2. Maria Dorotéa Pires Neves Cury
•A boca no contexto saúde
•Saúde Bucal
•Educação em Saúde X Promoção em saúde
•Educação em Saúde : abordagens
•Estratégias em Saúde Pública
•Epidemiologia
•Diretrizes da Política de Saúde Bucal
3. SAÚDE - DEFINIÇÃO
Segundo a OMS: “Saúde é um
estado de completo bem estar
físico, mental e social, e não
apenas a ausência de doença ou
enfermidade.”
Segundo Spencer: “Saúde é uma
perfeita adaptação de um
organismo ao seu ambiente.”
Segundo HOYMAN: “Saúde é um
ajustamento pessoal ótimo para
uma vida completa, frutífera e
criativa.”
4. EDUCAÇÃO - DEFINIÇÃO
“A Educação é um processo rico e
enriquecedor, pois contém o germe
da crítica, reflexão e
consequência.” Artur da Távola
5. EDUCAÇÃO EM SAÚDE
X
PROMOÇÃO EM SAÚDE
A Educação em Saúde, diferente da
informação em saúde, procura desencadear
mudanças de comportamento individual,
enquanto a Promoção em Saúde, visa
procurar mudanças de comportamento
organizacional, capazes de beneficiar a
saúde de camadas mais amplas da
população, particularmente e não
exclusivamente, por meio da legislação.
6. EDUCAÇÃO EM SAÚDE:
•Identificação do problema
•Resultado visado
•Adequação do conteúdo ao nível da
população e dos meios utilizados
•Bloqueios à comunicação
•Avaliação
8. EDUCAÇÃO EM SAÚDE: Os Bebês, as
Gestantes/Lactentes
• Primeira janela da infectividade
• Sedimentar na mãe conceito de responsabilidade na
saúde do bebê
•Placa e higiene dental
•Importância da dentição decídua
•Cárie dentária como doença transmissível
•Cárie de mamadeira
•Controle da dieta
•Controle de uso de dentifrício
•Hábitos inadequados
•Medicamentos ( presença de sacarose, flúor)
9. EDUCAÇÃO EM SAÚDE: As Crianças
PROGRAMAS EDUCATIVOS _ PREVENTIVOS
•A influência da escola
•A influência da família
10. EDUCAÇÃO EM SAÚDE: As Crianças
4 a 6 anos de idade
•Mantém concentração por período maior de tempo
•Tornam-se fisicamente mais independentes
•Têm a capacidade de dedicar e aprender a compartilhar
afeição
•Recebem e obedecem ordens
•Identificam-se com o papel do próprio sexo
•Ajustam-se às expectativas resultantes do próprio
desenvolvimento da capacidade muscular
•Aperfeiçoam o uso da linguagem, bem como a
elaboração de conceitos
•Desenvolvem um conceito próprio, embora não crítico,
do mundo
11. EDUCAÇÃO EM SAÚDE: As Crianças
6 a 9 anos de idade
•Controlam os movimentos musculares mais delicados (mãos)
•Dedicam tanto amor quanto recebem ( egocentrismo menos
acentuado)
•Mostram importantes progressos na socialização
•Estabelecem grupos com outras crianças; têm consciência e
gostam de pertencer a tais grupos
•Aprendem novas formas e novas regras
•Estruturam a realidade pela própria razão, compreendendo as
relações causais reais
•Operam a linguagem como forma de pensamento
•São capazes de reflexão e crítica
•Estão no início do domínio da escrita e leitura
12. EDUCAÇÃO EM SAÚDE: As Crianças
9 a 12 anos de idade
•Facilidade na aquisição de habilidades motoras, tanto
grossa(membros superiores e inferiores) quanto finas(mãos)
•Estabelecem relações afetivas mais profundas e duradouras,
libertando o seu “eu” da identificação primária com adultos
•Entendem melhor o mundo do adulto em contraposição ao seu
•Obtém grandes conquistas no processo de socialização
•Concentram-se individualmente quando trabalham sozinha e
colaboram em atividades em grupo
•Realizam operações que envolvem combinação, reversibilidade e
associação
•Aprendem a usar a linguagem real para trocar idéias, ou
influenciar os que a cercam
•Desenvolvem o entendimento para a explicação científica
13. EDUCAÇÃO EM SAÚDE: Os Adolescentes
•Crescimento turbulento de muitos órgãos e sistemas
•Perturbações no equilíbrio bioquímico
•Ganhos consideráveis em controle motor e força física
•Libertam-se dos adultos em todas as áreas do
comportamento
•Aceitam o “eu” como pessoa digna de amor
•Comportam-se segundo o código do grupo
•Têm forte identificação com indivíduos do mesmo sexo
•Reorganizam as idéias e sentimentos sobre o “eu”
•Usam a linguagem para expressar e esclarecer conceitos
mais complexos
14. EDUCAÇÃO EM SAÚDE: Os Adultos
