William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
Projeto reportagem
1. ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO D. JOÃO VI
DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA
PROFESSOR NEIDSON CLÁUDIO
PROJETO PEDAGÓGICO
Tema : A REPORTAGEM COMO MEIO DE CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
Público alvo: alunos das turmas do 3º EM noturno.
Justificativa:
Apesar dos avanços no contexto pedagógico das escolas públicas brasileiras, ainda
observamos que nossas práticas se resumem (basicamente) ao tratamento de assuntos
teóricos que geralmente são repassados através do quadro negro – que nem sempre é negro,
mas que continua sendo quadro – e explorados por meio de exercícios também teóricos que
tornam as cadeiras dos alunos ainda mais desconfortáveis do que já costumam ser.
Não é preciso dizer que, em se tratando do turno da noite, a situação fica mais
delicada. Nesse caso, trata-se de um público que necessita de incentivo e novas técnicas
pedagógicas, visto que a ida à instituição de ensino depois de um dia exaustivo de trabalho é
encarada como uma verdadeira batalha. Assim, encontrar um “professor chato” que só utiliza
o mesmo livro e fala de assuntos que provavelmente nunca vão ser utilizados na vida prática
do aluno, vira um motivo para o que muitos costumam chamar (mesmo fingindo não saber as
causas) de evasão escolar.
Segundo Paulo Freire (1997), ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as
possibilidades para que o conhecimento seja produzido. Podemos então concluir que o aluno
não é sujeito passivo, e sim parte fundamental para a concretização do ensino-aprendizagem
escolar. Esse raciocínio nos leva a crer que os métodos ainda utilizados hoje estão
ultrapassados e praticamente não contribuem para uma boa formação do alunado.
Mesmo que o professor use como argumento a necessidade de preparação para as
provas de vestibular e concursos que virão após a “formação” básica do aluno, é importante
notar que a escola, antes de ser celeiro de teoria das mais diversas disciplinas, é a grande
responsável por uma educação integral, educação essa responsável por levar o aluno a
cumprir seu papel social para o bem de sua comunidade. Portanto, não se deve ensinar
somente os conteúdos, mas também ensinar a pensar corretamente, a indagar, a buscar, a
pesquisar (Paulo Freire, 1997).
Desse modo, a partir dos pressupostos supracitados, mais especificamente no que se
refere à disciplina língua portuguesa e ao assunto “reportagem”, surgiu a idéia de aliarmos
teoria (pesquisa) à prática (atitude social) na abordagem de temas como violência,
preconceito, cultura, sexualidade etc.
Acreditando que se faz educação além das quatro paredes da sala de aula, os alunos
das turmas do 3º EM se propuseram a fazer reportagens no contexto social (comunidade) em
que se encontram, a fim de esclarecerem dúvidas surgidas em sala de aula a respeito de temas
polêmicos diretamente ligados a eles.
Como tema didático, a reportagem por si só exige certo dinamismo por parte de quem
se propõem a produzir uma. Nesse caso, vai-se além. A intenção é não só detectar problemas
sociais, mais tentar amenizar pelo menos um deles, considerado pelo grupo como o mais
crítico.
2. O que se pretende com esse projeto, enfim, é levar o conhecimento construído em sala
de aula pelos próprios alunos para além dos muros da escola, visando-se nesse caso o
desenvolvimento intelectual, ético e social dos sujeitos envolvidos.
Objetivos:
• Ampliar a capacidade de leitura e compreensão textual dos sujeitos envolvidos;
• Desenvolver o relacionamento em grupo dos alunos a partir de debates dirigidos;
• Aliar a teoria adquirida em sala de aula à prática no contexto comunitário;
• Reconhecer problemas sociais e traçar soluções possíveis para os mesmos;
• Atuar diretamente em um dos problemas sociais detectados;
• Desenvolver conceitos relacionados à ética, à sexualidade e ao convívio social;
• Produzir uma reportagem por escrito e em vídeo relacionada a um tema escolhido.
Metodologia:
1° fase • Fazer um levantamento sobre vários temas sociais e suas
Data: problemáticas;
• Fazer um estudo a respeito do gênero de texto reportagem;
• Formação de grupos e seleção de temas a serem trabalhados.
2° fase • Reuniões em grupo para traçar metas e estratégias de produção da
Data: reportagem;
• Debates dirigidos e apresentação da pesquisa teórica sobre o tema
selecionado;
• Orientação final do orientador antes do início da produção do trabalho.
3° fase • Exposição dos trabalhos em forma de seminário;
Data: • Avaliação coletiva do trabalho ( O que foi aprendido? Quais as
conclusões do trabalho? O que se fazer para que o problema social
detectado seja solucionado? );
• Escolha de um dos temas para ser beneficiado por este projeto.
4° fase • Mobilização da escola em prol do problema social selecionado;
Data: • Campanha feita em cada uma das salas da escola, visando à
contribuição dos demais alunos;
• Entrega da contribuição da escola (visita a campo).
5° fase • Avaliação do projeto e de todas as fases do mesmo (auto-avaliação).
Data:
Avaliação:
A avaliação, como era de se esperar devido ao trabalho diversificado, será feita desde
o primeiro momento teórico até a conclusão da concretização do projeto.
Referência bibliográfica:
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São
Paulo: Paz e Terra, 1997.