SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 47
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS
DEPARTAMENTO DE CLINICA MÉDICA
DISCIPLINA DE PNEUMOLOGIA ETISIOLOGIA
 Sono é um estado de repouso periódico do corpo,
especialmente do sistema nervoso, onde há uma
redução do alerta em relação ao ambiente, redução das
atividades dos órgãos dos sentidos e movimento.
Adrian R. Morrison. Fishman’s Pulmonary Diseases and Disorders.Stages of Sleep. 4th
ed. Part XIII,Cp.95. P.1679, 2008.
 Durante o sono os mamíferos ciclam em duas fases distintas:
Sono REM e sono não-REM.
 O sono não-REM sempre precede o sono REM.
 Duração de cada ciclo dura em média 90 minutos.
 As características fisiológicas de cada fase são
dramaticamente diferentes.
Arquitetura do sono
 Após 90 minutos de NREM (os 4 estágios),
ocorre o primeiro REM. (1º ciclo)
 Cerca de 5 a 6 ciclos de sono NREM-REM em
uma noite de 8 horas de sono.
 SistemaCardiovascular:
• PA e FC diminuem no sono NREM, aumentando na vigília e
no sono REM.
 Sistema Respiratório:
• Perda do controle voluntário.
• Decréscimo no padrão respiratório.
• No sono REM, o padrão é irregular.
 Sistema Digestório:
• Diminuição da atividade.
 Sistema Endócrino:
• GH atinge seu pico 90 minutos após início do sono (NREM)
• Cortisol atinge o pico nas primeiras horas da manhã (4 a 8
horas), reduzindo ao longo do dia. Valor mínimo no início
do sono.
 Sistema Renal:
• Fluxo de urina e excreção de eletrólitos são menores.
 TemperaturaCorporal:
• Reduz. Menores valores durante o sono NREM.
 Indivíduos indiferentes (78 a 82%): não têm
horário preferencial para dormir ou acordar.
 Indivíduos matutinos (10 a 12%): acordam
espontaneamente bem cedo e preferem dor-
mir mais cedo. Picos adiantados em relação aos
indiferentes.
 Indivíduos vespertinos (8 a 10%): tendem a
acordar tarde e deitar tarde, preferindo realizar
atividades à tarde e à noite. Picos atrasados em
relação aos indiferentes.
 Média de sono da maioria da população:
entre 6 horas e meia e 8 horas e meia.
 Dormidor curto: precisa de no máximo 6 ho-
ras e meia de sono.
 Dormidor longo: precisa de no mínimo 8 ho-
ras e meia de sono.
 Episódios recorrentes de obstrução parcial ou
completa de vias aéreas superiores durante o
sono, geralmente interrompidos por
despertar.
 A interrupção da ventilação resulta, em geral,
em dessaturação e, ocasionalmente, em
hipercapnia.
 Sonolência excessiva
diurna
 Fadiga
 Sensação de sono não
reparador
 Irritabilidade
 Dificuldades de
concentração
 Roncos
 Episódios de apnéia
noturna observado por
terceiros.
 Hipertensão arterial
refratária
 Cefaléia matinal
 Disfunção erétil
 Dificuldades de
concentração
 1º passo: Investigar hábitos do sono
(sonolência por privação do sono?)
 2º passo: Não tratando-se de privação do
sono. Aplicar a escala de sonolência de
Epworth para avaliar se a sonolência é
patológica.
 > 10 pontos: sonolência excessiva.
 Obesidade
 Circunferência cervical aumentada
▪ > 38 cm em mulheres
▪ > 43 cm em homens
 Circunferência abdominal aumentada
▪ 85 cm em mulheres
▪ 95 cm em homens
 Classificação de Mallampatti III e IV
 Hipertrofia tonsilar III e IV (Brodsky)
 Palato Ogival
 Retrognatia
 POLISSONOGRAFIA
 Pelo número de episódios de hipopnéia e apnéia
que ocorrem por hora.
▪ < 5/hora - normal
▪ 5 a 15/hora - leve
▪ 15 a 30/hora - moderada
▪ > 30/hora - grave
 Pela ocorrência de quedas importantes nos
níveis de saturação periférica de O2 durante os
episódios.
 Duração dos episódios de hipoxemia.
 Duração dos episódios de apnéia.
 Grau de fragmentação do sono.
 Comportamental – Higiene do sono
 Clínico
▪ CPAP
▪ Aparelho intra-oral
 Cirúrgico
▪ Traqueostomia
▪ Cirurgias de correção de vias aéreas superiores.
▪ Uvulopalatofaringoplastia
▪ Cirurgias ortognáticas
 Melhora em qualidade de vida e
produtividade
 Evitar os efeitos nocivos de hipoxemia
prolongada (ex. HAP)
 Redução de complicações neurocognitivas e
Psicológicas.
 É o estudo eletrográfico do sono com vistas à
avaliação de variáveis fisiológicas que podem
estar comprometidas, nos vários distúrbios
do sono.
Polissonógrafo
 Eletroencefalograma (EEG):
• Registro da atividade elétrica cerebral.
 Eletroculograma (EOG):
• Registro dos movimentos oculares
 Eletromiograma (EMG):
• Registro do tônus muscular mentoniano.
Componentes obrigatórios
 Movimentos dos membros inferiores
 Fluxo aéreo nasal e bucal (temperatura)
 Movimentos respiratórios (EMG intercostal)
 Saturação de oxigênio
 Eletrocardiograma
 Outros
Componentes opcionais

