3. Afídeos-da-couve (Brevicoryne
brassicae), (Lipaphis erysimi)
■ Características
Pequenos insectos redondos de 1-2 mm, côr verde (L. erysimi) ou verde-
acizentada e, às vezes, cobertos por substância cerosa branca (B.
brassicae). Vivem agrupados em ambos os lados da folha.
5. Biologia
De acordo com SEGEREN (1994), a infestação das plantas começa
com adultos alados que vêm de fora do campo. As primeiras
gerações são afídeos sem asas, que se multiplicam de 10 em 10
dias. Ainda de acordo com o mesmo autor os estragos são maiores
na falta de chuva, existem algumas joaninhas, sirfídeos e
parasitoides, que diminuem a densidade dos afídeos mas geralmente
não são capazes de os eliminar antes destes provocarem estragos.
6. Larva de um sirfídeo é predador do afídeo-pardo-da-couve;
Afídeos sadios (verdes) e parasitados por um parasitoide (castanhos).
7. Meios de proteção
observar regularmente as folhas e arrancar as mais velhas e
infestadas;
Eliminar do campo e da vizinhança todos os restos da cultura
anterior de couve, repolho ou nabo.
8. Traça-da-couve (Plutella xylostella)
■ Características
O adulto de uma traça é uma mariposa, facilmente visíveis quando
se agitam as plantas muito atacadas, são pequenas traças de 7-8
mm, de cor castanho-prateado. As lagartas tem 12 mm atingem o
comprimento máximo e são de cor verde-clara.
9. Sintomas
As lagartas permanecem na pagina inferior das folhas, onde fazem pequenos furos
de 2-10 mm de diâmetro. As pupas fixam-se nas folhas dentro de um involucro de
seda solta.
Ciclo de vida de P. Xylostella
10. Biologia
O ciclo de vida dura entre 25-50 dias e depende da temperatura,
podem desenvolver-se varias gerações numa cultura se não forem
combatidas.
As fêmeas poem nas folhas 50-150 ovos isoladamente ou em
pequenos grupos.
11. Meios de proteção
Observar cuidadosamente a cultura de 5 em 5 dias e verificar se há
sintomas de praga.
Combate químico:
Durante a aplicação ter o cuidado de pulverizar ambos os lados das
folhas;
É indispensável misturar um molhante/aderente (por exemplo
detergente líquido) às caldas de insecticidas para poder molhar
bem as folhas.
12. Broca-da-couve (Hellula undalis)
■ Características
O adulto é uma pequena borboleta nocturna de côr castanho-
acinzentada. As lagartas têm 15 mm quando crescidas e têm côr
creme, com algumas listras laterais de côr castanho avermelhada.
13. Sintomas
As lagartas penetram nas nervuras, pecíolos, caules e no ápice das
plantas. As pequenas plantam são destruídas completamente. Em
plantas maiores aparecem dois a quatro novos rebentos, algumas
semanas depois da destruição do ápice.
14. Meios de proteção
Se houver destruição do ápice tirar todos os rebentos novos,
deixando apenas um, algumas semanas apos a sua formação;
Destruir, logo apos a colheita, todos os restos da cultura.
15. Percevejo-da-couve (Bragada hilaris)
■ Características
O adulto é um percevejo de 5-7 mm de comprimento, de forma oval,
de côr preta, com manchas vermelho-claras. Tem o aparelho bucal
sugador. As ninfas têm 3-5 mm de comprimento, são redondas e de
côr preta.
16. Sintomas
Tanto as ninfas como os adultos são encontrados nas folhas, ou no
solo por baixo das plantas. Sugam a seiva das folhas, murchando-as.
As plântulas no viveiro ficam deformadas, murcham e morrem.
17. Meios de proteção
Limpar de toda a vizinhança os restos de culturas crucíferas antes
de estabelecer um viveiro.
18. Lagartas-da-couve (Crocidolomia binotais,
Athalia flacca e Spodoptora littoralis)
■ Características
As lagartas têm 20-40 mm, são de cor verde-escura com listras
claras e cabeças de cor castanho clara (C. binotalis), ou com pontos
pretos em cada segmento (S. Littorais). As larvas de A. Flacca têm
10-20 mm, são verde-escuras e têm 8 pares de patas abdominais.
19. Sintomas
As folhas são completamente roídas e cobertas por teias com
excrementos das lagartas (C. binotalis). As lagartas de S. Littoralis
vivem isoladamente, ou em pequenos grupos, provocando furos nas
folhas. As larvas-do-vespão (A. flacca) vivem em grupos nas folhas
novas, onde provocam grandes estragos, deixando apenas as
nervuras principais.
22. Podridão preta
É uma bacteriose causada por Xanthomonas campestres pv.
Campestres. Provoca um típico amarelecimento foliar, juntamente
com mancha necrótica em forma de “V”, que se inicia na margem,
com vértice voltado para o centro da folha. Ela é favorecida pela
temperatura e umidade elevadas no ar e no solo.
24. Meios de proteção
Fazer rotação de culturas durante cerca de dois anos;
Evitar fazer a cultura nos períodos quentes e húmidos;
Utilização de sementes tratadas pela firma produtora através da
imersão em água quente ou em solução de antibióticos.
25. Podridão-mole
É outra bacteriose comum em brassicas, cujo agente etiológico é
Erwinia carotovora var. carotovora. Ocasiona podridão húmida e
mole na haste, com destruição da medula e murcha na planta, afecta
também o produto colhido. É favorecida por temperatura e umidade
elevadas, no ar e no solo.
27. Meios de proteção
Evitar lesionar as mudas e plantas adultas que favorece a
penetração da bactéria;
Controlar insectos mastigadores, pela mesma razão;
Proporcionar fornecimento adequado de boro que previne a
carência e auxilia na prevenção;
Efectuar rotação de culturas, com cereais.
28. Míldio (Peronospora parasítica)
Os sintomas da doença notam-se nas folhas por numerosas
manchas muito pequenas de cor purpúrea, em condições de
umidade as manchas alargam-se sendo amareladas na página
superior das folhas e dando-se nas zonas correspondentes da
página inferior um desenvolvimento de frutificações do fungo que no
conjunto tem aspecto pulverulento de cor branco-acinzentada, e nas
plantas crescidas manifesta-se em manchas amarelo-pardacentes
entre as nervuras principais.
30. Meios de proteção
Semear em linhas bem espaçadas.
Escolher um local bem arejado para viveiros, distante de outras
crucíferas, isento de plantas espontâneas hospedeiras, sem
árvores.