2. EUCALIPTO
Eucalyptus ssp.
Austrália, Timor e Indonésia
utilização
66,9% (ABRAF, 2012)
De acordo com a ABRAF (2012), o plantio de
eucalipto no Brasil em 2011 representou
69,6% da área total de plantios florestais. No
Paraná houve um aumento de cerca de 39%
de 2005 a 2011 no plantio desse gênero.
3. Doenças do eucalipto
O eucalipto é atacado por vários
patógenos, principalmente fungos,
desde a fase de viveiro até os plantios
adultos. Geralmente, os problemas são
observados nas plantações, ocorrendo
nos mais variados locais, espécies e
épocas do ano. A solicitação contínua
de informações por parte de produtores
e empresas sobre a identificação e o
controle de doenças, motivaram a
elaboração de uma publicação mais
específica para a região sul do Brasil.
Ela visa auxiliar no melhor
conhecimento dos problemas bióticos e
abióticos inerentes ao eucalipto nessa
região e no estabelecimento de
estratégias adequadas de controle.
4. Tombamento de mudas
Cylindrocladium candelabrum Viégas,
Fusarium sp., Phytophtora sp.,
Pythium sp. e Rhizoctonia solani
Kuhn
morte germinação/plântulas
sintomas: lesão no colo -
encharcado, depressão,
escurecimento - tombamento
secundários: enrolamento e
secamento cotilédones e folhas
água, vento, partículas de solo
5. CONTROLE:
sementes livres de patógeno;
cobertura do solo do viveiro com brita;
desbaste das plântulas germinadas;
retirada de plantas doentes/mortas;
fertilização sem excesso de N;
substratos - boa drenagem;
químico: fumigação brometo de etila/ fungicidas;
biológico: Trichoderma (infestação do substrato)
6. Podridão de raiz
Phytophtora spp. e Pythium spp.
Brasil - viveiros (tubetes)
má drenagem (alta umidade
e aeração inadequada
tratamento = tombamento
Symptoms:
The most obvious symptom on infected
trees is a general wilting of the leaves
(Photo 13.11). This follows the rotting of
the cambium of the roots and root collar
(Photo 13.10). The bark from these
roots easily slips off the woody parts. If
the root collar of the tree is infected and
girdling occurs, trees die. When older
trees are infected, growth and
subsequent yield is negatively affected.
Phytophthora root and collar rot may
also lead to secondary causes of
mortality such as wind-throw due to
reduced root systems. This is common
in three to four year old E. smithii trees.
7. Podridão de estacas
Cylindrocladium spp., Rhizoctionia
solani, Fusarium spp., Botryosphaeria
ribis, Colletotrichum
lesão escura base para ápice
inóculo trazido no substrato/água
de irrigação infestada/infecção
latente no jardim clonal
controle = tombamento e
hipoclorito
Para o caso de estacas, deve-se
realizar o tratamento de
descontaminação com hipoclorito de
sódio e/ou fungicidas, assim como das
caixas e recipientes. Após cada safra
de estacas, deve-se proceder à limpeza
total da casa-de-vegetação,
empregando-se hipoclorito de sódio e
sulfato de cobre.
Físico
Uma alternativa ao controle químico
para desinfestação do substrato é o
uso de calor, que pode ser aplicado de
duas formas: aquecimento com vapor
produzido em caldeira (80-90 oC, por 7
a 8 horas) e solarização. As caixas e
recipientes podem ser desinfestados
com vapor ou água quente, a 70oC / 3
minutos (Ferreira, 1997a; Garcia, 1995).
