SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 2
Baixar para ler offline
Diagnóstico por imagem – Medicina Nuclear
Tamara Garcia
Medicina nuclear (MN)
Introdução
A radiologia diagnostica cria uma imagem pela passagem da radiação através do corpo a partir de uma fonte
externa. Diferentemente da radiologia diagnostica, a medicina nuclear cria uma imagem a partir da medição da
radiação emitida por marcadores internamente. A imagem, é produzida portanto pela emissão de radiação vinda do
paciente. As doses de radiação são comparáveis e variam dependendo do exame.
A MN tbm difere das outras modalidades radiológicas ao demonstrar a função de uma área especifica do corpo. Em
algumas ocasiões, esta informação fisiológica pode ser combinada a imagens mais anatômicas da TC e RM, o que
melhora a capacidade diagnostica.
Em lugar do meio de contraste a MN usa compostos radiofarmacêuticos que são marcados por radionuclídeo. A
administração do radiofarmacos são administrados por via intravenosa, ingestão ou inalação. O método de
administração depende do tipo de exame, órgão ou processo orgânico a ser estudado. Por definição todos os
radiofarmacos emitem radiação.
A radiação emitida é detectada e sua imagem é obtida por equipamentos especializados como câmeras gama,
tomografia por emissão de pósitrons (PET) e tomografia computadorizada por emissão de foton único (SPECT).
Em alguns exames, a radiação pode ser medida pelo uso de sondas, ou pode-se colher amostras dos pacientes e
medi-las em contadores.
A premissa da MN envolve a biologia funcional, razão pela qual pode-se não apenas documentar um processo
mórbido, mas também tratar doenças. Os compostos radiofarmacêuticos que são usados na aquisição das imagens
emitem um raio gama (γ), e aqueles usados para tratamento emitem uma partícula beta (β). Os raios γ tem energia
mais alta para atravessar o corpo e ser detectados por uma câmera de detecção, enquanto as partículas β percorrem
apenas distancias pequena e emitem sua dose de radiação no órgão alvo.
Por exemplo, pode-se usar tecnécio-99m ou iodo-123 para detecção de doenças da tireoide, mas cânceres ou
doenças da glândula tireoide só podem ser tratados unicamente com pelo iodo-123.
Os radionuclídeos, usados na MN estão ligados quimicamente a um complexo designado como marcador, de modo
que, quando administrados, eles possam agir de maneira característica no corpo. A maneira como o corpo lida com
esse marcador pode diferir em doenças ou processos patológicos, demonstrando assim imagens diferentes do
normal em estados mórbidos.
Por exemplo, o marcador ósseo é o metileno-difosfonato (MPD), que é ligado ao tecnécio-99m para a aquisição das
imagens ósseas. O MDP se liga a hidroxiapatita dos ossos. Se houver no osso alteração fisiológica por uma fratura,
um acometimento metastático ou uma alteração artrítica, haverá um aumento na atividade óssea e , portanto, um
acumulo maior do marcador nessa região em comparação com o osso “normal”. Isso ocasionará um “ponto quente”
focal do composto radiofarmacêutico em uma cintilografia óssea.
Os Radionuclídeos intravenosos mais comuns na MN são leucócitos marcados com iodo: iodo-123 e iodo131, tálio201, gálio-67, índio-111.
Os Radionuclídeos gasosos/ em aerosol mais comuns são xenônio-133, criptônio-81m, tecnécio-99m e tecnécio-99m
DTPA.

1
Diagnóstico por imagem – Medicina Nuclear
Tamara Garcia
O SPECT são conjunto de imagens em sequencia temporal ou sequencias espaciais em que a câmera gama se move
ao redor do paciente. O exame em sequencias espacial permite que a documentação seja apresentada como uma
pilha de imagens em fatias, de modo muito semelhante a TC e RM. Podendo ser fundidas com elas produzindo
imagens fisiológicas e anatômicas combinadas.
O PET mede as funções corporais importantes como fluxo sanguíneo, uso de oxigênio e metabolismo da glicose para
avaliar quão bem vão os órgãos e tecidos estão funcionando. No PET, isótopos marcadores radioativos de vida curta
são incorporados quimicamente a moléculas biológicas ativas (fluorodesoxiglicose- FDG que é um açucar), depois de
injetado no corpo essas moléculas ativas se concentram nos tecidos de interesse. Depois de uma hora se pode
adquirir as imagens, ao ser emitido o pósitron pelo isótopo ele declina, ao ser emitido o pósitron percorre alguns
milimitros e se aniquila juntamente com um elétron. Secundariamente há a produção de um par de fótons γ que se
move em direções opostas, os detectores do exame PET processam unicamente esses pares de fótons. Esses dados
são processados e criam uma imagem da atividade do tecido em relação ao isótopo especifico. Então essas imagens
podem ser fundidas com as de TC e RM.
Os isótopos utilizados são carbono-11 (~20min), nitrogênio-13(~10min), oxigênio-13(~2min) e fluor-18(~110min).

