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Cadeia produtiva do caju: 
diagnóstico e reflexões 
para o desenvolvimento 
Pedúnculo 
90 % 
Fruto 
10% 
Lucas Antonio de Sousa Leite 
João Ribeiro Crisóstomo 
Pedro Felizardo A. de Paula Pessoa 
Vitor Hugo de Oliveira 
Francisco Fábio de Assis Paiva 
AGROPACTO 
Fortaleza, 17 de julho de 2007.
Antecedentes 
Diagnóstico 
Tecnologias atuais e em desenvolvimento 
Desafios 
Propostas 
Visão de futuro 
Conteúdo
Antecedentes 
• Origem: Nordeste do Brasil 
• 1500’s registro de guerras entre aldeias pelo domínio das áreas 
de cajueiro 
• Navios negreiros levaram o caju para GOA (disseminou Índia e 
África) 
• 1905 – primeira exportação de ACC para Londres e Paris. 
• 1920 – regularização do fluxo (pós I GM e domínio tecnologia 
CO2) 
• 1939 – Índia exportou 13 mil toneladas de ACC 
• Entrada do Brasil: 1940 com exportação de LCC (II GM) 
• Exportação de ACC pelo Brasil – pós 1960 (CIONE, CIPA...) 
• Matriz energética do petróleo restringiu uso LCC 
• 1983 – crise da URSS – acirramento mercado EUA (Índia x 
Brasil) 
• 1990’s – entrada do Vietnam no mercado de exportação de ACC
Antecedentes/Índia 
• Atividade controlada pelo Estado com foco em mão-de-obra 
intensiva / baixos salários, com metade do suprimento de matéria-prima 
oriunda de compras junto a países africanos. 
• Estado como fomentador (reflorestamento, aproveitamento de 
áreas marginais, compras governamentais, promoção de 
exportações) 
• Planos quinquenais com metas superdimensionadas 
• Política de domínio da produção de outros países (Procurement 
price) 
• Estrutura de acabamento centralizada x manufatura descentralizada 
• Exportava para URSS até 1982 
• Acirra disputa mercado EUA a partir de 1983
Antecedentes/Vietnã 
• Atividade controlada pelo Estado com foco em mão-de-obra 
intensiva / baixos salários. 
• Posicionamento no pós-guerra: exportador de 
commodities 
• Até década de 1980 não produzia caju 
• Década de 1990: produção tecnificada – avanço para 2º 
produtor mundial 
• Ação coordenada e bancada pelo Estado 
• Fábricas com uso intensivo de mão-de-obra
Antecedentes/Brasil 
• Base agrícola em grande parte extrativista 
• Plantios incentivados (SUDENE, IBDF, Campanhas 
Estaduais) 
• Fábricas incentivadas (SUDENE) – castanha e 
pedúnculo 
• Exportava comodamente para os EUA até 1982 
• Mercado acirrado a partir de 1983
Produção mundial de castanha e amêndoas de caju - 2006 
Origem 
SUL 
Setembro/Janeiro 
Exportação 
(mil caixas) 
Consumo 
Doméstico 
(mil caixas) 
Produção 
(mil caixas) 
Importação / 
Exportação 
(mil toneladas) 
Produção 
(mil 
toneladas) 
Brasil 295 0 2.950 (350) 2.600 
África (Leste) 152 (97) 550 (15) 535 
Indonésia + 115 (103) 120 0 120 
Camboja, Tailândia 
NORTE 
Fevereiro/Junho 
India 320 555 8.750 (4.000) 4.750 
Vietnã 280 100 3,800 (40) 3.760 
África (Oeste) 476 (455) 210 (15) 195 
TOTAL 1.638 0 16.380 (4.420) 11.960 
Fonte: The Cracker, jan. 2007
É uma das mais populares nozes na 
categoria snack, mas… 
Vendas de nozes snack nos EUA
…a sua taxa de crescimento está 
negativa desde outubro de 2005 
Crescimento da categoria Snack: ACC X Almonds (fev. 2005 – abr. 2006) 
Fonte: AC Nielsen
A América do Norte continua a ser 
o principal consumidor… 
Consumo mundial 
Fonte: Trade 
