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MÉTODOS DE EXAMES PARASITOLÓGICO
MÉTODOS PARA DETECÇÃO DE PARASITAS NAS FEZES

a) Hoffmann - baseado na sedimentação espontânea das fezes após duas horas. É um método
específico para pesquisa de Schistosoma mansoni, porém por mostrar-se altamente eficiente
também nas pesquisas de protozoários, este método é amplamente utilizado para a pesquisa dos
demais parasitas.

b) Baermann & Moraes - Método baseado no Hidrotermotropismo das larvas de Strogilóides
stercoralis.

c) Direto :O método direto é específico para a pesquisa de trofozoítos nas fezes (forma adulta dos
protozoários).

d) Kato e Stoll - Métodos para contagem de ovos de Helmintos.

e) Willis (flutuação em salina saturada)

f) MIF sedimentação

g) Teste da fita adesiva (pesquisa de Oxiúrus)

São inúmeros os métodos de exames coprológicos descritos na literatura, os quais podem ser
qualitativos ou quantitativos, apresentando diferentes sensibilidades na detecção de ovos e larvas
de helmintos e cistos de protozoários. Descrevemos a seguir alguns dos métodos e soluções
utilizados de rotina em laboratórios para análise.

A coleta:

Cada amostra deve conter no mínimo as seguintes informações: nome do paciente, número de
identificação, nome do médico, data e horário de coleta.

O recipiente deve ser limpo e seco, com a boca larga, de capacidade aproximada de 250ml para
que possa conter uma amostra significativa e que tenha vedação hermética

Fezes obtidas de vaso sanitário não podem ser aproveitadas, porque a água e a urina poderiam
destruir as formas trofozoíticas.

 Fezes excretadas no solo não podem ser aproveitadas, porque larvas de vida livre e outros
contaminantes do solo poderiam confundir o diagnóstico (principalmente veterinário).

 Os recipientes com amostras fecais de pacientes com AIDS devem ser protegidos por um
invólucro de plástico e identificados com etiqueta vermelha ou HIV positivo.

Os trofozoítos de protozoários morrem e se degeneram fora do corpo humano.

O tempo recomendado para amostras líquidas é 30 minutos, enquanto das amostras pastosas é o
de uma hora após a evacuação.

Fezes formadas podem ser examinadas após um dia.
Fixação:

Fixador de Schaudinn:

Usado na preservação de fezes frescas ou amostras da superfície da mucosa intestinal;

Esta solução fixadora é usada para a preparação de esfregaços permanentes corados para
demonstração de protozoários intestinais;




Solução de Lugol:

             Lugol                                         2,0 g
             Iodeto de Potássio - KI                       4,0 g
             Água destilada                                Completar para 100 ml




Conservantes de fezes:

MIF (Mertiolato, Iodo e Formaldeído)

              Glicerina                                           5 ml
              Formaldeído (40%)                                   25 ml
              Mertiolato (ou mercurocromo) 0,1%                   200 ml
              Água destilada                                      200 ml
              Solução de lugol                                    43 ml
              Total                                               473 ml

Solução Mertiolato-Iodo-Formaldeído (MIF)

Este método permite obter ao mesmo tempo a preservação e a coloração de quase todos os
estágios dos protozoários, de ovos e larvas de helmintos que se encontram nas fezes.

 Este procedimento também permite o exame direto a fresco do material fecal ou depois de várias
semanas, sem a necessidade de outra coloração

Vantagens:

      Além de fixador, é corante;
      Fácil preparo;
      Útil em trabalhos de campo;
      Adequado para os métodos de concentração

Desvantagens:

      Inadequado para a preservação da morfologia de trofozoítos de protozoários.
      O iodeto interfere com outros métodos de coloração;
      O iodeto pode causar distorção em protozoários.
SAF (Acetato de Sódio, Ácido Acético e Formaldeído)

              Acetato de Sódio                                     15 g
              Ácido Acético                                        20 ml
              Formadeído (40%)                                     40 ml
              Água destilada                                       925 ml
              Total                                                1.000 ml




MÉTODO DIRETO

Utilizado para pesquisa de cistos de protozoários e ovos de helmintos. método pouco sensível e só
apresenta resultados positivos em infecções massivas. Procedimento: Adicionar solução de lugol
às fezes, preparar a lâmina e observar direto ao microscópio em aumento de 100X e 400X.

Específico para a pesquisa de Trofozoítos em fezes frescas.