2

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Manual de Radioterapia para Técnicos em Radiologia parte 2 - INCA/RJ
Manual de Radioterapia para Técnicos em Radiologia parte 2 - INCA/RJManual de Radioterapia para Técnicos em Radiologia parte 2 - INCA/RJ
Manual de Radioterapia para Técnicos em Radiologia parte 2 - INCA/RJAlex Eduardo Ribeiro
 
Cintilografia ossea instrumentação
Cintilografia  ossea instrumentaçãoCintilografia  ossea instrumentação
Cintilografia ossea instrumentaçãoRodrigo Pina Almeida
 
Manual de Radioterapia para Técnicos em Radiologia - INCA/RJ
Manual de Radioterapia para Técnicos em Radiologia - INCA/RJManual de Radioterapia para Técnicos em Radiologia - INCA/RJ
Manual de Radioterapia para Técnicos em Radiologia - INCA/RJAlex Eduardo Ribeiro
 
Radioterapia - braquiterapia - teleterapia - introdução a radioterapia, colim...
Radioterapia - braquiterapia - teleterapia - introdução a radioterapia, colim...Radioterapia - braquiterapia - teleterapia - introdução a radioterapia, colim...
Radioterapia - braquiterapia - teleterapia - introdução a radioterapia, colim...Wendesor Oliveira
 
AULA DE FÍSICA DAS RADIAÇÕES
AULA DE FÍSICA DAS RADIAÇÕESAULA DE FÍSICA DAS RADIAÇÕES
AULA DE FÍSICA DAS RADIAÇÕESMagno Cavalheiro
 
Aula de tomografia - Wendesor Oliveira
Aula de tomografia  - Wendesor Oliveira Aula de tomografia  - Wendesor Oliveira
Aula de tomografia - Wendesor Oliveira Wendesor Oliveira
 
Radioterapia química
Radioterapia químicaRadioterapia química
Radioterapia químicaLaylis Amanda
 
Radioterapia - Tratamento de Câncer por Radiações
Radioterapia - Tratamento de Câncer por RadiaçõesRadioterapia - Tratamento de Câncer por Radiações
Radioterapia - Tratamento de Câncer por RadiaçõesFernando Belome Feltrin
 
Historia da radiologia dr. biasoli
Historia da radiologia dr. biasoliHistoria da radiologia dr. biasoli
Historia da radiologia dr. biasoliLeonardo Flor
 

Mais procurados (20)

Manual de Radioterapia para Técnicos em Radiologia parte 2 - INCA/RJ
Manual de Radioterapia para Técnicos em Radiologia parte 2 - INCA/RJManual de Radioterapia para Técnicos em Radiologia parte 2 - INCA/RJ
Manual de Radioterapia para Técnicos em Radiologia parte 2 - INCA/RJ
 
Radioterapia e suas técnicas.
Radioterapia e suas técnicas.Radioterapia e suas técnicas.
Radioterapia e suas técnicas.
 
INTRODUÇÃO A RADIOTERAPIA
INTRODUÇÃO A RADIOTERAPIAINTRODUÇÃO A RADIOTERAPIA
INTRODUÇÃO A RADIOTERAPIA
 
Cintilografia ossea instrumentação
Cintilografia  ossea instrumentaçãoCintilografia  ossea instrumentação
Cintilografia ossea instrumentação
 
Manual de Radioterapia para Técnicos em Radiologia - INCA/RJ
Manual de Radioterapia para Técnicos em Radiologia - INCA/RJManual de Radioterapia para Técnicos em Radiologia - INCA/RJ
Manual de Radioterapia para Técnicos em Radiologia - INCA/RJ
 
Meios de Contraste na RM
Meios de Contraste na RMMeios de Contraste na RM
Meios de Contraste na RM
 
Radioterapia - braquiterapia - teleterapia - introdução a radioterapia, colim...
Radioterapia - braquiterapia - teleterapia - introdução a radioterapia, colim...Radioterapia - braquiterapia - teleterapia - introdução a radioterapia, colim...
Radioterapia - braquiterapia - teleterapia - introdução a radioterapia, colim...
 
