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DOENÇA CELÍACA
Roteiro
• 1- O que é?
• 2- Patogenia e Condições Mórbidas associadas à Doença.
•
• 3- Manifestações Clínicas
• 4- Diagnóstico
• 5- Tratamento da Intolerância ao glúten: DIETA
• 6- Evolução e Prognóstico

• 6- Epidemiologia e Conclusão
O que é a Doença Celíaca?
Introdução
Sistema digestivo
Doença Celíaca
• As anormalidades na absorção dos nutrientes, ao nivel
do enterócitos, podem ser classificadas em :
A. Alterações múltiplas, não-seletivas

B. Alterações únicas , seletivas
Conceitos
1. O que é Glúten?
• É uma substancia albuminoide;
• Insolúvel em agua
• Junto com o amido e outros compostos ,se
encontra na farinha de trigo , centeio , cevada e
aveia;
• É uma massa coesiva que permanece quando a
pasta de farinha dos cereais é lavada para se
removerem os grânulos de amido.
Doença celíaca
• A doença por sensibilidade ao glúten pode ser
definida como um estado de resposta
imunológica, tanto celular como humoral;
• A intolerância ao glúten é permanente ;
• Hoje pode incluir pacientes nos quais a interação
entre seu sistema imunológico e o glúten pode
expressar-se em diferentes níveis;
• A doença celíaca é a forma mais frequente de
apresentação.
Doença celíaca
• É também conhecida como espru celíaco, espru
não tropical, enteropatia glúten-induzida ,
enteropatia glúten e esteatorreia idiopática ou
espru idiopático ;
Patogenia e Condições Mórbidas
associadas à Doença
Gênese da DC - fatores
Imunológicos

Ambientais

Humorais

DC
Genéticos

Celulares
Fisiopatologia
• A DC compromete o intestino delgado , afetando os locais
“nobres” da absorção.
• Defeito básico: fase epitelial
• Etapa pré–epitelial:
alterações na micelação das gorduras
perda fecal de sais biliares
redução da enteroquinase
• Etapa pós-epitelial:
bloqueio do escoamento de nutrientes
• A diarreia na DC resulta de :
↑ volume apresentado aos cólons.
↑ gordura nos cólons.
↑ secreção de água e eletrólitos que ↑ mais ainda o volume
na luz intestinal.
↓ liberação de hormônios digestivos.
↓ enteroquinase.
↓ secreções pancreáticas.
↓ circulação êntero-hepática de sais biliares.
• Alterações na função de barreira favorecem a penetração de
peptídios.
• Mucosa gástrica: gastrite
• Danos maiores no duodeno e jejuno proximal
Anatomia Patológica
• Desenvolvimento da enteropatia
1. Fase infiltrativa: aumento dos LIE.
2. Fase hiperplástica: hipertrofia das criptas.
3. Fase destrutiva: progressiva atrofia das vilosidades,
chegando no final ao achatamento da mucosa.
Etiopatogenia
• Fatores Genéticos:
A doença é familial
Concordância em gêmeos homozigóticos.
É infrequente em alguns grupos étnicos (orientais e negros).
Fatores Imunológicos
• A DC está associada a uma resposta auto-imune
altamente específica ao endomísio.
• Há ↑ do número de Linfócitos intra - epiteliais (IEL)
• Presença de Linfócitos T δ/γ
• Resposta imune do HLA
Desenvolvimento de reações celulares e humorais frente
a agente infecciosos
Condições Mórbidas
• Distúrbios endócrinos
auto-imunes
• Diabetes mellitus
insulino-dependente
• Tireoidite auto-imune
• Distúrbios auto-imunes
do tecido conectivo
• Síndrome de Sjögren
• Artrite reumatóide
• Outros em que a
associação é
questionável

• Doenças hepatobiliares
• Colangite esclerosante
primária
• Cirrose biliar primária
• Colangite auto-imune
• Outros distúrbios
gastrointestinais
• Gastrite linfocítica
• Colite microscópica
• Síndrome do intestino
irritável
• Distúrbios neurológicos
Manifestações Clínicas
QUADRO CLÍNICO
Gravidade e extensão das lesões.
Idade
Má absorção
 de um nutriente
 Pandisabsorção
QUADRO CLÍNICA
da DC
 Diagnosticada em qualquer época da vida.

