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Escola Secundária Sá da Bandeira
 Curso Tecnológico de Desporto
           2011/2012




     Elisa Rocha Teles Nº 8 12º E
Definição
 A criança com Síndrome de Down tem uma anomalia cromossómica
  que implica alterações no seu desenvolvimento físico e mental.



 Essa anomalia traduz-se na existência de um cromossoma extra nas
  células do seu organismo. Assim, em vez de 46 cromossomas, que
  aparecem numa pessoa normal, aparecem 47, havendo um
  cromossoma extra, no par 21.
Definição

 Trissomia 21 (três vezes o cromossoma 21) para muitos autores é a
  designação para o S.D.



 O diagnóstico da Trissomia 21 exige a realização do estudo
  cromossómico, designado por cariótipo (mapa genético individual),
  o qual é efectuado a partir da análise de uma amostra de sangue.
Trissomia 21
 A Trissomia 21 também é conhecida como S.D.
 Síndrome, quer dizer conjunto de sinais e sintomas que
  caracterizam um determinado quadro clínico.

 O S.D. é, talvez, a deficiência mental associada a alterações
  cromossómicas mais frequentes no planeta.

 A sua incidência é de 1 em 800 casos.

 Atinge todas as raças e continentes independentemente do seu
  rendimento, condições de saúde nutrição, etc.
Tipos de Trissomia 21
 Cientificamente sabe-se que a Trissomia 21 pode resultar de três
  alterações cromossómicas, que podem originar três tipos de
  Síndrome:
     Trissomia 21 Simples;
     Translocação;
     Mosaico.
Trissomia 21 Simples
 É a mais frequente e é
  consequência de um erro na
  divisão das células sexuais,
  ficando uma delas (óvulo ou
  espermatozóide)     com    um
  cromossoma 21 em excesso, pelo
  que resultam 47 cromossomas no
  final.

 As razões deste erro não são
  conhecidas, mas como é uma
  situação acidental o risco de
  recorrência numa gravidez é
  mínimo.
Translocação

 É uma situação rara, resultando
  também de um erro na divisão
  das células sexuais, mas o
  cromossoma 21 a mais “cola-se”
  num outro cromossoma e por
  isso apresentam um total de 46
  cromossomas.
Mosaico

 Constituem uma pequena
  percentagem e nos quais o erro
  não vem dos pais, mas
  acontece    nas     primeiras
  divisões do ovo, havendo
  células normais e células com
  3 cromossomas 21.
Características Físicas
   A cabeça é um pouco que o normal.

 A parte posterior da cabeça é levemente
  achatada (braquicefalia) na maioria das
  crianças, o que dá uma aparência
  arredondada à cabeça.

 As moleiras (fontanela) são, muitas vezes,
  maiores e demoram mais para se fechar.

 Na linha média onde os ossos do crânio se
  encontram (linha de sutura), há muitas vezes,
  uma moleira adicional (fontanela falsa).

 Cabelo liso e fino, em algumas crianças, pode
  haver áreas com falhas de cabelo (alopecia
  parcial), ou, em casos raros, todo o cabelo
  pode ter caído (alopecia total).
 Rosto tem um contorno achatado, devido, principalmente, aos ossos
  faciais pouco desenvolvidos e nariz pequeno.

 Osso nasal geralmente afundado.

 Em muitas crianças, passagens nasais estreitadas.
 Olhos tem uma inclinação lateral para cima e a dobra epicântica
  (uma dobra na qual a pálpebra superior é deslocada para o canto
  interno), semelhante aos orientais.

 Pálpebras estreitas e levemente oblíquas.
 Orelhas pequenas e de implantação baixa, a borda superior da orelha
  (hélix) é muitas vezes dobrada.

 A estrutura da orelha é ocasionalmente, alterada.

 Os canais do ouvido são estreitos.
   A boca é pequena.

   Algumas crianças mantêm a boca aberta e a língua pode projectar-
    se um pouco.

   À medida que a criança com síndrome de Down fica mais velha, a
    língua pode ficar com estrias.

   No inverno, os lábios tornam-se fragmentados.

   O céu da boca é mais estreito do que na criança "normal".

