SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 14
Análise de Conteúdo
A Proposta de Laurence Bardin
(http://www.caleidoscopio.psc.br/i
deias/bardin.html)
NEGI – Núcleo de Estudo da Gestão e Informação
Conceito:
“Um conjunto de técnicas de análise das
comunicações visando obter, por procedimentos,
sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo
das mensagens, indicadores (quantitativos ou não)
que permitam a inferência de conhecimentos
relativos às condições de produção/recepção
(variáveis inferidas) destas mensagens.”
Trabalha com mensagens (comunicações)
Categorial-temática (é apenas uma das
possibilidades de análise)
Objetivo: é a manipulação de mensagens
(conteúdo e expressão desse conteúdo) para
evidenciar os indicadores que permitam inferir
sobre uma outra realidade que não a da mensagem
Três Momentos
1- Pré-análise
Na pré-análise se organiza o material, que constitui o CORPUS da pesquisa.
Este momento é o de organizar o material, de escolher os documentos a serem
analisados, formular hipóteses ou questões norteadoras, elaborar indicadores que
fundamentem a interpretação final.
- Inicia-se o trabalho escolhendo os documentos a serem analisados. No caso de
entrevistas, elas serão transcritas e a sua reunião constituirá o CORPUS da
pesquisa. Para tanto, é preciso obedecer às regras de:
- exaustividade – deve-se esgotar a totalidade da comunicação, não omitir nada;
- representatividade – a amostra deve representar o universo;
- homogeneidade – os dados devem referir-se ao mesmo tema, serem obtidos por
técnicas iguais e colhidos por indivíduos semelhantes,
- pertinência – os documentos precisam adaptar-se ao conteúdo e objetivo da
pesquisa;
- exclusividade – um elemento não deve ser classificado em mais de uma
categoria.
Análise de Conteúdo
- Leitura Flutuante- surgem as primeiras hipóteses e objetivos do
trabalho. Hipótese é uma explicação antecipada do fenômeno observado,
uma afirmação provisória, que nos propomos verificar. O objetivo geral
da pesquisa é sua finalidade maior, de acordo com o quadro teórico que
embasa o conhecimento.
- Após a leitura flutuante deve-se escolher índices, que surgirão das
questões norteadoras ou das hipóteses, e organizá-los em indicadores
Os temas que se repetem com muita frequência podem ser índices – e
"se recortam do texto em unidades comparáveis de categorização para
análise temática e de modalidades de codificação para o registro dos
dados"(op.cit.).
A preparação do material se faz pela "edição" das entrevistas
transcritas, dos artigos recortados, das questões anotadas em
fichas. A organização do material se realiza em colunas, com
vazios à esquerda e à direita, para anotar e marcar semelhanças e
contrastes. Pode-se usar lápis colorido, para sublinhar as
semelhanças com a mesma cor. Naturalmente, estes
procedimentos dependem dos interesses do pesquisador e dos
objetivos que o levam a realizar a pesquisa.
2- Exploração do material
- Esta é a etapa mais longa e cansativa. É a realização das
decisões tomadas na préanálise. É o momento da codificação –
em que os dados brutos são transformados de forma organizada e
"agregadas em unidades, as quais permitem uma descrição das
características pertinentes do conteúdo“.
- A escolha de unidades de registro (recorte);
- Unidade de registro é a unidade de significação a codificar. Pode ser o
tema, palavra ou frase. Recorta-se o texto em função da unidade de registro.
Todas as palavras podem ser levadas em consideração como unidades de
registro. Serão palavras-chave; palavras-tema; plenas ou vazias;
categorias de palavras: substantivos, adjetivos, verbos, e etc.
· O personagem pode ser escolhido como unidade de registro: traços de
caráter, status social, papel, etc.
·
Se o acontecimento for tomado como unidade de
registro, o recorte se fará em unidades de ação, nos
casos de filmes, contos, relatos, lendas, etc.
· O documento serve como unidade de registro
quando a ideia principal de um livro, um relato, uma
entrevista é suficiente para o objetivo desejado.
· Para estabelecer as unidades de registro, é preciso,
às vezes, fazer referência ao contexto da unidade que
se quer registrar. Então, o contexto serve para
compreender a unidade de registro.
A seleção de regras de contagem (enumeração);
· a presença de elementos pode ser significativa.