MATERIAL

1. Fezes recém emitidas
2. Lâmina e lamínula de vidro
3. Espátula de madeira
4. Solução de NaCl a 0,85%

Aplicar diretamente na lâmina de vidro pequena quantidade de fezes frescas fazendo misturar com
algumas gotas de solução salina fisiológica, homogeneizando suavemente. Cobrir com lamínula e
observar imediatamente ao microscópio.

MÉTODO DE HOFFMAN, PONS & JANER ou HPJ – (Sedimentação espontânea)

Utilizado na pesquisa de cistos de protozoários e ovos de helmintos.

Método baseado na sedimentação espontânea, específico para a pesquisa de ovos de
Schistosoma mansoni, porém é altamente eficiente e amplamente utilizado para a pesquisa de
todos os parasitas.

MATERIAL NECESSÁRIO

1. Cálice de decantação
2. Peneira
3. Gaze dobrada em 4
4. Água corrente ou destilada
5. Espátula de madeira (tipo abaixador de língua)
6. Lâmina e lamínula

Tomar cerca de 4 g de fezes recém emitidas, dissolvê-las no próprio recipiente de coleta (frasco
padrão para coleta de amostra) utilizando um pouco de água. Transferir o material dissolvido para
um cálice de decantação fazendo filtrar em peneira contendo gaze em 4. Completar até ¾ do
volume de água e deixar repousar em superfície firme e livre de vibrações por no mínimo 2 horas.
Retirar o sedimento com um canudo ou pipeta Pasteur e transferir para lâmina de vidro
adicionando 2 gotas de solução de Lugol e cobrindo com lamínula. Observar ao microscópio em
objetiva de 10x.

Técnica Prática:

1. Dissolver cerca de 4g de fezes em 10 ml de H2O em frasco pequeno

2. Filtrar em gaze dobrada em quatro, utilizando um cálice de sedimentação

3. Completar o cálice com água e homogeneizar com bastão de vidro.

4. Deixar em repouso de 2 a 24 horas.

5. Com uma pipeta de pasteur, retirar uma amostra do fundo do vértice do cálice.

6. Examinar ao microscópio, adicionando uma gota da solução de lugol.




MÉTODO DE WILLIS

FLUTUAÇÃO SIMPLES (flutuação em salina saturada)

Essa técnica se baseia na propriedade que alguns ovos de helmintos apresentam de flutuarem na
superfície de uma solução de densidade elevada e de aderirem ao vidro. Este procedimento é
específico para a pesquisa de ovos de Ancilostomídeos.

1. A solução saturada de cloreto de sódio é feita adicionando aproximadamente 40g de NaCl a
100mL de água sob aquecimento até o ponto em que o sal não se dissolva mais na água. A
densidade desta solução deve ser de aproximadamente 1,20g/mL.

2. Colocar uma quantidade de fezes coletadas de várias partes do bolo fecal em uma pequena
cuba contendo uma parte de solução saturada de cloreto de sódio, dissolver as fezes nesta
solução e acrescentar água até a borda.

3. Colocar sob a borda da cuba uma lâmina de vidro quase tocando a solução saturada e deixar de
30 a 45 minutos . Após este tempo, inverter a lâmina rapidamente e observar ao microscópio.

Técnica Prática:

1. Dissolver cerca de 5g de fezes em uma solução saturada de NaCl.

2. Filtrar em gaze dobrada em quatro em frasco de Borrel (frasco comum)e completar com a
solução saturada de NaCl até formar um menisco convexo na boca do frasco.

3. Colocar uma lâmina por sobre as bordas do frasco para uq efique em contato com o líquido ao
menos por 5 minutos.

4. Retirar a lâmina sem escorrer o líquido e examinar ao microscópio.
MÉTODO DE FAUST – (Centrífugo-flutuação)

Utilizado na pesquisa de cistos de protozoários e ovos de helmintos.

1. Dissolver cerca de 5g de fezes em 10ml de água e filtrar em gaze dobrada em quatro.

2. Depositar o material em tubo cônico de centrífuga e centrifugar a 1500 rpm por 2 minutos.

3. Desprezar o sobrenadante e ressuspender novamente em 10 ml de água.

4. Repetir os passos 2 e 3 até que o sobrenadante apresente-se claro.

5. Adicionar 10 ml de sulfato de zinco (ZnSO2) 33 %, densidade 1.180, homogenizar e centrifugar
a 1500 rpm por 2’.

6. Recolher com alça de platina a película superficial, adicionar uma gota da solução de lugol e
observar ao microscópio.

MÉTODO DE RITCHIE

Utilizado na pesquisa de cistos de protozoários.