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Anamnese
AnamneseAnamnese
Anamneselacmuam
 
Exame físico geral 2017
Exame físico geral 2017Exame físico geral 2017
Exame físico geral 2017pauloalambert
 
Exame físico do tórax
Exame físico do tórax Exame físico do tórax
Exame físico do tórax Paulo Alambert
 
Semiologia vascular periférica
Semiologia vascular periféricaSemiologia vascular periférica
Semiologia vascular periféricapauloalambert
 
Semiologia 01 anamnese e ectoscopia
Semiologia 01   anamnese e ectoscopiaSemiologia 01   anamnese e ectoscopia
Semiologia 01 anamnese e ectoscopiaJucie Vasconcelos
 
Sindrome do abdome agudo
Sindrome do abdome agudoSindrome do abdome agudo
Sindrome do abdome agudopauloalambert
 
Exame Físico Ectoscopia (Davyson Sampaio Braga)
Exame Físico Ectoscopia (Davyson Sampaio Braga)Exame Físico Ectoscopia (Davyson Sampaio Braga)
Exame Físico Ectoscopia (Davyson Sampaio Braga)Davyson Sampaio
 
Insuficiência cardíaca 2017
Insuficiência cardíaca 2017Insuficiência cardíaca 2017
Insuficiência cardíaca 2017pauloalambert
 
Aparelho geniturinário e exame físico
Aparelho geniturinário e exame físicoAparelho geniturinário e exame físico
Aparelho geniturinário e exame físicoAlinny Cunha
 
Semiologia 10 dermatologia - semiologia dermatológica pdf
Semiologia 10   dermatologia - semiologia dermatológica pdfSemiologia 10   dermatologia - semiologia dermatológica pdf
Semiologia 10 dermatologia - semiologia dermatológica pdfJucie Vasconcelos
 
DPOC - Doenca Pulmonar Obstrutiva Cronica
DPOC - Doenca Pulmonar Obstrutiva CronicaDPOC - Doenca Pulmonar Obstrutiva Cronica
DPOC - Doenca Pulmonar Obstrutiva CronicaAna Hollanders
 
Exame Físico Multidisciplinar
Exame Físico MultidisciplinarExame Físico Multidisciplinar
Exame Físico Multidisciplinarresenfe2013
 
Gasometria arterial
Gasometria arterialGasometria arterial
Gasometria arterialBrendel Luis
 
Síndromes Abdominais
Síndromes AbdominaisSíndromes Abdominais
Síndromes Abdominaisdapab
 

Mais procurados (20)

Anamnese
AnamneseAnamnese
Anamnese
 
Exame físico geral 2017
Exame físico geral 2017Exame físico geral 2017
Exame físico geral 2017
 
Exame físico do tórax
Exame físico do tórax Exame físico do tórax
Exame físico do tórax
 
DPOC
DPOCDPOC
DPOC
 
Semiologia vascular periférica
Semiologia vascular periféricaSemiologia vascular periférica
Semiologia vascular periférica
 
Semiologia 01 anamnese e ectoscopia
Semiologia 01   anamnese e ectoscopiaSemiologia 01   anamnese e ectoscopia
Semiologia 01 anamnese e ectoscopia
 
Sindrome do abdome agudo
Sindrome do abdome agudoSindrome do abdome agudo
Sindrome do abdome agudo
 
Exame Físico Ectoscopia (Davyson Sampaio Braga)
Exame Físico Ectoscopia (Davyson Sampaio Braga)Exame Físico Ectoscopia (Davyson Sampaio Braga)
Exame Físico Ectoscopia (Davyson Sampaio Braga)
 
