O documento discute: 1) A crise do Império Português no século XVI devido a fatores como a má administração, ataques de piratas e a emergência de outros impérios europeus; 2) A União Ibérica como solução para a sucessão portuguesa, unindo Portugal e Espanha; 3) A ascensão dos impérios holandês, inglês e francês baseados no comércio marítimo.
6. Desastres e cobiças É cousa que muito magoa a perda de tantas naus nesta carreira da Índia (…) umas que os corsários tomaram (…) outras, não por desastre mas por cobiça se perderam. A terceira causa que bota a perder as naus, e o reino e a Índia e tudo é a dos navegantes nesta carreira sobrecarregarem as naus e as arrumarem mal, todas levando-as ao fundo devido à sobrecarga com mercadorias da Índia. (…) Em vinte anos, de 1582 até 1602, perdeu este reino trinta e oito naus da índia. História Trágico-Marítima, compilada por Bernardo Gomes de Brito (adaptado).
7. Ataque a uma nau portuguesa. Piratas e corsários holandeses, ingleses e franceses atacavam frequentemente os navios portugueses.
12. 1609 – Hugo Grotius escreveu “Mare Liberum” sobre a ideia da liberdade dos mares.
13. Crise do Império Português do Oriente A população do reino era escassa para povoar as tão vastas e longínquas regiões do Império Português. Administração do Império deficiente e dispendiosa Má aplicação dos lucros (bens luxo). Naufrágios (excesso carga, tempestades, ataques inimigos). Maior organização da pirataria e corso (Inglaterra, Holanda, França). Reorganização do comércio dos produtos orientais (Turcos e Árabes) Rota do Levante. A politica do Mare Clausum, defendia pelo Tratado de Tordesilhas, começou a ser posta em causa por Holandeses, Ingleses e Franceses, que defendiam o Mare Liberum. Portugal abandonou praças no Norte de África.
14. Quais as razões de prosperidade da Espanha em meados do século XVI?
16. O APOGEU DO IMPÉRIO ESPANHOL Na 2ª metade do século XVI, o Império Espanhol atingiu o seu apogeu e a Espanha tornou-se a maior potência COLONIAL e comercial da Europa.
20. 1492 – Cristóvão Colombo descobre a América Conflitos entre Portugal e Castela reacendem-se
21.
22. Estes tratados foram confirmados por casamentos entre os filhos de diferentes monarcas portugueses e castelhanos: D. Afonso, filho de D. João II; D. Manuel I; D. João III Casam-se com princesas espanholas - Imperador Carlos V casa-se com uma princesa portuguesa
28. SÃO CONVOCADAS CORTES EM ALMEIRIM PARA RESOLVER O PROBLEMA DA SUCESSÃO
29. 1- O cardeal D. Henrique convocou Cortes em Almeirim para resolver o problema da sucessão. 2- E quem são os candidatos?
30. 3- É o rei Filipe II de Espanha, D. Catarina duquesa de Bragança e D. António Prior do Crato. 4 -Filipe II de Espanha, vamos ter um rei espanhol? Nem pensar.
31. 5- Viva D. António prior do Crato! 6- Viva o nosso rei.
32. 7- O nosso rei será D. António. Não queremos um espanhol cá, nem D. Catarina.
33. 8- O nosso rei será Filipe II de Espanha. Quem melhor que o rei espanhol para podermos aceder a novos cargos, tanto aqui em Portugal como, e sobretudo em Espanha. E agora que a Espanha conquistou novas colónias, nada melhor que expandir os negócios.
34. 10- Nem pensar! O nosso rei não será espanhol. A nossa candidata é D. Catarina. 9- Viva Filipe II de Espanha, será o nosso Rei, Filipe I de Portugal.
35. 11- Nós apoiamos D. Catarina. Será ela a nossa rainha, não podemos cair nas mãos dos espanhóis. 12- Não D. Catarina não. Quem melhor para defender os nossos interesses do que Filipe II de Espanha. Será ele o nosso rei.
36. CANDIDATOS Filipe II de Espanha D. Catarina, duquesa de Bragança D. António Prior do Crato
37. Genealogia de D. Manuel e a crise de sucessão dinástica em 1580.
38. D. António Prior do Crato (1531-1595) D. António foi aclamado Rei pelo povo em algumas cidades. Entre Junho-Agosto de 1580 reinou no Continente. entre 1580-1583 reinou nalgumas ilhas dos Açores (Terceira).
39. Filipe II invadiu Portugal com um poderoso exército. Filipe II conquista Portugal ao vencer D. António, na Batalha de Alcântara , a 25 de Agosto de 1580 . Em 1581(Abril) , nas Cortes de Tomar , fez-se aclamar rei de Portugal, com o título de Filipe I de Portugal .
41. CORTES DE TOMAR Prometeu a autonomia de Portugal, reconhecendo o país como Estado soberano , com direitos próprios: Mantinha a língua portuguesa como língua oficial Continuava a poder cunhar e usar moeda própria Mantinha nos altos cargos da justiça, da Igreja, da administração pública e do Império funcionários portugueses Governar o reino de forma autónoma – Monarquia Dualista Respeitar as leis e os costumes do país
42. O Império de Filipe II de Espanha, I de Portugal
43. Filipe III de Espanha, II de Portugal O Pio (1598-1621). Filipe IV de Espanha, III de Portugal O Grande (1621-1665). 3ª DINASTIA - FILIPINA Filipe II de Espanha, Filipe I de Portugal O Prudente (1581-15989.