•Os processos educativos para o adulto deve adequar-se à sua
experiência pregressa
•O processo educativo visa mudança de hábito e prática que
leve à preservação e manutenção da saúde
•A primeira consulta é vital para o plano de tratamento
proposto
•A abordagem em Saúde Bucal dependerá do amadurecimento
do indivíduo, pois o adulto possui conceitos próprios
internalizados
•As reuniões em grupos devem ser encorajadas, com temas
voltados para a saúde própria e de seus familiares
•O processo educativo visa um determinado fim: mudança de
informação, atitude e comportamento
15. EDUCAÇÃO EM SAÚDE: Os Idosos
•A Associação Internacional de Gerontologia estabelece a idade
de 65 anos ou mais para o idoso
•No Brasil, considera-se segundo o Diário Oficial da União de
05/01/1994, a idade de 60 ou mais
•Prevê-se no futuro um aumento expressivo de idosos no Brasil
e no Mundo (ONU)
•Os idosos podem apresentar 3 condições funcionais:
funcionalmente independentes, parcialmente dependentes e
totalmente dependentes
•Alguns casos, necessitando do chamado “cuidador”
•Filmes, slides, cartazes, álbuns seriados de fotos e atividades
interativas, podem ser recursos de melhores resultados
16. EDUCAÇÃO EM SAÚDE: Os Pacientes com
Necessidades Especiais
•Merecem atenção especial com relação à educação em saúde
•O dentista é muitas vezes o único profissional que o aborda
com mais frequência
•São alvos de atenção: cardiopatas, hipertensos, diabéticos e
renais crônicos
•Medidas preventivas como instrução de higiene bucal,
aconselhamento nutricional e aplicação tópica de flúor deverão
ser realizadas
•Programa de controle intensivo da placa bacteriana
17. EDUCAÇÃO EM SAÚDE: Os Índios
•Os primeiros contatos diretos dos Yanomami com representantes
da sociedade nacional se deram de maneira esparsa entre 1910 e
1940.
•Da década de 40 até meados de 60 os contatos se intensificaram
com a instalação permanente de missões religiosas e de alguns
postos do Serviço de Proteção ao Índio
•Na década de 70 , com início da construção da rodovia Perimetral
Norte, introduziu-se epidemias, especialmente, sarampo, gripe e
coqueluche
•Levantamento Projeto Radam(cassiterita e ouro) – malária
•No início dos anos 90 ocorreu a demarcação da terras indígenas
e desenvolvimento da Funai
•Primeira iniciativa de um Distrito Sanitário Indígena
•Tuberculose , cáries e infecções respiratórias agudas também se
instalaram
18. EDUCAÇÃO EM SAÚDE: O Paciente
Ortodôntico
•Possivelmente, em um futuro próximo, quando as crianças
estiverem com a cárie dentária e a doença periodontal
controladas, a atenção odontológica voltar-se-á para os problemas
de oclusão que atualmente segundo a OMS encontram-se no 3º
lugar na hierarquia dos problemas bucais
•Na Odontologia moderna, para a execução de um programa pré-
ortodôntico, a atitude preventiva deve estar presente
•Esclarecer os objetivos da Ortodontia como uma especialidade da
Odontologia que cuida da prevenção e do tratamento dos
problemas dos dentes em má posição nos arcos dentários é uma
das informações trabalhadas
20. SAÚDE PÚBLICA
Definição
Ciência e a arte de evitar doenças, prolongar a vida e
desenvolver a saúde física, mental e a eficiência, através
de esforços organizados da comunidade para o
saneamento do meio ambiente, o controle de infecções
na comunidade, a organização de serviços médicos e
para-médicos para o diagnóstico precoce e tratamento
preventivo de doenças, e o aperfeiçoamento da máquina
social que irá assegurar a cada indivíduo, dentro da
comunidade um padrão de vida adequado à manutenção
da saúde.
21. SAÚDE PÚBLICA
Princípios da Saúde Pública em Prevenção
•Enfocar a ação em problemas de saúde pública
•Reduzir desigualdades de saúde e promover equidade
•Abordar as causas subjacentes de doença na sociedade
•Facilitar o auto-cuidado e a independência na população
•Trabalhar em parceria com uma série de agências e setores
•Utilizar uma abordagem baseada em evidência para
elaboração e avaliação de intervenções
22. SAÚDE PÚBLICA
Determinantes Sociais da Doença
• Condições econômicas, políticas e ambientais
( pobreza, moradia, saneamento, emprego,etc.)