Insuficiência cardíaca 2017
Insuficiência cardíaca 2017Insuficiência cardíaca 2017
Insuficiência cardíaca 2017
 
Semiologia
SemiologiaSemiologia
Semiologia
 
Aparelho geniturinário e exame físico
Aparelho geniturinário e exame físicoAparelho geniturinário e exame físico
Aparelho geniturinário e exame físico
 
Exame físico geral 2
Exame físico geral 2Exame físico geral 2
Exame físico geral 2
 
DPOC
DPOCDPOC
DPOC
 
Semiologia 10 dermatologia - semiologia dermatológica pdf
Semiologia 10   dermatologia - semiologia dermatológica pdfSemiologia 10   dermatologia - semiologia dermatológica pdf
Semiologia 10 dermatologia - semiologia dermatológica pdf
 
Exame físico geral
Exame físico geralExame físico geral
Exame físico geral
 
DPOC - Doenca Pulmonar Obstrutiva Cronica
DPOC - Doenca Pulmonar Obstrutiva CronicaDPOC - Doenca Pulmonar Obstrutiva Cronica
DPOC - Doenca Pulmonar Obstrutiva Cronica
 
Exame Físico Multidisciplinar
Exame Físico MultidisciplinarExame Físico Multidisciplinar
Exame Físico Multidisciplinar
 
Gasometria arterial
Gasometria arterialGasometria arterial
Gasometria arterial
 
Síndromes Abdominais
Síndromes AbdominaisSíndromes Abdominais
Síndromes Abdominais
 
Desmame da Ventilação Mecânica
Desmame da Ventilação MecânicaDesmame da Ventilação Mecânica
Desmame da Ventilação Mecânica
 

Destaque

Cronograma de aulas teóricas
Cronograma de aulas teóricasCronograma de aulas teóricas
Cronograma de aulas teóricasFlávia Salame
 
Pneumopatias Intersticiais
Pneumopatias IntersticiaisPneumopatias Intersticiais
Pneumopatias IntersticiaisFlávia Salame
 
Pneumonias adquiridas na comunidade
Pneumonias adquiridas na comunidadePneumonias adquiridas na comunidade
Pneumonias adquiridas na comunidadeFlávia Salame
 
Doenças Ocupacionais Pulmonares
Doenças Ocupacionais PulmonaresDoenças Ocupacionais Pulmonares
Doenças Ocupacionais PulmonaresFlávia Salame
 
TCAR de tórax: Princípios Básicos
TCAR de tórax: Princípios BásicosTCAR de tórax: Princípios Básicos
TCAR de tórax: Princípios BásicosFlávia Salame
 
Insuficiência Respiratória
Insuficiência RespiratóriaInsuficiência Respiratória
Insuficiência RespiratóriaFlávia Salame
 
Aula 07 fisiologia - mecanismos da respiração
Aula 07  fisiologia - mecanismos da respiraçãoAula 07  fisiologia - mecanismos da respiração
Aula 07 fisiologia - mecanismos da respiraçãoFlávia Salame
 
Aula de espirometria e revisão de fisiologia
Aula de espirometria e revisão de fisiologiaAula de espirometria e revisão de fisiologia
Aula de espirometria e revisão de fisiologiaFlávia Salame
 
Gasometria Arterial- Distúrbios do Equilíbrio Ácido-base
Gasometria Arterial- Distúrbios do Equilíbrio Ácido-baseGasometria Arterial- Distúrbios do Equilíbrio Ácido-base
Gasometria Arterial- Distúrbios do Equilíbrio Ácido-baseFlávia Salame
 
Pbl dispneia na emergencia
Pbl dispneia na emergenciaPbl dispneia na emergencia
Pbl dispneia na emergenciaFlávia Salame
 
Cronograma de aulas_teóricas-01-2014(2)-modificado
Cronograma de aulas_teóricas-01-2014(2)-modificadoCronograma de aulas_teóricas-01-2014(2)-modificado
Cronograma de aulas_teóricas-01-2014(2)-modificadoFlávia Salame
 
Insuficiencia Respiratoria
Insuficiencia RespiratoriaInsuficiencia Respiratoria
Insuficiencia RespiratoriaFlávia Salame
 
Módulo de micoses pulmonares paracoccidioidomicoses
Módulo de micoses pulmonares paracoccidioidomicosesMódulo de micoses pulmonares paracoccidioidomicoses
Módulo de micoses pulmonares paracoccidioidomicosesFlávia Salame
 
