Este documento discute os meios de comunicação e sua influência na sociedade. Ele fornece uma introdução aos meios de comunicação e sua história, seguido por seções sobre os principais tipos de meios, como influenciam o pensamento humano, ética nos meios, e o papel dos meios como o "quarto poder".
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Trb 11º b francisca
1. Escola Secundária Abel Salazar
Disciplina de Filosofia
Prof. Luísa Valente
Meios de Comunicação
Trabalho realizado por:
Daniela Monteiro nº5
Francisca Marques nº7
Jéssica Veloso nº8
Júlio Carvalho nº10
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3. ÍNDICE
INTRODUÇÃO............................................................................................................................... 4
MEIOS DE COMUNICAÇÃO........................................................................................................... 5
TIPOS DE MEIOS DE COMUNICAÇÃO............................................................................................ 7
HISTÓRIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO................................................................................... 8
OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO E A ÉTICA.................................................................................... 11
DE QUE FORMA OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO INFLUENCIAM O PENSAMENTO E A ACTIVIDADE
HUMANA?.................................................................................................................................. 13
O QUARTO PODER...................................................................................................................... 15
A RETÓRICA E A ARGUMENTAÇÃO............................................................................................. 18
O DISCURSO PUBLICITÁRIO........................................................................................................ 20
A MANIPULAÇÃO E OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO - A RETÓRICA E A ARGUMENTAÇÃO ...........22
Aspectos educativos dos meios de comunicação:...................................................................... 25
CONCLUSÃO............................................................................................................................... 26
BIBLIOGRAFIA neste caso: Netgrafia.......................................................................................... 27
Um conselho: qdo há mtos tópicos, convém numerá-los (ver ex no índice). Com
pequenas correções e com penalização por ter ultrapassado o nº de pps…
NOTA: Muito Bom
Maria Luísa Valente
Junho/2011
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4. INTRODUÇÃO
No inicio do séc. XXI é bastante evidente a influência dos meios de
comunicação no dia-a-dia dos cidadãos das diversas sociedades. Estamos
constantemente rodeados por temas e questões controversas que acontecem no mundo e
que não passam despercebidos devido? por motivo da globalização. Os meios de
comunicação social, em especial, estão directamente ligados à nossa vida; hoje em dia
temos conhecimento de notícias em tempo real, de modo que estamos sempre dentro do
assunto.
Por outro lado, surgiram novos e poderosos meios de comunicação, como a
internet, capaz de concorrer e mesmo destronar alguns dos meios mais tradicionais,
sendo inclusive aproveitada como plataforma de divulgação de jornais e revistas, mas
possibilitando a recolha de dados de muita espécie, a formação, a comunicação
interpessoal, etc.
Neste trabalho pretendemos enumerar, explicar de forma clara e simples, um
pouco do que diz respeito aos meios de comunicação, grosso modo, bem como do modo
como se comporta a comunicação social na nossa sociedade, a sua influência no
Homem moderno, na sua maneira de pensar e de agir, até mesmo no modo como nos
relacionamos uns com os outros.
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5. MEIOS DE COMUNICAÇÃO
Os meios de comunicação são instrumentos que nos ajudam a receber e/ou
transmitir informação. Esta comunicação é um processo pelo qual a informação
recebida de um emissor é codificada e transmitida a um receptor.
Deste modo, os meios de comunicação auxiliam na criação de uma relação entre
o receptor e o emissor, embora diferentes meios de comunicação permitam diferentes
tipos de comunicação. Os meios de comunicação permitem, assim, a interacção entre
pessoas ou não, do mesmo modo que permitem a transmissão da informação disponível.
O processo de comunicação divide-se em três fases fundamentais, as quais
devem estar sempre presentes nos meios de comunicação:
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6. I. Emissor: pessoa que pretende emitir uma mensagem, a qual é
normalmente designada por fonte ou origem. Esta é então elaborada de
forma a que possa ser emitida/transmitida ao(s) receptor(es);
II. Mensagem: aquilo que o emissor pretende comunicar e, que esta seja
transmitida;
III. Receptor: corresponde àquele que recebe a mensagem transmitida, ou
seja, quem irá descodificar a informação de modo a compreendê-la de
modo claro e preciso.
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7. TIPOS DE MEIOS DE COMUNICAÇÃO
Existem diferentes maneiras de transmitir informações, nomeadamente através
dos meios de comunicação, sem os quais a nossa vida seria bastante limitada.
