Este relatório descreve as atividades realizadas ao longo de um semestre no curso de Mestrado em Pedagogia do Elearning. Foram cinco temas abordados com várias tarefas individuais e de grupo, incluindo discussões em fóruns e a criação de um portfólio digital. O aluno conclui que a avaliação em contextos de elearning é um processo complexo e dinâmico que deve envolver os alunos e fornecer feedback contínuo para apoiar a aprendizagem.
1. Mestrado em Pedagogia do Elearning, 7ª Edição
UC12090 – Avaliação em Contextos de Elearning
Trabalho Final
Relatório Individual
Professor responsável: Doutora Lúcia Amante
Aluno: Nelson Gonçalves Miguel Soares | Nº 1104429
20 de julho de 2014
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1. O processo de trabalho subjacente à realização de cada uma das
atividades:
No âmbito da U.C. 12090 – Avaliação em Contextos de Elearning, sob a
responsabilidade da docente Doutora Lúcia Amante, foram-nos propostas realizar
um conjunto de atividades distribuídas por cinco temas, sendo que este é o trabalho
final, ou seja, o relatório com reflexão pessoal – um “diário de bordo” daquilo que
aconteceu ao longo do semestre.
O tema zero incidiu sobre a “Avaliação: significados, funções e conceitos”. Este
decorreu entre os dias 17 e 21 de março de 2014, cuja tarefa consistiu em identificar
e discutir o significado e ideias associadas ao conceito de avaliação, num wiki criado
para o efeito. As palavras escolhidas foram: “metodologia” e “compreensão”, dado a
relevância de cada aluno poder entender a “metodologia” adjacente ao processo de
avaliativo, desde o processo às etapas, bem como perceber e “compreender”
naquilo em que será avaliado e as competências que irá adquirir durante um
determinado período de tempo. A minha participação no fórum focou-se na
referenciação de Jorge Pinto (2006) sobre a importância da avaliação formativa no
atual contexto educativo.
O tema um denominado “Avaliação pedagógica: atuais perspetivas”,
compreendeu a realização de uma atividade individual, entre os dias 24 de março a
15 de abril de 2014, a partir da leitura de um texto disponibilizado de Jorge Pinto
(n.d.), com destaque para duas ideias fortes, com fundamentação. A escolha recaiu
nas situações pedagógicas e no contexto institucional. A dificuldade sentida foi em
termos da seleção das duas ideias, visto que este texto é muito rico. Em termos das
situações pedagógicas, poder-se-á enunciar que estas são imprescindíveis para
qualquer processo de avaliação, tal como foi referenciado no trabalho apresentado
no fórum e publicado no meu blogue. Quanto ao contexto institucional foi realmente
uma descoberta, porque desconhecia esta abordagem, pelo que foi possível
aprender novos conceitos, novos contextos e possibilidades. Participei no fórum da
Atividade nº1.
O tema dois designado por “Avaliação Pedagógica Digital em Contextos de
Elearning” consistiu em realizar um trabalho de grupo sobre a temática proposta,
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mediante a leitura de três textos, escolhidos a partir dos recursos de aprendizagem
disponibilizados. Esta atividade decorreu entre 22 de abril a 16 de maio de 2014.
Este trabalho de grupo foi realizado conjuntamente com os colegas: Ana Freire,
Carlos Santos e Diana Morais. Constituímos o grupo nº2, onde escolhemos os
seguintes textos: “A Cultura de Avaliação: que dimensões?”; “Quality in Online
Delivery: what does it mean for assessment in E-learning Environments?”; e
“Avaliação de Cursos Online: algumas perspetivas”. A escolha justificou-se no
interesse manifestado por todos os elementos do grupo de trabalho em
desenvolverem estas ideias.
Durante a Atividade nº2, esteve aberto o fórum de discussão, onde fiz algumas
intervenções, nomeadamente sobre a avaliação formativa. Em relação a este
assunto acrescentei que este tipo de avaliação é essencial para garantir o sucesso
das aprendizagens dos alunos. Esta está centrada nos alunos. Apontei ainda o
desempenho emocional, em concordância com outros colegas, como fundamental
para o sucesso dessas mesmas aprendizagens.