Enfrentando a Abstinência a Nicotina
Enfrentando a Abstinência a NicotinaEnfrentando a Abstinência a Nicotina
Enfrentando a Abstinência a NicotinaFlávia Salame
 
Correlação entre Asma e Doenças de Vias Aéreas Superiores
Correlação entre Asma e Doenças de Vias Aéreas SuperioresCorrelação entre Asma e Doenças de Vias Aéreas Superiores
Correlação entre Asma e Doenças de Vias Aéreas SuperioresFlávia Salame
 
Tuberculose - Epidemiologia e Diagnóstico
Tuberculose - Epidemiologia e DiagnósticoTuberculose - Epidemiologia e Diagnóstico
Tuberculose - Epidemiologia e DiagnósticoFlávia Salame
 
Micoses pulmonares uea
Micoses pulmonares ueaMicoses pulmonares uea
Micoses pulmonares ueaFlávia Salame
 
Benefícios da reabilitação pulmonar no transplante pulmonar
Benefícios da reabilitação pulmonar no transplante pulmonarBenefícios da reabilitação pulmonar no transplante pulmonar
Benefícios da reabilitação pulmonar no transplante pulmonarDanyllo Lucas
 

Destaque (20)

Cronograma de aulas teóricas
Cronograma de aulas teóricasCronograma de aulas teóricas
Cronograma de aulas teóricas
 
Pneumopatias Intersticiais
Pneumopatias IntersticiaisPneumopatias Intersticiais
Pneumopatias Intersticiais
 
Pneumonias adquiridas na comunidade
Pneumonias adquiridas na comunidadePneumonias adquiridas na comunidade
Pneumonias adquiridas na comunidade
 
Doenças Ocupacionais Pulmonares
Doenças Ocupacionais PulmonaresDoenças Ocupacionais Pulmonares
Doenças Ocupacionais Pulmonares
 
TCAR de tórax: Princípios Básicos
TCAR de tórax: Princípios BásicosTCAR de tórax: Princípios Básicos
TCAR de tórax: Princípios Básicos
 
Insuficiência Respiratória
Insuficiência RespiratóriaInsuficiência Respiratória
Insuficiência Respiratória
 
Aula 07 fisiologia - mecanismos da respiração
Aula 07  fisiologia - mecanismos da respiraçãoAula 07  fisiologia - mecanismos da respiração
Aula 07 fisiologia - mecanismos da respiração
 
Aula de espirometria e revisão de fisiologia
Aula de espirometria e revisão de fisiologiaAula de espirometria e revisão de fisiologia
Aula de espirometria e revisão de fisiologia
 
Gasometria Arterial- Distúrbios do Equilíbrio Ácido-base
Gasometria Arterial- Distúrbios do Equilíbrio Ácido-baseGasometria Arterial- Distúrbios do Equilíbrio Ácido-base
Gasometria Arterial- Distúrbios do Equilíbrio Ácido-base
 
TUBERCULOSE
TUBERCULOSETUBERCULOSE
TUBERCULOSE
 
Pbl dispneia na emergencia
Pbl dispneia na emergenciaPbl dispneia na emergencia
Pbl dispneia na emergencia
 
Cronograma de aulas_teóricas-01-2014(2)-modificado
Cronograma de aulas_teóricas-01-2014(2)-modificadoCronograma de aulas_teóricas-01-2014(2)-modificado
Cronograma de aulas_teóricas-01-2014(2)-modificado
 
Hipertensão Pulmonar
Hipertensão PulmonarHipertensão Pulmonar
Hipertensão Pulmonar
 
Insuficiencia Respiratoria
Insuficiencia RespiratoriaInsuficiencia Respiratoria
Insuficiencia Respiratoria
 
Módulo de micoses pulmonares paracoccidioidomicoses
Módulo de micoses pulmonares paracoccidioidomicosesMódulo de micoses pulmonares paracoccidioidomicoses
Módulo de micoses pulmonares paracoccidioidomicoses
 
Enfrentando a Abstinência a Nicotina
Enfrentando a Abstinência a NicotinaEnfrentando a Abstinência a Nicotina
Enfrentando a Abstinência a Nicotina
 
Correlação entre Asma e Doenças de Vias Aéreas Superiores
Correlação entre Asma e Doenças de Vias Aéreas SuperioresCorrelação entre Asma e Doenças de Vias Aéreas Superiores
Correlação entre Asma e Doenças de Vias Aéreas Superiores
 
Tuberculose - Epidemiologia e Diagnóstico
Tuberculose - Epidemiologia e DiagnósticoTuberculose - Epidemiologia e Diagnóstico
Tuberculose - Epidemiologia e Diagnóstico
 