   A erupção dos dentes de leite é geralmente atrasada.

   Às vezes um ou mais dentes estão ausentes e alguns dentes podem
    ter um formato um pouco diferente.

   Maxilares pequenos, o que leva, muitas vezes, á sobreposição dos
    dentes.
 Pescoço de aparência larga e grossa com pele redundante na nuca.

 No bebé, dobras soltas de pele são observadas, muitas vezes, em
  ambos os lados da parte posterior do pescoço, os quais se tornam
  menos evidentes, podendo desaparecer, à medida que a criança
  cresce.
 O abdómen costuma ser saliente e o tecido gorduroso é abundante.

 Tórax com formato estranho, sendo que a criança pode apresentar
  um osso peitoral afundado (tórax afunilado) ou o osso peitoral pode
  estar projectado (peito de pomba).

 Na criança cujo coração é aumentado devido à doença cardíaca
  congénita, o peito pode parecer mais redondo do lado do coração.

 Em consequência das anomalias cardíacas e de uma baixa
  resistência às infecções, a longevidade dos mongolóides costuma ser
  reduzida.
 As mãos e os pés tendem a ser
  pequenos e grossos, dedos dos pés
  geralmente curtos e o quinto dedo
  muitas vezes levemente curvado para
  dentro, falta de uma falange no dedo
  mínimo.

 Dobra única nas palmas (prega
  simiesca).

 Na maioria das crianças, há um
  espaço grande entre o dedão e o
  segundo dedo, com uma dobra entre
  eles na sola do pé, enfraquecimento
  geral dos ligamentos articulares.
 Genitália    desenvolvida:  nos
  homens o pénis é pequeno e há
  criptorquidismo, nas mulheres os
  lábios e o clítoris são pouco
  desenvolvidos.

 Os meninos são estéreis, e as
  meninas ovulam, embora os
  períodos não sejam regulares.
Possíveis causas
 A maioria dos especialistas considera que existe uma multiplicidade
  de factores etiológicos, tais como:
   Factores hereditários:
      Mãe afectada com o Síndrome;
      Famílias com várias crianças afectadas;
      Casos de Translocação num dos pais;
      Casos em que um dos pais possua uma estrutura cromossómica em Mosaico.

   Idade da mãe.
Possíveis causas
 Factores Externos:
   Processos infecciosos como por exemplo: hepatite e rubéola;
   Exposição a radiações por parte dos progenitores e que podem ter acontecido
    muito tempo antes da fecundação;
   Alguns agentes químicos tais como o teor de flúor na água;
   Problemas de tiróide na mãe;
   Relação entre o índice elevado de imunoglobina e de tiroglobina no sangue
    materno (aumento de anticorpos associados ao aumento da idade da mãe);
   Deficiências vitamínicas.
Diagnóstico
 Pré-Natal
Até 1980 não existiam testes fiáveis;

Permitindo informar os pais mais precocemente, hoje em dia, o
diagnóstico é feito, muitas vezes, durante o período pré-natal, através
de:
     Análises ao Sangue;
     Ecografia;
     Amniocentese, realizada a partir da 16ª semana e consiste na
       recolha de líquido amniótico que envolve o feto e contém
       algumas células deste (Risco de aborto 1 em cada 100 casos)

 Análise da amostra vilocorial
Diagnóstico
 Pós-Natal

O diagnóstico de Síndrome de Down é estabelecido á nascença com
base numa série de sinais e sintomas tais como:
   Hipotonia Muscular;
   Hiperflexibilidade Articular;
   Excesso de pele no pescoço;
   Face de perfil achatado;
   Dobras de pele nos cantos internos (semelhantes aos orientais);
   Nariz pequeno e um pouco achatado, etc.

A partir destas características, é levantada a hipótese da criança ter
Trissomia 21 e é pedido o exame do cariótipo (estudo de
cromossomas), que confirma ou não a Trissomia.
Trissomia 21
Características Psicológicas;
Características Cognitivas:
   Percepção;
   Atenção;
   Memória;
   Linguagem.
Características e Desenvolvimento
Psicológico
 A avaliação psicológica da criança com Síndrome de Down baseia-se
  em avaliar as suas capacidades em diferentes áreas, considerando
  sempre de onde vieram e como viveram.