44. No final do século XVI a Espanha iniciou um período de crise. Guerras internas (revoltas em Portugal e na Catalunha) Desenvolvimento de novas potências na Europa do Norte Derrota contra os Ingleses na armada Invencível (1588) Redução da chegada da prata
45. Derrota da Armada Invencível, 1588 (Philippe-Jacques de Loutherbourg, 1796)
46. A Europa do Norte: uma ascensão económica e colonial inevitável ou a perda da superioridade Ibérica nos mares.
50. Como se explica a ascensão da Holanda nos inícios do século XVII?
51. Os holandeses a partir de meados dos séc. XVI começam a impor o seu domínio nos mares. Para isso contribuíram vários factores :
52. Crise do Império espanhol a partir de 1630 (redução da chegada da prata); Tolerância política, religiosa e liberdade económica permitindo a entrada de capitais estrangeiros (cristãos novos); Existência de uma burguesia forte e empreendedora que investia em novos negócios; Os holandeses desenvolveram uma intensa actividade agro-pecuária (legumes, flores, criação de gado) e industrial (tecidos, faianças, construção naval, refinação de açúcar); A sua principal riqueza estava no mar, isto é, na actividade comercial marítima.
53. A Importância do comércio para a economia holandesa Cremos que eles (os holandeses) têm mais barcos do que todo o resto da Europa. E, no entanto, não têm no seu próprio território qualquer matéria-prima para construir ou equipar o mais pequeno dos seus barcos. Vão buscar aos países estrangeiros o linho, o cânhamo, a madeira e o ferro, assim como o trigo e a lã, de que precisam. Não vejo que haja a mínima coisa no seu país que lhes possa servir para aumentar o tráfico que fazem com os seus vizinhos, a não ser um pouco de manteiga, de quijo ou alguns potes de barro. William Temple, Notas sobre o Estado das Províncias Unidas (1672).
54. Nos inícios do século XVII, os holandeses dominavam o comércio Europeu entre o Mediterrâneo e o Báltico. Amesterdão tornou-se a principal cidade comercial da Europa. Era um autêntico Entreposto Comercial Centro comercial muito activo, onde as mercadorias afluem para, depois, serem expedidas para os locais de consumo. Local de redistribuição de mercadorias.
55. “ Mare Liberum” O debate entre nós e os Espanhóis incide sobre os seguintes pontos: o mar imenso e sem limites poderá ser pertença de um só reino? Uma só nação terá o direito de proibir às outras vender, trocar ou entrarem relação com outros Povos? Uma nação poderá dar o que nunca lhe pertenceu ou descobrir o que pertencia já a outrem? Uma injustiça flagrante poderá tornar-se, com o tempo, um direito? Hugo Grócio, Mare liberum, 1609 .
56. Os Holandeses conquistaram algumas colónias portuguesas: na Indonésia, no Brasil e em Angola. Iniciaram o seu Império Comercial Fundaram COMPANHIAS COMERCIAIS.
57. COMPANHIA HOLANDESA DAS ÍNDIAS ORIENTAIS (1602) COMPANHIA HOLANDESA DAS ÍNDIAS OCIDENTAIS (1621)
58. A Holanda no século XVII era o grande centro do CAPITALISMO COMERCIAL E FINANCEIRO. Interior da Bolsa de Amesterdão BOLSA GERAL DE AMESTERDÃO (1609) BANCO DE TRANSFERÊNCIAS DE AMESTERDÃO (1605)
59. Como é que a Inglaterra e a França se afirmaram no comércio mundial?
60. No século XVII, as autoridades inglesas tomaram medidas , com vista a aumentar a participação da Inglaterra no comércio Internacional:
61. Oliver crowell Em 1651 , publicou-se na Inglaterra um ACTO DE NAVEGAÇÃO Na 2ª metade do século XVII, a Inglaterra tornou-se a “rainha dos mares” e a potência colonial preponderante a nível mundial . Londres substituiu Amesterdão como novo centro da economia mundial.
63. Na 2ª metade do século XVII, o rei Luís XIV e o seu ministro Jean-Baptiste Colbert reforçaram a economia francesa através da adopção de medidas mercantilistas. Jean-Baptiste Colbert Luís XIV
64. Em meados do século XVIII, Inglaterra e França concorriam na América do Norte e na Índia pela posse de cidades e territórios estratégicos. GUERRA DOS SETE ANOS ((1756-1763)
65. Tratado de Paris 1763 A Inglaterra derrotou a França, apropriando-se de alguns territórios coloniais franceses (Canadá, Senegal e Índia). e reafirmou a sua posição como primeira potência mundial.
67. O desenvolvimento dos Impérios coloniais deu origem à revolução comercial. Forte acumulação de capitais , que passaram a ser geridos pelas companhias de comércio, pelos bancos e pela bolsa . CAPITALISMO COMERCIAL Sistema económico através do qual os lucros obtidos por meio da actividade mercantil eram reinvestidos, proporcionando novos lucros (as mais-valias).
68. SÍNTESE Crise do Império Português e o apogeu do Império Espanhol UNIÃO IBÉRICA A ascensão económica e colonial da Europa do Norte Império Holandês Império Inglês Império Francês CAPITALISMO COMERCIAL
69. SUMÁRIO A crise do Império Português e o apogeu do Império Espanhol. A União Ibérica. A ascensão económica e colonial da Europa do Norte: o Império Holandês, Inglês e Francês.
70. BIBLIOGRAFIA BARREIA, Aníbal e MOREIRA, MENDES, Sinais da História 8º ano , Porto, ASA Editores, 2007, pgs. 80 à 87. Vários, Descobrir a História 8º ano , Porto, Porto Editora, 2007, pgs. 78 à 87. Vários, Viver a História 8º ano , Porto, Porto Editora, 2007, pgs. 58 à 61. BARREIA, Aníbal e MOREIRA, MENDES, Rumos da História 8º ano , Porto, ASA Editores, 2005, pgs. 56 à 61.