· a ausência pode significar bloqueios ou traduzir vontade escondida,
como acontece, frequentemente, nos discursos dos políticos;
· a frequência com que aparece uma unidade de registro denota-lhe
importância. Se consideramos todos os itens de mesmo valor, a
regularidade com que aparece será o que se considera mais significativo.
· a intensidade será medida através dos tempos do verbo (condicional,
futuro, imperativo), dos advérbios de modo, adjetivos e atributos
qualificativos;
· a direção será favorável, desfavorável ou neutra. Os polos direcionais
podem ser: positivo ou negativo, bonito ou feio (critério estético),
pequeno ou grande (critério de tamanho).
· a ordem de aparição das unidades de registro é possível ser decisiva.
Por exemplo, se o sujeito A está em primeiro lugar e o sujeito D em
último, pode ter significado importante.
· A coocorrência é a presença simultânea de duas ou mais unidades de
registro. Este fato nos mostra a distribuição dos elementos e sua
associação.
A escolha de categorias (classificação e agregação)
· A maioria dos procedimentos de análise qualitativa organiza-se em torno de
categorias.
· A categoria é uma forma geral de conceito, uma forma de pensamento. As
categorias são reflexo da realidade, sendo sínteses, em determinado
momento, do saber. Por isso, se modificam constantemente, assim como a
realidade.
· Na análise de conteúdo, as categorias são rubricas ou classes que reúnem um
grupo de elementos (unidades de registro) em razão de características
comuns.
· Para escolher categorias pode haver vários critérios: semântico (temas),
sintático (verbos, adjetivos, pronomes), léxico (juntar pelo sentido das
palavras, agrupar os sinônimos, os antônimos), expressivo (agrupar as
perturbações da linguagem, da escrita).
· A categorização permite reunir maior número de informações à custa de uma
esquematização e assim correlacionar classes de acontecimentos para ordená-
los. A categorização representa a passagem dos dados brutos a dados
organizados.
Para serem consideradas boas, as categorias devem
possuir certas qualidades: exclusão mútua – cada
elemento só pode existir em uma categoria;
homogeneidade – para definir uma categoria, é preciso
haver só uma dimensão na análise; pertinência – as
categorias devem dizer respeito às intenções do
investigador, aos objetivos da pesquisa às questões
norteadoras, às características da mensagem, etc.;
objetividade e fidelidade – se as categorias forem bem
definidas, se os índices e indicadores que determinam a
entrada de um elemento numa categoria forem bem
claros, não haverá distorções devido à subjetividade dos
analistas; produtividade – as categorias serão produtivas
se os resultados forem férteis em inferências, em
hipóteses novas, em dados exatos.
Tratamento dos resultados
Ao se descobrir um tema nos dados, é preciso
comparar enunciados e ações entre si, para ver se
existe um conceito que os unifique.
- Quando se encontram temas diferentes, é
necessário achar semelhanças que possa haver
entre eles.
- A proposição é um enunciado geral baseado nos
dados. Enquanto os conceitos podem ou não se
ajustar, as proposições são verdadeiras ou erradas,
mesmo que o pesquisador possa ou não ter
condições de demonstrá-lo. O certo é que as
proposições derivam do estudo cuidadoso dos
dados.
-
- Durante a interpretação dos dados, é preciso voltar
atentamente aos marcos teóricos, pertinentes à
investigação, pois eles dão o embasamento e as
perspectivas significativas para o estudo. A relação
entre os dados obtidos e a fundamentação teórica é
que dará sentido à interpretação.
- As interpretações a que levam as inferências serão
sempre no sentido de buscar o que se esconde sob a
aparente realidade, o que significa verdadeiramente o
discurso enunciado, o que querem dizer, em
profundidade, certas afirmações, aparentemente
superficiais.
Filme: Mente Brilhante
Referências:
Bardin, L. (1977). Análise de Conteúdo. Lisboa, Portugal: Edições 70
Ferreira, B. Análise de Conteúdo. http://www.ulbra.br/psicologia/psi-dicas-
art.htm em 18/01/03
Moreira, E. Análise de Conteúdo: duas perspectivas metodológicas para
interpretação de variáveis qualitativas e quantitativas.
http://www.funesc.com.br/engenho2/textos/ecul_x02.htm em 18/01/03
Vigotski, L. S. (2000). Pensamento e linguagem. - 2a. ed. – São Paulo:
Martins Fontes

