O documento discute os benefícios do exercício físico para pacientes oncológicos, recomendando 150 minutos semanais de atividade aeróbica moderada e musculação 2-3 vezes por semana. Também resume evidências científicas mostrando que o exercício pode reduzir fadiga, ansiedade e efeitos colaterais do tratamento como anemia e neuropatia induzidas por quimioterapia.
3. Benefícios do exercício em pacientes oncológicos
Melhora:
Função cardiovascular;
Concentração de hemoglobina (glóbulos vermelhos);
Sensibilidade à insulina;
HDL (colesterol “bom”);
Força;
Potência:
Resistência;
Funcionalidade;
Massa muscular;
Densidade óssea;
Amplitude de movimento (flexibilidade);
Sistema imunológico.
4. Benefícios do exercício em pacientes oncológicos
Redução:
Fadiga crônica;
Ansiedade (depressão);
Distúrbios do sono;
LDL (colesterol “ruim”);
Gordura corporal.
Melhora na qualidade de vida e no prognóstico da
doença.
5. Benefícios do exercício nos efeitos colaterais
do tratamento anticâncer
Evidências científicas
6. Evidências científicas
Fadiga crônica
Nos pacientes em tratamento;
aumento de 29% nos níveis de fadiga (sedentários)
redução de 4% nos que se exercitaram.
Entre os sobreviventes;
redução foi de 1% nos não exercitados e de 20% nos exercitados.
Título original do
artigo citado
7. Evidências científicas.
Anemia induzida pela quimioterapia
Grupo atividade física aeróbica e o outro sedentário.
Seis semanas durante a quimioterapia
Os níveis de concentração de Hb dos dois grupos antes da intervenção
foram similares, porém após as seis semanas, apenas o grupo atividade
física apresentou um aumento significativo.
8. Evidências científicas.
Neuropatia induzida pela quimioterapia
Melhoras significativas nas avaliações de equilíbrio quando comparado
com grupo controle (sedentário).
No teste de sensibilidade profunda dos pés e das mãos, 87,5% dos
pacientes que treinaram melhoraram os seus escores contra 0% de
pacientes do grupo sedentário.
9. Evidências científicas.
Distúrbios do Sono
Redução dos escores do questionário PSQI (específico para avaliar
qualidade do sono), indicando uma atenuação nos sintomas causados
pelos distúrbios do sono no grupo atividade aeróbica.
Aumento no grupo treinado dos níveis de serotonina (responsável por
controlar a liberação de hormônios e regular o ciclo circadiano).
10. Evidências científicas.
Cardiopatia induzida pelo tratamento
Aumento do pico de consumo de oxigênio (marcador de função
cardiopulmonar) em 0,24 L/min. após 15 semanas de treinamento
aeróbico, três sessões semanais de 35 min. de bicicleta ergométrica,
sendo que o grupo sedentário diminuiu em 0,05 L/min.
12. Recomendações
Pessoas com câncer podem e devem realizar
exercícios durante e após a tratamento.
150 minutos/semana de exercício aeróbico de
intensidade moderada
(divididos em 3/5 vezes por semana)
2 ou 3 vezes por semana de musculação
(8 a 10 exercícios, duas séries de 8 a 10 repetições)
Evitar o sedentarismo!
13. Segurança
Quem deve liberar o paciente para a prática de
atividade física é o médico responsável pelo tratamento.
Não praticar atividade física com contagem de glóbulos
vermelhos baixas.
No caso de neuropatias, caminhar na esteira não é
recomendado, assim como realizar exercícios em
superfícies instáveis.
Caso a contagem de glóbulos brancos do paciente
encontre-se baixa, deve-se evitar a realização de
exercícios em locais públicos.
14. Segurança
Restrições ou dores articulares causadas pelo
tratamento e/ou localização do câncer devem ser
considerados na escolha do exercício.
Não treinar nos dias de ocorrência intensa de vômitos e
diarreia.
No caso de uso de cateter ou sonda alimentar, evitar
atividades aquáticas, bem como a realização de
movimentos que envolvem a região onde a sonda está
inserida.
Não realizar exercícios nos dias de extrema fadiga.
Aconselha-se, neste caso, procurar o médico responsável
e verificar as causas deste quadro.
15. Evidências científicas
Tipos de câncer e de tratamento
Estado físico e emocional atual
Expectativa
Histórico esportivo
Local e equipamentos disponíveis
Preferências esportivas
O que levar em consideração?
Treino
eficaz,
tolerável
e seguro