Micoses pulmonares uea
Micoses pulmonares ueaMicoses pulmonares uea
Micoses pulmonares uea
 
Benefícios da reabilitação pulmonar no transplante pulmonar
Benefícios da reabilitação pulmonar no transplante pulmonarBenefícios da reabilitação pulmonar no transplante pulmonar
Benefícios da reabilitação pulmonar no transplante pulmonar
 

Semelhante a Distúrbios Respiratórios do Sono

Enviando email: Aula Sono-Efeitos na Saude - AGE+ - mai08
Enviando email: Aula Sono-Efeitos na Saude - AGE+ - mai08Enviando email: Aula Sono-Efeitos na Saude - AGE+ - mai08
Enviando email: Aula Sono-Efeitos na Saude - AGE+ - mai08Otavio Castello
 
Insônia e transtornos do sono
Insônia e transtornos do sonoInsônia e transtornos do sono
Insônia e transtornos do sonojunea chiari
 
Seminário Boas Práticas de RH Sérgio barros vieira medicina do sono cra-es-04-14
Seminário Boas Práticas de RH Sérgio barros vieira medicina do sono cra-es-04-14Seminário Boas Práticas de RH Sérgio barros vieira medicina do sono cra-es-04-14
Seminário Boas Práticas de RH Sérgio barros vieira medicina do sono cra-es-04-14Cra-es Conselho
 
Ronco SAOS POLISSONOGRAFIA com ATUALIZACAO diretriz 2014 BJORL
Ronco SAOS POLISSONOGRAFIA com ATUALIZACAO diretriz 2014 BJORLRonco SAOS POLISSONOGRAFIA com ATUALIZACAO diretriz 2014 BJORL
Ronco SAOS POLISSONOGRAFIA com ATUALIZACAO diretriz 2014 BJORLDiego Carvalho
 
Sono e aprendizagem
Sono e aprendizagemSono e aprendizagem
Sono e aprendizagemjunea chiari
 
aula Testes Especiais e Diurnos.pdf
aula Testes Especiais e Diurnos.pdfaula Testes Especiais e Diurnos.pdf
aula Testes Especiais e Diurnos.pdfMauricioPiva2
 
Aula de reanimação pediatrica
Aula de reanimação pediatricaAula de reanimação pediatrica
Aula de reanimação pediatricamariacristinasn
 
Intoxicações exógenas aula
Intoxicações exógenas   aulaIntoxicações exógenas   aula
Intoxicações exógenas aulaEduardo Tibali
 
Tratamento medicamentoso da insônia no idoso
Tratamento medicamentoso da insônia no idosoTratamento medicamentoso da insônia no idoso
Tratamento medicamentoso da insônia no idosoEnio Antonio Bonamigo Jr.
 
Perturbações do sono e insónias
Perturbações do sono e insóniasPerturbações do sono e insónias
Perturbações do sono e insóniasOficina Psicologia
 
2ª aula slides sinais vitais
2ª aula slides   sinais vitais2ª aula slides   sinais vitais
2ª aula slides sinais vitaisSimone Alvarenga
 
Aula 3 Cronobiologia e Depressão
Aula 3 Cronobiologia e DepressãoAula 3 Cronobiologia e Depressão
Aula 3 Cronobiologia e DepressãoSimoneGAP
 

Semelhante a Distúrbios Respiratórios do Sono (20)

DISTÚRBIOS DO SONO
DISTÚRBIOS DO SONODISTÚRBIOS DO SONO
DISTÚRBIOS DO SONO
 
Enviando email: Aula Sono-Efeitos na Saude - AGE+ - mai08
Enviando email: Aula Sono-Efeitos na Saude - AGE+ - mai08Enviando email: Aula Sono-Efeitos na Saude - AGE+ - mai08
Enviando email: Aula Sono-Efeitos na Saude - AGE+ - mai08
 
Insônia e transtornos do sono
Insônia e transtornos do sonoInsônia e transtornos do sono
Insônia e transtornos do sono
 
Seminário Boas Práticas de RH Sérgio barros vieira medicina do sono cra-es-04-14
Seminário Boas Práticas de RH Sérgio barros vieira medicina do sono cra-es-04-14Seminário Boas Práticas de RH Sérgio barros vieira medicina do sono cra-es-04-14
Seminário Boas Práticas de RH Sérgio barros vieira medicina do sono cra-es-04-14
 