Enumeramos aqueles que mais influenciam o nosso quotidiano e a forma de conhecer e
analisar tudo o que nos rodeia mais ou menos exaustivamente:
• Cartas;
• Rádio e o telégrafo;
• Jornais;
• Revistas;
• Televisão e o cinema;
• Telefone e telemóvel;
• Internet;
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8. HISTÓRIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO
Os meios de comunicação, genericamente considerados, não são uma invenção
moderna mas resultam de uma necessidade básica de interagir com o mundo que nos
rodeia permitindo-nos, assim, trocar ideias, expressar sentimentos e adquirir
conhecimentos.
Desde os tempos mais remotos, o Homem sentiu necessidade de comunicar com
os seus iguais, para se fazer entender e transmitir informações pessoais ou mesmo
sociais. A comunicação surgiu pela necessidade do Homem mais primitivo se debater
com os acontecimentos mais rudimentares do dia-a-dia, desde a alimentação, e passando
pelo bem-estar do grupo, ao perigoso e desconhecido. Este modo de organização
durante o próprio desenvolvimento do ser humano, como ser racional, possibilitou o
conhecimento de si próprio enquanto indivíduo, permitindo também a evolução e
estruturação da língua entre povos e culturas. Esta transmissão oral ainda muito limitada
e imprecisa, teve de ser gravada, de diversas formas, através do desenho e da pintura,
para que pudesse ser transmitida às gerações vindouras. Assim, essa transmissão ao
longo de gerações possibilitou a sua aprendizagem e sobrevivência.
Poderemos referir que as primeiras imagens visuais surgiram da necessidade do
homem caçador transmitir os seus conhecimentos para que estes não se perdessem ou
mesmo alterassem ao longo dos tempos. Começaram então a surgir pequenas gravuras
das vivências naturais do Homem, que se podem entender como os primeiros princípios
do aparecimento dos meios comunicações modernos, não em massa mas sim com a
finalidade de organização entre grupos.
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9. Durante a evolução progressiva, o Homem inventa a escrita ao descobrir novas
matérias-primas que possibilitam a gravação e transmissão destas informações que se
vão adquirindo, bem como o aperfeiçoamento da língua e das suas próprias simbologias.
Este facto permitiu um considerável aumento da alfabetização dos povos, possibilitando
uma melhor transmissão das ideias e ideologias, bem como a integração e cooperação
entre culturas.
O surgimento da imprensa permitiu desenvolver práticas anteriores, mas também
promover a discussão dos assuntos, sendo possível através da criação de empresas que
se dedicam a essa prática.
É essencialmente a partir da segunda metade do séc. XX que o Homem
intensifica o seu estudo na área das comunicações e a progressiva descoberta de novos
meios que possibilitaram o conhecimento de tudo o que se passa no mundo. O que foi
importante para uma maior qualidade da vida e da relação com os outros; Paralelamente
despoletou uma necessidade crescente de saber mais a respeito das diferentes formas de
comunicação rápida e dos seus conteúdos. A informação, de oral passou também a
transmitir-se através da escrita e por meios visuais.
A melhoria das condições económicas e a difusão do ensino criaram condições
propícias para o desenvolvimento da imprensa. Desta forma, a imprensa tornou-se
acessível, utilizava frases curtas, um vocabulário simples e tornou-se substancialmente
mais barata.
Os jornais também sofreram alterações. Para atraírem leitores, encheram as suas
páginas de histórias sensacionalistas, de títulos mirabolantes e de fotografias chocantes.
Começaram a surgir, também, as páginas dedicadas ao desporto e as páginas “cor-de-
rosa”. A par dos jornais generalistas, começaram a surgir as revistas temáticas, que
rapidamente passaram a ser lidas regularmente por leitores da classe média.
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10. Os meios de comunicação serviram não só para entretenimento, informação, mas
com eles surgiram também, conceitos completamente novos e ousados, como é o caso
da publicidade e de propaganda política. Os media foram os maiores impulsionadores
da sociedade capitalista e do consumo em massa, pois através de campanhas
publicitárias induziam a população a adquirem determinados produtos, muitas vezes
supérfluos ou mesmo inúteis. Outra inovação criada pelos media foi a propaganda
política, de que se serviram os dirigentes para convencer e manipular a opinião pública.