• Contexto social e comunitário ( normas sociais,religião,
etc.)
• Comportamento relacionado à saúde bucal (dieta,
higiene,fumo, álcool, etc.)
• Indivíduo (sexo, idade,herança genética,etc.)
23. SAÚDE PÚBLICA
INFORMAÇÃO
A Carta de Ottawa, resultante da I Conferência
Internacional em Promoção de Saúde da OMS,
(novembro de 1986),divide a responsabilidade da
promoção de saúde entre os serviços de saúde,
grupos comunitários, profissionais de saúde e
governos; todos devem trabalhar juntos.
24. SAÚDE PÚBLICA
Postulados da Política Mundial de Saúde
•A obtenção do mais alto grau de saúde exige a intervenção de
muitos outros setores sociais e econômicos, além do setor da
saúde
•A promoção e a manutenção da saúde da população são
indispensáveis para sustentar o desenvolvimento econômico e
social e contribuem para melhorar a qualidade de vida e
alcançar a paz mundial
•A população tem o direito e o dever de participar, individual e
coletivamente, no planejamento e aplicação das estratégias
para promover a sua saúde
25. SAÚDE PÚBLICA
A Promoção de Saúde caracteriza-se por tentar
agir nos determinantes sociais da doença e,
através de ações em parceria com vários setores
da sociedade, proporcionar aos cidadãos os meios
necessários para melhorar sua saúde e exercer um
maior controle sobre a mesma.
27. SAÚDE PÚBLICA
Problemas que mais acometem a cavidade bucal
CÁRIE DENTÁRIA
DOENÇA PERIODONTAL
MALOCLUSÃO
CÂNCER BUCAL
FLUOROSE DENTÁRIA
28. SAÚDE PÚBLICA
ATENÇÃO BÁSICA
“Conjunto de ações de saúde, no âmbito
individual ou coletivo, que abrange a promoção
e proteção da saúde, a prevenção de agravos,
o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a
manutenção da saúde, situadas no primeiro
nível de atenção do sistema de saúde.”
29. SAÚDE PÚBLICA
ATENÇÃO BÁSICA
História dos Modelos Assistenciais na Saúde
Bucal Brasileira
_ Odontologia Sanitária e Sistema Incremental
( década de 50) curativo-reparador
_ Odontologia Simplificada e Odontologia Integral
( anos 70 ) promoção e prevenção
_ Programa Inversão da Atenção –PIA intervir e
controlar depois
30. EPIDEMIOLOGIA
• Saúde Pública evolução nos últimos 100 anos
• Impacto da ciência e tecnologia sobre a sociedade
• Alteração na condições de vida da população
• Clínica Particular preocupação com n° limitado de
pacientes
• Sanitarista o paciente é a comunidade e sua
responsabilidade é a saúde coletiva
31. EPIDEMIOLOGIA
O tratamento da saúde da comunidade exige a
colaboração de vários especialistas, com alguém
responsável por todos, personificado no
administrador de saúde pública.
SAÚDE PÚBLICA = parte tecnológica
EPIDEMIOLOGIA = parte científica
32. EPIDEMIOLOGIA
Definição
Conceito original = estudo das epidemias de
doenças transmissíveis
Estudo da distribuição e dos determinantes de
eventos relacionados à saúde em populações
específicas e a aplicação desse estudo para o
seu controle.
Estudo dos fatores que determinam a
frequência e a distribuição da doença nas
coletividades humanas.
33. EPIDEMIOLOGIA
Definição
“É o campo da ciência médica preocupada com
o inter-relacionamento de vários fatores e
condições que determinam a frequência e a
distribuição de um processo infeccioso, uma
doença ou um estado fisiológico em uma
comunidade humana. ( Maxcy, 1951 )
É o estudo da distribuição e dos determinantes
da frequência de doenças no homem.
( Macmahon, 1970 )
34. EPIDEMIOLOGIA
Definição
“É um campo da ciência médica que trata dos
vários fatores e condições que determinam a
ocorrência e a distribuição da saúde, doença,
defeito, incapacidade e morte entre os
grupos de indivíduos. ( Leavell & Clark,
1976 )
35. EPIDEMIOLOGIA
Definição
É uma maneira de aprender a fazer perguntas
e a colher respostas que levam a novas
perguntas, empregada no estudo da saúde e
doença das populações. ( Morris, 1978 )
“É o ramo das ciências da saúde que estuda na
população, a ocorrência, a distribuição e os
fatores determinantes dos eventos relacionados
com a saúde.( Pereira, MG.,1995)
37. EPIDEMIOLOGIA
Histórico
• Medicina individual X Medicina coletiva
• Pensamento grego: Deus Asclépio ( Panacéia e Higéia)
• Médico grego Hipócrates – Pai da Medicina
• Início da Idade Média = Medicina caráter mágico-
religioso(miasmas) Ex. malária ( mal + ar ), amuletos, odores
fortes, álcool, menta, etc.
