PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PNAIC Formação com Avaliação Alfabetização
1. PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA
FORMAÇÃO COM ORIENTADORES DE ESTUDO
TERCEIRO ENCONTRO - 2014
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
CENTRO DE EDUCAÇÃO
NÚCLEO DE ALFABETIZAÇÃO, LEITURA E ESCRITA DO ESPÍRITO SANTO
27 de junho - Vespertino
Formadoras de Alfabetização - 1º ano:
Elis Beatriz de Lima Falcão
Maristela Gatti Piffer
Selma Lúcia de Assis Pereira
3. Retomando...
Durante toda a formação do PNAIC, temos
defendido um processo de alfabetização a ser
desenvolvido ao longo dos três primeiros anos
do Ensino Fundamental em uma perspectiva
de continuidade e aprofundamento. Nesse
cenário é importante definir direitos de
aprendizagem em cada ano do ciclo de
alfabetização, bem como formas de avaliar e
acompanhar esse processo.
4. O QUE PODE DIFICULTAR A CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO COMO
PROCESSO NO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO?
Compreender o 1º no do Ensino Fundamental como
Progressão Automática, portanto, a perspectiva de Ciclo de
Alfabetização.
Trecho extraído do texto da Unidade 08 - Ano 3
“Progressão escolar no Ciclo de Alfabetização:
avaliação e continuidade das aprendizagens na
escolarização”, p. 8.
5. A concepção de avaliação como processo
requer de nós educadores, conscientização das
progressões e sucessões necessárias do aluno,
para que o processo de ensino aprendizagem
não se perca. Por isso a necessidade de se
estabelecer direitos de aprendizagens e o
aprofundamento dos conteúdos a cada ano da
várias áreas do saber.
Esse estabelecimento permite que a avaliação
não caia na informalidade e que portanto não
indique os avanços das crianças.
7. Registro de situações de ensino e de aprendizagem pelos docentes;
Recursos utilizados como forma de registro: planejamentos,
portfólios com atividades das crianças e modelos de tarefas, diários
de classe, textos produzidos pelas crianças, instrumentos de
acompanhamento das aprendizagens, relatos de experiências etc.
AVALIAÇÃO DO PROCESSO
8. Observação e registro nas práticas de leitura – Trecho de
uma das edições do programa Um Salto para o Futuro, acerca
de avaliação no processo de alfabetização. (Tempo: 0min até
04min 20 seg)
Vídeo disponível em: <
http://www.youtube.com/watch?v=5FOzqcf_t_A&feature=em-plo
>
9. SCHMIDTI e SCHAFASCHEK (2012) destacam
em suas análises sobre relatórios descritivos,
que a avaliação realizada pelas professoras
vem apresentando impressões gerais sobre os
alunos com foco em atitudes, ficando
ausentes os dados sobre o aprendizado da
leitura e escrita.
REGISTROS DESCRITIVOS SUPERAM A AVALIAÇÃO
CLASSIFICATÓRIA E EXCLUDENTE?
10. “Aluno Y
É ótimo aluno. Demonstra interesse em participar das aulas e
realiza as atividades propostas com facilidade e capricho.
Na linguagem oral, se expressa com clareza. Na linguagem
escrita, consegue ler e escrever palavras e frases. Participa
com entusiasmo de atividades lúdicas e brincadeiras.
Relaciona-se bem com a turma.
Aluna X
É boa aluna. Realiza as atividades propostas com lentidão,
demonstrando dificuldade e insegurança. Distrai-se com
facilidade. Seus desenhos são bem definidos. Adora desenhar
e pintar. Relaciona-se bem com os colegas.
Fonte: Registros avaliativos - 1º ano do Ensino Fundamen-tal - 1º
bimestre de 2012-Escola Municipal.. Arquivo do GEPALE”
11. Assim, “aqueles que não apresentam um ritmo
compatível com o esperado não têm espaço
para evidenciar seu pensamento e sua
aprendizagem é desconsiderada.
Consequentemente, a percepção sobre esse
aluno será ‘não sabe’ ou ‘tem dificuldade.’
Com esse sentido, a avaliação vai definindo
um lugar para cada aluno e acaba isolando
uns dos outros, dificultando a interlocução”.
(SCHMIDTI; SCHAFASCHEK, 2012, p.7)
12. REFLETINDO...
“O debate sobre a avaliação foi vigoroso na última
década do século XX e, desde lá, está colocada a
necessidade de superação da avaliação classificatória
e excludente por um modo de avaliar que tenha,
como intenção, diagnosticar o processo de
ensino/aprendizado para promover e manter o aluno
incluído em um grupo que aprende e avança no
desenvolvimento de suas capacidades intelectuais.”