Medicina Nuclear
Medicina NuclearMedicina Nuclear
Medicina Nuclear
 
Radiologia digital
Radiologia digitalRadiologia digital
Radiologia digital
 
AULA DE FÍSICA DAS RADIAÇÕES
AULA DE FÍSICA DAS RADIAÇÕESAULA DE FÍSICA DAS RADIAÇÕES
AULA DE FÍSICA DAS RADIAÇÕES
 
Aula de tomografia - Wendesor Oliveira
Aula de tomografia  - Wendesor Oliveira Aula de tomografia  - Wendesor Oliveira
Aula de tomografia - Wendesor Oliveira
 
Rad conv6
Rad conv6Rad conv6
Rad conv6
 
Radioterapia química
Radioterapia químicaRadioterapia química
Radioterapia química
 
Proteção e Higiene das Radiações
Proteção e Higiene das RadiaçõesProteção e Higiene das Radiações
Proteção e Higiene das Radiações
 
Radioterapia
RadioterapiaRadioterapia
Radioterapia
 
Radioterapia - Tratamento de Câncer por Radiações
Radioterapia - Tratamento de Câncer por RadiaçõesRadioterapia - Tratamento de Câncer por Radiações
Radioterapia - Tratamento de Câncer por Radiações
 
Densitometriaossea
DensitometriaosseaDensitometriaossea
Densitometriaossea
 
Historia da radiologia dr. biasoli
Historia da radiologia dr. biasoliHistoria da radiologia dr. biasoli
Historia da radiologia dr. biasoli
 
Radiografia industrial
Radiografia industrialRadiografia industrial
Radiografia industrial
 
Radioterapia
RadioterapiaRadioterapia
Radioterapia
 

Semelhante a Medicina nuclear introducao

Ressonância magnética Nuclear
Ressonância magnética NuclearRessonância magnética Nuclear
Ressonância magnética NuclearLorem Morais
 
Medicina Nuclear Por norma geral
Medicina Nuclear Por norma geralMedicina Nuclear Por norma geral
Medicina Nuclear Por norma geralMcManusMcManus5
 
Medicina nuclear e Radiologia Digital
Medicina nuclear e Radiologia DigitalMedicina nuclear e Radiologia Digital
Medicina nuclear e Radiologia DigitalNoara Thomaz
 
Radioterapia no Cancro da Próstata
Radioterapia no Cancro da PróstataRadioterapia no Cancro da Próstata
Radioterapia no Cancro da PróstataRui P Rodrigues
 
Simpósio internacional métodos avançados us
Simpósio internacional métodos avançados usSimpósio internacional métodos avançados us
Simpósio internacional métodos avançados usCibele Carvalho
 
Aula 8 - Medicina Nuclear.pdf
Aula 8 - Medicina Nuclear.pdfAula 8 - Medicina Nuclear.pdf
Aula 8 - Medicina Nuclear.pdfMaria santos
 
Apresentação3.pptx fisica das radiaçaaooooo3
Apresentação3.pptx fisica das radiaçaaooooo3Apresentação3.pptx fisica das radiaçaaooooo3
Apresentação3.pptx fisica das radiaçaaooooo3marioaraujorosas1
 
Tcc.fernanda costa inca 2011
Tcc.fernanda costa inca 2011Tcc.fernanda costa inca 2011
Tcc.fernanda costa inca 2011Carlos Oliveira
 
Introdução à Radioterapia
Introdução à RadioterapiaIntrodução à Radioterapia
Introdução à RadioterapiaRui P Rodrigues
 
Benefícios da Radiação - Raios X
Benefícios da Radiação - Raios XBenefícios da Radiação - Raios X
Benefícios da Radiação - Raios XProfªThaiza Montine
 
Benefcios da-radiao-raios-x1848
Benefcios da-radiao-raios-x1848Benefcios da-radiao-raios-x1848
Benefcios da-radiao-raios-x1848rodrison
 

Semelhante a Medicina nuclear introducao (20)

Ressonância magnética Nuclear
Ressonância magnética NuclearRessonância magnética Nuclear
Ressonância magnética Nuclear
 