Desenvolve-se em ciclos.
a) lactante
b) regredir na adolescência
c) pode aparecer ou reaparecer na idade adulta
d) pode surgir na idade adulta ou geriátrica
Sintomas e Sinais da DC
 Idade

 Tempo de exposição ao glúten

 Extensão do comprimento e gravidade da lesão.
Sintomas e Sinais da DC
Diarreia:
Varia de intensidade de caso, dependendo do
comprometimento intestinal.
Se intensa leva a desidratação ou a distúrbios do equilíbrio
ácido-base.
Sintomas e Sinais da DC
Emagrecimento:

reflete a má absorção
 depende das áreas íntegras
 redução da ingestão alimentar

DOENÇA CELÍACA
Pesquisas feitas por Kotze e Valarini encontram
desnutrição:

48,3 % Leve
27,6 % Moderada
24,1 % Grave
Sintomas e Sinais da DC
Fraqueza, Cansaço e Fadiga
 estado nutricional
 contribuem para esses sintomas:

 Anemia, insuficiência adrenal e hipopotassemia
Sintomas e Sinais da DC
Dor abdominal
Distensão abdominal – “hábito celíaco”
Náusea e vômito
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Distúrbios Psicoafetivos:
 Alterações nas rotas metabólicas da 5 –hidroxitriptamina,
dopamina e noradrenalina
Ansiedade
Lesão discreta
limitada ao int.del proximal
Casos graves
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Dermatite herpetiforme (DH)
Relação com fenótipo de antígenos HLA de classe 2
Pode ou não haver lesões intestinais
 As lesões são placas urticariformes e vesículas
altamente pruriginosas de distribuição simétrica,
predominando em áreas de extensão dos joelhos,
cotovelos, dorso e glútea
 Tratamento
O que podem ser observado no
exame do paciente com DC.
Hipotensão
Emaciação, diminuição da
massa muscular e do
panículo adiposo
Unhas em vidro de relógio
Pele seca e turgor diminuído
Edema de extremidades
Pigmentação de pele
Equimoses
Palidez de pele e mucosas
Queilite e glossite, língua
despapilada

Abdômen protuberante e
timpânico,
com alças palpáveis
Raramente
hepatoesplenomegalia ou
ascite
Sinais de neuropatia
periférica com
alterações de sensibilidade
sinais de Chvostek ou
Trousseau
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Modo de Apresentação
da DC
Forma clássica: má absorção de nutrientes e caquexia
Forma não clássica ou atípica:
o atípico digestivo
o atípico extra digestivo
Forma latente:
Forma assintomática: número aumentado de LIE
DOENÇA CELÍACA
No idoso
 ↑ longevidade
 27% em adultos

Transição clínica
Infância
idade adulta
1/3 não obedecem a dieta
Motivo para os que aderem à dieta
DOENÇAS ASSOCIADAS
Doença de Addison
Doenças Neurológicas
 A presença de epilepsia em pacientes celíacos tem sido
enfatizada, bem como calcificações occipitais.
 ↑ Cefaleia do tipo migranoso (enxaqueca) ou tensional.
Deficiência Imunológicas
• A deficiência seletiva de IgA é 10x maior nos celíacos do que
na população geral
Complicações da DC
Potencial de malignidade
Carcinomas(mais no esôfago) e linfomas
 Insuficiência imunológica da DC e maior permea_
bilidade da mucosa a agentes oncóticos.
Diagnóstico
Provas de Absorção intestinal:

 Dosagem de gordura fecal- Técnica de Van der
Kammer
1) Dieta de 100g de gordura por 3 dias;
2) Coleta das fezes;
3) Excreção normal: 6 g nas fezes em 24 h.
 Prova da D-xilose

1) 25 g de xilose via oral;
2) 1 hora depois: xilosemia maior que 20 mg/ dL(normal);
3) 5 horas depois(urina): maior que 16% da dose
ingerida.
 Determinação sorológica de anticorpos

 Anticorpos Antigliadina
•
•
•
•

Determinados por ELISA;
IgG-sensibilidade;
IgA-especificidade;
Podem ser identificados em pessoas normais, doenças
auto-imunes, alergia alimentar, parasitoses intestinais.
Anticorpos Antitransglutaminase

•
•
•
•
•

Detectados por ELISA;
A tTG catalisa o enlace entre proteínas;
A tTG interfere na matriz extracelular;
Teste: Amostra de sangue do dedo.
Desvantagem: positivo para doenças
sistêmicas ou gastrointestinais.
Anticorpos Antiendomísio
• Anticorpos da classe IgA;
• Detectado por imunofluorescência;
• Predição para atrofia de vilosidades.
Exames de Imagem
•
•
•
•

Dilatações,
Pregas alargadas;
Fragmentações;
Floculação do contraste.