Ronco SAOS POLISSONOGRAFIA com ATUALIZACAO diretriz 2014 BJORL
Ronco SAOS POLISSONOGRAFIA com ATUALIZACAO diretriz 2014 BJORLRonco SAOS POLISSONOGRAFIA com ATUALIZACAO diretriz 2014 BJORL
Ronco SAOS POLISSONOGRAFIA com ATUALIZACAO diretriz 2014 BJORL
 
Sinais vitais
Sinais vitaisSinais vitais
Sinais vitais
 
Sono e aprendizagem
Sono e aprendizagemSono e aprendizagem
Sono e aprendizagem
 
aula Testes Especiais e Diurnos.pdf
aula Testes Especiais e Diurnos.pdfaula Testes Especiais e Diurnos.pdf
aula Testes Especiais e Diurnos.pdf
 
Aula de reanimação pediatrica
Aula de reanimação pediatricaAula de reanimação pediatrica
Aula de reanimação pediatrica
 
Intoxicações exógenas aula
Intoxicações exógenas   aulaIntoxicações exógenas   aula
Intoxicações exógenas aula
 
Aula sinais vitais
Aula sinais vitaisAula sinais vitais
Aula sinais vitais
 
Tratamento medicamentoso da insônia no idoso
Tratamento medicamentoso da insônia no idosoTratamento medicamentoso da insônia no idoso
Tratamento medicamentoso da insônia no idoso
 
Processos do sono
Processos do sonoProcessos do sono
Processos do sono
 
Cap 06 sinais-vitais
Cap 06 sinais-vitaisCap 06 sinais-vitais
Cap 06 sinais-vitais
 
Sistema nervoso autônomo reduzido
Sistema nervoso autônomo reduzidoSistema nervoso autônomo reduzido
Sistema nervoso autônomo reduzido
 
Perturbações do sono e insónias
Perturbações do sono e insóniasPerturbações do sono e insónias
Perturbações do sono e insónias
 
2ª aula slides sinais vitais
2ª aula slides   sinais vitais2ª aula slides   sinais vitais
2ª aula slides sinais vitais
 
O sono
O sonoO sono
O sono
 
aulahipersonia.pptx
aulahipersonia.pptxaulahipersonia.pptx
aulahipersonia.pptx
 
Aula 3 Cronobiologia e Depressão
Aula 3 Cronobiologia e DepressãoAula 3 Cronobiologia e Depressão
Aula 3 Cronobiologia e Depressão
 

Mais de Flávia Salame

Lesão Cavitária Pulmonar em paciente SIDA
Lesão Cavitária Pulmonar em paciente SIDALesão Cavitária Pulmonar em paciente SIDA
Lesão Cavitária Pulmonar em paciente SIDAFlávia Salame
 
Teste Xpert para diagnóstico da Tuberculose
Teste Xpert para diagnóstico da TuberculoseTeste Xpert para diagnóstico da Tuberculose
Teste Xpert para diagnóstico da TuberculoseFlávia Salame
 
Distúrbios do equilíbrio ácido-básico
Distúrbios do equilíbrio ácido-básicoDistúrbios do equilíbrio ácido-básico
Distúrbios do equilíbrio ácido-básicoFlávia Salame
 
Manual de Prescrição Médica
Manual de Prescrição MédicaManual de Prescrição Médica
Manual de Prescrição MédicaFlávia Salame
 
Guia Antimicrobianos do HUPE - EURJ - 2010
Guia Antimicrobianos do HUPE - EURJ - 2010Guia Antimicrobianos do HUPE - EURJ - 2010
Guia Antimicrobianos do HUPE - EURJ - 2010Flávia Salame
 
7 insuficiencia respiratoria
7 insuficiencia respiratoria7 insuficiencia respiratoria
7 insuficiencia respiratoriaFlávia Salame
 
SDRA- Consenso de VM SBPT 2007
SDRA- Consenso de VM SBPT 2007SDRA- Consenso de VM SBPT 2007
SDRA- Consenso de VM SBPT 2007Flávia Salame
 
Caso25 aspergilose pulmonar
Caso25 aspergilose pulmonarCaso25 aspergilose pulmonar
Caso25 aspergilose pulmonarFlávia Salame
 
Caso clinico - Aspergilose Pulmonar Necrotizante Crônica
Caso clinico - Aspergilose Pulmonar Necrotizante CrônicaCaso clinico - Aspergilose Pulmonar Necrotizante Crônica
Caso clinico - Aspergilose Pulmonar Necrotizante CrônicaFlávia Salame
 