8. Mofo cinzentoBotrytis cinerea
Sul e Sudeste
alta densidade de mudas, alta umidade e To
amenas
tecidos jovens parte aérea: enrolamento, seca
e queda
conídios pelo vento
controle: redução da densidade das mudas,
fertilização sem excesso de N, eliminação
plantas doentes;
pulverização de thiram, maneb, captan,
iprodione
9. Murcha vascular
Pseudomonas solanacearum
AM, BA, MG, PA
bacteriose
áreas recém-desmatadas reflorestadas
sintomas: infecção sistêmica - clorose nas folhas, seca
brusca e queda
xilema escurecido, exsudar pus bacteriano (corte)
bactéria de solo
controle: espécies tolerantes/resistentes, mudas sadias
10. Cancro de Cryphonectria
Cryphonectria cubensis
maior importância
de SC até AM
a partir do 5o mês cultivo
morte por estrangulamento do
colo
28 e 32oC
esparsa na plantação, geralmente em baixa proporção. As árvores recém-mortas se
caracterizam pela coloração palha de sua folhagem, resultante do secamento geral
da copa (Fig. 9). Este, por sua vez, é decorrente do desenvolvimento de uma lesão
que estrangula o colo da planta. Através de um corte superficial da casca, pode ser
observado um escurecimento que se contrasta com a coloração clara dos tecidos
sadios. Os sintomas na folhagem evoluem rapidamente
Um outro tipo de sintoma ocorre, quando as árvores atingem idade superior a um
ano. Incide geralmente na região do colo da planta, podendo também ocorrer nas
partes mais altas do tronco. Caracteriza-se pela ocorrência de um fendilhamento de
casca, associado geralmente a um intumescimento da mesma. É resultante do
desenvolvimento da lesão na parte externa da casca, sem atingir o câmbio e o
lenho. Com isto a planta continua a produzir tecido de casca, forçando a parte
atacada a se romper em tiras ou trincas. As frutificações do fungo comumente
aparecem na superfície da casca na área lesionada.
11. cancro típico: depressão na
casca
crescimento da lesão - fitas
penetração por ferimentos
controle: populações
resistentes
12. Ferrugem
Puccinia psidii
mudas e plantações
sintomas iniciais folhas/caules jovens: pontos cloróticos - pústulas amarelo-vivo
desenvolvimento folhas/caule: lesões salientes marrom
fonte do inóculo: mudas e mirtáceas nativas
favorável: períodos noturnos de molhamento foliar 8 hs e T 15 - 25oC, estresse
nutricional
controle: populações resistentes, híbridos; ataques intensos em viveiro:
fungicidas
13. Mancha de Cylindrocladium
característica de plantações
desde AM até RS
épocas chuvosas, desfolha
mancha: início ápice/borda - nervura principal
marrom ao arroxeado
halo clorótico
desfolha
controle: viveiros - bom arejamento; pulverização
preventiva de fungicidas; campo - boa recuperação;
variedades resistentes
Manchas associadas a Cylindrocladium
spp. têm forma, tamanho e coloração
variáveis, dependendo da espécie de
Eucalyptus e de Cylindrocladium e das
condições ambientes (Kimati et al.,
2005).
Desfolha intensa pode ocorrer, afetando
grande proporção da copa das árvores.
Os brotos não são atingidos, o que
permite a recuperação das plantas
quando as condições ambientes voltam
a ser desfavoráveis à doença. Ramos
também podem ser atacados pelo
patógeno, onde aparecem lesões
necróticas escuras, recobertas, com
freqüência, por um crescimento
esbranquiçado, constituído por
conidióforos e conídios do patógeno.
Nas folhas, as frutificações são
encontradas com maior freqüência na
sua face inferior (Kimati et al., 2005).
14. Oídio - Oidium sp.
viveiro, casa de vegtação, campo
aspecto acanoado das folhas,
enrugamento e deformações
película pulverulenta
brotações e gemas - perda da
dominância apical
disseminação por contato entre as
plantas, vento, chuva, irrigação
melhoramento genético
As brotações e gemas são
preferencialmente atacados e quando
não morrem causam a formação de
limbos adultos enrugados, afilados e
geralmente com uma metade mais
estreita do que a outra. As brotações
novas emitidas são também atacadas e
o ataque sucessivo resulta em
superbrotamento da planta. O
superbrotamento afeta a qualidade da
muda, porém no campo é que o
sintoma toma importância, pela perda
da dominância apical, o que
compromete a formação do fuste.
A incidência do oídio em eucalipto é
mais freqüente na época de estiagem.
15. Táticas de manejo na eucaliptocultura
disseminação: água, vento, ferramentas de poda,
solo, contato planta-planta, etc. Esterilizado;
︎ Cuidado no manuseio;
︎ Reinfestação com microorganismos
antagônicos;
︎ Boa drenagem;
︎ Evitar alto teor de matéria orgânica
quebra-vento
16. Conhecimento;
︎ Treinamento; ︎ Higiene
︎ Compromisso ︎ Equipe
Minimizar o trânsito de máquinas no
viveiro;
︎ Cuidado no transporte das mudas.
17. desinfecção dos tubetes (clorin)
elevação; brita; mudas micropropagadas
retirada mudas doentes; densidade moderada
defensivos, controle biológico
evitar excesso de nitrogênio