RESUMO: Este trabalho, de natureza exploratória, visa aprofundar o conhecimento sobre o modo como os educadores de infância portugueses tiram partido dos serviços Web 2.0 nas suas práticas profissionais. Com esta intenção, foi desenvolvida uma grelha de observação e de registo dos conteúdos disponibilizados, essencialmente, pelos educadores em ambientes online suportados por blogs. Delimitando o estudo a uma amostra de dez casos, a análise foi focada em três vertentes: i) no modo como os educadores se caracterizam face aos outros; ii) nos propósitos subjacentes à utilização destes serviços; e iii) nos processos de interacção social existentes. Apesar das limitações inerentes a um estudo desta natureza, os resultados indicam que os educadores de infância tendem: i) a ser prudentes em relação à partilha de informações de natureza pessoal e profissional; ii) a partilhar ideias, vivências e práticas profissionais; e iii) a valorizar a conexão entre vários membros da comunidade educativa.

1. VII Conferência Internacional de TIC na Educação Universidade do Minho | Braga | Portugal 12-13 de Maio de 2011 Um olhar sobre o modo como os educadores de infância portugueses tiram partido da WEB 2.0 nas suas práticas profissionais. Elisabete Cruz . Instituto de Educação da Universidade de Lisboa . elcruz@ie.ul.pt Rita Brito .Universidad de Málaga .britoarita@gmail.com

2. c Proposta Sumário Contextualização Metodologia Resultados Conclusões

3. 1. Proposta Aprofundar o conhecimento sobre o modo como os educadores de infância portugueses tiram partido dos serviços Web 2.0 nas suas práticas profissionais. Mais, particularmente, identificar e descrever: O(s) modo(s) como os educadores de infância se caracterizam face aos outros em contextos suportados por ferramentas electrónicas de segunda geração, particularmente pelos blogs; Os propósitos inerentes à utilização destas ferramentas e a sua relação com a natureza dos conteúdos disponibilizados; e Os processos de interacção social existentes nestes contextos.

4. 2. Contextualização “[...] são vários os estudos que se debruçam e advogam as vantagens educativas decorrentes da utilização de blogs no ensino superior, nomeadamente no contexto de cursos de formação inicial de professores (Wassell & Crouch, 2008; Ennis & Gambrell, 2010; Chuang, 2010), no ensino secundário (Woo & Wang, 2009) e no ensino básico(Simsek, 2009). São contudo escassos os estudos centrados no uso de blogs no contexto da educação pré-escolar […]” (In Cruz & Brito, 2011)

5. 3. Metodologia blogs com actividade registada no ano lectivo 2010/2011; e blogs de autoria individual criados e mantidos por educadores de infância. critérios

6. 4. Resultados | Caracterização dos/pelos educadores Todos os educadores são do sexo feminino. Quatro educadores têm mais de 10 anos de experiência e dois têm mais de 30 anos de experiência profissional. A maioria exerce a sua função no litoral de Portugal Continental, entre Lisboa e Setúbal. Os educadores disponibilizam Informação pouco especifica sobre dados pessoais (nome, idade, contactos, …) e interesses (apenas quatro educadoras os manifestam expressamente).

7. 4. Resultados | Propósitos e conteúdos Apesar da diversidade de objectivos, destaca-se a partilha de conteúdos e informações relativas às práticas profissionais, especialmente trabalhos realizados pelas crianças. Os trabalhos realizados pelas crianças estão intimamente associadas aos domínios de conhecimento específico deste nível de escolaridade.

8. 4. Resultados | Processos de interacção social Três educadores disponibilizam “chats”para comunicar com os visitantes. A maioria integra ferramentas que proporcionam uma estatística do número de visitantes. A maioria dos educadores publica regularmente (média 5 posts / mês). A maioria facilita o acompanhar dos conteúdos publicados através do Google Rede Social. Em todos os casos há uma grande quantidade de posts comentados. Os pais das crianças têm uma presença assídua na maioria dos blogs analisados.

9. Atitude de prudência em relação à partilha de informações de natureza pessoal e profissional. 5. Conclusões . . Partilha de ideias, vivências e práticas profissionais, destacando-se as actividades desenvolvidas pelas crianças. . Estabelecimento de conexões com vários membros da comunidade educativa, incluindo os pais das crianças.

10. Obrigada! Elisabete Cruz Instituto de Educação da Universidade de Lisboa ecruz@ie.ul.pt Rita Brito Universidad de Málaga britoarita@gmail.com