Aplicação da radioatividade na medicina
Aplicação da radioatividade na medicinaAplicação da radioatividade na medicina
Aplicação da radioatividade na medicina
 
Medicina Nuclear Por norma geral
Medicina Nuclear Por norma geralMedicina Nuclear Por norma geral
Medicina Nuclear Por norma geral
 
Medicina nuclear e Radiologia Digital
Medicina nuclear e Radiologia DigitalMedicina nuclear e Radiologia Digital
Medicina nuclear e Radiologia Digital
 
Ebook med nuclear
Ebook med nuclearEbook med nuclear
Ebook med nuclear
 
Radioterapia no Cancro da Próstata
Radioterapia no Cancro da PróstataRadioterapia no Cancro da Próstata
Radioterapia no Cancro da Próstata
 
Simpósio internacional métodos avançados us
Simpósio internacional métodos avançados usSimpósio internacional métodos avançados us
Simpósio internacional métodos avançados us
 
Aula 8 - Medicina Nuclear.pdf
Aula 8 - Medicina Nuclear.pdfAula 8 - Medicina Nuclear.pdf
Aula 8 - Medicina Nuclear.pdf
 
Apresentação3.pptx fisica das radiaçaaooooo3
Apresentação3.pptx fisica das radiaçaaooooo3Apresentação3.pptx fisica das radiaçaaooooo3
Apresentação3.pptx fisica das radiaçaaooooo3
 
Tcc inca
Tcc incaTcc inca
Tcc inca
 
24 liv rx m nuclear ro us rm 755 a 784
24  liv rx m nuclear ro us rm  755 a 78424  liv rx m nuclear ro us rm  755 a 784
24 liv rx m nuclear ro us rm 755 a 784
 
Tomografia computadorizada
Tomografia computadorizadaTomografia computadorizada
Tomografia computadorizada
 
Tcc.fernanda costa inca 2011
Tcc.fernanda costa inca 2011Tcc.fernanda costa inca 2011
Tcc.fernanda costa inca 2011
 
5862497
58624975862497
5862497
 
Introdução à Radioterapia
Introdução à RadioterapiaIntrodução à Radioterapia
Introdução à Radioterapia
 
Benefícios da Radiação - Raios X
Benefícios da Radiação - Raios XBenefícios da Radiação - Raios X
Benefícios da Radiação - Raios X
 
Apostila tomografia prof. ricardo pereira
Apostila tomografia   prof. ricardo pereiraApostila tomografia   prof. ricardo pereira
Apostila tomografia prof. ricardo pereira
 
"Somos Físicos" Medicina Nuclear
"Somos Físicos" Medicina Nuclear"Somos Físicos" Medicina Nuclear
"Somos Físicos" Medicina Nuclear
 
Benefcios da-radiao-raios-x1848
Benefcios da-radiao-raios-x1848Benefcios da-radiao-raios-x1848
Benefcios da-radiao-raios-x1848
 
Aplicações
AplicaçõesAplicações
Aplicações
 

Mais de Tamara Garcia

Embrio 3 semama do desenvolvimento
Embrio  3 semama do desenvolvimentoEmbrio  3 semama do desenvolvimento
Embrio 3 semama do desenvolvimentoTamara Garcia
 
Estudo de embrio - cels germinativas primordiais
Estudo de embrio - cels germinativas primordiaisEstudo de embrio - cels germinativas primordiais
Estudo de embrio - cels germinativas primordiaisTamara Garcia
 
Embriologia capitulo
Embriologia capituloEmbriologia capitulo
Embriologia capituloTamara Garcia
 
Tratamento da doença de alzheimer
Tratamento da doença de alzheimerTratamento da doença de alzheimer
Tratamento da doença de alzheimerTamara Garcia
 
Tabela de farmacos HAS, antianginosos, hipolipêmicos
Tabela de farmacos HAS, antianginosos, hipolipêmicosTabela de farmacos HAS, antianginosos, hipolipêmicos
Tabela de farmacos HAS, antianginosos, hipolipêmicosTamara Garcia
 
Exames-coproparasitologia
Exames-coproparasitologiaExames-coproparasitologia
Exames-coproparasitologiaTamara Garcia
 
Resumo de micro clinica 2
Resumo de micro clinica 2Resumo de micro clinica 2
Resumo de micro clinica 2Tamara Garcia
 
Resuminho de farmaco 2
Resuminho de farmaco 2Resuminho de farmaco 2
Resuminho de farmaco 2Tamara Garcia
 