1. Idêntico ao método de FAUST até o ítem 4.

2. Adicionar cerca de 8 ml de formol a 10%, homogenizar, descansar por 10’ a 20’.

3. Adicionar cerca de 2 ml de éter, agitar vigorosamente e centrifugar a 1500 rpm por 2’.

4. Desprezar o sobrenadante e examinar o depósito ao microscópio adicionando uma gota da
solução de lugol.

MÉTODO DE BAERMANN-MORAES

O método de Baermann baseia-se no Hidrotermotropismo positivo das larvas de Strongyloides
stercoralis. Utilizado na pesquisa e isolamento de larvas de Strongyloides sp. de fezes e de larvas
de nematóides do solo.

MATERIAL NECESSÁRIO




1. Estante para Baermann

2. Tubos de Hemólise
3. Peneira e gaze
4. Lâminas e lamínulas
5. Tubo de látex e pinça de Mohr
6. Funil
7. Água aquecida a 45ºC
Colocar a água aquecida no funil com o tubo de látex vedado pela pinça de Mohr, quantidade
suficiente para tocar a extremidade inferior da peneira contendo as fezes.
Depositar pequena quantidade de fezes sobre a peneira contendo gaze e deixar em repouso por
45 a 60 minutos.
Após este tempo, soltar a pinça de Mohr e deixar que o material escorra para um tubo de hemólise.
Centrifugar o material em baixa rotação e observar o sedimento em objetiva de 10x. Este método é
específico para a pesquisa de larvas de S. stercoralis.

MÉTODO DE KATO - KATZ

Utilizado principalmente na pesquisa de ovos de S. mansoni e outros helmintos.

Utilização do Kit (quantitativo - OPG):

1. Depositar uma pequena quantidade de fezes sobre uma folha de papel higiênico colocando a
tela por cima e pressionando com a paleta.

2. Colocar sobre uma lâmina de vidro a placa de plástico e depositar no centro do orifício as fezes
que ultrapassaram as malhas da tela (40 - 60 mg).

3. Comprimir as fezes no orifício da placa até completá-lo.

4. Sobrepor a lamínula de celofane (embebida em verde malaquita) e inverter a preparação
realizando pressão com o polegar sobre a lâmina até obter uma uniformidade do material.

5. Deixar em repouso por cerca de 60 minutos a temperatura ambiente.

6. Contar todos os ovos encontrados e multiplicar o total por 24, resultando em ovos/grama de
fezes.
MIF SEDIMENTAÇÃO ESPONTÂNEA

1. Misturar o material fecal fixado pelo MIF.

 2. Filtrar a suspensão através de gaze dobrada em 4 e colocar o filtrado em tubo cônico de
sedimentação com capacidade de 125mL.

 3. Adicionar água corrente, se necessário, até completar ¾ do volume do copo cônico . Deixar a
suspensão em repouso durante 1 a 2 horas.

 4. Decantar com cuidado 2/3 do sobrenadante sem perder o sedimento. Ressuspender o
sedimento com água corrente e deixar em repouso por mais uma hora.

 5. Esse procedimento de lavagem pode ser repetido até que o sobrenadante fique relativamente
claro.

6. Colher o sedimento e depositá-lo em uma lâmina, fazendo a observação em microscópio.

MÉTODO DE GRAHAM (Método da fita adesiva)
COLETA PARA PESQUISA DE ENTEROBIUS VERMICULARIS
(TÉCNICA DA FITA ADESIVA OU SWAB PERIANAL NOTURNO)
Utilizado na pesquisa de ovos de E. vermicularis

Técnica
1. Colocar um pedaço de fita adesiva transparente em uma espátula de madeira
tipo abaixador de língua com a parte adesiva voltada para fora
2. Pressionar firmemente a espátula contendo a fita adesiva contra as pregas
anais e perianais
3. Colar a fita adesiva em lâmina devidamente identificada
4. No momento da execução do exame, levantar cuidadosamente a fita da lâmina
e pingar uma gota de toluol ou xileno e pressionar novamente a fita contra a
lâmina. A preparação ficará clara ou levemente corada, tornando os ovos bem
visíveis.
Só analisar o material imediatamente..