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Pesquisa Bibliografica
Pesquisa BibliograficaPesquisa Bibliografica
Pesquisa Bibliografica
Leticia Strehl
 
Pesquisa Qualitativa: Uma Introdução. Profa. Rilva
Pesquisa Qualitativa: Uma Introdução. Profa. RilvaPesquisa Qualitativa: Uma Introdução. Profa. Rilva
Pesquisa Qualitativa: Uma Introdução. Profa. Rilva
Rilva Lopes de Sousa Muñoz
 
Metodologia da pesquisa em educação
Metodologia da pesquisa em educaçãoMetodologia da pesquisa em educação
Metodologia da pesquisa em educação
Magno Oliveira
 
Modelo de ficha de leitura
Modelo de ficha de leituraModelo de ficha de leitura
Modelo de ficha de leitura
Sérgio Lagoa
 
Pesquisa Qualitativa e Quantitativa
Pesquisa Qualitativa e QuantitativaPesquisa Qualitativa e Quantitativa
Pesquisa Qualitativa e Quantitativa
jlpaesjr
 
19 elaboração da metodologia
19 elaboração da metodologia19 elaboração da metodologia
19 elaboração da metodologia
Joao Balbi
 

Mais procurados (20)

Introdução à Metodologia
Introdução à MetodologiaIntrodução à Metodologia
Introdução à Metodologia
 
Metodos e tecnicas de pesquisa
Metodos e tecnicas de pesquisaMetodos e tecnicas de pesquisa
Metodos e tecnicas de pesquisa
 
Pesquisa Bibliografica
Pesquisa BibliograficaPesquisa Bibliografica
Pesquisa Bibliografica
 
Pesquisa Qualitativa: Uma Introdução. Profa. Rilva
Pesquisa Qualitativa: Uma Introdução. Profa. RilvaPesquisa Qualitativa: Uma Introdução. Profa. Rilva
Pesquisa Qualitativa: Uma Introdução. Profa. Rilva
 
Aula 1 metodologia científica
Aula 1   metodologia científicaAula 1   metodologia científica
Aula 1 metodologia científica
 
Análises Discurso e Conteúdo (Zezé)
Análises Discurso e Conteúdo (Zezé)Análises Discurso e Conteúdo (Zezé)
Análises Discurso e Conteúdo (Zezé)
 
Introdução à Metodologia da Pesquisa Científica
Introdução à Metodologia da Pesquisa Científica   Introdução à Metodologia da Pesquisa Científica
Introdução à Metodologia da Pesquisa Científica
 
Modelo de Projeto de Pesquisa
Modelo de Projeto de PesquisaModelo de Projeto de Pesquisa
Modelo de Projeto de Pesquisa
 
Aula - Metodologia, Método e Técnicas (conceitos básicos)
Aula - Metodologia, Método e Técnicas (conceitos básicos)Aula - Metodologia, Método e Técnicas (conceitos básicos)
Aula - Metodologia, Método e Técnicas (conceitos básicos)
 
Metodologia da pesquisa em educação
Metodologia da pesquisa em educaçãoMetodologia da pesquisa em educação
Metodologia da pesquisa em educação
 