(SCHMIDTI; SCHAFASCHEK, 2012, p.3)
13. REFLETINDO...
“Acompanhar a aprendizagem de cada aluno de
forma descritiva possibilita a memória do processo
de alfabetização, dando visibilidade ao movimento
em direção a aprendizagens cada vez mais
complexas. Da interação que o professor mantém
com os alunos cotidianamente, destacam-se
situações vividas ou questões significativas do
processo de aprendizado/desenvolvimento da
criança. Estas, registradas, constituem-se em dados
da história vivida por aluno e professor na instituição
escolar.” (SCHMIDTI; SCHAFASCHEK, 2012, p.4)
14. REFLETINDO...
“Por exemplo: o aluno, ao fazer uma lista de
equipamentos observados numa imagem de
pescadores, escreve ECATA para REGATA, mas, com
interferência do professor, que pronuncia
pausadamente a palavra para a criança, esta percebe
as letras que faltam e reescreve a palavra de forma
mais elaborada ou mais próxima da escrita padrão.
Conforme observou Vygotsky (1988), o que o sujeito
faz com ajuda do outro é um indicador importante de
desenvolvimento futuro, pois o que se faz hoje com
ajuda, amanhã será feito com autonomia.” (SCHMIDTI;
SCHAFASCHEK, 2012, p.7)
15. REFLETINDO...
“Segundo SCHMIDTI; SCHAFASCHEK (2012, p.11)
vivenciar os registros de forma significativa é trazer a
riqueza e complexidade da prática de
ensino/aprendizagem, a qual suscita perguntas,
provoca a teorização e, assim, contribui para a
reelaboração do pensamento e da ação. “A avaliação
não prioriza o resultado ou o processo. Como prática
de investigação, interroga a relação ensino-
aprendizagem em sua complexidade e busca
identificar os conhecimentos e desconhecimentos
que estão em diálogo.” (ESTEBAN, 2003, p. 91).”
17. A escola não deve se ater apenas aos aspectos
cognitivos do desenvolvimento, pois a
reprovação tem impactos negativos, como a
evasão escolar e baixa auto-estima.
18. Assim, recorrendo ao Parecer CNE/CEB n°
4/2008, esse reafirma que o processo de
avaliação deve considerar, de forma
prioritária, que os três anos iniciais
constituam-se em um período destinado à
construção de conhecimentos que
solidifiquem o processo de alfabetização.
Portanto os procedimentos de avaliação
devem acompanhar a necessidade de se
trabalhar pedagogicamente nesses 3 anos para
o desenvolvimento das diversas formas de
expressão das crianças.
20. A avaliação não acontece em um momento estanque, mas
durante todo o processo, nesse sentido, atividades diárias
contribuem para o conhecimento de como as
aprendizagens estão sendo efetivadas.
Nesse sentido, vivenciaremos uma sequência didática que
articula os conhecimentos trabalhados nos cadernos 4 e 5
a partir de livros didáticos e literatura infantil. Além disso,
a proposta sinaliza modos de acompanhamento e
avaliação das aprendizagens das crianças no cotidiano das
práticas alfabetizadoras.
AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO NO
DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES DIÁRIAS
21. ATIVIDADE NÃO PRESENCIAL...
Relatório de práticas de leitura em
sala de aula, descrevendo:
•Metodologia;
•Avaliação;
•Duas imagens de representação.
Obs: Atividade a 4h do encontro de linguagem.
22. BRASIL. Ensino fundamental de nove anos: passo a passo do
processo de implantação. MEC, 2009.
CRUZ, Magna do Carmo Silva; ALBUQUERQUE, Eliana Borges
Correia. Progressão escolar no Ciclo de Alfabetização:
avaliação e continuidade das aprendizagens na escolarização.
In: BRASIL, PACTO NACIONAL PARA ALFABETIZAÇÃO NA
IDADE CERTA, UNIDADE 8, ANO 3, 2012.
SCHMIDTI, Leonete Luzia; SCHAFASCHEK, Rosicler. A
avaliação em classes de alfabetização: registros descritivos
possibilitam superação da avaliação classificatória e
excludente? , Roteiro, v.37, n.2, 2012. disponível em <
http://editora.unoesc.edu.br/index.php/roteiro/article/view/2033
>
REFERÊNCIAS
Notas do Editor
Sobre a falta de ações efetivas de estudo de recuperação: os alunos irão passar mesmo, terão mais dois anos...