Referências bibliográficas:
AMATO NETO, V. & CORRÊA, L.L., 1991. Exame parasitológico das fezes. 5a edição. Sarvier,
    São Paulo, SP. 92p.
CIMERMAN, B. & CIMERMAN, S., 1999. Parasitologia Humana e seus fundamentos gerais.
    Editora Atheneu, Belo Horizonte, MG. 375 p.
DE CARLI, G.A. 2001. Parasitologia Clínica: Seleção de Métodos e Técnicas de Laboratório para o
    Diagnóstico das Parasitoses Humanas. Editora Atheneu, Rio de Janeiro, RJ. 810 p.
FERREIRA, A.W. & ÁVILA, S.L.M., 1996. Diagnóstico laboratorial das principais doenças
    infecciosas e auto-imunes. Editora Guanabara-Koogan, Rio de Janeiro, RJ. 302 p.
NEVES, D.P. et alli, 1998. Parasitologia Humana. 10a edição. Editora Atheneu, Belo Horizonte,
    MG. 524 p.
REY, L., 1991. Parasitologia. 2a edição. Editora Guanabara-Koogan, Rio de Janeiro, RJ. 731 p.
WHO – World Health Organization, 2000. Pranchas para o Diagnóstico de Parasitas Intestinais.
    Livraria Editora Santos, São Paulo, SP. 12 p.
WHO – World Health Organization, 1999. Procedimentos Laboratoriais em Parasitologia Médica.
    Livraria Editora Santos, São Paulo, SP. 114 p.
Quadro comparativo com as principais características dos parasitos mais
                   comuns encontrados em exames de fezes humanas
      Parasito                  Foto                          Características
                                       Protistas
Trofozoíto de                                         12-60 µ, assimétrico, um núcleo
Entamoeba                                            esférico e com cariossoma central.
histolytica


    Trofozoíto de                                     Esférico, 10-20 µ, 4 núcleos com
     Entamoeba                                          cariossoma central e delicada
     histolytica                                     cromatina periférica. Alguns cistos
                                                       podem apresentar cromátides.
Trofozoíto de                                        9-21x5-15 µ, com formato de pêra,
                                                    movies, com inúmeros flagelos, com
Giardia lamblia
                                                    dois núcleos centrais característicos.

      Cisto de                                     Oval, 8-12 µ de comprimento e 7-10 µ
   Giardia lamblia                                 de largura. Dois núcleos, que tendem a
                                                   se posicionar fora do centro da célula.
                                                   Um espaço claro entre a parede celular
                                                   e o citoplasma.
      Cistos de                                    10-35 µ, normalmente esférico,
   Entamoeba coli                                  contém 8 ou mais cistos (nem sempre
                                                   todos são vistos). Cariossoma
                                                   excêntrico, cromatina periférica
                                                   grosseira e irregular. Raramente
                                                   apresentam cromátides.
Helmintos - Nematoda
   Ovos férteis de                     60x45 µ, Arredondado ou ovóide, com
       Ascaris                         uma casca espessa. Coberto com uma
                                       camada espessa e irregular chamada
(Família Ascarididae)
                                       camada mamilonada. Normalmente de
                                       cor marrom.



 Ovo decorticado de                       Perdeu a camada mamilonada. As
       Ascaris                           outras características são as mesmas
                                                    do ovo fértil.
Ovos férteis de      60x45 µ, Arredondado ou ovóide, com
       Ascaris          uma casca espessa. Coberto com uma
                        camada espessa e irregular chamada
(Família Ascarididae)
                        camada mamilonada. Normalmente de
                        cor marrom.



 Ovo decorticado de       Perdeu a camada mamilonada. As
       Ascaris           outras características são as mesmas
                                     do ovo fértil.




   Ovo infértil de      90x40 µ, alongado, casca mais fina e
       Ascaris          material interno formado por uma
                        massa de glóbulos.




      Ovos de           Oval, elipsóide, 60x40 µ. Casca muito
  Ancilostomídeos       fina e transparente. Podem apresentar
                        uma mórula (esq) ou podem estar
      (Família
                        larvados (dir).
  Ancilostomidae)


 Ovos de Enterobius     55x26 µ, Alongado, no formato de um
(Família Oxyuridae)     “D” ao contrário. Casca fina e regular.
                        São normalmente encontrados
                        larvados.




      Ovos de           54-22 µ, alongado, em forma de barril,
 Trichuris trichiura    com opérculo polar.
Helmintos - Plathyhelminthes
  Ovos de Taenia                      Ovos redondos ou sub-esféricos, com diâmetro de
                                      31 to 43 µm, com uma espessa casca radialmente
                                      estriada, normalmente de cor marrom. Dentro de
                                      cada ovo há um embrião (oncosfera) com 6
                                      ganchos.



