O documento resume o Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente. Nele, o Corregedor e o Procurador são levados à barca do Diabo após serem acusados de pecados como corrupção e má prática religiosa durante suas vidas. Eles tentam argumentar sua defesa com base em seu estatuto social, mas acabam reconhecendo humildemente sua culpa e pedindo clemência.
1. Auto da Barca do Inferno Trabalho realizado por : Inês Santos nº5 Inês Peixoto nº6 Susana Martins nº16 Tatiana Morais nº18 Anita Barsanº19
2. Corregedor e Procurador Elementos Caracterizadores : Corregedor : apresenta-se de feitos e com uma vara na mão , que simbolizam o seu estatuto social. A aplicação da justiça- Procurador : chega carregado de livros Percurso cénico : Cais -» Diabo -» Anjo -» Diabo O Corregedor chega ao cais, dirige-se à barca do Diabo e acaba por ser gozado pelo mesmo. Chega entretanto o seu amigo Procurador . Juntos dirigem-se àbarca do Anjo, é também nessa altura que o anjo os critica e condena e ambos regressam à barca do Diabo onde partem para o Inferno e encontram a Brisida Vaz .
3. Evolução Psicólogica : - No início, o Corregedor entra confiante sem consciência dos seus pecados e seguro do seu estatuto social. - Preocupado o Corregedor pergunta ao procurador se se confessou, assumindo estatuto de pecador e má prática religiosa. - No final , dirigem-se àbarca do diabo, mostrando já um pouco de consciência dos seus actos e humilhadospedem clemência e piedade. Relação com os arrais : - O Diabo dirige-se ao Corregedor, gozando e ridicularizando-o, porque já sabe os seus pecados e o corregedor fala de uma forma autoritária, usando o latim de forma a demonstrar cultura; - Por sua vez o anjo é irónico com o Corregedor e com o Procurador ao dizer : “ como vides preciosos, sendo filhos da ciência “(v.730) , e estes falam, apesar de já terem entrado no processo de consciência continuam a exibir o seu estatuto social , como forma de defesa.
4. Argumentos de Defesa : - Defende-se dizendo que sempre procedeu de acordo com a justiça (V.668) - que os lucros não eram seus , quem pecou foi a sua mulher não ele (Corregedor) ((V.675) - usam o seu estatuto social. (v. 623) Argumento de Acusação : O Diabo acusa-o e o Parvo ajuda nesta função: - (corregedor) de ter roubado e enriquecido à custa dos lavradores ingénuos (V.693) - (corregedor) que julgou com pouca honestidade(V.667) - (corregedor) e receber subornos (V.670) - (corregedor) má pratica religiosa, pois confessou-se mal. ( V. 715) O Procurador assume as acusações de que é alvo o corregedor, pois os dois simbolizam, caricaturam a situação da justiça.
5. Critica Social Gil Vicente aproveita para criticar (através do Crregedor e do Procurador) os comportamentos da justiça: eram corruptos, desonestos e roubavam os mais ingénuos e necessitados. Recursos estilísticos Metáfora -»“ Oh, pragas pera papel…” Ironia -» “ Como vindes preciosos, …”