Ásia e outros 
Europa 21% 
29% 
América do Norte 
50%
Insumos Produtores 
Indústria 
do 
pedúnculo 
Mercado local e 
nacional 
Caju in natura Mercado local e 
Indústria 
da 
castanha 
nacional 
Mercado de 
exportação 
CADEIA PRODUTIVA DO CAJU 
Ambiente institucional e organizacional (crédito, pesquisa, ATER, câmbio, 
comercialização, exigências sanitárias, demais normas e regulamentos)
T 
Insumos Produtores 
Indústria 
do 
pedúnculo 
Mercado local e 
nacional 
Caju in natura Mercado local e 
Indústria 
da 
castanha 
nacional 
Mercado de 
exportação 
CADEIA PRODUTIVA DO CAJU: 
destaque para as transações entre os agentes produtivos 
T 
Ambiente institucional e organizacional (crédito, pesquisa, ATER, câmbio, 
comercialização, exigências sanitárias, demais normas e regulamentos)
Diagnóstico 
Círculo VICIOSO do agronegócio castanha de caju 
Pequeno produtor 
Isolado, não tecnificado 
Baixo nível tecnológico 
Venda por meio 
de atravessadores 
Preços baixos 
Baixa qualidade Mat. Prima 
Indústria recebe preços 
deprimidos o que limita repasse 
de preços para o produtor 
Limitação do rendimento 
industrial e afeta a qualidade 
1 
4 
2 3 
RESULTADO: 
Produtor não cobre custos de produção – não cuida da cultura - 
Exploração extrativista – Gera passivo ambiental, social e econômico.
Gargalos atuais da cadeia 
Diagnóstico 
•Concorrência, depreciação da ACC e problemas cambiais 
•Desperdício do pedúnculo (cajueiro gigante x alternativas de usos) 
•Preço elevado das mudas enxertadas (insumo básico) 
•Produtor: baixa produtividade e rentabilidade 
•Desarticulação da cadeia produtiva (atravessadores, qualidade)
Antecedentes 
Caju – cultura estratégica 
• Produz na entressafra das demais culturas (set – dez) 
• Oferta postos de trabalho na fase mais crítica da 
agricultura 
• Gera empregos industriais (suco, doces, castanha 
• Safra flutua menos que as demais culturas (feijão, 
milho...) 
• Recordista na pauta de exportação do Ceará 
Jan. Dez.
Tecnologias atuais e em 
desenvolvimento
Tecnologias atuais e em desenvolvimento
Zoneamento pedoclimático
Tecnologias atuais e em desenvolvimento 
• Produção de mudas 
• Substituição de copa 
• Irrigação 
• Controle fitossanitário
Tecnologias atuais e em desenvolvimento 
Tecnologia Pós-colheita 
Armazenamento: 4 dias 
Tecnologia Pós-colheita: 
21 dias (temperatura e AM)
Tecnologias atuais e em desenvolvimento 
Belo Horizonte, São Paulo, Campinas e Curitiba
Máquina de decorticação automática 
de castanha de caju 
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Desenvolvimento do sistema de 
alimentação semi-automático 
Parceiros: 
Tecnologias atuais e em desenvolvimento
Tecnologias atuais e em desenvolvimento 
Pasta de 
Amêndoa de Caju 
LCC
Alternativas a partir do pedúnculo 
PEDÚNCULO 
SSUUCCOO I NINTTEEGGRRAALL 
CAJUÍNA 
CLARIFICADO 
CONCENTRADO 
NNÉÉCCTTAARR/S/S. .P PRROONNTTOOSS 
SSOORRVVEETTEESS 
SSUUCCOOSS 
MMOOUUSSSSEE 
DOCES E 
COMPOTAS 
CAJU AMEIXA 
PRODUTOS DE 
CULINÁRIA 
FRUTO P/ CONSUMO 
IN NATURA 
RRAAÇÇÃÃOO 
FIBRAS DIETÉTICAS 
BLENDS 
BARRAS DE 
CEREAIS 
FFEERRMMEENNTTAADDOOSS 
BBAAGGAAÇÇOO 
CORANTE 
NATURAL 
PPOOLLPPAA 
REFRIGERANTES 
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(m/z) 
303 
146 
Identificação dos compostos fenólicos 
HO O 
OH 
OH 
OH 
OH O
Análise T-I 