A participação online é necessária para se analisar e registar o percurso dos alunos,
de forma a possibilitar e verificar a sua evolução, na sala de aula virtual. Houve
menção a Pereira, Oliveira & Tinoca (2010) ao ser referido que a avaliação tem
vindo a mudar e que o tutor online deverá pensar de maneira distinta, ajustando as
avaliações às necessidades dos seus alunos.
O tema três designado “Instrumentos de Avaliação Pedagógica em Contextos
de Elearning” decorreu entre os dias 19 de maio a 9 de junho de 2014. Foi
realizado um trabalho colaborativo, com a análise de um instrumento de avaliação. O
grupo de trabalho nº4 escolheu os mapas conceptuais por se tratar de um
instrumento que facilita a sistematização do conhecimento. Pessoalmente, poucas
vezes tive oportunidade em criar este género de mapas, pelo que foi uma agradável
descoberta. Quanto aos elementos que constituíram este grupo, para além de mim,
foram: Ana Freire, Diana Morais e Rossana Marinho.
Ao longo deste período de tempo também participei na organização, estruturação e
conceção do respetivo trabalho e ainda no fórum de apoio a esta Atividade nº3.
Contribui com feedback dentro do meu grupo, mapas conceptuais, e nos restantes
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grupos, em termos dos trabalhos apresentados: fóruns, e-portefólios e wikis. No
geral, os trabalhos foram muito bem conseguidos e os resultados alcançados, tal
como tive oportunidade de expressar a todos.
O tema quatro intitulado “Delinear a Avaliação Pedagógica num Contexto
Online”, decorreu no período compreendido entre 11 de junho a 15 de julho de
2014. Foi elaborado um trabalho de grupo que possibilitou, a partir da leitura
obrigatória de Pereira et al. (2010) e Porto (2005) formular um plano de avaliação,
com descrição detalhada das atividades e procedimentos de avaliação
programadas, e a respetiva fundamentação teórica da proposta do plano de
avaliação apresentado.
O grupo de trabalho foi o nº2 composto, para além de mim, pelos seguintes
elementos: Ana Freire, Ana Vasconcelos, Diana Morais e Rossana Marinho.
O plano de avaliação apresentado, com as respetivas atividades e procedimentos de
avaliação discriminadas, teve por base o desenho de aprendizagem online –
“2ndlifead – Second Life”, desenvolvido por mim e pela colega Diana Morais, no
âmbito das U.C.s 12030 Processos Pedagógicos em Elearning e 12093 Ambientes
Virtuais de Aprendizagem, com o consenso dos restantes elementos que integraram
este grupo nº2.
Tratou-se de um plano de avaliação muito estimulante, onde foi possível apresentar
as diversas atividades online, planificadas no curso desenhado para as U.C.s
consideradas antes, tendo em conta diferentes critérios de avaliação para as
mesmas.
Paralelamente, optei por abrir uma discussão no fórum de apoio a esta Atividade 4,
cuja temática foi “Troca de ideias sobre a avaliação online…”, onde apresentei
algumas teorias e citações de alguns autores, com foco em Porto (2005) sobre os
princípios de boa prática na avaliação da aprendizagem, entre outros aspetos.
Participei também noutros fóruns em simultâneo, sobre os trabalhos realizados.
2. O produto final:
Ao longo deste segundo semestre, referente à frequência no Mestrado em
Pedagogia do Elearning, 7ª Edição, no âmbito desta Unidade Curricular foi
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desenvolvido no blogue criado para o efeito do MPEL7, a página da U.C. “Avaliação
em Contextos de Elearning”, denominada por “ACE”. O link de acesso direto é
http://nelsonsoaresmpel7.blogspot.pt/p/ae.html .
A página indicada compreende um adequado e-portefólio, com a compilação de
todos os trabalhos individuais e de grupo realizados, devidamente indicados,
apresentados através de práticos artefactos digitais.