 Em termos psicológicos da Síndrome de Down, como características
  incluem-se:
   A falta de atenção e memória para guardar o que já foi realizado;
   Dificuldades nas actividades prolongadas que requerem mais tempo de
    atenção;
   O predomínio do pensamento intuitivo;
   Entre outras.
Características Cognitivas
Percepção
 Função cerebral que atribui significado a
  estímulos sensoriais, a partir do histórico de
  vivências passadas;

 Contacto com o mundo e construção das bases
  do conhecimento;

 Comparações, discriminações, selecções que
  fundamentassem respostas verbais, motoras e
  gráficas;

 Trissomia 21 – Anomalia Genética afecta áreas
  sensoriais da percepção;
Percepção
 Maior dificuldade para aprender o mundo e por sua
  vez, maior dificuldade no processo de informação
  auditiva e visual;

 Através de incentivos obtém respostas;

 Recepção    visual   >   Dificuldade   >   Recepção
  Auditiva.
Atenção
 Trissomia 21 – Distracção, agitação, dispersão   défice de atenção

 Aprendizagem      Motivação     Concentração do pensamento e da
  acção (concentração dura pouco tempo)
Memória
 Organização e conservação dos estímulos visuais, auditivos, tácteis e
  motores recolhidos.

 Momentos do processo de memorização:
   Percepção    Aquisição
   Período de Armazenamento     Retenção
   Momento de Actualização     Reconhecimento/Recordação
Memória
 Trissomia 21 – Limitações
  próprias para o pensamento
  abstracto e capacidade de
  memorização;

 Melhor orientação por imagens
  (o concreto) do que por conceitos
  (o abstracto);

 Défices significativos ao nível da
  relação entre a informação
  recente e a já existente.
Linguagem

 Receptiva – Capacidade para compreender palavras e gestos;

 Expressiva – Capacidade para usar gestos, palavras e símbolos
  escritos, aplicando-os á comunicação;

 Linguagem     Comunicação    Sentimentos, desejos e
pensamentos     Autonomia pessoal e social Evolução com a pessoa

 Trissomia 21 – Atraso considerável em relação a outras áreas de
  desenvolvimento

 Desajustamento entre o nível compreensivo e o expressivo.
Desenvolvimento Motor
 A Trissomia 21 é uma anomalia que compreende não apenas o
  desenvolvimento mental, como também o desenvolvimento motor.

 O Desenvolvimento Motor, provoca consequências:
   Dificuldades na Manipulação;
   Anatomia da mão: dedos curtos, implantação baixa do polegar, ausência
    última falange dedo mindinho.
Sequência Desenvolvimento Motor
Absorção e marcha reflexas, logo ao
nascer:
 Elevação da cabeça;
 Capacidade de sentar-se apoiada;
 Sustentação firme da cabeça;
 Capacidade ficar de pé, apoiada numa
  mesa pequena;
 Início gatinhar, arrastando-se sobre
  braços, depois firmando peso nos
  joelhos;
 Capacidade de andar segura pelas duas
  mãos, depois só uma;
 Capacidade de andar, sem apoio,
  sozinha.
Avaliação
Sequência de Análise:
 Observa o comportamento motor, habilidades visuais e acústicas,
  atenção, conhecimento esquema corporal, coordenação óculo-
  manual e fala. Feita qualitativamente.

Desenvolvimento Motor:
 Aprendizagens escolares: leitura, escrita e cálculo.

Psicomotricidade desenvolve:
 Domínio esquema corporal, da expressão corporal, domínio da
  motricidade, aquisição da motricidade fina.
A Importância do Envolvimento Pais
 “O Modelo Transaccional de Samerroff e Chandler (1975) considera
  a família como componente essencial do ambiente de crescimento,
  que influencia e é influenciado pela criança…”

 “Quando E. nasceu e tomei conhecimento do seu problema (…)
  fiquei amargurado, tentando recompor meu ser estilhaçado por
  aquela trágica notícia (…), a minha vida nunca mais seria a mesma
  (…) Porquê comigo (…) A minha cabeça estorturava…”