Pesquisas em andamento
Hydrophilic antioxidant capacity of tropical fruits and 
products Activity Against Peroxyl Radicals (ROO•) 
Sample ORACb (μmol TE/g) 
Acerola PC 415.4 ± 40.6 
Acerola roxinha 354.3 ± 121.3 
Acerola 461.0 ± 138.9 
industria 
Acerola polpa 266.7 ± 108.6 
Acerola residuo 378.0 ± 77.5 
Acerola 492.6 ± 59.5 
clarificado 
Jambolao 215.4 ± 29.4 
Guajiru 197.0 ± 24.4 
Jussara 452.6 ± 166.0 
Puca 218.6 ± 67.2 
Caju 189 246.9 ± 25.5 
Caju 76 235.7 ± 40.3 
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ORAC 
TEAC (ABTS) 
FRAP 
DPPH 
beta-caroteno/ác. linoléico 
Pesquisas em andamento
Tecnologias atuais e em desenvolvimento 
Marcadores do processamento e qualidade 
Voláteis - aroma 
-60 -50 -40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 50 
Permeate 
Retentate 
Peak Compound 
1 ethyl acetate 
3 ethyl propanoate 
6 methyl butyrate 
13 methyl isovalerate 
15 ethyl butyrate 
17 ethyl 2-methyl-butyrate 
19 ethyl isovalerate 
20 hexanal 
25 isoamyl acetate 
28 methyl 3-methyl valerate 
29 ethyl N-valerate 
33 ethyl-E-2-butenoate 
34 ethyl 3-methyl valerate 
39 3-methyl-1-butanol 
40 E-2-hexenal 
41 ethyl hexanoate 
42 ethyl 2-methyl-2-butenoate 
47 ethyl E-3-hexenoate 
50 cis-3-hexenol 
51 2-butoxy-ethanol 
52 ethyl octanoate 
53 acetic acid 
55 benzaldehyde 
64 2-methyl butanoic acid 
Description* Group* 
solvent 4 
sweet 3 
sweet, fruity 3 
cashew, sweet 1 
cashew, sweet 1 
cashew, sweet 1 
cashew, sweet 1 
green 3 
plastic, solvent 4 
cashew, sweet 2 
green, floral 3 
cashew, sweet 1 
cashew 2 
smokey, overripe 4 
bug, nutty 4 
cashew, sweet 2 
cashew, sweet 2 
green 3 
green 3 
cashew 2 
fruity 3 
fermented 4 
green, fruity 3 
sweaty, stinky 4 
* Description and impact as assessed by Garruti et al (2001) for cashew apple 
juice. 
Group 1: Positive and high impact, perceived as cashew-like aroma 
Group 2: Positive and low to medium impact, perceived as cashew-like aroma 
Group 3: Positive impact, perceived as sweet, fruity, floral and green 
Group 4: Negative impact, perceived as unpleasant, stinky
Classificação de amostras e certificação de origem 
Projection of the cases on the factor-plane ( 1 x 2) 
Factor 2: 22,08% Projection of the variables on the factor-plane ( 1 x 2) 
9 10 
1 
11 
non reducing sugars 
a b L 
2 
2 
2 
3 
3 
3 
4 4 
4 
5 
5 
5 
6 
6 
6 
7 
7 
7 
8 8 8 
9 9 
1010 
total sugars 
vitamin C 
1,0 
0,5 
0,0 
-0,5 
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 
Factor 1: 31,18% 
7 
6 
5 
4 
3 
2 
1 
0 
-1 
-2 
-3 
-4 
-5 
-6 
Acidity 
pH 
brix 
abs 280 
abs 420 
reducing sugars 
-1,0 -0,5 0,0 0,5 1,0 
Factor 1 : 31,18% 
-1,0 
Factor 2 : 22,08% 
Tecnologias atuais e em desenvolvimento
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Manga, Amêndoas de Castanha de Caju, 
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Irradiação Gama 
Tecnologias atuais e em desenvolvimento
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Extração Microfiltração 
Permeado 
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Misturas de sucos
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matérias-primas agroindustriais 
Empresa de base tecnológica 
incubada (PROETA) 
Tecnologias atuais e em desenvolvimento
Transformar essas alternativas em negócio 
(sustentabilidade). 