Foram escolhidos todos os trabalhos elaborados na U.C. para mostrar a evolução do
conhecimento obtido sobre esta área tão importante que é a avaliação e, mais
propriamente, em contextos de elearning.
3. A avaliação em contextos de elearning /conclusões:
Muitos foram os artigos e outros documentos estudados sobre a avaliação em
contextos de elearning. Porto (2005) refere que “a avaliação da aprendizagem do
aluno no ambiente on-line” (p.141) é um tema fundamental na atualidade. Este
assunto foi explorado, mediante as leituras obrigatórias realizadas e dos trabalhos
de grupo efetuados.
Para Porto (2005) é essencial “aprofundarmos a conexão entre avaliação e o
processo de aprendizado” (p.142). A avaliação é pois um processo complexo. Poder-
se-á depreender que a partir deste pressuposto, o tutor online deverá
responsabilizar o aluno pela sua avaliação. “Aprender é complexo” (Porto Stella,
2005). Tendo em consideração o autor anterior, “a avaliação é mais efectiva quando
reflecte um entendimento do processo de aprendizagem como sendo
multidimensional” (p.143).
Ao estudar a avaliação em contextos de elearning, verifiquei a importância em
estabelecer objetivos e metas. Contudo, é importante reter-se que a avaliação
deverá compreender resultados. Deste modo, no final de um período de tempo, o
aluno poderá compreender se atingiu ou não os resultados a que se comprometeu,
que foram previamente indicados num contrato de aprendizagem.
“A aprendizagem sobre a própria tecnologia é imperativa no ambiente on-line, e
deve ser considerado como parte do processo de avaliação” (Porto, 2005). A
utilização da avaliação com relação na própria tecnologia é necessária. No momento
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do desenho da aprendizagem online, as atividades de avaliação devem estar bem
planificadas, para serem realizadas, utilizando diversos recursos online. Para além
deste ponto exposto anteriormente, existe o interesse em clarificar os critérios de
avaliação, sendo que estes são relevantes para garantir a objetividade de todo este
processo.
Em termos de “avaliação formativa é fundamental reconhecer o papel importante dos
outros, na construção pessoal do conhecimento” (Vigotsky, 1985; citado por Santos
& Pinto, 2006, p.114). Apresenta-se a avaliação formativa, hoje em dia, como uma
componente do processo de avaliação em contextos de elearning muito interessante
e útil, na medida em que compreende um conjunto de instrumentos de avaliação,
que são mais facilmente utilizados numa sala de aula virtual. “A avaliação formativa
é (…) um processo global” (Santos & Pinto, 2006, p.115).
“Os recursos da Internet funcionam como ferramentas importantes no processo de
avaliação” (Porto Stella, 2005, p.160). Poder-se-á concluir, através das ideias de
Pereira, Tinoca & Oliveira (2009), que foi possível analisar o atual contexto
“promovido pela nova cultura de aprendizagem, sustentada pela expansão do uso
das novas tecnologias e reforçado pelo processo de Bolonha”.
A avaliação em contextos de elearning é um processo dinâmico, que deverá ser
desenhado com rigor pelo tutor online, aquando da conceção de um curso em
ensino à distância (EaD) a formular. Trata-se de envolver o aluno no centro da
aprendizagem, considerando que avaliar é um ato relevante. Por outro lado, o
feedback realizado pelos professores é muito gratificante, para que os alunos
possam entender a sua evolução e saber se obtiveram os resultados propostos,
através de competências. Neste sentido, a participação dos alunos é uma mais-valia,
na medida em que os professores podem acompanhar o processo contínuo de
aprendizagem dos seus alunos, através da avaliação, e por conseguinte na
validação de competências.
Em suma, a presente U.C. permitiu-me sistematizar um conjunto de ideias, que
poderão ser concebidas futuramente, no que concerne à avaliação, desde a escolha
dos instrumentos de avaliação a utilizar, aos critérios de avaliação que podem ser
implementados. A avaliação em contextos de elearning emerge na atualidade, sendo
uma área da educação bem complexa e interessante.
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