 “Quando nasceu tinha Síndrome de Down exclusivamente: para os
  seus familiares, vizinhos… para os seus pais era um filho com
  Síndrome Down. Quem se importava com o seu nome, a cor dos
  olhos, com quem se parecia? Isso era o menos. O importante, o
  fundamental era que tinha Síndrome de Down.”
Processo de Aprendizagem Diferente

 Aprendem mais lentamente, necessitam de mais tempo;
 Processo de consolidação é mais demorado;
 Necessitam de praticar mais;
 A actividade em abstracção, transferência, generalização das
  aprendizagens;
 A evolução é mais lenta;
 Capacidade de atenção e memorização são restritas;
 Dificuldades a nível de cálculo matemático;
 Grandes dificuldades a nível da linguagem.
Intervenção Precoce

 “A característica fundamental desta primeira etapa da vida da
  criança é a plasticidade do sistema nervoso do cérebro e portanto a
  possibilidade de o influenciar, conseguindo obter um bom
  desenvolvimento biológico cerebral que constituirá a base estrutural
  e as fundações para o desenvolvimento desse indivíduo.” (Flórez,
  1991; Dierssen, 1994)

 Para que o processo de Intervenção Precoce ocorra, investe-se desde
  logo na consciencialização da família, no seu envolvimento, na sua
  participação directa e didáctica, pois contribuirá para um
  desenvolvimento mais eficaz da sua criança.
O Jardim de Infância
 Depois da família, é no Jardim de Infância, que a criança dá
  continuidade ás aquisições que levam ao seu crescimento, pois é
  neste espaço que vai encontrar um ambiente acolhedor, seguro,
  tranquilo, estimulante e que favorece o seu desenvolvimento.
A Escola
 A educação da criança deve ter em conta as suas necessidades
  especiais, desenvolvendo as suas potencialidades, sem se desviar
  dos princípios básicos da educação propostas ás outras crianças.

 O conhecimento antecipado dos factores que facilitam e inibem a
  aprendizagem irá permitir aos professores planificarem,
  implementarem actividades e criar programas de trabalho.
A Escola
 A escola tem o dever de oferecer a estas crianças, iguais
  possibilidades de desenvolvimento, criar um ambiente favorável e
  estimulante, propício á socialização, potencializando as iniciativas,
  os relacionamentos com diferentes pessoas, contribuindo assim
  para a sua inserção na sociedade.
FIM