FAEC / SENAR 
SEBRAE 
SDA / EMATER /CENTEC 
NUTEC + OUTROS PARCEIROS 
Desafio
A exploração do mercado de amêndoas não pode 
responder pelo negócio como um todo (sustentabilidade). 
Eixos básicos: 
- Diversificar a produção (consórcio e associação com 
outras culturas: mandioca, oleaginosas, leguminosas. 
Associação com pecuária – grandes e pequenos animais) 
- Aproveitamento integral do cajueiro (castanha, 
pedúnculo, outros)
Superação do atraso requer medidas de oferta e de demanda 
No passado: 
-Foco em incentivos fiscais, distribuição de mudas, plantio por castanha 
-Resultado: cresceu a produção mas não a produtividade e a rentabilidade 
Presente / futuro: governança da oferta e da demanda concomitantemente 
1-Organizar a demanda: 
•Produção de mudas (planejamento e redução de preço e custos) 
•Desenvolvimento de insumos e novos produtos (agregação de valor) 
•Marketing e ampliação do consumo 
2-Orientar a oferta: 
•Produção de mudas 
•Diversificação da produção 
•Aproveitamento integral do cajueiro 
•Articular políticas públicas (preços, crédito, ATER, pesquisa, gestão...)
Propostas 
1. Promover a diversificação da produção (caju + consórcio + pecuária) 
2. Organizar demanda de mudas enxertadas (viveiristas) 
3. Promover o aproveitamento integral do cajueiro: castanha, pedúnculo, goma e 
lenha. 
4. Promover a ampliação e qualidade do consumo: 
-Marketing ACC (internacional): SINDICAJU 
-Produtos tradicionais e novos no mercado interno (cajuina, barra de cereal, 
xarope, suco funcional, compota clarificada...) 
-Retirar amêndoas impróprias ao consumo do mercado turístico local 
-Consolidar imagem e identidade do produto 
5. Fomentar processamento do caju e de outras frutas para viabilizar matéria-prima 
(insumo/ingredientes) para ampliação de usos (culinária) 
6. Desenvolver novos produtos para agregação de valor: encapsulamento, 
pigmento, aroma, suco desodorizado, fibra dietética 
7. Articular a oferta de serviços públicos: 
-Infra-estrutura de apoio à classificação da castanha 
-Infra-estrutura de apoio ao processamento do pedúnculo / outras frutas 
-Compras governamentais: CONAB e merenda escolar 
-ATER, crédito, pesquisa, vigilância sanitária, adequação fiscal ...
O Estado do Ceará será a referência mundial do caju. A 
exploração do cajueiro será realizada de forma moderna e 
competitiva, suplantando o atraso pela exploração extrativista, 
possibilitando o aproveitamento integral do caju (amêndoas de 
superior qualidade, derivados do pedúnculo e do LCC com 
valor agregado, modelos agrícolas diversificados e auto-sustentados 
com atividades complementares), viabilizando 
lucratividade para todos os agentes envolvidos na sua cadeia 
produtiva, potencializando a geração de empregos, renda, 
impostos, o turismo e divisas para o Estado e para o País. 