• John Graunt (1662 publicou tabelas mortuárias em Londres-
Pai da Demografia ( mortalidade por sexo ) Pai das estatísticas
vitais.
• Revolução industrial (1750)- Inglaterra –relatórios sobre
condições de vida
38. EPIDEMIOLOGIA
Histórico
• Século XIX – rico na produção de conhecimentos. Pierre
Louis – divulgou método estatístico.
•Louis Villermé – Pioneiro dos estudos sobre etiologia social
das doenças.
•William Farr – Fêz classificação das doenças e descrição das
leis da epidemiologia.
•John Snow – Através da epidemiologia de campo – água
poluída = episódios de cólera
•Louis Pasteur – Séc. XIX –identificou agentes etiológicos e
meios de combatê-los.
39. EPIDEMIOLOGIA
Histórico
• Século XX – assistiu progresso ímpar da ciência e tecnologia
• Oswaldo Cruz - Instituto Pasteur – funda Escola de
Manguinhos – campanha febre amarela, peste e varíola.
• Após 2ª guerra mundial (1939-1945) –grande
desenvolvimento da epidemiologia –mudança do perfil das
doenças prevalentes
• Desenvolvimento da epidemiologia – 3 eixos básicos:
ciências biológicas, ciências sociais e estatística
42. EPIDEMIOLOGIA
Histórico
Noruega
• Década de 60- 70 - acompanhamento 10 anos em programa de
saúde bucal curativo restaurador .
• Após 10 anos – índice de perda dentária no adulto jovem não
diminuiu.
• Década de 80 – programa preventivo
43. EPIDEMIOLOGIA
Premissas Básicas:
• A distribuição desigual dos agravos à saúde é produto
da ação de fatores que se distribuem desigualmente na
população.
•O conhecimento dos fatores determinantes das doenças,
permite a aplicação de medidas preventivas e curativas,
direcionadas a alvos específicos, cientificamente
identificados, o que resulta em aumento da eficácia da
intervenções.
44. EPIDEMIOLOGIA
Métodos de Investigação
• Estudo Descritivo – descreve dados colhidos da
população
• Estudo Analítico – investiga a associação entre dois eventos
• Estudo Experimental – o investigador cria uma situação
artificial para pesquisar sobre o tema
• Estudo Não- Experimental – pesquisa de situações que
ocorrem naturalmente: observação
45. EPIDEMIOLOGIA
Aspectos da Prática da Epidemiologia
• Correta seleção da população para estudo
• Apropriada aferição dos eventos e a adequada
expressão dos resultados
• Controle das variáveis confundidoras, ou seja, das que
confundem a interpretação dos resultados
46. EPIDEMIOLOGIA
Objetivos
• Descrever a distribuição e magnitude dos
problemas de saúde na população humana
• Proporcionar dados essenciais para o
planejamento, execução e avaliação de ações de
prevenção, controle e tratamento das doenças,
bem como para estabelecer prioridades
• Identificar fatores etiológicos na gênese das
enfermidades
47. EPIDEMIOLOGIA
Principais usos:
• Diagnóstico da situação de saúde
• Investigação etiológica
• Determinação de riscos
• Aprimoramento na descrição do quadro clínico
• Determinação de prognóstico
• Identificação de síndromes e classificação das doenças
• Verificação da confiabilidade de procedimentos
diagnósticos
• Planejamento e organização de serviços
• Avaliação de tecnologias, programas ou serviços
• Análise crítica de trabalhos científicos
50. EPIDEMIOLOGIA
Níveis de Prevenção
( Leavell & Clark)
1º Nível de Prevenção
2º Nível de Prevenção
3º Nível de Prevenção
4º Nível de Prevenção
5º Nível de Prevenção
Prevenção Primária
Prevenção secundária
Prevenção Terciária
Promoção da saúde
Proteção específica
Limitação do dano
Reabilitação
Diagnóstico e tratamento precoce
51. EPIDEMIOLOGIA
SAÚDE = estado de completo bem-estar
físico, mental e social, e não apenas
ausência de doença.