Elisa Rocha Teles Nº 8 12º E

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Trissomia 21

  • 1. Escola Secundária Sá da Bandeira Curso Tecnológico de Desporto 2011/2012 Elisa Rocha Teles Nº 8 12º E
  • 2. Definição  A criança com Síndrome de Down tem uma anomalia cromossómica que implica alterações no seu desenvolvimento físico e mental.  Essa anomalia traduz-se na existência de um cromossoma extra nas células do seu organismo. Assim, em vez de 46 cromossomas, que aparecem numa pessoa normal, aparecem 47, havendo um cromossoma extra, no par 21.
  • 3. Definição  Trissomia 21 (três vezes o cromossoma 21) para muitos autores é a designação para o S.D.  O diagnóstico da Trissomia 21 exige a realização do estudo cromossómico, designado por cariótipo (mapa genético individual), o qual é efectuado a partir da análise de uma amostra de sangue.
  • 4. Trissomia 21  A Trissomia 21 também é conhecida como S.D.  Síndrome, quer dizer conjunto de sinais e sintomas que caracterizam um determinado quadro clínico.  O S.D. é, talvez, a deficiência mental associada a alterações cromossómicas mais frequentes no planeta.  A sua incidência é de 1 em 800 casos.  Atinge todas as raças e continentes independentemente do seu rendimento, condições de saúde nutrição, etc.
  • 5. Tipos de Trissomia 21  Cientificamente sabe-se que a Trissomia 21 pode resultar de três alterações cromossómicas, que podem originar três tipos de Síndrome: Trissomia 21 Simples; Translocação; Mosaico.
  • 6. Trissomia 21 Simples  É a mais frequente e é consequência de um erro na divisão das células sexuais, ficando uma delas (óvulo ou espermatozóide) com um cromossoma 21 em excesso, pelo que resultam 47 cromossomas no final.  As razões deste erro não são conhecidas, mas como é uma situação acidental o risco de recorrência numa gravidez é mínimo.
  • 7. Translocação  É uma situação rara, resultando também de um erro na divisão das células sexuais, mas o cromossoma 21 a mais “cola-se” num outro cromossoma e por isso apresentam um total de 46 cromossomas.
  • 8. Mosaico  Constituem uma pequena percentagem e nos quais o erro não vem dos pais, mas acontece nas primeiras divisões do ovo, havendo células normais e células com 3 cromossomas 21.
  • 10. A cabeça é um pouco que o normal.  A parte posterior da cabeça é levemente achatada (braquicefalia) na maioria das crianças, o que dá uma aparência arredondada à cabeça.  As moleiras (fontanela) são, muitas vezes, maiores e demoram mais para se fechar.  Na linha média onde os ossos do crânio se encontram (linha de sutura), há muitas vezes, uma moleira adicional (fontanela falsa).  Cabelo liso e fino, em algumas crianças, pode haver áreas com falhas de cabelo (alopecia parcial), ou, em casos raros, todo o cabelo pode ter caído (alopecia total).
  • 11.  Rosto tem um contorno achatado, devido, principalmente, aos ossos faciais pouco desenvolvidos e nariz pequeno.  Osso nasal geralmente afundado.  Em muitas crianças, passagens nasais estreitadas.
  • 12.  Olhos tem uma inclinação lateral para cima e a dobra epicântica (uma dobra na qual a pálpebra superior é deslocada para o canto interno), semelhante aos orientais.  Pálpebras estreitas e levemente oblíquas.
  • 13.  Orelhas pequenas e de implantação baixa, a borda superior da orelha (hélix) é muitas vezes dobrada.  A estrutura da orelha é ocasionalmente, alterada.  Os canais do ouvido são estreitos.
  • 14. A boca é pequena.  Algumas crianças mantêm a boca aberta e a língua pode projectar- se um pouco.  À medida que a criança com síndrome de Down fica mais velha, a língua pode ficar com estrias.  No inverno, os lábios tornam-se fragmentados.  O céu da boca é mais estreito do que na criança "normal".  A erupção dos dentes de leite é geralmente atrasada.  Às vezes um ou mais dentes estão ausentes e alguns dentes podem ter um formato um pouco diferente.  Maxilares pequenos, o que leva, muitas vezes, á sobreposição dos dentes.
  • 15.  Pescoço de aparência larga e grossa com pele redundante na nuca.  No bebé, dobras soltas de pele são observadas, muitas vezes, em ambos os lados da parte posterior do pescoço, os quais se tornam menos evidentes, podendo desaparecer, à medida que a criança cresce.