Visão
Agradeço a atenção 
dispensada! 
www.cnpat.embrapa.br 
lucas@cnpat.embrapa.br 
chgeral@cnpat.embrapa.br 
Fone: (85) 3299.1957

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Cadeia produtiva do caju: tecnologias e desafios

  • 1. Cadeia produtiva do caju: diagnóstico e reflexões para o desenvolvimento Pedúnculo 90 % Fruto 10% Lucas Antonio de Sousa Leite João Ribeiro Crisóstomo Pedro Felizardo A. de Paula Pessoa Vitor Hugo de Oliveira Francisco Fábio de Assis Paiva AGROPACTO Fortaleza, 17 de julho de 2007.
  • 2. Antecedentes Diagnóstico Tecnologias atuais e em desenvolvimento Desafios Propostas Visão de futuro Conteúdo
  • 3. Antecedentes • Origem: Nordeste do Brasil • 1500’s registro de guerras entre aldeias pelo domínio das áreas de cajueiro • Navios negreiros levaram o caju para GOA (disseminou Índia e África) • 1905 – primeira exportação de ACC para Londres e Paris. • 1920 – regularização do fluxo (pós I GM e domínio tecnologia CO2) • 1939 – Índia exportou 13 mil toneladas de ACC • Entrada do Brasil: 1940 com exportação de LCC (II GM) • Exportação de ACC pelo Brasil – pós 1960 (CIONE, CIPA...) • Matriz energética do petróleo restringiu uso LCC • 1983 – crise da URSS – acirramento mercado EUA (Índia x Brasil) • 1990’s – entrada do Vietnam no mercado de exportação de ACC
  • 4. Antecedentes/Índia • Atividade controlada pelo Estado com foco em mão-de-obra intensiva / baixos salários, com metade do suprimento de matéria-prima oriunda de compras junto a países africanos. • Estado como fomentador (reflorestamento, aproveitamento de áreas marginais, compras governamentais, promoção de exportações) • Planos quinquenais com metas superdimensionadas • Política de domínio da produção de outros países (Procurement price) • Estrutura de acabamento centralizada x manufatura descentralizada • Exportava para URSS até 1982 • Acirra disputa mercado EUA a partir de 1983
  • 5. Antecedentes/Vietnã • Atividade controlada pelo Estado com foco em mão-de-obra intensiva / baixos salários. • Posicionamento no pós-guerra: exportador de commodities • Até década de 1980 não produzia caju • Década de 1990: produção tecnificada – avanço para 2º produtor mundial • Ação coordenada e bancada pelo Estado • Fábricas com uso intensivo de mão-de-obra
  • 6. Antecedentes/Brasil • Base agrícola em grande parte extrativista • Plantios incentivados (SUDENE, IBDF, Campanhas Estaduais) • Fábricas incentivadas (SUDENE) – castanha e pedúnculo • Exportava comodamente para os EUA até 1982 • Mercado acirrado a partir de 1983
  • 7. Produção mundial de castanha e amêndoas de caju - 2006 Origem SUL Setembro/Janeiro Exportação (mil caixas) Consumo Doméstico (mil caixas) Produção (mil caixas) Importação / Exportação (mil toneladas) Produção (mil toneladas) Brasil 295 0 2.950 (350) 2.600 África (Leste) 152 (97) 550 (15) 535 Indonésia + 115 (103) 120 0 120 Camboja, Tailândia NORTE Fevereiro/Junho India 320 555 8.750 (4.000) 4.750 Vietnã 280 100 3,800 (40) 3.760 África (Oeste) 476 (455) 210 (15) 195 TOTAL 1.638 0 16.380 (4.420) 11.960 Fonte: The Cracker, jan. 2007
  • 8. É uma das mais populares nozes na categoria snack, mas… Vendas de nozes snack nos EUA
  • 9. …a sua taxa de crescimento está negativa desde outubro de 2005 Crescimento da categoria Snack: ACC X Almonds (fev. 2005 – abr. 2006) Fonte: AC Nielsen