Finalidade: excluir ou detectar a presença de linfoma.

 Tipagem HLA
•
•

HLA DQ2- 90-95% dos casos;
HLA DQ8- 5% dos casos.
Endoscopia e biópsia do intestino delgado

• Classificação do grau da lesão tecidual:
Marsh tipo 1: lesão infiltrada;
Marsh tipo 2: lesão hiperplásica;
Marsh tipo 3: lesão destrutiva;
Marsh tipo 4: lesão rara com hipoplasia.
Tratamento da Intolerância ao
glúten: DIETA
Objetivos
• Eliminar alterações fisiopatológicas intestinais
• Favorecer a absorção de nutrientes
• Normalizar o trânsito intestinal
• Recuperar o estado nutricional
• Melhorar a qualidade de vida
Tratamento
• Dieta
• Medicamentos
• Cirurgia
Dieta
Excluir o glúten da dieta
Dieta
• Idade
• Etapa evolutiva da doença
• Estado de gravidade do doente
Parenteral total
Parenteral e enteral
Via oral
Medicamentos
• Suprir falta de vitaminas, sais minerais e
proteínas
• Facilitar a digestão de gorduras
• Tratar infecções
Tratamento cirúrgico
• Perfuração
• Neoplasias
Desafios
• Dificuldade de encontrar alimentos
industrializados sem glúten
• Alto custo dos alimentos sem glúten
EVOLUÇÃO E PROGNÓSTICO
Se houver tratamento:
• Ganho de peso
• Volta a crescer com velocidade
• Melhora o estado psíquico
• Fertilidade
• Se já houver osteoporose, não ocorrerá muita
melhora
Se não houver tratamento:

• Atraso do desenvolvimento sexual
• Risco aumentado de desenvolver câncer
• Morte
EPIDEMIOLOGIA E
CONCLUSÃO
EPIDEMIOLOGIA
Afeta em torno de 2 milhões de pessoas no
Brasil, mas a maioria delas encontra-se sem
diagnóstico.
Na Europa a prevalência oscila entre 1:150 e
1:300 (casos/habitantes).

Os estudos amostrais realizados em São Paulo,
Ribeirão Preto e Brasília permitem estimar a
incidência da doença em 1:214, 1:273 e 1:681,
respectivamente. Esta constatação coloca o Brasil
ao nível da população européia, a mais afetada.
EPIDEMIOLOGIA
A doença celíaca pode aparecer em qualquer
fase da vida, e atualmente, estima-se que a cada
400 brasileiros um seja celíaco.
De cada oito pessoas que possuem a doença,
apenas uma tem o diagnóstico.
A doença celíaca é cosmopolita e afeta pessoas
de todas as classes sociais. No Brasil a
miscigenação vem rompendo a barreira etnoracial
sendo
diagnosticada
entre
os
afrodescendentes e os povos indígenas.
CONCLUSÃO
A DC é um estado de resposta imunológica, tanto celular
como humoral ao glúten.
A intolerância ao glúten é permanente.
É uma doença de distribuição mundial.
O verdadeiro tratamento é dietético, sem consumo de glúten.
Seu diagnóstico é essencial para evitar complicações
deletérias futuras como: o linfoma intestinal, neoplasias do

intestino delgado, os tumores da orofaringe e do esôfago, o
adenocarcinoma do colo, a infertilidade, a osteoporose, o
retardo do crescimento e entre outras.
http://www.fenacelbra.com.br/fenacelbra
OBRIGADO!!!
Referências
• Gastroenterologia essencial;Dani, Renato, 3ª
edição, ed. Guanabara Koogan, 2006
• http://www.asbran.org.br/arquivos/doenca_celiac
a.pdf
• http://www.minhavida.com.br/saude/temas/doen
ca-celiaca
http://www.minhavida.com.br/saude/materias/12
478-intolerancia-ao-gluten-pede-dieta-restrita
http://www.fbg.org.br/Arquivos/Inform_J9JVVS.pd
f http://www.hc.fmb.unesp.br/assistencia/servicotecnico-de-nutricao-e-dietetica/nutricao-epatologia/doenca-celiaca/