Considera-se, por exemplo, que os meios de comunicação social tiveram uma
cota parte na implantação dos regimes totalitários na Europa, na implementação de
novos estilos de vida, novos hábitos, novos valores, na massificação da vida pública e
sobretudo, consolidaram a sociedade de consumo em que hoje vivemos.
Se a imprensa no século XV e a televisão no século XX foram marcos e factores
determinantes para a evolução cultural humana e da comunicação, massificando-a e
retendo o conhecimento à disposição e vontade das elites, ou manipulando-o, a
informatização liberta o homem à sua própria individualização, transforma-o dum mero
ser social passivo e receptor, em emissor / transmissor, produtor de meios de
comunicação, autor da mensagem e conhecedor experimentado dos diversos canais de
transmissão que a tecnologia põe à sua disposição.
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12. Todas as actividades humanas devem ter por base um código de ética, esteja ou
não plasmado nalgum documento. Isto é, qualquer pessoa deve ter uma conduta
profissional regida por valores e princípios de respeito pelo outro, pelos seus direitos,
evitando a política dos ‘fins justificam os meios’. Esta verdade é tão mais evidente
quanto mais poder possui a respectiva profissão, como é o caso dos jornalistas. De
facto, ao ter a capacidade de influência e de formação de opinião, de centenas, milhares
e mesmo milhões de pessoas, os meios de comunicação social e os seus actores, têm o
dever de seguir procedimentos de acordo com práticas éticas, o que nem sempre
acontece. Veja-se o exemplo da captação de imagens de famosos, sem o seu
consentimento, apenas com o intuito comercial, de venda de um produto, como uma
revista; ou quando a linha editorial de jornais se rege por interesses económicos do
grupo que os suporta financeiramente.
Hoje em dia, é cada vez mais frequente a constituição de monopólios
empresariais ligados à comunicação social, com interesses noutras áreas, podendo e
colocando nalguns casos em risco, a integridade e liberdade dos próprios jornalistas.
Recordemos a este propósito o que se
passa em
Itália, onde o
primeiro-ministro é, ao mesmo tempo, o Presidente
de um dos maiores impérios de mass media da Europa. Um dos casos mais conhecidos e
controversos, refere-se à televisão Al Jazzera do Qatar, criticada por muitos como
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13. estando ligada a grupos terroristas e, de certo modo, divulgando a sua mensagem
através de notícias com um pendor tendencioso.
Um dos grandes desafios da actualidade, tem a ver precisamente com a
dignidade com que as informações são obtidas, tratadas e veiculadas, porque o seu
controlo é absolutamente decisivo para direccionar o rumo dos acontecimentos, e os
militares sabem bem o que isso é, havendo inclusive unidades especializadas para esse
objectivo. Exige-se de cada pessoa, em particular, uma formação de carácter que lhe
permita resistir às tentações do dia-a-dia, que podem fazer catapultar a sua carreira
numa base imoral e altamente condenável.
DE QUE FORMA OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO INFLUENCIAM O
PENSAMENTO E A ACTIVIDADE HUMANA?
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14. Actualmente, a sociedade em que vivemos é bastante influenciada por tudo
aquilo que passa pela televisão, deste o telejornal para os adultos com notícias terríveis
de mortes e guerras, até a programas infantis com desenhos animados, por vezes,
bastante violentos.
Face a estes programas anunciadores de desgraça, é de certo modo natural, a
atitude das pessoas que deixam, por momentos, de saber fazer a distinção entre a
realidade e a imaginação, traduzindo-se, por vezes, em comportamentos que reflectem
factos passados em programas televisivos.
Por outro lado, a televisão tem um papel muito importante na educação de todos,
como é o caso dos documentários, debates, programas educativos para crianças (leitura,
ciência…), que melhoram significativamente o estado de cultura e a capacidade de
argumentação, bem como o aprofundamento de novas línguas e uma visão mais
abrangente do mundo e dos problemas e questões adjacentes a este.
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15. Podemos também referir a influência dos meios de comunicação. No nosso
entendimento, A nosso ver, pode ter duas vertentes; um lado positivo, que demonstra e
por vezes explicita situações de elevada preocupação e interesse por parte da sociedade;
por outro lado, apresenta uma acção negativa que pode levar a um consumo exagerado e
sem qualquer controlo das pessoas, que influenciadas por publicidade e mais
publicidade, enganosas ou não, acabam por alterar e perder valores, emergindo os
aspectos mais materiais das coisas. Assim, a televisão é muito utilizada para efeitos de
marketing, influenciando o público a comprar determinados produtos, torna-se bem
evidente a forma como a televisão determina o consumo.
