermeiro e técnico ou auxiliar, e cada um tem atribuições definidas segundo a legislação • O enfermeiro deve desenvolver, rever e atualizar regularmente os procedimentos escritos relativos os cuidados • O enfermeiro deve participar e promover treinamento operacional e educação continuada e garantir a atualização da equipe • Todo procedimento de infusão de SP deve ser realizado de acordo com instrução escrita padronizada em acordo com a RDC 45
  • 21. Normatização brasileira • RDC 45 ANVISA – Administração: • O uso de bombas de infusão – BI, quando necessário, deve ser feito por profissional adequadamente treinado • O serviço de saúde deve garantir numero suficiente, adequada manutenção e calibração de BI, e as bombas devem ter registro no Ministério da Saúde • As BI devem ser limpas e desinfetadas periodicamente de acordo com as normas da CCI SS e antes de cada uso inspecionadas quanto as condições de limpeza e funcionamento • As operações de manutenção e calibração das BI devem ser feitas periodicamente e registradas • As SPGV devem ser administradas em sistema fechado • Pacientes e/ou familiares devem ser informados sobre a terapia a ser utilizada, riscos, vias e possíveis intercorrências
  • 22. Normatização brasileira • RDC 45 ANVISA – Administração: • A escolha do acesso venoso central ou periférico deve ser escolhido pelo enfermeiro em conjunto com o médico responsável, em acordo com as normas da CCI SS • A inserção de acesso venoso periférico, central ou central perifericamente inserido (PICC) deve seguir normas rigorosas de assepsia determinadas pela CCI SS • O enfermeiro deve assessorar o médico na inserção de acesso central e é responsabilidade do enfermeiro a inserção do PICC • TODO CATETER CENTRAL DEVE TER SUA POSIÇÃO CONFIRMADA ANTES DO USO • O curativo de acesso venoso deve ser feito de acordo com as normas da CCI SS • Toda SP deve ser inspecionada antes da infusão quanto à IDENTIFICAÇÃO, INTEGRIDADE, COLORAÇÃO, CORPOS ESTRANHOS E VALIDADE
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  • 24. Normatização brasileira • RDC 45 ANVISA – Administração: • A INFUSÃO DE SP SÓ PODE SER FEITA APÓS A VERIFICAÇÃO DA PERVIEDADE DO ACESSO VENOSO • O transporte de SP prontas do local do preparo até a administração deve ser feito com cuidados adequados para manutenção de integridade físico-química e esterilidade • Se houver perda de acesso a infusão só poderá ser efetuada se ficar garantida a integridade e a esterilidade da SP • O recipiente contendo a SP deverá ficar protegido da luz solar direta e de fontes de calor • Sinais e sintomas de complicações na infusão devem ser informados ao médico responsável e adequadamente registrados • A correção do registro de todas as intercorrências é de responsabilidade do enfermeiro • Ao término da infusão, o profissional deve descartar todo material utilizado e resíduos de acordo com a norma da CCI SS
  • 25. Boas práticas na infusão de medicamentos • Compreensão ampla do processo de medicação, que vai desde a aquisição até a aplicação e monitoramento • Utilizar ferramentas que permitam o FUNCIONAMENTO SEGURO DO PROCESSO: • Prescrição eletrônica • Identificação de medicamentos com código de barras • Preparação prévia de medicamentos pela farmácia nos horários pré-determinados • Ferramentas de dispensação automatizada
  • 26. Boas práticas na infusão de medicamentos • Percorrer as etapas com checagem e re-checagem: • Paciente certo – checar nome na prescrição, nome na pulseira de identificação, medicamento, dose, via, frequência • Medicamento certo – prescrição eletrônica, evitar caligrafia ruim, checar informações do rótulo antes da aplicação • Diferenciar medicamentos com nomes semelhantes e formatos semelhantes • Via certa – IM, IV, diluentes • Dose certa – dispensação de medicamentos já manipulado pela farmácia, em horários pré- determinados
  • 27. Boas práticas na infusão de medicamentos • Hora certa – a literatura identifica este como o ponto mais difícil: 1. Aprazamento da prescrição com horários pré-determinados e distribuindo os horários para evitar sobreposição e atraso 2. Checagem eletrônica com código de barras e programa eletrônico 3. Administração no horário previsto 4. Frequência prescrita 5. Considerar que atrasos maiores que 30 minutos prejudicam a biodisponibilidade 6. Prever tempo do preparo na dispensação 7. Prever perda de estabilidade por preparo muito antecipado 8. Lembrar das características próprias do serviço quanto a dispensação
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  • 38. Pontos chaves • O risco de contaminação de infusões existe e não deve ser minimizado • O trabalho para evitar estas ocorrências é continuo e deve envolver toda a equipe interdisciplinar • É necessário cada vez mais desenvolver uma CULTURA DE QUALIDADE • O treinamento, a educação continuada e a monitorização continua são as chaves para o sucesso • Instituições públicas e privadas devem perseguir a mesma meta atemporal – CONTAMINAÇÃO ZERO