Modelo de ficha de leitura
Modelo de ficha de leituraModelo de ficha de leitura
Modelo de ficha de leitura
 
Tipos de pesquisa
Tipos de pesquisaTipos de pesquisa
Tipos de pesquisa
 
Revisão bibliográfica
Revisão bibliográficaRevisão bibliográfica
Revisão bibliográfica
 
METODOLOGIA CIENTÍFICA - Guia Simplificado para a Classificação de Pesquisas ...
METODOLOGIA CIENTÍFICA - Guia Simplificado para a Classificação de Pesquisas ...METODOLOGIA CIENTÍFICA - Guia Simplificado para a Classificação de Pesquisas ...
METODOLOGIA CIENTÍFICA - Guia Simplificado para a Classificação de Pesquisas ...
 
Pesquisa Qualitativa e Quantitativa
Pesquisa Qualitativa e QuantitativaPesquisa Qualitativa e Quantitativa
Pesquisa Qualitativa e Quantitativa
 
Metodologia da pesquisa como fazer
Metodologia da pesquisa como fazerMetodologia da pesquisa como fazer
Metodologia da pesquisa como fazer
 
Estrutura de trabalho científico
Estrutura de trabalho científicoEstrutura de trabalho científico
Estrutura de trabalho científico
 
Estudo de caso
Estudo de casoEstudo de caso
Estudo de caso
 
19 elaboração da metodologia
19 elaboração da metodologia19 elaboração da metodologia
19 elaboração da metodologia
 
metodologia científica da pesquisa
 metodologia científica da pesquisa metodologia científica da pesquisa
metodologia científica da pesquisa
 

Destaque (6)

Analise de conteudo_matriz
Analise de conteudo_matrizAnalise de conteudo_matriz
Analise de conteudo_matriz
 
Análise de conteúdo
Análise de conteúdoAnálise de conteúdo
Análise de conteúdo
 
Práticas de Análise de Conteúdo
Práticas de Análise de ConteúdoPráticas de Análise de Conteúdo
Práticas de Análise de Conteúdo
 
Matriz de análise de conteúdo de entrevista
Matriz de análise de conteúdo de entrevistaMatriz de análise de conteúdo de entrevista
Matriz de análise de conteúdo de entrevista
 
Pesquisa em Design - Análise de Discurso (Alexandre Fontes, UniRitter 2012)
Pesquisa em Design - Análise de Discurso (Alexandre Fontes, UniRitter 2012)Pesquisa em Design - Análise de Discurso (Alexandre Fontes, UniRitter 2012)
Pesquisa em Design - Análise de Discurso (Alexandre Fontes, UniRitter 2012)
 
Analise de conteudo
Analise de conteudoAnalise de conteudo
Analise de conteudo
 

Semelhante a Análise de conteúdo ppc

Pesquisa e Prática em Educação Análise Temática de Conteúdo
Pesquisa e Prática em Educação Análise Temática de ConteúdoPesquisa e Prática em Educação Análise Temática de Conteúdo
Pesquisa e Prática em Educação Análise Temática de Conteúdo
Thaís SantAna
 
Projeto de pesquisa
Projeto de pesquisaProjeto de pesquisa
Projeto de pesquisa
Karlos Aires
 
Como Fazer Trabalho Cientifico
Como Fazer Trabalho CientificoComo Fazer Trabalho Cientifico
Como Fazer Trabalho Cientifico
Lucila Pesce
 
analisesdiscursoconteudozeze-140326084806-phpapp02.pdf
analisesdiscursoconteudozeze-140326084806-phpapp02.pdfanalisesdiscursoconteudozeze-140326084806-phpapp02.pdf
analisesdiscursoconteudozeze-140326084806-phpapp02.pdf
DanNamise
 
Pesquisa metodologia 1
Pesquisa metodologia 1Pesquisa metodologia 1
Pesquisa metodologia 1
Moises Ribeiro
 