Resumo biomol diagnostica 2
Resumo biomol diagnostica 2Resumo biomol diagnostica 2
Resumo biomol diagnostica 2Tamara Garcia
 
rim-e-funcao-renal-vol-16-bioq-clin-princ-e-interp-valter-mota
rim-e-funcao-renal-vol-16-bioq-clin-princ-e-interp-valter-motarim-e-funcao-renal-vol-16-bioq-clin-princ-e-interp-valter-mota
rim-e-funcao-renal-vol-16-bioq-clin-princ-e-interp-valter-motaTamara Garcia
 
Resumo microbiologia-clinica
Resumo microbiologia-clinicaResumo microbiologia-clinica
Resumo microbiologia-clinicaTamara Garcia
 
Resumo farmacologia-completo
Resumo farmacologia-completoResumo farmacologia-completo
Resumo farmacologia-completoTamara Garcia
 

Mais de Tamara Garcia (16)

Origem embriologica
Origem embriologicaOrigem embriologica
Origem embriologica
 
Embrio 3 semama do desenvolvimento
Embrio  3 semama do desenvolvimentoEmbrio  3 semama do desenvolvimento
Embrio 3 semama do desenvolvimento
 
Estudo de embrio - cels germinativas primordiais
Estudo de embrio - cels germinativas primordiaisEstudo de embrio - cels germinativas primordiais
Estudo de embrio - cels germinativas primordiais
 
Embriologia capitulo
Embriologia capituloEmbriologia capitulo
Embriologia capitulo
 
Tratamento da doença de alzheimer
Tratamento da doença de alzheimerTratamento da doença de alzheimer
Tratamento da doença de alzheimer
 
Tabela de farmacos HAS, antianginosos, hipolipêmicos
Tabela de farmacos HAS, antianginosos, hipolipêmicosTabela de farmacos HAS, antianginosos, hipolipêmicos
Tabela de farmacos HAS, antianginosos, hipolipêmicos
 
Exames-coproparasitologia
Exames-coproparasitologiaExames-coproparasitologia
Exames-coproparasitologia
 
Resumo de micro clinica 2
Resumo de micro clinica 2Resumo de micro clinica 2
Resumo de micro clinica 2
 
Resuminho de farmaco 2
Resuminho de farmaco 2Resuminho de farmaco 2
Resuminho de farmaco 2
 
Resumo biomol diagnostica 2
Resumo biomol diagnostica 2Resumo biomol diagnostica 2
Resumo biomol diagnostica 2
 
rim-e-funcao-renal-vol-16-bioq-clin-princ-e-interp-valter-mota
rim-e-funcao-renal-vol-16-bioq-clin-princ-e-interp-valter-motarim-e-funcao-renal-vol-16-bioq-clin-princ-e-interp-valter-mota
rim-e-funcao-renal-vol-16-bioq-clin-princ-e-interp-valter-mota
 
Imuno basica
Imuno basicaImuno basica
Imuno basica
 
Resumo microbiologia-clinica
Resumo microbiologia-clinicaResumo microbiologia-clinica
Resumo microbiologia-clinica
 
Resumo bioquimica1
Resumo bioquimica1Resumo bioquimica1
Resumo bioquimica1
 
Resumo bioquimica-2
Resumo bioquimica-2Resumo bioquimica-2
Resumo bioquimica-2
 
Resumo farmacologia-completo
Resumo farmacologia-completoResumo farmacologia-completo
Resumo farmacologia-completo
 

Último

APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxAPRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxSESMTPLDF
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...DL assessoria 31
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaFrente da Saúde
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxMarcosRicardoLeite
 
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivFisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivProfessorThialesDias
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannRegiane Spielmann
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptxLEANDROSPANHOL1
 
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfMedTechBiz
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdfMichele Carvalho
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesFrente da Saúde
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptDaiana Moreira
 

Último (11)

APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxAPRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
 
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivFisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx
 