  • 16.  O abdómen costuma ser saliente e o tecido gorduroso é abundante.  Tórax com formato estranho, sendo que a criança pode apresentar um osso peitoral afundado (tórax afunilado) ou o osso peitoral pode estar projectado (peito de pomba).  Na criança cujo coração é aumentado devido à doença cardíaca congénita, o peito pode parecer mais redondo do lado do coração.  Em consequência das anomalias cardíacas e de uma baixa resistência às infecções, a longevidade dos mongolóides costuma ser reduzida.
  • 17.  As mãos e os pés tendem a ser pequenos e grossos, dedos dos pés geralmente curtos e o quinto dedo muitas vezes levemente curvado para dentro, falta de uma falange no dedo mínimo.  Dobra única nas palmas (prega simiesca).  Na maioria das crianças, há um espaço grande entre o dedão e o segundo dedo, com uma dobra entre eles na sola do pé, enfraquecimento geral dos ligamentos articulares.
  • 18.  Genitália desenvolvida: nos homens o pénis é pequeno e há criptorquidismo, nas mulheres os lábios e o clítoris são pouco desenvolvidos.  Os meninos são estéreis, e as meninas ovulam, embora os períodos não sejam regulares.
  • 19. Possíveis causas  A maioria dos especialistas considera que existe uma multiplicidade de factores etiológicos, tais como:  Factores hereditários:  Mãe afectada com o Síndrome;  Famílias com várias crianças afectadas;  Casos de Translocação num dos pais;  Casos em que um dos pais possua uma estrutura cromossómica em Mosaico.  Idade da mãe.
  • 20. Possíveis causas  Factores Externos:  Processos infecciosos como por exemplo: hepatite e rubéola;  Exposição a radiações por parte dos progenitores e que podem ter acontecido muito tempo antes da fecundação;  Alguns agentes químicos tais como o teor de flúor na água;  Problemas de tiróide na mãe;  Relação entre o índice elevado de imunoglobina e de tiroglobina no sangue materno (aumento de anticorpos associados ao aumento da idade da mãe);  Deficiências vitamínicas.
  • 21. Diagnóstico  Pré-Natal Até 1980 não existiam testes fiáveis; Permitindo informar os pais mais precocemente, hoje em dia, o diagnóstico é feito, muitas vezes, durante o período pré-natal, através de: Análises ao Sangue; Ecografia; Amniocentese, realizada a partir da 16ª semana e consiste na recolha de líquido amniótico que envolve o feto e contém algumas células deste (Risco de aborto 1 em cada 100 casos)  Análise da amostra vilocorial
  • 22. Diagnóstico  Pós-Natal O diagnóstico de Síndrome de Down é estabelecido á nascença com base numa série de sinais e sintomas tais como:  Hipotonia Muscular;  Hiperflexibilidade Articular;  Excesso de pele no pescoço;  Face de perfil achatado;  Dobras de pele nos cantos internos (semelhantes aos orientais);  Nariz pequeno e um pouco achatado, etc. A partir destas características, é levantada a hipótese da criança ter Trissomia 21 e é pedido o exame do cariótipo (estudo de cromossomas), que confirma ou não a Trissomia.
  • 23. Trissomia 21 Características Psicológicas; Características Cognitivas: Percepção; Atenção; Memória; Linguagem.
  • 25.  A avaliação psicológica da criança com Síndrome de Down baseia-se em avaliar as suas capacidades em diferentes áreas, considerando sempre de onde vieram e como viveram.  Em termos psicológicos da Síndrome de Down, como características incluem-se:  A falta de atenção e memória para guardar o que já foi realizado;  Dificuldades nas actividades prolongadas que requerem mais tempo de atenção;  O predomínio do pensamento intuitivo;  Entre outras.
  • 27. Percepção  Função cerebral que atribui significado a estímulos sensoriais, a partir do histórico de vivências passadas;  Contacto com o mundo e construção das bases do conhecimento;  Comparações, discriminações, selecções que fundamentassem respostas verbais, motoras e gráficas;  Trissomia 21 – Anomalia Genética afecta áreas sensoriais da percepção;
  • 28. Percepção  Maior dificuldade para aprender o mundo e por sua vez, maior dificuldade no processo de informação auditiva e visual;  Através de incentivos obtém respostas;  Recepção visual > Dificuldade > Recepção Auditiva.
  • 29. Atenção  Trissomia 21 – Distracção, agitação, dispersão défice de atenção  Aprendizagem Motivação Concentração do pensamento e da acção (concentração dura pouco tempo)
  • 30. Memória  Organização e conservação dos estímulos visuais, auditivos, tácteis e motores recolhidos.  Momentos do processo de memorização:  Percepção Aquisição  Período de Armazenamento Retenção  Momento de Actualização Reconhecimento/Recordação
  • 31. Memória  Trissomia 21 – Limitações próprias para o pensamento abstracto e capacidade de memorização;  Melhor orientação por imagens (o concreto) do que por conceitos (o abstracto);  Défices significativos ao nível da relação entre a informação recente e a já existente.