Criptococose pulmonar sbpt 2009
Criptococose pulmonar sbpt 2009Criptococose pulmonar sbpt 2009
Criptococose pulmonar sbpt 2009Flávia Salame
 

Mais de Flávia Salame (20)

Derrames Pleurais
Derrames PleuraisDerrames Pleurais
Derrames Pleurais
 
Silicose
SilicoseSilicose
Silicose
 
Asma ocupacional
Asma ocupacionalAsma ocupacional
Asma ocupacional
 
Asbestose
AsbestoseAsbestose
Asbestose
 
Lesão Cavitária Pulmonar em paciente SIDA
Lesão Cavitária Pulmonar em paciente SIDALesão Cavitária Pulmonar em paciente SIDA
Lesão Cavitária Pulmonar em paciente SIDA
 
Teste Xpert para diagnóstico da Tuberculose
Teste Xpert para diagnóstico da TuberculoseTeste Xpert para diagnóstico da Tuberculose
Teste Xpert para diagnóstico da Tuberculose
 
Acido base pucsp
Acido base pucspAcido base pucsp
Acido base pucsp
 
Distúrbios do equilíbrio ácido-básico
Distúrbios do equilíbrio ácido-básicoDistúrbios do equilíbrio ácido-básico
Distúrbios do equilíbrio ácido-básico
 
Manual de Prescrição Médica
Manual de Prescrição MédicaManual de Prescrição Médica
Manual de Prescrição Médica
 
Guia Antimicrobianos do HUPE - EURJ - 2010
Guia Antimicrobianos do HUPE - EURJ - 2010Guia Antimicrobianos do HUPE - EURJ - 2010
Guia Antimicrobianos do HUPE - EURJ - 2010
 
7 insuficiencia respiratoria
7 insuficiencia respiratoria7 insuficiencia respiratoria
7 insuficiencia respiratoria
 
Sdra consenso vm
Sdra consenso vmSdra consenso vm
Sdra consenso vm
 
Sdra fmrpusp
Sdra fmrpuspSdra fmrpusp
Sdra fmrpusp
 
Sdra unifesp
Sdra unifespSdra unifesp
Sdra unifesp
 
Sdra fmrpusp
Sdra fmrpuspSdra fmrpusp
Sdra fmrpusp
 
SDRA- Consenso de VM SBPT 2007
SDRA- Consenso de VM SBPT 2007SDRA- Consenso de VM SBPT 2007
SDRA- Consenso de VM SBPT 2007
 
Caso25 aspergilose pulmonar
Caso25 aspergilose pulmonarCaso25 aspergilose pulmonar
Caso25 aspergilose pulmonar
 
Caso clinico - Aspergilose Pulmonar Necrotizante Crônica
Caso clinico - Aspergilose Pulmonar Necrotizante CrônicaCaso clinico - Aspergilose Pulmonar Necrotizante Crônica
Caso clinico - Aspergilose Pulmonar Necrotizante Crônica
 
Aspergilose sbpt 2009
Aspergilose   sbpt 2009Aspergilose   sbpt 2009
Aspergilose sbpt 2009
 
Criptococose pulmonar sbpt 2009
Criptococose pulmonar sbpt 2009Criptococose pulmonar sbpt 2009
Criptococose pulmonar sbpt 2009
 