Ovos de Hymenolepis                    Ovos arredondados ou um pouco ovais, medindo
                                       60 to 80 µm, com uma membrana interna estriada
                                        e uma membrane externa fina, com um grande
                                        espaço entre elas. Possui uma oncosfera com 6
                                                          ganchos.
     Ovos de                            Ovos grandes (114 a 180 µm) com um espinho
Schistosoma mansoni                      lateral proeminente na sua porção final. Sua
                                         extremidade inicial é suavemente encurvada.
                                         Quando maduro contém um miracídio em seu
                                                           interior.
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  • 1. MÉTODOS DE EXAMES PARASITOLÓGICO MÉTODOS PARA DETECÇÃO DE PARASITAS NAS FEZES a) Hoffmann - baseado na sedimentação espontânea das fezes após duas horas. É um método específico para pesquisa de Schistosoma mansoni, porém por mostrar-se altamente eficiente também nas pesquisas de protozoários, este método é amplamente utilizado para a pesquisa dos demais parasitas. b) Baermann & Moraes - Método baseado no Hidrotermotropismo das larvas de Strogilóides stercoralis. c) Direto :O método direto é específico para a pesquisa de trofozoítos nas fezes (forma adulta dos protozoários). d) Kato e Stoll - Métodos para contagem de ovos de Helmintos. e) Willis (flutuação em salina saturada) f) MIF sedimentação g) Teste da fita adesiva (pesquisa de Oxiúrus) São inúmeros os métodos de exames coprológicos descritos na literatura, os quais podem ser qualitativos ou quantitativos, apresentando diferentes sensibilidades na detecção de ovos e larvas de helmintos e cistos de protozoários. Descrevemos a seguir alguns dos métodos e soluções utilizados de rotina em laboratórios para análise. A coleta: Cada amostra deve conter no mínimo as seguintes informações: nome do paciente, número de identificação, nome do médico, data e horário de coleta. O recipiente deve ser limpo e seco, com a boca larga, de capacidade aproximada de 250ml para que possa conter uma amostra significativa e que tenha vedação hermética Fezes obtidas de vaso sanitário não podem ser aproveitadas, porque a água e a urina poderiam destruir as formas trofozoíticas. Fezes excretadas no solo não podem ser aproveitadas, porque larvas de vida livre e outros contaminantes do solo poderiam confundir o diagnóstico (principalmente veterinário). Os recipientes com amostras fecais de pacientes com AIDS devem ser protegidos por um invólucro de plástico e identificados com etiqueta vermelha ou HIV positivo. Os trofozoítos de protozoários morrem e se degeneram fora do corpo humano. O tempo recomendado para amostras líquidas é 30 minutos, enquanto das amostras pastosas é o de uma hora após a evacuação. Fezes formadas podem ser examinadas após um dia.
  • 2. Fixação: Fixador de Schaudinn: Usado na preservação de fezes frescas ou amostras da superfície da mucosa intestinal; Esta solução fixadora é usada para a preparação de esfregaços permanentes corados para demonstração de protozoários intestinais; Solução de Lugol: Lugol 2,0 g Iodeto de Potássio - KI 4,0 g Água destilada Completar para 100 ml Conservantes de fezes: MIF (Mertiolato, Iodo e Formaldeído) Glicerina 5 ml Formaldeído (40%) 25 ml Mertiolato (ou mercurocromo) 0,1% 200 ml Água destilada 200 ml Solução de lugol 43 ml Total 473 ml Solução Mertiolato-Iodo-Formaldeído (MIF) Este método permite obter ao mesmo tempo a preservação e a coloração de quase todos os estágios dos protozoários, de ovos e larvas de helmintos que se encontram nas fezes. Este procedimento também permite o exame direto a fresco do material fecal ou depois de várias semanas, sem a necessidade de outra coloração Vantagens:  Além de fixador, é corante;  Fácil preparo;  Útil em trabalhos de campo;  Adequado para os métodos de concentração Desvantagens:  Inadequado para a preservação da morfologia de trofozoítos de protozoários.  O iodeto interfere com outros métodos de coloração;  O iodeto pode causar distorção em protozoários.