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DOENÇA CELÍACA, Intolerância ao glúten

  • 2. Roteiro • 1- O que é? • 2- Patogenia e Condições Mórbidas associadas à Doença. • • 3- Manifestações Clínicas • 4- Diagnóstico • 5- Tratamento da Intolerância ao glúten: DIETA • 6- Evolução e Prognóstico • 6- Epidemiologia e Conclusão
  • 3. O que é a Doença Celíaca?
  • 6. Doença Celíaca • As anormalidades na absorção dos nutrientes, ao nivel do enterócitos, podem ser classificadas em : A. Alterações múltiplas, não-seletivas B. Alterações únicas , seletivas
  • 7. Conceitos 1. O que é Glúten? • É uma substancia albuminoide; • Insolúvel em agua • Junto com o amido e outros compostos ,se encontra na farinha de trigo , centeio , cevada e aveia; • É uma massa coesiva que permanece quando a pasta de farinha dos cereais é lavada para se removerem os grânulos de amido.
  • 8. Doença celíaca • A doença por sensibilidade ao glúten pode ser definida como um estado de resposta imunológica, tanto celular como humoral; • A intolerância ao glúten é permanente ; • Hoje pode incluir pacientes nos quais a interação entre seu sistema imunológico e o glúten pode expressar-se em diferentes níveis; • A doença celíaca é a forma mais frequente de apresentação.
  • 9. Doença celíaca • É também conhecida como espru celíaco, espru não tropical, enteropatia glúten-induzida , enteropatia glúten e esteatorreia idiopática ou espru idiopático ;
  • 10. Patogenia e Condições Mórbidas associadas à Doença
  • 11. Gênese da DC - fatores Imunológicos Ambientais Humorais DC Genéticos Celulares
  • 12. Fisiopatologia • A DC compromete o intestino delgado , afetando os locais “nobres” da absorção. • Defeito básico: fase epitelial • Etapa pré–epitelial: alterações na micelação das gorduras perda fecal de sais biliares redução da enteroquinase • Etapa pós-epitelial: bloqueio do escoamento de nutrientes
  • 13. • A diarreia na DC resulta de : ↑ volume apresentado aos cólons. ↑ gordura nos cólons. ↑ secreção de água e eletrólitos que ↑ mais ainda o volume na luz intestinal. ↓ liberação de hormônios digestivos. ↓ enteroquinase. ↓ secreções pancreáticas. ↓ circulação êntero-hepática de sais biliares. • Alterações na função de barreira favorecem a penetração de peptídios. • Mucosa gástrica: gastrite • Danos maiores no duodeno e jejuno proximal
  • 14. Anatomia Patológica • Desenvolvimento da enteropatia 1. Fase infiltrativa: aumento dos LIE. 2. Fase hiperplástica: hipertrofia das criptas. 3. Fase destrutiva: progressiva atrofia das vilosidades, chegando no final ao achatamento da mucosa.
  • 15. Etiopatogenia • Fatores Genéticos: A doença é familial Concordância em gêmeos homozigóticos. É infrequente em alguns grupos étnicos (orientais e negros).
  • 16. Fatores Imunológicos • A DC está associada a uma resposta auto-imune altamente específica ao endomísio. • Há ↑ do número de Linfócitos intra - epiteliais (IEL) • Presença de Linfócitos T δ/γ • Resposta imune do HLA Desenvolvimento de reações celulares e humorais frente a agente infecciosos
  • 17.
  • 18. Condições Mórbidas • Distúrbios endócrinos auto-imunes • Diabetes mellitus insulino-dependente • Tireoidite auto-imune • Distúrbios auto-imunes do tecido conectivo • Síndrome de Sjögren • Artrite reumatóide • Outros em que a associação é questionável • Doenças hepatobiliares • Colangite esclerosante primária • Cirrose biliar primária • Colangite auto-imune • Outros distúrbios gastrointestinais • Gastrite linfocítica • Colite microscópica • Síndrome do intestino irritável • Distúrbios neurológicos
  • 20. QUADRO CLÍNICO Gravidade e extensão das lesões. Idade Má absorção  de um nutriente  Pandisabsorção
