Análise da Integração das TIC no CNEB

UNIVERSIDADE DE LISBOA
FACULDADE DE PSICOLOGIA E DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

DISSERTAÇÃO

Análise da Integração das TIC
no Currículo Nacional do Ensino Básico.

Elisabete Maria Carvalho Gerardo Pires da Cruz
T

CICLO DE ESTUDOS CONDUCENTE AO GRAU DE MESTRE EM
CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

Área de especialização em Tecnologias Educativas
Dissertação de Mestrado orientada pelo
Professor Doutor Fernando Albuquerque Costa

2009

CONTEXTO E PROBLEMA
QUESTÕES E OBJECTIVOS DE INVESTIGAÇÃO
ENQUADRAMENTO TEÓRICO
METODOLOGIA
RESULTADOS
CONCLUSÕES E REFLEXÕES

Análise da Integração das TIC no Currículo Nacional do Ensino Básico Elisabete Cruz | 22 de Janeiro de 2010

CONTEXTO E PROBLEMA
Terreno fértil para mudanças na Escola
Comissão Europeia, 2000; UNESCO, 2000; Conselho
Nacional de Educação, 1998; 1999; 2000; ...)

mas

TIC como
competência chave Falta de clareza relativamente ao lugar e
Exigências sociais e ao papel das TIC no currículo
profissionais
(Hennessy, Ruthven & Brindley, 2005; Erstad, 2006;
Voogt, 2008, ...)
TIC como fonte
promotora de uma então
“ecologia educativa”
Melhorar o processo
de ensino e Em que medida e de que forma estão
aprendizagem
integradas as Tecnologias de Informação
e Comunicação (TIC) no currículo formal
do ensino básico, em Portugal?


QUESTÕES E OBJECTIVOS DE INVESTIGAÇÃO

A. De que forma as TIC estão
contempladas no design CNEB?
B. Como é perspectivado o potencial das
TIC para a criação de oportunidades de
aprendizagem, no âmbito do CNEB?
C. Que orientação expressa o CNEB
relativamente ao desenvolvimento de
saberes em TIC?


ENQUADRAMENTO TEÓRICO

Fundamentos para a integração Concepções e práticas de integração das
curricular das TIC TIC no currículo formal

Aprendizagem Abordagens, perspectivas e
(Activa; Construtiva; Intencional, Autêntica, tendências actuais
Cooperativa – Jonassen, 2007) (TIC como disciplina autónoma; TIC ao serviço
de outras disciplinas – Eurydice, 2004; UNESCO,
Sociedade 2000)

(Competência Digital - Parlamento Europeu e
Conselho, 2006/962/CE)
Cenários de integração
Investigação (Tailândia, Noruega, Alberta - Anderson &
(Sousa, 2004; Couto, 2004; Carneiro, 2005; Plomp, 2008)
Cunha, 2006; Pereira, 2008; Carvalho, 2008)


METODOLOGIA
Objecto de análise: Discurso pedagógico em
torno das TIC que é transmitido no Currículo
Nacional do Ensino Básico.

- Língua Portuguesa (LP)
- Línguas Estrangeiras (LE)
- Matemática (M)
- Estudo do Meio (EM)
- História (H)
- Geografia (G)
- Ciências Físicas e Naturais (CFN)
- Educação Artística (Ed.A)
- Educação Tecnológica (Ed.T)
- Educação Física (Ed.F)


METODOLOGIA Referencialização
(Figari, 1996)

Categorias Critérios Indicadores

Modelo de leitura


RESULTADOS | Lugar das TIC (n=153)

Predomínio de orientações pressupostos competências temas experiências de aprendizagem avaliação
relativas ao desenvolvimento de
Ed.F
actividades de acesso à
informação, interpretação, Ed.T

organização e representação do Ed.A
conhecimento, em detrimento CFN
de actividades que contemplem G 4%
o trabalho cooperativo ou a
H
realização de projectos. 42% 51%
EM
competências
M
3%
LE

LP

0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35


RESULTADOS | Funções das TIC (n=66)

O potencial das TIC enquanto ferramenta de produtividade canal de comunicação fonte de informação ferramenta cognitiva
fonte de informação é Ed.F
valorizado pela maioria das
Ed.T
áreas curriculares,
Ed.A
particularmente da Internet
como alternativa e/ou CFN

complemento de trabalhos de G 3%
pesquisa, ou como reforço da H 30%
38%
informação transmitida por
23% referências vagas/ambíguas

Fonte de
EM informação ferramenta de
outros meios. produtividade
M 6%
LE

LP

0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35


RESULTADOS | Saberes em TIC (n=78)

Enfoque no desenvolvimento de conhecimentos
conhecimentos capacidades
capacidades atitudes
atitudes
capacidades relativas à (i) 100%
Ed.F
utilização de ferramentas para 90%
Ed.T
produzir, apresentar e 80%

compreender informações Ed.A
70%
[complexas] e à (ii) utilização de CFN
60%
informação [de maneira crítica e G
50% 5%
sistemática (…)]. H
40%
36%
8% referências vagas/ambíguas

EM 51%
30%
capacidades
M
20%

LE
10%

LP
0%

LP0 LE0,05 M 0,1 EM 0,15 H 0,2 G CFN
0,25 Ed.A
0,3 Ed.T
0,35 Ed.F
0,4



A integração das TIC no CNEB restringe-se a uma lógica
informacional que se afasta claramente dos princípios teóricos
da aprendizagem com as TIC, nomeadamente no que diz
respeito à construção de oportunidades de aprendizagem
significativa e ao desenvolvimento de processos cognitivos de
ordem superior (e.g., analisar; avaliar; relacionar; elaborar;
sintetizar; resolver problemas).



i. Estabelecer uma matriz clara e consistente que sustente a aquisição e
o desenvolvimento de saberes em TIC ao longo do ensino básico, como
formação transdisciplinar, assegurando que a avaliação constitua o
elemento regulador dessas aprendizagens.
ii. Definir um quadro teórico consistente no que respeita à utilização das
TIC com os princípios de natureza construtivista que enformam o
currículo oficial.
iii. Assumir as TIC como um espaço privilegiado para o desenvolvimento
de formas de trabalho tais como metodologias de projecto, de
investigação e de cooperação (dentro e fora da escola).


Análise da Integração das TIC
no Currículo Nacional do Ensino Básico.
Elisabete Maria Carvalho Gerardo Pires da Cruz
T

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