  • 3. SAF (Acetato de Sódio, Ácido Acético e Formaldeído) Acetato de Sódio 15 g Ácido Acético 20 ml Formadeído (40%) 40 ml Água destilada 925 ml Total 1.000 ml MÉTODO DIRETO Utilizado para pesquisa de cistos de protozoários e ovos de helmintos. método pouco sensível e só apresenta resultados positivos em infecções massivas. Procedimento: Adicionar solução de lugol às fezes, preparar a lâmina e observar direto ao microscópio em aumento de 100X e 400X. Específico para a pesquisa de Trofozoítos em fezes frescas. MATERIAL 1. Fezes recém emitidas 2. Lâmina e lamínula de vidro 3. Espátula de madeira 4. Solução de NaCl a 0,85% Aplicar diretamente na lâmina de vidro pequena quantidade de fezes frescas fazendo misturar com algumas gotas de solução salina fisiológica, homogeneizando suavemente. Cobrir com lamínula e observar imediatamente ao microscópio. MÉTODO DE HOFFMAN, PONS & JANER ou HPJ – (Sedimentação espontânea) Utilizado na pesquisa de cistos de protozoários e ovos de helmintos. Método baseado na sedimentação espontânea, específico para a pesquisa de ovos de Schistosoma mansoni, porém é altamente eficiente e amplamente utilizado para a pesquisa de todos os parasitas. MATERIAL NECESSÁRIO 1. Cálice de decantação 2. Peneira 3. Gaze dobrada em 4 4. Água corrente ou destilada 5. Espátula de madeira (tipo abaixador de língua) 6. Lâmina e lamínula Tomar cerca de 4 g de fezes recém emitidas, dissolvê-las no próprio recipiente de coleta (frasco padrão para coleta de amostra) utilizando um pouco de água. Transferir o material dissolvido para um cálice de decantação fazendo filtrar em peneira contendo gaze em 4. Completar até ¾ do volume de água e deixar repousar em superfície firme e livre de vibrações por no mínimo 2 horas.
  • 4. Retirar o sedimento com um canudo ou pipeta Pasteur e transferir para lâmina de vidro adicionando 2 gotas de solução de Lugol e cobrindo com lamínula. Observar ao microscópio em objetiva de 10x. Técnica Prática: 1. Dissolver cerca de 4g de fezes em 10 ml de H2O em frasco pequeno 2. Filtrar em gaze dobrada em quatro, utilizando um cálice de sedimentação 3. Completar o cálice com água e homogeneizar com bastão de vidro. 4. Deixar em repouso de 2 a 24 horas. 5. Com uma pipeta de pasteur, retirar uma amostra do fundo do vértice do cálice. 6. Examinar ao microscópio, adicionando uma gota da solução de lugol. MÉTODO DE WILLIS FLUTUAÇÃO SIMPLES (flutuação em salina saturada) Essa técnica se baseia na propriedade que alguns ovos de helmintos apresentam de flutuarem na superfície de uma solução de densidade elevada e de aderirem ao vidro. Este procedimento é específico para a pesquisa de ovos de Ancilostomídeos. 1. A solução saturada de cloreto de sódio é feita adicionando aproximadamente 40g de NaCl a 100mL de água sob aquecimento até o ponto em que o sal não se dissolva mais na água. A densidade desta solução deve ser de aproximadamente 1,20g/mL. 2. Colocar uma quantidade de fezes coletadas de várias partes do bolo fecal em uma pequena cuba contendo uma parte de solução saturada de cloreto de sódio, dissolver as fezes nesta solução e acrescentar água até a borda. 3. Colocar sob a borda da cuba uma lâmina de vidro quase tocando a solução saturada e deixar de 30 a 45 minutos . Após este tempo, inverter a lâmina rapidamente e observar ao microscópio. Técnica Prática: 1. Dissolver cerca de 5g de fezes em uma solução saturada de NaCl. 2. Filtrar em gaze dobrada em quatro em frasco de Borrel (frasco comum)e completar com a solução saturada de NaCl até formar um menisco convexo na boca do frasco. 3. Colocar uma lâmina por sobre as bordas do frasco para uq efique em contato com o líquido ao menos por 5 minutos. 4. Retirar a lâmina sem escorrer o líquido e examinar ao microscópio.