Redação do texto científico i
Redação do texto científico iRedação do texto científico i
Redação do texto científico i
Paola Barbosa Dias
 
Sintese -metodologia_de_pesquisa
Sintese  -metodologia_de_pesquisaSintese  -metodologia_de_pesquisa
Sintese -metodologia_de_pesquisa
Alexandre Pereira
 

Semelhante a Análise de conteúdo ppc (20)

Análise de Conteúdo - alguns conceitos
Análise de Conteúdo - alguns conceitos Análise de Conteúdo - alguns conceitos
Análise de Conteúdo - alguns conceitos
 
Pesquisa Qualitativa
Pesquisa QualitativaPesquisa Qualitativa
Pesquisa Qualitativa
 
Pesquisa e Prática em Educação Análise Temática de Conteúdo
Pesquisa e Prática em Educação Análise Temática de ConteúdoPesquisa e Prática em Educação Análise Temática de Conteúdo
Pesquisa e Prática em Educação Análise Temática de Conteúdo
 
Pesquisa
PesquisaPesquisa
Pesquisa
 
O pensamento reflexivo na busca e no uso da informação na comunicação cienti...
O pensamento reflexivo  na busca e no uso da informação na comunicação cienti...O pensamento reflexivo  na busca e no uso da informação na comunicação cienti...
O pensamento reflexivo na busca e no uso da informação na comunicação cienti...
 
Projeto de Pesquisa - Metodologia
Projeto de Pesquisa - MetodologiaProjeto de Pesquisa - Metodologia
Projeto de Pesquisa - Metodologia
 
Projeto de pesquisa
Projeto de pesquisaProjeto de pesquisa
Projeto de pesquisa
 
Grounded theory
Grounded theoryGrounded theory
Grounded theory
 
Metodologia científica
Metodologia científicaMetodologia científica
Metodologia científica
 
Como Fazer Trabalho Cientifico
Como Fazer Trabalho CientificoComo Fazer Trabalho Cientifico
Como Fazer Trabalho Cientifico
 
analisesdiscursoconteudozeze-140326084806-phpapp02.pdf
analisesdiscursoconteudozeze-140326084806-phpapp02.pdfanalisesdiscursoconteudozeze-140326084806-phpapp02.pdf
analisesdiscursoconteudozeze-140326084806-phpapp02.pdf
 
Pesquisa qualitativa
Pesquisa qualitativaPesquisa qualitativa
Pesquisa qualitativa
 
Pesquisa metodologia 1
Pesquisa metodologia 1Pesquisa metodologia 1
Pesquisa metodologia 1
 
Redação do texto científico i
Redação do texto científico iRedação do texto científico i
Redação do texto científico i
 
Tipos pesquisa
Tipos pesquisaTipos pesquisa
Tipos pesquisa
 
Carla Dieguez - Plano de projeto de pesquisa - FESP 2014
Carla Dieguez - Plano de projeto de pesquisa - FESP 2014Carla Dieguez - Plano de projeto de pesquisa - FESP 2014
Carla Dieguez - Plano de projeto de pesquisa - FESP 2014
 
Sintese -metodologia_de_pesquisa
Sintese  -metodologia_de_pesquisaSintese  -metodologia_de_pesquisa
Sintese -metodologia_de_pesquisa
 
Slide 3 Estudo de caso.ppt
Slide 3 Estudo de caso.pptSlide 3 Estudo de caso.ppt
Slide 3 Estudo de caso.ppt
 
Modelo tcc anhanguera
Modelo tcc anhangueraModelo tcc anhanguera
Modelo tcc anhanguera
 
Aspectos Teoricos de Analise Documentaria
Aspectos Teoricos de Analise DocumentariaAspectos Teoricos de Analise Documentaria
Aspectos Teoricos de Analise Documentaria
 

Mais de vania morales sierra

A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo.pptx
A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo.pptxA Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo.pptx
A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo.pptx
vania morales sierra
 