  • 10. A América do Norte continua a ser o principal consumidor… Consumo mundial Fonte: Trade Ásia e outros Europa 21% 29% América do Norte 50%
  • 11. Insumos Produtores Indústria do pedúnculo Mercado local e nacional Caju in natura Mercado local e Indústria da castanha nacional Mercado de exportação CADEIA PRODUTIVA DO CAJU Ambiente institucional e organizacional (crédito, pesquisa, ATER, câmbio, comercialização, exigências sanitárias, demais normas e regulamentos)
  • 12. T Insumos Produtores Indústria do pedúnculo Mercado local e nacional Caju in natura Mercado local e Indústria da castanha nacional Mercado de exportação CADEIA PRODUTIVA DO CAJU: destaque para as transações entre os agentes produtivos T Ambiente institucional e organizacional (crédito, pesquisa, ATER, câmbio, comercialização, exigências sanitárias, demais normas e regulamentos)
  • 13. Diagnóstico Círculo VICIOSO do agronegócio castanha de caju Pequeno produtor Isolado, não tecnificado Baixo nível tecnológico Venda por meio de atravessadores Preços baixos Baixa qualidade Mat. Prima Indústria recebe preços deprimidos o que limita repasse de preços para o produtor Limitação do rendimento industrial e afeta a qualidade 1 4 2 3 RESULTADO: Produtor não cobre custos de produção – não cuida da cultura - Exploração extrativista – Gera passivo ambiental, social e econômico.
  • 14. Gargalos atuais da cadeia Diagnóstico •Concorrência, depreciação da ACC e problemas cambiais •Desperdício do pedúnculo (cajueiro gigante x alternativas de usos) •Preço elevado das mudas enxertadas (insumo básico) •Produtor: baixa produtividade e rentabilidade •Desarticulação da cadeia produtiva (atravessadores, qualidade)
  • 15. Antecedentes Caju – cultura estratégica • Produz na entressafra das demais culturas (set – dez) • Oferta postos de trabalho na fase mais crítica da agricultura • Gera empregos industriais (suco, doces, castanha • Safra flutua menos que as demais culturas (feijão, milho...) • Recordista na pauta de exportação do Ceará Jan. Dez.
  • 16. Tecnologias atuais e em desenvolvimento
  • 17. Tecnologias atuais e em desenvolvimento
  • 19. Tecnologias atuais e em desenvolvimento • Produção de mudas • Substituição de copa • Irrigação • Controle fitossanitário
  • 20. Tecnologias atuais e em desenvolvimento Tecnologia Pós-colheita Armazenamento: 4 dias Tecnologia Pós-colheita: 21 dias (temperatura e AM)
  • 21. Tecnologias atuais e em desenvolvimento Belo Horizonte, São Paulo, Campinas e Curitiba
  • 22. Máquina de decorticação automática de castanha de caju Em processo: Desenvolvimento do sistema de alimentação semi-automático Parceiros: Tecnologias atuais e em desenvolvimento
  • 23. Tecnologias atuais e em desenvolvimento Pasta de Amêndoa de Caju LCC
  • 24. Alternativas a partir do pedúnculo PEDÚNCULO SSUUCCOO I NINTTEEGGRRAALL CAJUÍNA CLARIFICADO CONCENTRADO NNÉÉCCTTAARR/S/S. .P PRROONNTTOOSS SSOORRVVEETTEESS SSUUCCOOSS MMOOUUSSSSEE DOCES E COMPOTAS CAJU AMEIXA PRODUTOS DE CULINÁRIA FRUTO P/ CONSUMO IN NATURA RRAAÇÇÃÃOO FIBRAS DIETÉTICAS BLENDS BARRAS DE CEREAIS FFEERRMMEENNTTAADDOOSS BBAAGGAAÇÇOO CORANTE NATURAL PPOOLLPPAA REFRIGERANTES XAROPE RAPADURA CONDIMENTOS FFIBIBRRAASS HAMBURGER EEXXTTRRUUSSAADDOOSS