  • 5. MÉTODO DE FAUST – (Centrífugo-flutuação) Utilizado na pesquisa de cistos de protozoários e ovos de helmintos. 1. Dissolver cerca de 5g de fezes em 10ml de água e filtrar em gaze dobrada em quatro. 2. Depositar o material em tubo cônico de centrífuga e centrifugar a 1500 rpm por 2 minutos. 3. Desprezar o sobrenadante e ressuspender novamente em 10 ml de água. 4. Repetir os passos 2 e 3 até que o sobrenadante apresente-se claro. 5. Adicionar 10 ml de sulfato de zinco (ZnSO2) 33 %, densidade 1.180, homogenizar e centrifugar a 1500 rpm por 2’. 6. Recolher com alça de platina a película superficial, adicionar uma gota da solução de lugol e observar ao microscópio. MÉTODO DE RITCHIE Utilizado na pesquisa de cistos de protozoários. 1. Idêntico ao método de FAUST até o ítem 4. 2. Adicionar cerca de 8 ml de formol a 10%, homogenizar, descansar por 10’ a 20’. 3. Adicionar cerca de 2 ml de éter, agitar vigorosamente e centrifugar a 1500 rpm por 2’. 4. Desprezar o sobrenadante e examinar o depósito ao microscópio adicionando uma gota da solução de lugol. MÉTODO DE BAERMANN-MORAES O método de Baermann baseia-se no Hidrotermotropismo positivo das larvas de Strongyloides stercoralis. Utilizado na pesquisa e isolamento de larvas de Strongyloides sp. de fezes e de larvas de nematóides do solo. MATERIAL NECESSÁRIO 1. Estante para Baermann 2. Tubos de Hemólise 3. Peneira e gaze 4. Lâminas e lamínulas 5. Tubo de látex e pinça de Mohr 6. Funil 7. Água aquecida a 45ºC
  • 6. Colocar a água aquecida no funil com o tubo de látex vedado pela pinça de Mohr, quantidade suficiente para tocar a extremidade inferior da peneira contendo as fezes. Depositar pequena quantidade de fezes sobre a peneira contendo gaze e deixar em repouso por 45 a 60 minutos. Após este tempo, soltar a pinça de Mohr e deixar que o material escorra para um tubo de hemólise. Centrifugar o material em baixa rotação e observar o sedimento em objetiva de 10x. Este método é específico para a pesquisa de larvas de S. stercoralis. MÉTODO DE KATO - KATZ Utilizado principalmente na pesquisa de ovos de S. mansoni e outros helmintos. Utilização do Kit (quantitativo - OPG): 1. Depositar uma pequena quantidade de fezes sobre uma folha de papel higiênico colocando a tela por cima e pressionando com a paleta. 2. Colocar sobre uma lâmina de vidro a placa de plástico e depositar no centro do orifício as fezes que ultrapassaram as malhas da tela (40 - 60 mg). 3. Comprimir as fezes no orifício da placa até completá-lo. 4. Sobrepor a lamínula de celofane (embebida em verde malaquita) e inverter a preparação realizando pressão com o polegar sobre a lâmina até obter uma uniformidade do material. 5. Deixar em repouso por cerca de 60 minutos a temperatura ambiente. 6. Contar todos os ovos encontrados e multiplicar o total por 24, resultando em ovos/grama de fezes.
  • 7. MIF SEDIMENTAÇÃO ESPONTÂNEA 1. Misturar o material fecal fixado pelo MIF. 2. Filtrar a suspensão através de gaze dobrada em 4 e colocar o filtrado em tubo cônico de sedimentação com capacidade de 125mL. 3. Adicionar água corrente, se necessário, até completar ¾ do volume do copo cônico . Deixar a suspensão em repouso durante 1 a 2 horas. 4. Decantar com cuidado 2/3 do sobrenadante sem perder o sedimento. Ressuspender o sedimento com água corrente e deixar em repouso por mais uma hora. 5. Esse procedimento de lavagem pode ser repetido até que o sobrenadante fique relativamente claro. 6. Colher o sedimento e depositá-lo em uma lâmina, fazendo a observação em microscópio. MÉTODO DE GRAHAM (Método da fita adesiva) COLETA PARA PESQUISA DE ENTEROBIUS VERMICULARIS (TÉCNICA DA FITA ADESIVA OU SWAB PERIANAL NOTURNO) Utilizado na pesquisa de ovos de E. vermicularis Técnica 1. Colocar um pedaço de fita adesiva transparente em uma espátula de madeira tipo abaixador de língua com a parte adesiva voltada para fora 2. Pressionar firmemente a espátula contendo a fita adesiva contra as pregas anais e perianais 3. Colar a fita adesiva em lâmina devidamente identificada 4. No momento da execução do exame, levantar cuidadosamente a fita da lâmina e pingar uma gota de toluol ou xileno e pressionar novamente a fita contra a lâmina. A preparação ficará clara ou levemente corada, tornando os ovos bem visíveis. Só analisar o material imediatamente.. Referências bibliográficas: AMATO NETO, V. & CORRÊA, L.L., 1991. Exame parasitológico das fezes. 