Mais de vania morales sierra (20)

Weber.pptx
Weber.pptxWeber.pptx
Weber.pptx
 
A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo.pptx
A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo.pptxA Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo.pptx
A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo.pptx
 
DURKHEIM- As Formas Elementares da Vida Religiosa
DURKHEIM- As Formas Elementares da Vida ReligiosaDURKHEIM- As Formas Elementares da Vida Religiosa
DURKHEIM- As Formas Elementares da Vida Religiosa
 
MarxEconomiapolitica1.pdf
MarxEconomiapolitica1.pdfMarxEconomiapolitica1.pdf
MarxEconomiapolitica1.pdf
 
Durkheim - Algumas Formas Primitivas de Classificação
Durkheim - Algumas Formas Primitivas de Classificação Durkheim - Algumas Formas Primitivas de Classificação
Durkheim - Algumas Formas Primitivas de Classificação
 
Suicidio
SuicidioSuicidio
Suicidio
 
Durkheim divisao social do trabalho
Durkheim divisao social do trabalhoDurkheim divisao social do trabalho
Durkheim divisao social do trabalho
 
Durkheim As regras do método sociológico
Durkheim As regras do método sociológicoDurkheim As regras do método sociológico
Durkheim As regras do método sociológico
 
Noção de Técnica do Corpo
Noção de Técnica do CorpoNoção de Técnica do Corpo
Noção de Técnica do Corpo
 
Marcel mauss
Marcel maussMarcel mauss
Marcel mauss
 
Donzelot
DonzelotDonzelot
Donzelot
 
O Capital Portador de Juros - Chesnais
O Capital Portador de Juros - ChesnaisO Capital Portador de Juros - Chesnais
O Capital Portador de Juros - Chesnais
 
Antunes
AntunesAntunes
Antunes
 
A Lei Geral da Acumulação Capitalista
A Lei Geral da Acumulação CapitalistaA Lei Geral da Acumulação Capitalista
A Lei Geral da Acumulação Capitalista
 
O estado na fase do capitalismo tardia
O estado na fase do capitalismo tardiaO estado na fase do capitalismo tardia
O estado na fase do capitalismo tardia
 
A Economia Política da Forma Jurídica - PACHUKANIS
A Economia Política da Forma Jurídica - PACHUKANISA Economia Política da Forma Jurídica - PACHUKANIS
A Economia Política da Forma Jurídica - PACHUKANIS
 
Estado-Nação e a Violência- Giddens,,
Estado-Nação e a Violência- Giddens,,Estado-Nação e a Violência- Giddens,,
Estado-Nação e a Violência- Giddens,,
 
Neoconservadorismo, neoliberalismo e hegemonia do capital financeiro
Neoconservadorismo, neoliberalismo e hegemonia do capital financeiroNeoconservadorismo, neoliberalismo e hegemonia do capital financeiro
Neoconservadorismo, neoliberalismo e hegemonia do capital financeiro
 
Cidadania e classe social
Cidadania e classe socialCidadania e classe social
Cidadania e classe social
 
Os direitos humanos como tema global
Os  direitos humanos  como tema  globalOs  direitos humanos  como tema  global
Os direitos humanos como tema global
 

Último

Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
TailsonSantos1
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
HELENO FAVACHO
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
PatriciaCaetano18
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
TailsonSantos1
 

Último (20)

PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdfConflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptxGÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 