  • 32. Linguagem  Receptiva – Capacidade para compreender palavras e gestos;  Expressiva – Capacidade para usar gestos, palavras e símbolos escritos, aplicando-os á comunicação;  Linguagem Comunicação Sentimentos, desejos e pensamentos Autonomia pessoal e social Evolução com a pessoa  Trissomia 21 – Atraso considerável em relação a outras áreas de desenvolvimento  Desajustamento entre o nível compreensivo e o expressivo.
  • 33. Desenvolvimento Motor  A Trissomia 21 é uma anomalia que compreende não apenas o desenvolvimento mental, como também o desenvolvimento motor.  O Desenvolvimento Motor, provoca consequências:  Dificuldades na Manipulação;  Anatomia da mão: dedos curtos, implantação baixa do polegar, ausência última falange dedo mindinho.
  • 34. Sequência Desenvolvimento Motor Absorção e marcha reflexas, logo ao nascer:  Elevação da cabeça;  Capacidade de sentar-se apoiada;  Sustentação firme da cabeça;  Capacidade ficar de pé, apoiada numa mesa pequena;  Início gatinhar, arrastando-se sobre braços, depois firmando peso nos joelhos;  Capacidade de andar segura pelas duas mãos, depois só uma;  Capacidade de andar, sem apoio, sozinha.
  • 35. Avaliação Sequência de Análise:  Observa o comportamento motor, habilidades visuais e acústicas, atenção, conhecimento esquema corporal, coordenação óculo- manual e fala. Feita qualitativamente. Desenvolvimento Motor:  Aprendizagens escolares: leitura, escrita e cálculo. Psicomotricidade desenvolve:  Domínio esquema corporal, da expressão corporal, domínio da motricidade, aquisição da motricidade fina.
  • 36. A Importância do Envolvimento Pais  “O Modelo Transaccional de Samerroff e Chandler (1975) considera a família como componente essencial do ambiente de crescimento, que influencia e é influenciado pela criança…”  “Quando E. nasceu e tomei conhecimento do seu problema (…) fiquei amargurado, tentando recompor meu ser estilhaçado por aquela trágica notícia (…), a minha vida nunca mais seria a mesma (…) Porquê comigo (…) A minha cabeça estorturava…”  “Quando nasceu tinha Síndrome de Down exclusivamente: para os seus familiares, vizinhos… para os seus pais era um filho com Síndrome Down. Quem se importava com o seu nome, a cor dos olhos, com quem se parecia? Isso era o menos. O importante, o fundamental era que tinha Síndrome de Down.”
  • 37. Processo de Aprendizagem Diferente  Aprendem mais lentamente, necessitam de mais tempo;  Processo de consolidação é mais demorado;  Necessitam de praticar mais;  A actividade em abstracção, transferência, generalização das aprendizagens;  A evolução é mais lenta;  Capacidade de atenção e memorização são restritas;  Dificuldades a nível de cálculo matemático;  Grandes dificuldades a nível da linguagem.
  • 38. Intervenção Precoce  “A característica fundamental desta primeira etapa da vida da criança é a plasticidade do sistema nervoso do cérebro e portanto a possibilidade de o influenciar, conseguindo obter um bom desenvolvimento biológico cerebral que constituirá a base estrutural e as fundações para o desenvolvimento desse indivíduo.” (Flórez, 1991; Dierssen, 1994)  Para que o processo de Intervenção Precoce ocorra, investe-se desde logo na consciencialização da família, no seu envolvimento, na sua participação directa e didáctica, pois contribuirá para um desenvolvimento mais eficaz da sua criança.
  • 39. O Jardim de Infância  Depois da família, é no Jardim de Infância, que a criança dá continuidade ás aquisições que levam ao seu crescimento, pois é neste espaço que vai encontrar um ambiente acolhedor, seguro, tranquilo, estimulante e que favorece o seu desenvolvimento.
  • 40. A Escola  A educação da criança deve ter em conta as suas necessidades especiais, desenvolvendo as suas potencialidades, sem se desviar dos princípios básicos da educação propostas ás outras crianças.  O conhecimento antecipado dos factores que facilitam e inibem a aprendizagem irá permitir aos professores planificarem, implementarem actividades e criar programas de trabalho.
  • 41. A Escola  A escola tem o dever de oferecer a estas crianças, iguais possibilidades de desenvolvimento, criar um ambiente favorável e estimulante, propício á socialização, potencializando as iniciativas, os relacionamentos com diferentes pessoas, contribuindo assim para a sua inserção na sociedade.
  • 42. FIM Elisa Rocha Teles Nº 8 12º E