Com esta influência manipuladora e indesejada dos meios de comunicação no
pensamento e atitudes humanas, é de esperar a troca progressiva dos valores da família,
da simplicidade, humildade e respeito pela dignidade, pelos valores tradutores do
excessivo consumismo, a ganância, a vaidade, a inveja…
O QUARTO PODER
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16. Uma sociedade democrática assenta em três poderes fundamentais e clássicos: o
poder legislativo, que tem a competência para elaborar as leis e que está habitualmente
concentrado no parlamento, no nosso país a Assembleia da República; o poder
executivo, que põe em prática um programa de governo, as políticas para os diferentes
sectores e as relações internacionais, e são ambos eleitos pelo povo; e o poder judicial,
que aplica a justiça, isto é, interpreta e dá sentido às leis. A estes poderes tradicionais,
costuma juntar-se o poder dos mass media, tal a influência que a comunicação social foi
progressivamente adquirindo, sobretudo a televisão, ao ponto de contribuírem
fortemente para a queda de governos e presidentes, através da denúncia de corrupção e
dos mais diversos ilícitos civis e criminais; é pois considerado, geralmente, o quarto
poder.
Pouco tempo após a divulgação do uso da internet, logo surgiram vozes a
atribuírem um poder de igual ou superior valor aos outros poderes. Costuma-se dizer
que lá se pode encontrar o melhor e o pior, a questão está em saber pesquisar, por um
lado e, por outro, em ter a capacidade crítica para saber filtrar a informação que nos é
disponibilizada a todo o momento. O aparecimento da internet pode ser considerado
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17. uma revolução, pela massificação e globalização de conteúdos importantes para o
desenvolvimento dos povos. É possível procurar ajuda para os estudos, para o trabalho e
para o lazer; é possível que várias, não poucas, mas milhões de pessoas comuniquem de
um lado ao outro do globo em tempo real; é possível transaccionar bens e serviços; é
possível quase tudo o que a nossa imaginação for capaz de descobrir e, eventualmente
muito mais. Mas não há bela sem senão.
3- Os jovens e a
internet.
Como tudo na vida, a internet tem um poder altamente pernicioso; e é esse que
tem emergido com muita força nos últimos tempos, justificando cada vez mais a
“alcunha” que lhe tem sido atribuído. De facto, recordo o aparecimento do site
‘wikileaks’, que se tem dedicado à divulgação de informações secretas com origem nos
Estados Unidos da América, como o paradigma de um problema que ainda estaremos
longe de imaginar os piores desfechos e cenários. No início, os jornalistas exultaram,
porque o manancial de informações abastecia as suas necessidades para construírem
histórias vendáveis. Mas a pouco e pouco, de uma informação estritamente militar,
evoluiu-se para a publicitação de dados que colocam em risco a vida de civis em
qualquer parte do mundo, e nessa medida ninguém está a salvo.
Muitos criticam a política dos EUA, que apesar de ter muitas contradições e
‘rabos de palha’, é um país livre e democrático, onde coexistem diferentes religiões,
credos e culturas, e que tem sido o grande guardião e protector de muitos outros. E por
isso, exaltaram com o desvendar dos segredos; como eram caracterizados presidentes e
ministros. Mas quando se passou a saber os locais de alto risco para a segurança
internacional, se fossem atacados por terroristas, que incluíam desde fábricas de
medicamentos, ao canal do panamá, entre outros, em diferentes continentes e na maioria
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18. da responsabilidade de civis, generalizou-se o sentimento de se estar a ‘entregar o ouro
ao bandido’. Por tudo isto, tenho para mim que a internet, que é um instrumento da
democratização, ao ser mal usado pode ter um poder para lá do que alguma vez se terá
calculado. Como se costuma dizer, liberdade é responsabilidade, mas nem todos são
capazes disso. Esperemos que o pior não aconteça, e que seja possível introduzir alguma
regulação que impeça o seu uso abusivo deste meio.
4- A questão polémica gerada em torno do
site da wikileaks.
A RETÓRICA E A ARGUMENTAÇÃO
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19. A retórica é a arte de persuasão, isto é, a arte de bem falar que permite ao orador,
aquele que, mediante o discurso, procura obter o assentimento do auditório pelo
discurso. Esta arte estuda os argumentos, pelo que esse estudo tem como finalidade
tentar compreender e usar a capacidade persuasiva da argumentação na comunicação.