Físico e mental – responsabilidade das
profissões da saúde
Social - atividades do campo da saúde,
nutrição, educação, moradia, recreação,
seguridade social, proteção contra o
desemprego
52. EPIDEMIOLOGIA
Base da prevenção = história natural das
doenças
É o nome dado ao conjunto de
processos interativos compreendendo
as inte-relações do agente, do
susceptível e do meio ambiente que
afetam o processo global e seu
desenvolvimento, desde as primeiras
forças que criam o estímulo patológico
no meio ambiente, ou em qualquer
outro lugar, passando pela resposta do
homem ao estímulo, até as alterações
que levam a um defeito, invalidez,
recuperação ou morte.
53. EPIDEMIOLOGIA
Períodos da história natural das
doenças:
Epidemiológico = ocorrem a pré-
condições em cujo interesse é dirigido
para as relações susceptível-meio
ambiente
Patológico = o interesse é dirigido
para as modificações que se passam no
organismo vivo
54. EPIDEMIOLOGIA
INDICADORES DE SAÚDE : para facilitar a
quantificação e a avaliação das informações
produzidas
Propriedades:
-Validade
-Confiabilidade
-Clareza, simplicidade e objetividade
-Quantificabilidade
-Aceitabilidade
55. EPIDEMIOLOGIA
PRINCIPAIS INDICADORES DE SAÚDE :
-Mortalidade
-Morbidade
-Indicadores Nutricionais
-Indicadores Demográficos
-Indicadores Sociais
-Indicadores Ambientais
-Serviços de Saúde
-Indicadores Positivos de Saúde
56. EPIDEMIOLOGIA
Tipos de Estudos Epidemiológicos: Respostas
epidemiológicas
-Quais são as características de saúde e de doença de sua
comunidade?
-Com quantos casos de doença ou eventos de interesse para a saúde
você se deparou?
-Há algum período em particular em que eles ocorram?
-Onde eles ocorrem?
-Quem é afetado?
-Por que o problema ocorre?
-Que tipo de medidas você e/ou outros envolvidos tomaram para lidar
com o problema?
-Quais resultados alcançados? Quais dificuldades foram encontradas
ao tentar lidar com o problema?
-O que mais poderia ter sido feito? Que tipo de assistência pode ser
necessária?
57. EPIDEMIOLOGIA
INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS DE SAÚDE BUCAL
Baseados na 4ª edição do Levantamento Básico em Saúde
Oral da Organização Mundial da Saúde (1999) e do Manual do
Examinador ( Projeto SB- Brasil)
-Índices
- Anormalidades dento-faciais – índice de má-oclusão, de estética dental
-Prótese dentária
-Fluorose dentária
-Cárie dentária e necessidade de tratamento
-Doença Periodontal
-Alterações de tecido mole
-Caracterização Sócio-econômica
-Acesso a serviços odontológicos
-Autopercepção em saúde bucal
58. EPIDEMIOLOGIA
Epidemiologia aplicada à Odontologia
A Odontologia passou do empirismo para o
conhecimento científico no início da década de 1930
ÍNDICE CPO = ferramenta epidemiológica para
medir e comparar o ataque de cárie em populações
66. EPIDEMIOLOGIA
Projeto SB Brasil 2003
Comparação entre as metas propostas
pela OMS/FDI para o ano 2000 com
relação à cárie dentária e os resultados
do Projeto SB Brasil, 2003
67. EPIDEMIOLOGIA
Projeto SB Brasil 2003
CPO-D médio, na idade de 12 anos e nas
faixas etárias de 15 a 19 e 35 a 44,
segundo presença de flúor na água.
Brasil 2003
69. POLÍTICAS DE SAÚDE
BUCAL
Histórico
Saúde Pública no Brasil:
Colonização da doença – carta de Pero Vaz de Caminha -
séc. XVII
Odontologia praticada restringia-se quase que só às
extrações dentárias
técnicas rudimentares, instrumental inadequado e nenhuma
forma de higiene
anestesia nem pensar
barbeiro ou sangrador ( forte e impiedoso, impassível e
rápido)
70. POLÍTICAS DE SAÚDE
BUCAL
Histórico
Saúde Pública no Brasil:
Saúde no Império
Surto de progresso – corte e alta sociedade
1813 – D. João – Academia Médico Cirúrgica do Rio de
Janeiro
1840 – 1ª escola de Odontologia do mundo – Baltimore
(EUA)
1850 – decreto lei 598 – criação da junta de Higiene Pública
25 de outubro de 1884 – decreto nº 9311 – novos estatutos
às faculdades de Medicina
71. POLÍTICAS DE SAÚDE
BUCAL
Histórico
Saúde Pública no Brasil:
Saúde na República Velha
1889 – proclamação da república
Fim da escravidão – investimento no trabalhador brasileiro
Política de saúde voltadas a atender interesses políticos e
econômicos – indivíduo como força de trabalho produtivo
Constituição de 1891 – autonomia estadual e municipal
Cidades e interior – alvo de epidemias – varíola, febre
amarela, peste bubônica, febre tifóide e cólera.