Análise de conteúdo ppc

  • 1. Análise de Conteúdo A Proposta de Laurence Bardin (http://www.caleidoscopio.psc.br/i deias/bardin.html) NEGI – Núcleo de Estudo da Gestão e Informação
  • 2. Conceito: “Um conjunto de técnicas de análise das comunicações visando obter, por procedimentos, sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens, indicadores (quantitativos ou não) que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção (variáveis inferidas) destas mensagens.”
  • 3. Trabalha com mensagens (comunicações) Categorial-temática (é apenas uma das possibilidades de análise) Objetivo: é a manipulação de mensagens (conteúdo e expressão desse conteúdo) para evidenciar os indicadores que permitam inferir sobre uma outra realidade que não a da mensagem
  • 4. Três Momentos 1- Pré-análise Na pré-análise se organiza o material, que constitui o CORPUS da pesquisa. Este momento é o de organizar o material, de escolher os documentos a serem analisados, formular hipóteses ou questões norteadoras, elaborar indicadores que fundamentem a interpretação final. - Inicia-se o trabalho escolhendo os documentos a serem analisados. No caso de entrevistas, elas serão transcritas e a sua reunião constituirá o CORPUS da pesquisa. Para tanto, é preciso obedecer às regras de: - exaustividade – deve-se esgotar a totalidade da comunicação, não omitir nada; - representatividade – a amostra deve representar o universo; - homogeneidade – os dados devem referir-se ao mesmo tema, serem obtidos por técnicas iguais e colhidos por indivíduos semelhantes, - pertinência – os documentos precisam adaptar-se ao conteúdo e objetivo da pesquisa; - exclusividade – um elemento não deve ser classificado em mais de uma categoria.
  • 5. Análise de Conteúdo - Leitura Flutuante- surgem as primeiras hipóteses e objetivos do trabalho. Hipótese é uma explicação antecipada do fenômeno observado, uma afirmação provisória, que nos propomos verificar. O objetivo geral da pesquisa é sua finalidade maior, de acordo com o quadro teórico que embasa o conhecimento. - Após a leitura flutuante deve-se escolher índices, que surgirão das questões norteadoras ou das hipóteses, e organizá-los em indicadores Os temas que se repetem com muita frequência podem ser índices – e "se recortam do texto em unidades comparáveis de categorização para análise temática e de modalidades de codificação para o registro dos dados"(op.cit.).
  • 6. A preparação do material se faz pela "edição" das entrevistas transcritas, dos artigos recortados, das questões anotadas em fichas. A organização do material se realiza em colunas, com vazios à esquerda e à direita, para anotar e marcar semelhanças e contrastes. Pode-se usar lápis colorido, para sublinhar as semelhanças com a mesma cor. Naturalmente, estes procedimentos dependem dos interesses do pesquisador e dos objetivos que o levam a realizar a pesquisa. 2- Exploração do material - Esta é a etapa mais longa e cansativa. É a realização das decisões tomadas na préanálise. É o momento da codificação – em que os dados brutos são transformados de forma organizada e "agregadas em unidades, as quais permitem uma descrição das características pertinentes do conteúdo“.
  • 7. - A escolha de unidades de registro (recorte); - Unidade de registro é a unidade de significação a codificar. Pode ser o tema, palavra ou frase. Recorta-se o texto em função da unidade de registro. Todas as palavras podem ser levadas em consideração como unidades de registro. Serão palavras-chave; palavras-tema; plenas ou vazias; categorias de palavras: substantivos, adjetivos, verbos, e etc. · O personagem pode ser escolhido como unidade de registro: traços de caráter, status social, papel, etc. ·
  • 8. Se o acontecimento for tomado como unidade de registro, o recorte se fará em unidades de ação, nos casos de filmes, contos, relatos, lendas, etc. · O documento serve como unidade de registro quando a ideia principal de um livro, um relato, uma entrevista é suficiente para o objetivo desejado. · Para estabelecer as unidades de registro, é preciso, às vezes, fazer referência ao contexto da unidade que se quer registrar. Então, o contexto serve para compreender a unidade de registro.