Segundo Aristóteles, esta arte pode ser entendida de duas maneiras:
-Um conjunto de regras que tem como objectivo tornar a expressão dos
argumentos mais clara;
-Arte de persuasão independentemente da validade dos argumentos.
É necessária visto que:
-Há auditórios em que nem a ciência mais exacta consegue persuadir;
-A verdade e a justiça não devem ser vencidas;
-Deve-se saber defender verbalmente;
-É necessário ser capaz de refutar argumentos de alguém que argumente contra a
justiça e também saber argumentar sobre coisas contrárias.
A arte de persuadir e convencer apresenta técnicas de persuasão, como já
estudámos anteriormente. Para persuadir, o orador pode recorrer às provas não técnicas
e às provas técnicas. As provas não técnicas são provas que já existem e que o orador se
limita a usar no seu discurso, como as leis, os testemunhos, os juramentos, etc.
Já as provas técnicas são aquelas que podem ser preparadas pelo orador e são de
três espécies:
-As que residem no carácter do orador (ethos), em que a persuasão é obtida
quando o discurso é proferido de maneira a deixar no auditório a impressão de que o
carácter do orador o torna digno de crédito.
-As que se encontram no modo como se dispõe o auditório (pathos), em que a
persuasão é obtida quando o discurso do orador desperta no auditório sentimentos que o
tornam receptivo à verdade do que está a ser dito. O que esta técnica predomina no
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20. discurso publicitário. O apelo aos sentimentos e o apelo à popularidade são dispositivos
retóricos associados a esta técnica de persuasão.
-As que residem no próprio discurso (centra-se na mensagem) pelo que este
demonstra ou parece demonstrar (logos).
O DISCURSO PUBLICITÁRIO
o Apela à sensibilidade (busca a simpatia do auditório);
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21. o Mobiliza o desejo;
o Dirigido a um auditório específico;
o Manipula símbolos para alterar a ideia que os receptores têm da realidade;
o Induz à opção por certo produto;
o Explora o poder da imagem e da palavra;
o Propõe uma espécie de jogo de associações semânticas (actua a um nível
implícito e inconsciente);
Na elaboração do discurso publicitário é necessário certas regras:
-Para marcas:
o É um nome que tem de ser memorizável, e repetir-se;
o Evocar qualidades que se deseja associar ao produto;
o Fácil de pronunciar.
-Para slogans:
o Curto;
o Sintético;
o Impessoal;
o Original;
o Ter sonoridade.
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22. A MANIPULAÇÃO E OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO - A RETÓRICA E A
ARGUMENTAÇÃO
“A manipulação e os meios de comunicação” é considerada uma realidade do
mundo contemporâneo, mas serão os valores que os media induzem nas
crianças/jovens, os mais correctos? Serão os meios de comunicação necessariamente
manipuladores?
Quando se fala da influencia da comunicação refere-se, essencialmente, à
televisão, rádio e, mais recentemente, à internet.
O avanço da tecnologia generalizou, à escala planetária, o acesso das
populações a meios de comunicação que, há muito tempo ainda, estavam reservados a
uma pequena parte da humanidade. Embora uma significativa parte da população
mundial se encontre excluída do sistema global da circulação da informação, o certo é
que, a cada dia que passa, mais e mais indivíduos se integram nessa vasta rede de
comunicação.
Todo esse fluxo de programas de entretenimento, de notícias na televisão, na
internet, etc., produziu uma maior aproximação entre indivíduos e sociedades e
colaborou para superar as tradicionais fronteiras que, em muitos casos, isolavam as
sociedades, as classes e as culturas. Desta forma, tornou-se um factor decisivo de
desenvolvimento material e de expansão da liberdade para as comunidades e
indivíduos. Porém, este processo de globalização dos meios de comunicação gerou um
conjunto de problemas que põe em risco os direitos e a privacidade das sociedades, o
que também reduz significativamente as relações entre as pessoas, no sentido de
convivência.
Todas as manifestações humanas, nomeadamente a publicidade, tornam-se
produtos em circulação nessa imensa teia de televisões, satélites, rádios,
computadores, telefones, etc.
Para que esse poderoso sistema de comunicação e informação possa intervir na
construção de um futuro de maior felicidade, é necessário que se saiba torná-lo num
instrumento para a promoção de bem-estar e liberdade para todos os seres humanos.