  • 21. QUADRO CLÍNICA da DC  Diagnosticada em qualquer época da vida. Desenvolve-se em ciclos. a) lactante b) regredir na adolescência c) pode aparecer ou reaparecer na idade adulta d) pode surgir na idade adulta ou geriátrica
  • 22. Sintomas e Sinais da DC  Idade  Tempo de exposição ao glúten  Extensão do comprimento e gravidade da lesão.
  • 23. Sintomas e Sinais da DC Diarreia: Varia de intensidade de caso, dependendo do comprometimento intestinal. Se intensa leva a desidratação ou a distúrbios do equilíbrio ácido-base.
  • 24. Sintomas e Sinais da DC Emagrecimento: reflete a má absorção  depende das áreas íntegras  redução da ingestão alimentar 
  • 25. DOENÇA CELÍACA Pesquisas feitas por Kotze e Valarini encontram desnutrição: 48,3 % Leve 27,6 % Moderada 24,1 % Grave
  • 26. Sintomas e Sinais da DC Fraqueza, Cansaço e Fadiga  estado nutricional  contribuem para esses sintomas:  Anemia, insuficiência adrenal e hipopotassemia
  • 27. Sintomas e Sinais da DC Dor abdominal Distensão abdominal – “hábito celíaco” Náusea e vômito
  • 28. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Distúrbios Psicoafetivos:  Alterações nas rotas metabólicas da 5 –hidroxitriptamina, dopamina e noradrenalina Ansiedade Lesão discreta limitada ao int.del proximal Casos graves
  • 29. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Dermatite herpetiforme (DH) Relação com fenótipo de antígenos HLA de classe 2 Pode ou não haver lesões intestinais  As lesões são placas urticariformes e vesículas altamente pruriginosas de distribuição simétrica, predominando em áreas de extensão dos joelhos, cotovelos, dorso e glútea  Tratamento
  • 30. O que podem ser observado no exame do paciente com DC. Hipotensão Emaciação, diminuição da massa muscular e do panículo adiposo Unhas em vidro de relógio Pele seca e turgor diminuído Edema de extremidades Pigmentação de pele Equimoses Palidez de pele e mucosas Queilite e glossite, língua despapilada Abdômen protuberante e timpânico, com alças palpáveis Raramente hepatoesplenomegalia ou ascite Sinais de neuropatia periférica com alterações de sensibilidade sinais de Chvostek ou Trousseau
  • 32. Modo de Apresentação da DC Forma clássica: má absorção de nutrientes e caquexia Forma não clássica ou atípica: o atípico digestivo o atípico extra digestivo Forma latente: Forma assintomática: número aumentado de LIE
  • 33.
  • 34. DOENÇA CELÍACA No idoso  ↑ longevidade  27% em adultos Transição clínica Infância idade adulta 1/3 não obedecem a dieta Motivo para os que aderem à dieta
  • 35. DOENÇAS ASSOCIADAS Doença de Addison Doenças Neurológicas  A presença de epilepsia em pacientes celíacos tem sido enfatizada, bem como calcificações occipitais.  ↑ Cefaleia do tipo migranoso (enxaqueca) ou tensional. Deficiência Imunológicas • A deficiência seletiva de IgA é 10x maior nos celíacos do que na população geral
  • 36. Complicações da DC Potencial de malignidade Carcinomas(mais no esôfago) e linfomas  Insuficiência imunológica da DC e maior permea_ bilidade da mucosa a agentes oncóticos.
  • 38. Provas de Absorção intestinal:  Dosagem de gordura fecal- Técnica de Van der Kammer 1) Dieta de 100g de gordura por 3 dias; 2) Coleta das fezes; 3) Excreção normal: 6 g nas fezes em 24 h.
  • 39.  Prova da D-xilose 1) 25 g de xilose via oral; 2) 1 hora depois: xilosemia maior que 20 mg/ dL(normal); 3) 5 horas depois(urina): maior que 16% da dose ingerida.
  • 40.  Determinação sorológica de anticorpos  Anticorpos Antigliadina • • • • Determinados por ELISA; IgG-sensibilidade; IgA-especificidade; Podem ser identificados em pessoas normais, doenças auto-imunes, alergia alimentar, parasitoses intestinais.
