Rede de etnodesenvolvimento e economia solidária de Juiz de Fora e Região. Conceitos de território, autogestão,cooperativismo, redes e empreendimentos solidárioas. A linha do tempo das práticas de economia solidária.
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
I Seminário de etnodesenvolvimento e economia solidária de Juiz de Fora e Região
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3. O QUE É A Economia Solidária Fazem parte da economia solidária as dimensões social, econômica, política, ecológica e cultural . (Ecologicamente sustentável, economicamente viável, socialmente justo /consumo/comércio/trabalho) Isso porque, além da visão econômica de geração de trabalho e renda, as experiências de Economia Solidária se projetam no espaço público no qual estão inseridas, tendo como perspectiva a construção de um ambiente socialmente justo e Sustentável. Economia Solidária reafirma, a emergência de atores sociais, ou seja, a emancipação dos(as) trabalhadores(as) como sujeito histórico .
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6. Relação economia solidária e o etnodesenvolvimento Os primeiros povos que se organizaram social-cultural e econômico, segundo os princípios da economia solidárias são os povos de matriz africana (remanescentes quilombolas) e de matriz indígena; “ O Conhecimento era democrático, de acesso a todo. A principal finalidade era o desenvolvimento coletivo dos saberes; a educação da crianças era de responsabilidade de todos; o caçador ao abater a caça levava para todos saborearem; todos conheciam as ervas medicinais; a arte estava em toda dimensão da vida; o trabalho não estava a serviço do capital, não existia propriedade privada do meios de produção; Os conhecimentos da Agricultura, Metalurgia, Música, Culinária, Medicina, Solidariedade na educação, Trocas solidárias, Produção coletiva, Cosmovisão – Ecologia; foram expropriados pela racionalidade ocidental.
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8. Histórico das experiências de economia solidária, autogestão e redes de trocas sobre o “olhar “ da ancestralidade africana e da classe trabalhadora por Cláudio Nascimento Comunidades primitivas - trocas solidárias Minas falidas (séc XVII) – quilombolas, indígenas, colonos assumiram as minas falidas Economia quilombola (séc XVII) – livros “Utopias Agrárias” e “A comuna de Palmares”. Esta é uma das bases da economia solidária e que resiste até hoje. A organização é em comunas. Revolução Francesa (1789) – embrião das lutas de classes, retomada das comunas Comuna de Paris (1871) – as empresas passam a ser cooperativas. 200Mil trabalhadores armados criam conselhos e milícias, tudo gerido pelos/as cidadãs/ãos nos bairros. Marca o início da Modernidade na América Latina. Revolta dos Jacobinos Negros/ Haiti (fim séc XVIII e início séc XIX) – Guerras Cabanas (séc XIX )– no norte do Brasil Canudos (fim séc XIX) – foi estruturante para a economia do Brasil Libertários (início séc XIX) – no Brasil, controle operário, arte, cultura Primeira Cooperativa de Crédito (1902) – Nova Petrópolis/ RS
9. Histórico das experiências de economia solidária, autogestão e redes de trocas sobre o “olhar “ da ancestralidade africana e da classe trabalhadora por Cláudio Nascimento Comuna de Zapata (1911) - México Revolução soviética (1917) Comissões inter-fábricas (déc 1920) Revolução Espanha (1936-1939) Experiências cristãs (déc 1940) – no Brasil, dominicanos, propostas para a Constituição de 1946. Mondragón (1950) Comuna em Goiás (1950-1964) – posseiros, organização em mutirão, propriedade comum do solo. Expulsaram as Forças Armadas várias vezes. Formoso e Trombas. Intelectuais de esquerda – Pe. H. Vaz, Pe. Lebret, Paulo Freire, Mário Pedrosa, Marategui/ Peru, Florestan Fernandes Comércio Justo (a partir de 1959) Teologia da Libertação (déc 1960) Ligas Camponesas (déc 1960): governo Arraes/ Pernambuco Greves (1968): Osasco, Contagem