1892 – Laboratórios bacteriológicos, vacinogênico e de
análises clínicas e farmacêuticas – Instituto Butantã e Adolfo
Lutz
72. POLÍTICAS DE SAÚDE
BUCAL
Histórico
Saúde Pública no Brasil:
Saúde na República Velha
1899 – Instituto soroterápico Manguinhos – Oswaldo Cruz
1902 –presidente Rodrigues Alves – programa de
saneamento e modernização Rio de Janeiro
1903 – Instituto Pasteur
1904 – “ Lei da Vacina”
1918 – homem rural brasileiro – personagem doente
( parasitas intestinais, doença de Chagas,malária, tuberculose)
1918 – gripe espanhola – milhares de mortes
1920 – Criação do Departamento Nacional de Saúde Pública
(DNSP)
73. POLÍTICAS DE SAÚDE
BUCAL
Histórico
Marco na Saúde Pública no Brasil:
Lei Eloy Chaves – 1923 – criação CAPS para empregados
das empresas ferroviárias (caixa de aposentadorias e pensões)
Revolução de 30 – Getúlio Vargas
1933 – IAPS ( institutos de aposentadorias e pensões) >
abrangência
1934 – nova constituição incorpora assistência médica,
licença gestação, jornada de 8 horas.
1943 – Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) – salário
mínimo, indenização aos acidentados,tratamento médico aos
doentes, horas extras, etc.
74. POLÍTICAS DE SAÚDE
BUCAL
Histórico
Marco na Saúde Pública no Brasil:
Saúde Bucal nas CAPS E IAPS e o Sistema Incremental
Oferecem atendimento emergencial
Odontologia Preventiva (responsabilidade da Saúde Pública)
e Odontologia Curativa ( responsabilidade da clínica particular
e dos serviços sociais)
A partir da década de 50 o SESP(Serviço Especial de Saúde
Pública – 1942) cria o subsetor odontológico ligado ao
Ministério da Saúde.
77. POLÍTICAS DE SAÚDE
BUCAL
Histórico
“Método de trabalho que visa o completo
atendimento dentário de uma população dada,
eliminando suas necessidades acumuladas e
posteriormente mantendo-a sob controle,
segundo critérios de prioridades quanto a idades
e problemas.”( Pinto,1989)
SISTEMA INCREMENTAL
78. POLÍTICAS DE SAÚDE
BUCAL
Histórico
Manteve-se por mais de 40 anos
Sinônimo de modelo assistencial
Sistema proposto por Waterman, nos EUA -1946, nas
cidades de Richmond e Woonsocket
Experimentado pela 1ª vez em Aimoré – MG 1951
Sofre inúmeras críticas na décade de 70
SISTEMA INCREMENTAL
79. POLÍTICAS DE SAÚDE
BUCAL
Histórico
Instituto Nacional da Previdência Social – 1966
Modelo brasileiro de seguro social e prestação de
serviços médicos
Com esta ampliação de cobertura as instituições de
assistência não deram conta da demanda
Criou-se o Complexo Previdenciário
Criação do INPS
80. POLÍTICAS DE SAÚDE
BUCAL
Histórico
Período vivido pelo Brasil 1968-1974
Grande desenvolvimento econômico
Investimentos voltados para segurança e
desenvolvimento com aumento no orçamento dos
ministérios dos transportes e da indústria e comércio
Ministério da Saúde – orçamento reduzido
O sistema de saúde não atendia a população em
suas necessidades e gastava mais que arrecadava.
Época do “Milagre Econômico”
82. POLÍTICAS DE SAÚDE
BUCAL
Histórico
A Saúde Bucal nas décadas de 70-80
Atendimento era de livre demanda e reproduzia em nível
público a Odontologia de mercado – a prática era empobrecida
com serviços de má qualidade.
Segundo Narvai (2002), as características eram: ineficácia,
ineficiência, descoordenação, má distribuição, baixa cobertura,
alta complexidade, enfoque curativo, caráter mercantilista,
caráter monopolista e inadequação do preparo dos recursos
humanos.
83. POLÍTICAS DE SAÚDE
BUCAL
O que é o SUS?