5a edição. Sarvier, São Paulo, SP. 92p. CIMERMAN, B. & CIMERMAN, S., 1999. Parasitologia Humana e seus fundamentos gerais. Editora Atheneu, Belo Horizonte, MG. 375 p. DE CARLI, G.A. 2001. Parasitologia Clínica: Seleção de Métodos e Técnicas de Laboratório para o Diagnóstico das Parasitoses Humanas. Editora Atheneu, Rio de Janeiro, RJ. 810 p. FERREIRA, A.W. & ÁVILA, S.L.M., 1996. Diagnóstico laboratorial das principais doenças infecciosas e auto-imunes. Editora Guanabara-Koogan, Rio de Janeiro, RJ. 302 p. NEVES, D.P. et alli, 1998. Parasitologia Humana. 10a edição. Editora Atheneu, Belo Horizonte, MG. 524 p. REY, L., 1991. Parasitologia. 2a edição. Editora Guanabara-Koogan, Rio de Janeiro, RJ. 731 p. WHO – World Health Organization, 2000. Pranchas para o Diagnóstico de Parasitas Intestinais. Livraria Editora Santos, São Paulo, SP. 12 p. WHO – World Health Organization, 1999. Procedimentos Laboratoriais em Parasitologia Médica. Livraria Editora Santos, São Paulo, SP. 114 p.
  • 8. Quadro comparativo com as principais características dos parasitos mais comuns encontrados em exames de fezes humanas Parasito Foto Características Protistas Trofozoíto de 12-60 µ, assimétrico, um núcleo Entamoeba esférico e com cariossoma central. histolytica Trofozoíto de Esférico, 10-20 µ, 4 núcleos com Entamoeba cariossoma central e delicada histolytica cromatina periférica. Alguns cistos podem apresentar cromátides. Trofozoíto de 9-21x5-15 µ, com formato de pêra, movies, com inúmeros flagelos, com Giardia lamblia dois núcleos centrais característicos. Cisto de Oval, 8-12 µ de comprimento e 7-10 µ Giardia lamblia de largura. Dois núcleos, que tendem a se posicionar fora do centro da célula. Um espaço claro entre a parede celular e o citoplasma. Cistos de 10-35 µ, normalmente esférico, Entamoeba coli contém 8 ou mais cistos (nem sempre todos são vistos). Cariossoma excêntrico, cromatina periférica grosseira e irregular. Raramente apresentam cromátides.
  • 9. Helmintos - Nematoda Ovos férteis de 60x45 µ, Arredondado ou ovóide, com Ascaris uma casca espessa. Coberto com uma camada espessa e irregular chamada (Família Ascarididae) camada mamilonada. Normalmente de cor marrom. Ovo decorticado de Perdeu a camada mamilonada. As Ascaris outras características são as mesmas do ovo fértil.
  • 10. Ovos férteis de 60x45 µ, Arredondado ou ovóide, com Ascaris uma casca espessa. Coberto com uma camada espessa e irregular chamada (Família Ascarididae) camada mamilonada. Normalmente de cor marrom. Ovo decorticado de Perdeu a camada mamilonada. As Ascaris outras características são as mesmas do ovo fértil. Ovo infértil de 90x40 µ, alongado, casca mais fina e Ascaris material interno formado por uma massa de glóbulos. Ovos de Oval, elipsóide, 60x40 µ. Casca muito Ancilostomídeos fina e transparente. Podem apresentar uma mórula (esq) ou podem estar (Família larvados (dir). Ancilostomidae) Ovos de Enterobius 55x26 µ, Alongado, no formato de um (Família Oxyuridae) “D” ao contrário. Casca fina e regular. São normalmente encontrados larvados. Ovos de 54-22 µ, alongado, em forma de barril, Trichuris trichiura com opérculo polar.
  • 11. Helmintos - Plathyhelminthes Ovos de Taenia Ovos redondos ou sub-esféricos, com diâmetro de 31 to 43 µm, com uma espessa casca radialmente estriada, normalmente de cor marrom. Dentro de cada ovo há um embrião (oncosfera) com 6 ganchos. Ovos de Hymenolepis Ovos arredondados ou um pouco ovais, medindo 60 to 80 µm, com uma membrana interna estriada e uma membrane externa fina, com um grande espaço entre elas. Possui uma oncosfera com 6 ganchos. Ovos de Ovos grandes (114 a 180 µm) com um espinho Schistosoma mansoni lateral proeminente na sua porção final. Sua extremidade inicial é suavemente encurvada. Quando maduro contém um miracídio em seu interior.