Distúrbios Respiratórios do Sono

  • 1. UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS DEPARTAMENTO DE CLINICA MÉDICA DISCIPLINA DE PNEUMOLOGIA ETISIOLOGIA
  • 2.  Sono é um estado de repouso periódico do corpo, especialmente do sistema nervoso, onde há uma redução do alerta em relação ao ambiente, redução das atividades dos órgãos dos sentidos e movimento. Adrian R. Morrison. Fishman’s Pulmonary Diseases and Disorders.Stages of Sleep. 4th ed. Part XIII,Cp.95. P.1679, 2008.
  • 3.  Durante o sono os mamíferos ciclam em duas fases distintas: Sono REM e sono não-REM.  O sono não-REM sempre precede o sono REM.  Duração de cada ciclo dura em média 90 minutos.  As características fisiológicas de cada fase são dramaticamente diferentes.
  • 4.
  • 5.
  • 6.
  • 7. Arquitetura do sono  Após 90 minutos de NREM (os 4 estágios), ocorre o primeiro REM. (1º ciclo)  Cerca de 5 a 6 ciclos de sono NREM-REM em uma noite de 8 horas de sono.
  • 8.  SistemaCardiovascular: • PA e FC diminuem no sono NREM, aumentando na vigília e no sono REM.  Sistema Respiratório: • Perda do controle voluntário. • Decréscimo no padrão respiratório. • No sono REM, o padrão é irregular.  Sistema Digestório: • Diminuição da atividade.
  • 9.  Sistema Endócrino: • GH atinge seu pico 90 minutos após início do sono (NREM) • Cortisol atinge o pico nas primeiras horas da manhã (4 a 8 horas), reduzindo ao longo do dia. Valor mínimo no início do sono.  Sistema Renal: • Fluxo de urina e excreção de eletrólitos são menores.  TemperaturaCorporal: • Reduz. Menores valores durante o sono NREM.
  • 10.  Indivíduos indiferentes (78 a 82%): não têm horário preferencial para dormir ou acordar.  Indivíduos matutinos (10 a 12%): acordam espontaneamente bem cedo e preferem dor- mir mais cedo. Picos adiantados em relação aos indiferentes.  Indivíduos vespertinos (8 a 10%): tendem a acordar tarde e deitar tarde, preferindo realizar atividades à tarde e à noite. Picos atrasados em relação aos indiferentes.
  • 11.  Média de sono da maioria da população: entre 6 horas e meia e 8 horas e meia.  Dormidor curto: precisa de no máximo 6 ho- ras e meia de sono.  Dormidor longo: precisa de no mínimo 8 ho- ras e meia de sono.
  • 12.
  • 13.  Episódios recorrentes de obstrução parcial ou completa de vias aéreas superiores durante o sono, geralmente interrompidos por despertar.  A interrupção da ventilação resulta, em geral, em dessaturação e, ocasionalmente, em hipercapnia.
  • 14.
  • 15.
  • 16.
  • 17.  Sonolência excessiva diurna  Fadiga  Sensação de sono não reparador  Irritabilidade  Dificuldades de concentração  Roncos  Episódios de apnéia noturna observado por terceiros.  Hipertensão arterial refratária  Cefaléia matinal  Disfunção erétil  Dificuldades de concentração
  • 18.  1º passo: Investigar hábitos do sono (sonolência por privação do sono?)  2º passo: Não tratando-se de privação do sono. Aplicar a escala de sonolência de Epworth para avaliar se a sonolência é patológica.  > 10 pontos: sonolência excessiva.
  • 19.
  • 20.  Obesidade  Circunferência cervical aumentada ▪ > 38 cm em mulheres ▪ > 43 cm em homens  Circunferência abdominal aumentada ▪ 85 cm em mulheres ▪ 95 cm em homens  Classificação de Mallampatti III e IV  Hipertrofia tonsilar III e IV (Brodsky)  Palato Ogival  Retrognatia
  • 21.
  • 22.
  • 23.
  • 24.
  • 25.
  • 26.
  • 27.
  • 29.  Pelo número de episódios de hipopnéia e apnéia que ocorrem por hora. ▪ < 5/hora - normal ▪ 5 a 15/hora - leve ▪ 15 a 30/hora - moderada ▪ > 30/hora - grave  Pela ocorrência de quedas importantes nos níveis de saturação periférica de O2 durante os episódios.  Duração dos episódios de hipoxemia.  Duração dos episódios de apnéia.  Grau de fragmentação do sono.
  • 30.  Comportamental – Higiene do sono  Clínico ▪ CPAP ▪ Aparelho intra-oral  Cirúrgico ▪ Traqueostomia ▪ Cirurgias de correção de vias aéreas superiores. ▪ Uvulopalatofaringoplastia ▪ Cirurgias ortognáticas
  • 31.  Melhora em qualidade de vida e produtividade  Evitar os efeitos nocivos de hipoxemia prolongada (ex. HAP)  Redução de complicações neurocognitivas e Psicológicas.
  • 32.
  • 33.
  • 34.
  • 35.
  • 36.
  • 37.
  • 38.
  • 39.
  • 40.
  • 41.
  • 42.
  • 43.  É o estudo eletrográfico do sono com vistas à avaliação de variáveis fisiológicas que podem estar comprometidas, nos vários distúrbios do sono.
  • 44.
  • 46.  Eletroencefalograma (EEG): • Registro da atividade elétrica cerebral.  Eletroculograma (EOG): • Registro dos movimentos oculares  Eletromiograma (EMG): • Registro do tônus muscular mentoniano. Componentes obrigatórios
  • 47.  Movimentos dos membros inferiores  Fluxo aéreo nasal e bucal (temperatura)  Movimentos respiratórios (EMG intercostal)  Saturação de oxigênio  Eletrocardiograma  Outros Componentes opcionais