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 

Medicina nuclear introducao

  • 1. Diagnóstico por imagem – Medicina Nuclear Tamara Garcia Medicina nuclear (MN) Introdução A radiologia diagnostica cria uma imagem pela passagem da radiação através do corpo a partir de uma fonte externa. Diferentemente da radiologia diagnostica, a medicina nuclear cria uma imagem a partir da medição da radiação emitida por marcadores internamente. A imagem, é produzida portanto pela emissão de radiação vinda do paciente. As doses de radiação são comparáveis e variam dependendo do exame. A MN tbm difere das outras modalidades radiológicas ao demonstrar a função de uma área especifica do corpo. Em algumas ocasiões, esta informação fisiológica pode ser combinada a imagens mais anatômicas da TC e RM, o que melhora a capacidade diagnostica. Em lugar do meio de contraste a MN usa compostos radiofarmacêuticos que são marcados por radionuclídeo. A administração do radiofarmacos são administrados por via intravenosa, ingestão ou inalação. O método de administração depende do tipo de exame, órgão ou processo orgânico a ser estudado. Por definição todos os radiofarmacos emitem radiação. A radiação emitida é detectada e sua imagem é obtida por equipamentos especializados como câmeras gama, tomografia por emissão de pósitrons (PET) e tomografia computadorizada por emissão de foton único (SPECT). Em alguns exames, a radiação pode ser medida pelo uso de sondas, ou pode-se colher amostras dos pacientes e medi-las em contadores. A premissa da MN envolve a biologia funcional, razão pela qual pode-se não apenas documentar um processo mórbido, mas também tratar doenças. Os compostos radiofarmacêuticos que são usados na aquisição das imagens emitem um raio gama (γ), e aqueles usados para tratamento emitem uma partícula beta (β). Os raios γ tem energia mais alta para atravessar o corpo e ser detectados por uma câmera de detecção, enquanto as partículas β percorrem apenas distancias pequena e emitem sua dose de radiação no órgão alvo. Por exemplo, pode-se usar tecnécio-99m ou iodo-123 para detecção de doenças da tireoide, mas cânceres ou doenças da glândula tireoide só podem ser tratados unicamente com pelo iodo-123. Os radionuclídeos, usados na MN estão ligados quimicamente a um complexo designado como marcador, de modo que, quando administrados, eles possam agir de maneira característica no corpo. A maneira como o corpo lida com esse marcador pode diferir em doenças ou processos patológicos, demonstrando assim imagens diferentes do normal em estados mórbidos. Por exemplo, o marcador ósseo é o metileno-difosfonato (MPD), que é ligado ao tecnécio-99m para a aquisição das imagens ósseas. O MDP se liga a hidroxiapatita dos ossos. Se houver no osso alteração fisiológica por uma fratura, um acometimento metastático ou uma alteração artrítica, haverá um aumento na atividade óssea e , portanto, um acumulo maior do marcador nessa região em comparação com o osso “normal”. Isso ocasionará um “ponto quente” focal do composto radiofarmacêutico em uma cintilografia óssea. Os Radionuclídeos intravenosos mais comuns na MN são leucócitos marcados com iodo: iodo-123 e iodo131, tálio201, gálio-67, índio-111. Os Radionuclídeos gasosos/ em aerosol mais comuns são xenônio-133, criptônio-81m, tecnécio-99m e tecnécio-99m DTPA. 1
  • 2. Diagnóstico por imagem – Medicina Nuclear Tamara Garcia O SPECT são conjunto de imagens em sequencia temporal ou sequencias espaciais em que a câmera gama se move ao redor do paciente. O exame em sequencias espacial permite que a documentação seja apresentada como uma pilha de imagens em fatias, de modo muito semelhante a TC e RM. Podendo ser fundidas com elas produzindo imagens fisiológicas e anatômicas combinadas. O PET mede as funções corporais importantes como fluxo sanguíneo, uso de oxigênio e metabolismo da glicose para avaliar quão bem vão os órgãos e tecidos estão funcionando. No PET, isótopos marcadores radioativos de vida curta são incorporados quimicamente a moléculas biológicas ativas (fluorodesoxiglicose- FDG que é um açucar), depois de injetado no corpo essas moléculas ativas se concentram nos tecidos de interesse. Depois de uma hora se pode adquirir as imagens, ao ser emitido o pósitron pelo isótopo ele declina, ao ser emitido o pósitron percorre alguns milimitros e se aniquila juntamente com um elétron. Secundariamente há a produção de um par de fótons γ que se move em direções opostas, os detectores do exame PET processam unicamente esses pares de fótons. Esses dados são processados e criam uma imagem da atividade do tecido em relação ao isótopo especifico. Então essas imagens podem ser fundidas com as de TC e RM. Os isótopos utilizados são carbono-11 (~20min), nitrogênio-13(~10min), oxigênio-13(~2min) e fluor-18(~110min). 2