  • 25. FIBRAS DO PEDÚNCULO DO CAJU Hambúrguer Extrusão Pesquisas em andamento Alternativas tecnológicas da fibra do pedúnculo Barra de Caju
  • 26. Produtos Tradicionais (PME) Alternativas a partir do pedúnculo Xarope de caju Caju ameixa “Rapadura” Doces e Compotas Cajuína
  • 27. Produtos não tradicionais Pesquisas em andamento Barra de Caju Corante
  • 28. Alternativas a partir do pedúnculo Produtos não tradicionais
  • 29. LC-MS quercetin 3-O-rhamnoside [M]+ (m/z) = 433 Pesquisas em andamento quercetina + rhamnose MS/MS (m/z) 303 146 Identificação dos compostos fenólicos HO O OH OH OH OH O
  • 30. Análise T-I Pesquisas em andamento
  • 31. Hydrophilic antioxidant capacity of tropical fruits and products Activity Against Peroxyl Radicals (ROO•) Sample ORACb (μmol TE/g) Acerola PC 415.4 ± 40.6 Acerola roxinha 354.3 ± 121.3 Acerola 461.0 ± 138.9 industria Acerola polpa 266.7 ± 108.6 Acerola residuo 378.0 ± 77.5 Acerola 492.6 ± 59.5 clarificado Jambolao 215.4 ± 29.4 Guajiru 197.0 ± 24.4 Jussara 452.6 ± 166.0 Puca 218.6 ± 67.2 Caju 189 246.9 ± 25.5 Caju 76 235.7 ± 40.3 Atividade antioxidante ORAC TEAC (ABTS) FRAP DPPH beta-caroteno/ác. linoléico Pesquisas em andamento
  • 32. Tecnologias atuais e em desenvolvimento Marcadores do processamento e qualidade Voláteis - aroma -60 -50 -40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 50 Permeate Retentate Peak Compound 1 ethyl acetate 3 ethyl propanoate 6 methyl butyrate 13 methyl isovalerate 15 ethyl butyrate 17 ethyl 2-methyl-butyrate 19 ethyl isovalerate 20 hexanal 25 isoamyl acetate 28 methyl 3-methyl valerate 29 ethyl N-valerate 33 ethyl-E-2-butenoate 34 ethyl 3-methyl valerate 39 3-methyl-1-butanol 40 E-2-hexenal 41 ethyl hexanoate 42 ethyl 2-methyl-2-butenoate 47 ethyl E-3-hexenoate 50 cis-3-hexenol 51 2-butoxy-ethanol 52 ethyl octanoate 53 acetic acid 55 benzaldehyde 64 2-methyl butanoic acid Description* Group* solvent 4 sweet 3 sweet, fruity 3 cashew, sweet 1 cashew, sweet 1 cashew, sweet 1 cashew, sweet 1 green 3 plastic, solvent 4 cashew, sweet 2 green, floral 3 cashew, sweet 1 cashew 2 smokey, overripe 4 bug, nutty 4 cashew, sweet 2 cashew, sweet 2 green 3 green 3 cashew 2 fruity 3 fermented 4 green, fruity 3 sweaty, stinky 4 * Description and impact as assessed by Garruti et al (2001) for cashew apple juice. Group 1: Positive and high impact, perceived as cashew-like aroma Group 2: Positive and low to medium impact, perceived as cashew-like aroma Group 3: Positive impact, perceived as sweet, fruity, floral and green Group 4: Negative impact, perceived as unpleasant, stinky
  • 33. Classificação de amostras e certificação de origem Projection of the cases on the factor-plane ( 1 x 2) Factor 2: 22,08% Projection of the variables on the factor-plane ( 1 x 2) 9 10 1 11 non reducing sugars a b L 2 2 2 3 3 3 4 4 4 5 5 5 6 6 6 7 7 7 8 8 8 9 9 1010 total sugars vitamin C 1,0 0,5 0,0 -0,5 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 Factor 1: 31,18% 7 6 5 4 3 2 1 0 -1 -2 -3 -4 -5 -6 Acidity pH brix abs 280 abs 420 reducing sugars -1,0 -0,5 0,0 0,5 1,0 Factor 1 : 31,18% -1,0 Factor 2 : 22,08% Tecnologias atuais e em desenvolvimento
  • 34. Segurança Alimentar Qualidade e Segurança de Frutas – Produção Integrada de Frutas – Melão e Manga, Amêndoas de Castanha de Caju, Leite, Polpa de Frutas e Camarões Irradiação Gama Tecnologias atuais e em desenvolvimento