  • 9. A seleção de regras de contagem (enumeração); · a presença de elementos pode ser significativa. · a ausência pode significar bloqueios ou traduzir vontade escondida, como acontece, frequentemente, nos discursos dos políticos; · a frequência com que aparece uma unidade de registro denota-lhe importância. Se consideramos todos os itens de mesmo valor, a regularidade com que aparece será o que se considera mais significativo. · a intensidade será medida através dos tempos do verbo (condicional, futuro, imperativo), dos advérbios de modo, adjetivos e atributos qualificativos; · a direção será favorável, desfavorável ou neutra. Os polos direcionais podem ser: positivo ou negativo, bonito ou feio (critério estético), pequeno ou grande (critério de tamanho). · a ordem de aparição das unidades de registro é possível ser decisiva. Por exemplo, se o sujeito A está em primeiro lugar e o sujeito D em último, pode ter significado importante. · A coocorrência é a presença simultânea de duas ou mais unidades de registro. Este fato nos mostra a distribuição dos elementos e sua associação.
  • 10. A escolha de categorias (classificação e agregação) · A maioria dos procedimentos de análise qualitativa organiza-se em torno de categorias. · A categoria é uma forma geral de conceito, uma forma de pensamento. As categorias são reflexo da realidade, sendo sínteses, em determinado momento, do saber. Por isso, se modificam constantemente, assim como a realidade. · Na análise de conteúdo, as categorias são rubricas ou classes que reúnem um grupo de elementos (unidades de registro) em razão de características comuns. · Para escolher categorias pode haver vários critérios: semântico (temas), sintático (verbos, adjetivos, pronomes), léxico (juntar pelo sentido das palavras, agrupar os sinônimos, os antônimos), expressivo (agrupar as perturbações da linguagem, da escrita). · A categorização permite reunir maior número de informações à custa de uma esquematização e assim correlacionar classes de acontecimentos para ordená- los. A categorização representa a passagem dos dados brutos a dados organizados.
  • 11. Para serem consideradas boas, as categorias devem possuir certas qualidades: exclusão mútua – cada elemento só pode existir em uma categoria; homogeneidade – para definir uma categoria, é preciso haver só uma dimensão na análise; pertinência – as categorias devem dizer respeito às intenções do investigador, aos objetivos da pesquisa às questões norteadoras, às características da mensagem, etc.; objetividade e fidelidade – se as categorias forem bem definidas, se os índices e indicadores que determinam a entrada de um elemento numa categoria forem bem claros, não haverá distorções devido à subjetividade dos analistas; produtividade – as categorias serão produtivas se os resultados forem férteis em inferências, em hipóteses novas, em dados exatos.
  • 12. Tratamento dos resultados Ao se descobrir um tema nos dados, é preciso comparar enunciados e ações entre si, para ver se existe um conceito que os unifique. - Quando se encontram temas diferentes, é necessário achar semelhanças que possa haver entre eles. - A proposição é um enunciado geral baseado nos dados. Enquanto os conceitos podem ou não se ajustar, as proposições são verdadeiras ou erradas, mesmo que o pesquisador possa ou não ter condições de demonstrá-lo. O certo é que as proposições derivam do estudo cuidadoso dos dados. -
  • 13. - Durante a interpretação dos dados, é preciso voltar atentamente aos marcos teóricos, pertinentes à investigação, pois eles dão o embasamento e as perspectivas significativas para o estudo. A relação entre os dados obtidos e a fundamentação teórica é que dará sentido à interpretação. - As interpretações a que levam as inferências serão sempre no sentido de buscar o que se esconde sob a aparente realidade, o que significa verdadeiramente o discurso enunciado, o que querem dizer, em profundidade, certas afirmações, aparentemente superficiais.
  • 14. Filme: Mente Brilhante Referências: Bardin, L. (1977). Análise de Conteúdo. Lisboa, Portugal: Edições 70 Ferreira, B. Análise de Conteúdo. http://www.ulbra.br/psicologia/psi-dicas- art.htm em 18/01/03 Moreira, E. Análise de Conteúdo: duas perspectivas metodológicas para interpretação de variáveis qualitativas e quantitativas. http://www.funesc.com.br/engenho2/textos/ecul_x02.htm em 18/01/03 Vigotski, L. S. (2000). Pensamento e linguagem. - 2a. ed. – São Paulo: Martins Fontes