Sistema Único de Saúde
Conjunto de ações e serviços de saúde
Órgãos e instituições públicas – federal, estadual e municipal
Instituições privadas – complementar
Administração direta e indireta e da fundações mantidas pelo poder pú
( Art. 4, lei 8080 de 19/09/1990 )
84. POLÍTICAS DE SAÚDE
BUCAL
SUS
Modelo de assistência de saúde
Nova formulação política
Desenho organizacional
promoção
proteção
recuperação
S
A
Ú
D
E
86. POLÍTICAS DE SAÚDE
BUCAL
SUS Artigo 196
“ A Saúde é direito de todos e dever do
Estado, garantido mediante políticas sociais
e econômicas que visem à redução do risco
de doença e de outros agravos e ao acesso
universal e igualitário às ações e serviços
para sua promoção, proteção e recuperação.
“ ( Brasil, 1988 )
89. POLÍTICA DE SAÚDE
BUCAL
Princípios e Diretrizes
Princípios Doutrinários:
Universalidade
Integralidade
Equidade
Todos têm direito de acesso a todos os
serviços públicos de saúde
Assegurar ações e serviços de todos os níveis de acordo
com a complexidade de cada caso, sem privilégios e
sem barreiras.
Cada pessoa é todo e indivisível. O homem é um ser
bio-psico-social, e deverá ser atendido com esta visão
integral por um sistema de saúde também integral,
voltado a promover, proteger e recuperar a saúde.
90. POLÍTICAS DE SAÚDE
BUCAL
Principais Diretrizes:
Princípios Organizativos
Descentralização
Regionalização e
Hierarquização
Participação da Comunidade
Controle Social
Financiamento do
SUS
91. POLÍTICAS DE SAÚDE
BUCAL
O CPMF foi um engodo, pois o
Governo Federal destinava esta receita
para a saúde, mas em contrapartida
deixava de repassar receitas de outras
fontes, fazendo com que o resultado
final do orçamento da saúde ficasse
quase que inalterado. “Dava com uma
mão e tirava com a outra”. ( Carvalho,
2002)
92. POLÍTICAS DE SAÚDE
BUCAL
Programa de Saúde da Família:
Segundo o Ministério da Saúde : Modelo de assistência
anterior caracterizava-se pela prática hospitalocêntrica,
individualista e de alto custo.
Segundo Baldani et al(2003), o reconhecimento da crise
no âmbito da saúde coletiva vem suscitando a
emergência de propostas que visem à transformação do
sistema de atenção em saúde, de suas práticas e, em
articulação com estas, do processo de trabalho em
saúde. Surge então, o PSF.
93. POLÍTICAS DE SAÚDE
BUCAL
Programa de Saúde da Família:
Início em 1994
Criado pelo MS para dar sequência à estratégia de saúde da família
Tem com base os princípios da SUS
94. POLÍTICAS DE SAÚDE
BUCAL
Equipe de Saúde da Família:
Responsabilidades
Conhecer a realidade das famílias
Executar, de acordo com a qualificação profissional, os procedimentos de
vigilância à saúde e de vigilância epidemiológica
Garantir a continuidade do tratamento
Prestar assistência integral, respondendo de forma contínua e
racionalizada à demanda
Promover ações inter-setoriais e parcerias com organizações formais
Discutir junto à comunidade e à equipe, o conceito de cidadania
Incentivar a formação e ou participação ativa nos conselhos locais de
saúde e no Conselho Municipal de Saúde
95. POLÍTICAS DE SAÚDE
BUCAL
A Saúde Bucal no PSF
“A inclusão de Equipes de Saúde Bucal no PSF
teve sua concretização com a Portaria GM
1.444, de 28 de Dezembro de 2000, que
estabeleceu o incentivo financeiro para a
reorganização da atenção bucal prestada nos
municípios por meio do PSF.”