Alguns sociólogos enumeram três funções relacionadas com a televisão:
informar, educar e distrair. E as principais críticas caiem sobre esta ultima função:
22
23. distrair. A distracção pode condicionar o desenvolvimento intelectual, sobretudo nas
crianças e jovens, levando à manipulação do seu pensamento, pelo que estas faixas
etárias são mais fáceis de manipular/convencer.
Diz-se que a maioria das crianças estão perturbadas e, parte disso deve-se ao
excesso de tempo que passam em frente à televisão e a demasiada confiança que
depositam nela. Elas acham que tudo o que vêem na televisão é verdade.
Quanto à internet, os mestres da Internet ao conhecerem o perfil do navegador,
isto é, ao saberem os seus interesses culturais, ideológicos e de consumo, conseguem
manipula-lo como quiserem, isto é têm técnicas de persuasão eficazes, em que muitas
vezes a persuasão é obtida quando se desperta no auditório, neste caso os navegadores
da internet, sentimentos e emoções que o levam a querer comprar/consumir
determinada coisa.
As pessoas, por vezes, adoptam atitudes violentas baseadas nos valores que a
televisão lhes emite, como por exemplo, em desenhos animados que envolvam alguma
violência, filmes em que estas acham que a violência é digna de admiração.
A televisão transmite-nos, progressivamente, que a violência é algo normal,
comum e aceitável, porque afinal de contas é o que mais dá em telejornais,
documentários.
Quanto aos valores morais induzidos às crianças, são veiculados pelas
personagens. Há sempre o bom e o mau, o bom não pode fazer mal e o mau não pode
fazer bem, esta é a visão moral de qualquer criança de 5 anos, portanto, qualquer acto
bom ou mau, desde que seja feito pela personagem que é considerada boa por ela, será
sempre classificado como um bom acto.
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24. Alguns produtores de televisão defendem-se dizendo que os programas
televisivos representam a realidade e argumentam ainda, que não obrigam as crianças
a vê-los. Porém, todos sabemos, que os pais não podem, nem conseguem, controlar
todos os programas televisivos infantis que as crianças vêem.
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25. Aspectos educativos dos meios de comunicação:
A consulta de jornais e revistas pode desenvolver a competência da leitura; o
recurso à televisão pode favorecer a ampliação do vocabulário, inclusive em línguas
estrangeiras, a televisão permite igualmente conhecer outras realidades, outras
culturas, outros países diferentes do nosso; pela televisão podemos conhecer o mundo,
reconhecer cidades onde nunca estivemos; a escuta da rádio pode estimular as aptidões
musicais; a ida ao cinema pode produzir momentos de convívio mas também de
debate; a Internet pode aumentar a disponibilidade de informação.
Os media são uma óptima fonte de aprendizagens diversificadas. Ver televisão
ou navegar na Internet não são por si negativos, pelo contrário. O problema é quando a
nossa visão do mundo se limita a eles. Do ponto de vista formativo, sobretudo para as
crianças e jovens, que são os mais vulneráveis à sua influência, o acesso à
comunicação tecnológica, deve ser controlado ou pelo menos, gerido pelo seu país ???
e educadores, porque os meios de comunicação, podem tornar-se um vício. Mas, os
seus benefícios são bastante maiores do que as suas desvantagens: o que seria dos
jovens hoje sem estes meios de comunicação? Nada (…).
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26. CONCLUSÃO
Com este trabalho, concluímos que a população mundial é bastante dependente
dos meios de comunicação, pelo que, por exemplo, deixa-se manipular pela
publicidade que passa na televisão, na rádio, na internet. Pelo que a publicidade
deveria ter como objectivo informar a população, mas não, está subordinada a
interesses económicos.
Os meios de comunicação também são benéficos na educação das crianças, no
nosso dia-a-dia. A manipulação está presente nos media, e é tão criticada nos mesmos,
devido ao facto de terem um poder tão influente na população, sendo até considerados,
por alguns, o quarto poder, depois do executivo, legislativo e administrativo, mas
sabemos que esta não está presente apenas nos media.
Em suma, seria necessária uma reestruturação social, para que os meios de
comunicação deixassem de ser manipuladores, pois a arte de persuadir (retórica) está
cada vez mais presente no mundo da comunicação social, pelo que é usada de uma
forma excessiva e, por vezes, levando ao seu mau uso.
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