10. Histórico das experiências de economia solidária, autogestão e redes de trocas sobre o “olhar “ da ancestralidade africana e da classe trabalhadora por Cláudio Nascimento Cordões industriais (1970) – Chile. 99 empresas de propriedade social, cogestão (ministério do trabalho e CUT). Operários passam a ocupar empresas. Oposição no exílio (1970-1979) Movimento Solidariedade (1973) – Polônia. 3Mil empresas geridas pelos/as trabalhadoras/es. 1981 criada a Rede de Autogestão – confronto com o Estado e capitalismo. Trabalhadores/as fazem distribuição de alimentos. Marcha da Panela Vazia (1973) Oposição sindical: comissões de fábrica Revolução dos cravos (1974) – Portugal Revoluções no Leste Europeu: Iugoslávia (1950-70-80), Hungria, Tchecoeslováquia, Polônia América Latina: Bolívia (1950), Peru (1968), Chile (1970-73), Venezuela (anos 2000), Argentina (Córdoba/ 1968 e anos 2000), Nicarágua (1979), Cuba (1959) Assembléia Popular (1978) – Osasco, Campinas Luta pela redemocratização (1978): experiência em Lages/ SC Fundação do Movimento Negro Unificado (1978) Encontro Oposições Sindicais (1979) - Bruxelas
11. Histórico das experiências de economia solidária, autogestão e redes de trocas sobre o “olhar “ da ancestralidade africana e da classe trabalhadora por Cláudio Nascimento Centros de Educação Popular – trabalho em rede/ horizontalizado, junto com movimentos sociais. Oito organizações no Brail, Cáritas é a principal rede. Várias correntes do PT. Participação de Manoel da Conceição. Inspiração nas comissões de fábrica. JOC, PO, CPT, MAB Greve dos canaveeiros (1978-79-80): Pernambuco Organização das compras comunitárias (déc 1970-80) Experiências comunitárias (déc 1980) – FASE, Cáritas. Quinze experiências no Brasil: Cooperminas, Inca (1986-1996), Makerli (1980) Criação do PT (1980) Criação da CUT (1983) Luta pela Reforma Agrária (1985-1986) Encontro Nacional: Experiências Comunitárias (1986): FASE Encontro Autogestão (1988): PACS, Criciúma Constituição de 1988 V Encontro Nacional do PT (déc 1980)
12. Histórico das experiências de economia solidária, autogestão e redes de trocas sobre o “olhar “ da ancestralidade africana e da classe trabalhadora por Cláudio Nascimento P rograma de geração de trabalho e renda (déc 1990) ANTEAG (1991) Cooperativa de Crédito (1993) - Valente 1a. Feira de Santa Maria (1994) Criação de Catende (1994) - Sindicato trabalhadoras/es rurais Campanha contra a fome (1995) Seminário Cooperativismo (1995) - SNF – CUT, São Paulo Certificação participativa (déc 1990) Criação UNITRABALHO (1996) Encontro da Globalização Solidária (1997) - Lima Encontro Cultura e Socioeconomias Solidárias (1998) Pólo de Socioeconomia Solidária (1998) Criação da UNISOL (1998) Clubes de Trocas (1998) Rede ITCPs (1998)
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14. Histórico das experiências de economia solidária, autogestão e redes de trocas sobre o “olhar “ da ancestralidade africana e da classe trabalhadora por Cláudio Nascimento I Plenária Nacional de Economia Solidária (jan 2003): Porto Alegre, durante do FSM Encontro de Autogestão (2003) – Joinvile III Plenária Nacional de Economia Solidária (2003) Criação do FBES (2003) Criação da SENAES (2003) Encontro Guarapari/ RJ (2004) Encontro Nacional de Empreendimentos da Economia Solidária (2004) Criação da ECOSOL (2004) ANCOSOL (2004) Formação da Comissão Interministerial Saúde Mental e Economia Solidária (2005) UNICAFES (2005) e RIPESS (2005) Programa de Feiras (2005) Criação da Coordenação Executiva do FBES (2005) Mapeamento da Economia Solidária (2005-2007)
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17. O retorno É o uso do território, e não o território em si mesmo , que faz dele objeto da análise social. Trata-se de uma forma impura, um híbrido, uma noção que, por isso mesmo, carece de constante revisão histórica . Seu entendimento é, pois, fundamental para afastar o risco de alienação , o risco da perda do sentido da existência individual e coletiva , o risco de renúncia ao futuro . Em uma palavra: caminhamos , ao longo dos séculos, da antiga comunhão individual dos lugares com o Universo à comunhão hoje global : a interdependência universal dos lugares é a nova realidade do território Milton Santos
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21. Diferenças Cooperativas, consórcio e associação ALGUMAS VANTAGENS / COOPERATIVAS Alem de apresentar todas as vantagens da associação, a cooperativa permite comercializar os produtos e /ou serviços dos cooperados no mercado. ALGUMAS VANTAGENS / CONSÓRCIO Desenvolve parcerias com outras entidades; Expande as vendas em quantidade e qualidade para o território nacional ou para o exterior. FORMAÇÃO, PATRIMONIO E CAPITAL SOCIAL / ASSOCIAÇÃO Pode formar-se tendo no mínimo duas pessoas. Seu patrimônio será formado por taxas pagas pelos associados, doações e fundos de reservas. Como não possui capital social, a inexistência do mesmo dificulta a obtenção de financiamento junto a instituições financeiras e órgãos de fomento.