96. POLÍTICAS DE SAÚDE
BUCAL
A Saúde Bucal no PSF
O Plano de Reorganização das Ações de Saúde Bucal na Atenção
Básica tem como objetivos:
- Melhorar as condições de saúde bucal da população brasileira
- Orientar práticas de atenção à saúde bucal, preconizado pelo PSF
- Assegurar o acesso progressivo de todas as famílias residentes nas
áreas cobertas pelas ESF
-Capacitar, formar e educar permanentemente os profissionais de
saúde bucal necessários ao PSF
- Avaliar os padrões de qualidade e o impacto das ações de saúde bucal
desenvolvidas, de acordo com os princípios do PSF
97. POLÍTICAS DE SAÚDE
BUCAL
Atribuições comuns ao aos Profissionais de Saúde Bucal no PSF:
- Participar do processo de planejamento, acompanhamento e avaliação das ações
desenvolvidas no território de abrangência das unidades básicas de saúde da
família
- Identificar as necessidades e as expectativas da população em relação à saúde
bucal
- Estimular e executar medidas de promoção de saúde, atividades educativas e
preventivas em saúde bucal
- Executar ações básicas de vigilância epidemiológica em sua área de abrangência
- Organizar o processo de trabalho de acordo com as diretrizes do PSF e do plano
de saúde municipal
- Sensibilizar as famílias para a importância da saúde bucal na manutenção da
saúde
- Programar e realizar visitas domiciliares de acordo com as necessidades
identificadas
- Desenvolver ações intersetoriais para a promoção da saúde bucal
99. POLÍTICAS DE SAÚDE
BUCAL
Brasil Sorridente
Em março de 2004, o Ministério da Saúde lança o “Brasil
Sorridente.
Definido como sendo uma política do governo federal com o
objetivo de ampliar o atendimento e melhorar as condições de
saúde bucal da população brasileira.
100. POLÍTICAS DE SAÚDE
BUCAL
Brasil Sorridente
Tema central da 3ª CNSB foi:”Saúde bucal: acesso e qualidade
superando a exclusão social”.
Discutiu-se 4 eixos temáticos:
- Educação e construção da cidadania
- Controle social, gestão participativa e saúde bucal
- Formação e trabalho em saúde bucal
- Financiamento e organização em atenção em saúde bucal
101. POLÍTICAS DE SAÚDE
BUCAL
Brasil Sorridente
Segundo o Ministério da Saúde , os municípios que
queiram iniciar a implantação ou pretendem ampliar ações
de saúde bucal vinculadas ao PSF deverão percorrer os
seguintes passos:
1º passo: o município já deve ter equipes de saúde
da família implantadas, ou em vias de implantação.
2º passo: é necessário elaborar um plano de
implantação de equipes de saúde da família
3º passo: o município deverá submeter o plano de
implantação ou expansão das ações de saúde bucal no PSF
para aprovação do Conselho Municipal de Saúde
102. POLÍTICAS DE SAÚDE
BUCAL
Brasil Sorridente
4º passo:Depois da aprovação do plano pelo
Conselho Municipal de Saúde, a Secretaria Municipal de
Saúde deverá enviá-lo para a Comissão Intergestores
Bipartite (CIB) que enviará ao MS
5º passo:O Ministério da Saúde publicará no Diário
Oficial da União (DOU) a qualificação das equipes de saúde
vinculadas no PSF de cada um dos municípios que
apresentaram o pleito, os quais foram previamente
aprovadas pelas CIB de seus estados
6º passo:O município deve cadastrar todos os
profissionais da ESB no Sistema de Informações da Atenção
Básica (SIAB) (Brasil 2002)
103. POLÍTICAS DE SAÚDE
BUCAL
Planejamento uma ferramenta
que possibilita o alcance de um
objetivo almejado.
Gestão visa o monitoramento, a
avaliação e a possível modificação das
tarefas anteriormente planejadas.
104. POLÍTICAS DE SAÚDE
BUCAL
Segundo conceitos atuais, planejar e gerir em saúde pública
não deve ser papel de uma única pessoa, de um único
planejador ou gestor.
Exemplos de pessoas que participam do planejamento e
gestão: os próprios usuários do sistema, os servidores
públicos,os secretários, os coordenadores, os prefeitos, os
profissionais de saúde da rede pública ou da rede privada e
todas as outras pessoas ou entidades de todos os níveis
sociais envolvidas de alguma maneira no sistema de saúde
local ou na comunidade.( ATORES SOCIAIS)
105. POLÍTICAS DE SAÚDE
BUCAL
DISTRITOS SANITÁRIOS: são constituídos por
um certo espaço geográfico, populacional e
administrativo em consonância com a instância de
coordenação do sistema de saúde que lhe
corresponde.
106. POLÍTICAS DE SAÚDE
BUCAL
Principais obstáculos de ordem administrativa e
financeira responsáveis pela deficiência no setor público:
- escassez de recursos, principalmente financeiro,mas
também humano e físico, fazendo com que a falta de
financiamento para o setor impeça o desempenho do sistema
teoricamente tão bem planejado.
- uma administração pobre, com desperdícios dos recursos já
escassos e ineficiente na promoção de saúde pública
107. Diretrizes da Política de
Saúde Bucal ( 2004 )
Assistência aos doentes X promoção da boa qualidade de vida
Linhas de cuidado criança, adolescente, adulto, idoso, especiais
Referência X Contra-referência