  • 35. Tecnologias atuais e em desenvolvimento Extração Microfiltração Permeado Retentado Tecnologia de membranas
  • 37. Pesquisa em desenvolvimento Misturas de sucos
  • 38. Pigmentos/antioxidantes a partir de matérias-primas agroindustriais Empresa de base tecnológica incubada (PROETA) Tecnologias atuais e em desenvolvimento
  • 39. Transformar essas alternativas em negócio (sustentabilidade). FAEC / SENAR SEBRAE SDA / EMATER /CENTEC NUTEC + OUTROS PARCEIROS Desafio
  • 40. A exploração do mercado de amêndoas não pode responder pelo negócio como um todo (sustentabilidade). Eixos básicos: - Diversificar a produção (consórcio e associação com outras culturas: mandioca, oleaginosas, leguminosas. Associação com pecuária – grandes e pequenos animais) - Aproveitamento integral do cajueiro (castanha, pedúnculo, outros)
  • 41. Superação do atraso requer medidas de oferta e de demanda No passado: -Foco em incentivos fiscais, distribuição de mudas, plantio por castanha -Resultado: cresceu a produção mas não a produtividade e a rentabilidade Presente / futuro: governança da oferta e da demanda concomitantemente 1-Organizar a demanda: •Produção de mudas (planejamento e redução de preço e custos) •Desenvolvimento de insumos e novos produtos (agregação de valor) •Marketing e ampliação do consumo 2-Orientar a oferta: •Produção de mudas •Diversificação da produção •Aproveitamento integral do cajueiro •Articular políticas públicas (preços, crédito, ATER, pesquisa, gestão...)
  • 42. Propostas 1. Promover a diversificação da produção (caju + consórcio + pecuária) 2. Organizar demanda de mudas enxertadas (viveiristas) 3. Promover o aproveitamento integral do cajueiro: castanha, pedúnculo, goma e lenha. 4. Promover a ampliação e qualidade do consumo: -Marketing ACC (internacional): SINDICAJU -Produtos tradicionais e novos no mercado interno (cajuina, barra de cereal, xarope, suco funcional, compota clarificada...) -Retirar amêndoas impróprias ao consumo do mercado turístico local -Consolidar imagem e identidade do produto 5. Fomentar processamento do caju e de outras frutas para viabilizar matéria-prima (insumo/ingredientes) para ampliação de usos (culinária) 6. Desenvolver novos produtos para agregação de valor: encapsulamento, pigmento, aroma, suco desodorizado, fibra dietética 7. Articular a oferta de serviços públicos: -Infra-estrutura de apoio à classificação da castanha -Infra-estrutura de apoio ao processamento do pedúnculo / outras frutas -Compras governamentais: CONAB e merenda escolar -ATER, crédito, pesquisa, vigilância sanitária, adequação fiscal ...
  • 43. O Estado do Ceará será a referência mundial do caju. A exploração do cajueiro será realizada de forma moderna e competitiva, suplantando o atraso pela exploração extrativista, possibilitando o aproveitamento integral do caju (amêndoas de superior qualidade, derivados do pedúnculo e do LCC com valor agregado, modelos agrícolas diversificados e auto-sustentados com atividades complementares), viabilizando lucratividade para todos os agentes envolvidos na sua cadeia produtiva, potencializando a geração de empregos, renda, impostos, o turismo e divisas para o Estado e para o País. Visão
  • 44. Agradeço a atenção dispensada! www.cnpat.embrapa.br lucas@cnpat.embrapa.br chgeral@cnpat.embrapa.br Fone: (85) 3299.1957