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23. O cooperativismo representa a união entre pessoas voltadas para um mesmo objetivo. Através da cooperação, busca-se satisfazer as necessidades humanas e resolver os problemas comuns. O fim maior é o homem, não o lucro. Uma organização dessa natureza caracteriza-se por ser gerida de forma democrática e participativa, de acordo com aquilo que pretendem seus associados.
24. Objetivos O Cooperativismo é um sistema econômico que faz das cooperativas a base de todas as atividades de produção e distribuição de riquezas, tendo como objetivo difundir os ideais em que se baseia, no intuito de atingir o pleno seu desenvolvimento econômico e social. É a união de pessoas voltadas para um objetivo comum, visando alcançar os objetivos propostos na sua constituição estatutária.
25. Histórico do Cooperativismo O contexto de surgimento desse sistema encontra-se na Revolução Industrial . O excesso de mão-de-obra daí resultante, fez com que as pessoas tivessem que se submeter ocupações sem as menores condições: jornadas de trabalho de até 16 horas e salários miseráveis . Mulheres e crianças também passaram a ingressar no mercado de trabalho em condições ainda piores. Era necessária uma forma de resistência à exploração da classe trabalhadora . Assim o cooperativismo surge na Inglaterra. A data oficial é 21 de Dezembro de 1844 . Foi o dia em foi fundada a primeira organização desse tipo. Nos arredores da cidade de Manchester, em Rochdale, um grupo de 28 tecelões, um deles mulher, se uniu para comprar em conjunto, ítens de primeira necessidade, como alimentos, por exemplo. Chamava-se “Sociedade dos Probos Pioneiros de Rochdale”.
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30. Experiência Na Gestão e Construção de Rede Rede (< latim rete, is = "rede ou teia"), orginariamente exibe o significado de conjunto entrelaçado de fios, cordas, cordéis, arames, etc., com aberturas regulares, fixadas por malhas e nós, formando espécie de tecido aberto, destinado às aplicações, já presumivelmente pré-históricas, quer de caça quer de pesca, para fins de apresamento ou retenção do animal desejado. Contudo, por assimilação analógica, ao longo dos tempos, passou a designar "uma quantidade de pontos (nós ou nodos), concretos ou abstratos, interligados por relações de vários tipos". Mais modernamente, redes passaram também a ser utilizadas noutras atividades, como na navegação, na construção (atividades em que as redes são fundamentalmente mecanismos de segurança), no desporto, etc..
31. O conceito de rede Paul Baran classificou em dois tipos As Centralizadas : definem uma estrutura que eleva um ponto(nó) a um grau de importância superior, sendo que é fundamental a sua presença para a ligação entre outros nós. Ou seja, se o nó central for eliminado afetara toda a rede. As Distribuídas: são redes cuja estrutura forma uma "malha", os nós têm a mesma importância entre si, e para alcançar um deles existem vários caminhos possíveis. Isto significa que a eliminação de um ponto não afetara significativamente a estrutura da rede, ao contrário das centralizadas.
32. Experiência Na Gestão e Construção de Rede Rede Social é uma das formas de representação dos relacionamentos afetivos ou profissionais dos seres humanos entre si ou entre seus agrupamentos de interesses mútuos. A rede é responsável pelo compartilhamento de idéias entre pessoas que possuem interesses e objetivo em comum e também valores a serem compartilhados. Assim, um grupo de discussão é composto por indivíduos que possuem identidades semelhantes. Essas redes sociais estão hoje instaladas principalmente na Internet devido ao fato desta possibilitar uma aceleração e ampla maneira das idéias serem divulgadas e da absorção de novos elementos em busca de algo em comum.