  • 41. Anticorpos Antitransglutaminase • • • • • Detectados por ELISA; A tTG catalisa o enlace entre proteínas; A tTG interfere na matriz extracelular; Teste: Amostra de sangue do dedo. Desvantagem: positivo para doenças sistêmicas ou gastrointestinais.
  • 42. Anticorpos Antiendomísio • Anticorpos da classe IgA; • Detectado por imunofluorescência; • Predição para atrofia de vilosidades.
  • 43. Exames de Imagem • • • • Dilatações, Pregas alargadas; Fragmentações; Floculação do contraste. Finalidade: excluir ou detectar a presença de linfoma.  Tipagem HLA • • HLA DQ2- 90-95% dos casos; HLA DQ8- 5% dos casos.
  • 44. Endoscopia e biópsia do intestino delgado • Classificação do grau da lesão tecidual: Marsh tipo 1: lesão infiltrada; Marsh tipo 2: lesão hiperplásica; Marsh tipo 3: lesão destrutiva; Marsh tipo 4: lesão rara com hipoplasia.
  • 45.
  • 46.
  • 47. Tratamento da Intolerância ao glúten: DIETA
  • 48. Objetivos • Eliminar alterações fisiopatológicas intestinais • Favorecer a absorção de nutrientes • Normalizar o trânsito intestinal • Recuperar o estado nutricional • Melhorar a qualidade de vida
  • 51. Dieta • Idade • Etapa evolutiva da doença • Estado de gravidade do doente Parenteral total Parenteral e enteral Via oral
  • 52. Medicamentos • Suprir falta de vitaminas, sais minerais e proteínas • Facilitar a digestão de gorduras • Tratar infecções
  • 54. Desafios • Dificuldade de encontrar alimentos industrializados sem glúten • Alto custo dos alimentos sem glúten
  • 56. Se houver tratamento: • Ganho de peso • Volta a crescer com velocidade • Melhora o estado psíquico • Fertilidade • Se já houver osteoporose, não ocorrerá muita melhora
  • 57. Se não houver tratamento: • Atraso do desenvolvimento sexual • Risco aumentado de desenvolver câncer • Morte
  • 59. EPIDEMIOLOGIA Afeta em torno de 2 milhões de pessoas no Brasil, mas a maioria delas encontra-se sem diagnóstico. Na Europa a prevalência oscila entre 1:150 e 1:300 (casos/habitantes). Os estudos amostrais realizados em São Paulo, Ribeirão Preto e Brasília permitem estimar a incidência da doença em 1:214, 1:273 e 1:681, respectivamente. Esta constatação coloca o Brasil ao nível da população européia, a mais afetada.
  • 60. EPIDEMIOLOGIA A doença celíaca pode aparecer em qualquer fase da vida, e atualmente, estima-se que a cada 400 brasileiros um seja celíaco. De cada oito pessoas que possuem a doença, apenas uma tem o diagnóstico. A doença celíaca é cosmopolita e afeta pessoas de todas as classes sociais. No Brasil a miscigenação vem rompendo a barreira etnoracial sendo diagnosticada entre os afrodescendentes e os povos indígenas.
  • 61. CONCLUSÃO A DC é um estado de resposta imunológica, tanto celular como humoral ao glúten. A intolerância ao glúten é permanente. É uma doença de distribuição mundial. O verdadeiro tratamento é dietético, sem consumo de glúten. Seu diagnóstico é essencial para evitar complicações deletérias futuras como: o linfoma intestinal, neoplasias do intestino delgado, os tumores da orofaringe e do esôfago, o adenocarcinoma do colo, a infertilidade, a osteoporose, o retardo do crescimento e entre outras.
  • 64. Referências • Gastroenterologia essencial;Dani, Renato, 3ª edição, ed. Guanabara Koogan, 2006 • http://www.asbran.org.br/arquivos/doenca_celiac a.pdf • http://www.minhavida.com.br/saude/temas/doen ca-celiaca http://www.minhavida.com.br/saude/materias/12 478-intolerancia-ao-gluten-pede-dieta-restrita http://www.fbg.org.br/Arquivos/Inform_J9JVVS.pd f http://www.hc.fmb.unesp.br/assistencia/servicotecnico-de-nutricao-e-dietetica/nutricao-epatologia/doenca-celiaca/